Como a osteoartrite do joelho afeta o equilíbrio e a caminhada
O estudo revela informações sobre as respostas de equilíbrio de pacientes com OA no joelho.
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Índice
A osteoartrite no joelho (OA) é uma condição comum nas articulações que causa dor e desconforto na região do joelho. Isso acontece quando a cartilagem, que amortiza a articulação, se desgasta, levando a vários sintomas. Quem tem OA no joelho frequentemente percebe rigidez, fraqueza, cansaço e dificuldade em manter o Equilíbrio. Esses problemas podem tornar a caminhada meio incerta e aumentar o risco de quedas. Estudos mostram que pessoas com OA no joelho podem ter mais chances de cair em comparação com aquelas que não têm a condição.
O Que É Estabilidade na Marcha?
Estabilidade na marcha se refere a quão bem uma pessoa consegue andar sem cair, mesmo quando coisas inesperadas acontecem. Os pesquisadores costumam testar isso empurrando ou puxando a pessoa enquanto ela caminha para ver como reage. O corpo precisa controlar seu centro de massa (o ponto onde o peso está equilibrado) enquanto anda, especialmente quando o chão ou o ambiente mudam. Isso envolve usar diferentes sentidos para fazer ajustes rápidos.
Existem três maneiras principais de uma pessoa manter a estabilidade enquanto caminha:
- Posicionar os pés com cuidado
- Mudar o peso para o pé que tá no chão
- Alterar o movimento ou a posição do corpo
Dessas, colocar o pé no lugar certo é a mais importante.
Propósito do Estudo
Para entender como a OA no joelho afeta a estabilidade na marcha, os pesquisadores compararam as respostas de equilíbrio de pessoas com OA no joelho com as de pessoas saudáveis. Eles focaram em como cada grupo reagiu a mudanças no equilíbrio durante a caminhada. A ideia era que indivíduos com OA no joelho mostrariam menos estabilidade e mais dificuldades ao responder a mudanças repentinas.
Participantes do Estudo
O estudo incluiu participantes que estavam programados para cirurgia no joelho. Eles foram divididos em dois grupos: aqueles com OA no joelho e outro grupo de indivíduos saudáveis. Todos foram checados quanto ao histórico médico e a saúde física. Os pesquisadores garantiram que os dois grupos fossem o mais semelhante possível em idade e sexo.
Antes de participar do estudo, ambos os grupos passaram por avaliações sobre a saúde do joelho e a condição física geral. Eles relataram seus níveis de dor e como lidavam com atividades diárias, como caminhar e subir escadas. Essa informação ajudou a entender a gravidade da OA no joelho em cada participante.
Como o Estudo Foi Conduzido
Os participantes caminharam em uma esteira especial projetada para medir como equilibravam enquanto andavam. Eles usavam marcadores que rastreavam seus movimentos. A esteira estava ajustada para uma velocidade de caminhada segura. Os participantes foram então submetidos a mudanças repentinas nas condições de caminhada para simular desafios inesperados.
Os pesquisadores testaram dois tipos de Perturbações, que são movimentos repentinos que poderiam desestabilizar o equilíbrio de uma pessoa:
- Perturbações mediolaterais (de lado a lado)
- Perturbações anteroposteriores (para frente e para trás)
Cada participante passou por vários desses testes enquanto os pesquisadores registravam suas respostas.
O Que Foi Medido?
Os pesquisadores focaram em medições chave como:
- O quanto o centro de massa se moveu
- Quão rápido e eficazmente os participantes conseguiam recuperar o equilíbrio
- A largura e o comprimento dos passos dados após perder o equilíbrio
Esses fatores ajudaram a determinar quão estável cada participante estava após enfrentar uma perturbação. Os pesquisadores queriam ver se aqueles com OA no joelho dariam passos menores, mais lentos ou menos eficazes para recuperar o equilíbrio comparados aos indivíduos saudáveis.
Resultados do Estudo
O estudo encontrou resultados interessantes. Para as perturbações laterais, ambos os grupos mostraram reações semelhantes. Os participantes ajustaram seus passos de maneiras parecidas, e não houve diferenças significativas entre o grupo com OA no joelho e o grupo saudável.
Ao enfrentar perturbações para frente e para trás, ambos os grupos ainda mantiveram padrões de recuperação semelhantes. Embora os participantes com OA no joelho tenham dado passos levemente mais curtos em alguns casos, a maioria de suas reações se parecia com as dos indivíduos saudáveis. Isso sugeriu que eles conseguiam gerenciar o equilíbrio bem, apesar dos problemas no joelho.
Implicações das Descobertas
Os resultados desafiam a crença de que indivíduos com OA no joelho estão sempre em maior risco de cair ou têm equilíbrio ruim. Embora a OA no joelho possa levar a dor e problemas mecânicos, parece que muitos indivíduos conseguem adaptar seus mecanismos de caminhada para manter a estabilidade quando enfrentam distúrbios repentinos.
O estudo também mostra que indivíduos com OA no joelho podem não ter déficits significativos de equilíbrio. Em vez disso, eles podem usar várias estratégias para lidar com a condição. A capacidade do corpo de se ajustar usando outros sentidos pode ajudar pessoas com OA no joelho a evitar quedas.
Limitações do Estudo
Enquanto o estudo fornece insights úteis, ele também tem algumas limitações. Por exemplo, todos os participantes caminharam em uma velocidade fixa, o que pode não refletir seu comportamento natural de caminhada. Isso significa que a padronização poderia influenciar como eles responderam às interrupções.
Além disso, o grupo consistiu principalmente de indivíduos se preparando para cirurgia e pode não representar todas as pessoas com OA no joelho. Portanto, os achados podem não se aplicar a populações mais gerais.
Conclusão
Em resumo, este estudo explorou como a OA no joelho afeta a capacidade de manter o equilíbrio durante situações inesperadas enquanto se caminha. As descobertas indicaram que indivíduos com OA no joelho poderiam responder de maneira semelhante a indivíduos saudáveis quando enfrentavam distúrbios repentinos, sugerindo que sua estabilidade geral pode não estar tão comprometida quanto se pensava anteriormente.
Enquanto os pesquisadores continuam a explorar essas dinâmicas, entender como pessoas com OA no joelho podem gerenciar efetivamente sua condição poderia levar a melhores estratégias de reabilitação e apoio. No geral, os resultados oferecem esperança e insights para indivíduos que vivem com osteoartrite no joelho.
Título: Individuals with knee osteoarthritis show few limitations in reactive stepping responses after gait perturbations
Resumo: BackgroundKnee osteoarthritis (OA) causes structural joint damage. The resultant symptoms can impair the ability to recover from unexpected gait perturbations, contributing to an increased fall risk. This study compared reactive stepping responses to gait perturbations between individuals with knee OA and healthy individuals. MethodsKinematic data of 35 individuals with end-stage knee OA, and 32 healthy individuals in the same age range were obtained during perturbed walking on a treadmill at 1.0 m/s. Participants received anteroposterior (trip or slip) or mediolateral perturbations during the stance phase. Changes from baseline in margin of stability (MoS), step length, step time, and step width during the first two steps after perturbation were compared between groups using a linear regression model. Extrapolated center of mass (XCoM) excursion was descriptively analyzed. FindingsAfter all perturbation modes, XCoM trajectories overlapped between individuals with knee OA and healthy individuals. Participants predominantly responded to mediolateral perturbations by adjusting their step width, and to anteroposterior perturbations by adjusting step length and step time. None of the perturbation modes yielded between-group differences in changes in MoS and step width during the first two steps after perturbation. Small between-group differences were observed for step length (i.e. 2 cm) of the second step after trip and slip perturbation, and for step time (i.e. 0.02 s) of the second step after slip perturbations. InterpretationDespite considerable pain and damage to the knee joint, individuals with knee OA showed comparable reactive stepping responses after gait perturbations to healthy participants.
Autores: Ramon J. Boekesteijn, N. L. W. Keijsers, K. Defoort, A. C. H. Geurts, K. Smulders
Última atualização: 2023-10-05 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.10.04.23296525
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.10.04.23296525.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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