Avanços na Previsão da Entalpia de Formação
Aprendizado de máquina melhora as previsões de energia de formação para vários compostos.
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Índice
Nos últimos anos, os cientistas têm trabalhado em métodos para melhorar a previsão da entalpia de formação (uma medida de energia em materiais) para vários compostos. Um método que tá sendo explorado é usar machine learning, que é uma tecnologia que permite que os computadores aprendam com dados. Essa abordagem tem como objetivo fazer previsões mais precisas ao corrigir cálculos feitos por modelos comumente usados em química.
O Desafio de Prever a Entalpia
A entalpia de formação é crucial para determinar a estabilidade dos materiais. Quando os cientistas querem desenvolver novos materiais, eles precisam saber o quão estáveis esses materiais são com base nas características de energia deles. Os métodos tradicionais dependem de uma estrutura teórica conhecida como Teoria do Funcional de Densidade (DFT), especificamente usando certas aproximações chamadas funcionais. No entanto, esses métodos podem apresentar erros, especialmente para certos tipos de compostos.
O funcional mais usado é o PBE. Ele tem um desempenho misto; enquanto funciona bem para alguns materiais, tem dificuldades com outros, especialmente aqueles que contêm metais e não-metais juntos, como óxidos e nitretos. Os erros ao usar o PBE vêm principalmente de um problema de auto-interação que afeta a precisão geral.
Funcionais Alternativos e Suas Limitações
Para resolver os problemas com o PBE, um funcional mais novo chamado SCAN foi introduzido. Isso mostrou algumas melhorias, mas ainda não dá conta para certos tipos de compostos fracamente ligados. Os cientistas também tentaram outros métodos, como usar correções adicionais ou funcionais híbridos, que combinam diferentes abordagens para conseguir resultados melhores. No entanto, essas alternativas podem ser complexas e caras de calcular.
Machine Learning como uma Solução
Machine learning oferece uma solução potencialmente mais simples. Treinando modelos com dados existentes, os pesquisadores podem prever melhor a entalpia de formação para novos materiais. Estudos anteriores usaram machine learning para encontrar relações entre propriedades de materiais e entalpia, mas muitas vezes herdam os erros dos cálculos DFT originais.
Esse trabalho se baseia nessas ideias, examinando não apenas a composição dos materiais, mas também características detalhadas da estrutura eletrônica que podem impactar os cálculos. Usando um modelo de machine learning com essas propriedades, o objetivo é prever com precisão os resultados experimentais.
O Conjunto de Dados Usado
O estudo envolveu um grande conjunto de dados contendo vários compostos, incluindo misturas binárias, ternárias e quaternárias. Os pesquisadores geraram características detalhadas da estrutura eletrônica para esses compostos. Eles usaram ferramentas computacionais avançadas para analisar como diferentes propriedades influenciam a entalpia de formação.
Características para Machine Learning
Os modelos de machine learning foram projetados para usar uma variedade de características que descrevem a estrutura eletrônica dos compostos. Isso incluiu várias métricas de como os átomos se ligam e transferem carga, além de características das geometrias dos materiais. Analisando essas características, os pesquisadores buscaram descobrir quais afetavam significativamente os erros nos valores de entalpia previstos.
As propriedades selecionadas foram usadas para treinar vários modelos de machine learning, incluindo métodos de regressão, para prever o quão bem os valores de entalpia computados combinavam com os dados experimentais.
Resultados e Descobertas
Os resultados mostraram que a abordagem de machine learning poderia reduzir significativamente os erros associados às previsões de entalpia. Por exemplo, ao usar PBE, o erro absoluto médio foi reduzido de um valor grande para um número muito menor com as correções feitas pelo modelo de machine learning. No entanto, reduções semelhantes não foram observadas com o SCAN. Os erros permaneceram mais comparáveis.
A análise revelou que os erros do PBE eram mais sistemáticos e previsíveis em certos casos. Especificamente, características como ionicidade-como as cargas são distribuídas em um composto-tinham uma forte correlação com a precisão das previsões. Compostos com altos valores de ionicidade mostraram maiores erros, indicando que o modelo de machine learning poderia ajudar a identificar quais materiais poderiam gerar previsões menos precisas.
Identificando Regiões Confiáveis
Parte do estudo foi focada em identificar "regiões confiáveis" onde as previsões eram mais precisas. Ao aplicar técnicas de descoberta de subgrupos, os pesquisadores encontraram conjuntos de compostos que consistentemente geravam baixos erros nos valores de entalpia previstos. Essa análise indicou que um intervalo específico de características (incluindo baixa transferência de carga) levava a previsões mais confiáveis.
Implicações para o Design de Materiais
As descobertas têm implicações importantes para o design e descoberta de novos materiais. Entender onde os modelos têm sucesso ou falham pode ajudar os pesquisadores a direcionar seus esforços de maneira mais eficaz. As percepções obtidas da análise de machine learning fornecem orientações sobre quais características focar ao desenvolver novos materiais com propriedades desejadas.
Conclusão
Essa pesquisa ilustra como machine learning pode aumentar a precisão das previsões de entalpia para uma ampla gama de materiais. Ao aproveitar características detalhadas da estrutura eletrônica e analisar erros sistemáticos, os pesquisadores estão começando a entender melhor as limitações dos métodos computacionais tradicionais. Os resultados abrem caminhos para desenvolver modelos teóricos mais confiáveis, o que pode levar a um processo de design mais eficiente para novos materiais.
À medida que o campo continua a evoluir, integrar machine learning com métodos computacionais tradicionais pode resultar em avanços significativos. O trabalho destaca uma tendência crescente na ciência dos materiais em olhar além das teorias padrão e abraçar abordagens mais inovadoras para enfrentar problemas complexos em termodinâmica química.
Título: Interpretable machine learning to understand the performance of semi local density functionals for materials thermochemistry
Resumo: This study investigates the use of machine learning (ML) to correct the enthalpy of formation (Hf) from two separate DFT functionals, PBE and SCAN, to the experimental Hf across 1011 solid-state compounds. The ML model uses a set of 25 properties that characterize the electronic structure as calculated using PBE and SCAN. The ML model significantly decreases the error in PBE-calculated Hf values from an mean absolute error (MAE) of 195 meV/atom to an MAE = 80 meV/atom when compared to the experiment. For PBE, the PDP+GAM analysis shows compounds with a high ionicity (I), i.e., I>0.22, have errors in Hf that are twice as large as compounds having I < 0.22 (246 meV/atom compared to 113 meV/atom). Conversely, no analogous trend is observed for SCAN-calculated Hfs, which explains why the ML model for PBE can more easily correct the systematic error in calculated Hfs for PBE but not for SCAN. Although the literature suggests PBE is reliable for intermetallics but less so for oxides and halides, our analysis reveals intermetallics pose a challenge for PBE only when the charge transfer is significant (I >0.22). Meanwhile, oxides and halides may be described accurately by PBE for systems in which charge transfer is relatively low (I < 0.22).
Autores: Santosh Adhikari, Christopher J. Bartel, Christopher Sutton
Última atualização: 2023-07-14 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2307.07609
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2307.07609
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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