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# Física# Astrofísica solar e estelar

Investigando os Mistérios do Vento Solar Lento

Novas descobertas revelam as complexidades do vento solar lento e seus efeitos.

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O Vento Solar lento é um fluxo de partículas carregadas que são liberadas pelo Sol. Embora os cientistas entendam bem o vento solar rápido, o vento solar lento ainda é um mistério. Esse vento varia em força e direção, fazendo com que os cientistas investiguem como essas mudanças acontecem e o que as causa.

Observações do Vento Solar Lento

Observações de várias espaçonaves mostraram que o vento solar não é constante. A Parker Solar Probe, que viaja bem perto do Sol, trouxe novos dados sobre essas mudanças. Um dos principais objetivos da Parker Solar Probe é estudar como o vento solar lento se forma. Observações recentes sugerem que o vento lento pode vir de áreas próximas ao Sol chamadas de Streamers. Esses streamers são estruturas na coroa solar, a camada externa da atmosfera do Sol.

O Que São Streamers?

Streamers são grandes estruturas brilhantes na coroa solar. Pode-se pensar neles como laços de linhas de campo magnético que prendem e transportam material solar. Cada streamer pode liberar explosões de material no espaço, contribuindo para o vento solar lento. Os cientistas notaram que esses fluxos podem acontecer regularmente, mas de um jeito que os torna difíceis de prever.

Estudando o Vento Solar Lento com o WISPR

O Wide-Field Imager para a Parker Solar Probe (WISPR) é uma ferramenta chave para estudar o vento solar. Ele pode capturar imagens da coroa solar e ajudar os cientistas a entender como essas estruturas se comportam. O WISPR consegue observar a coroa solar de ângulos únicos, permitindo que os pesquisadores vejam fluxos que outros instrumentos podem perder.

Através das observações do WISPR, os cientistas notaram que entre quatro a cinco fluxos transitórios acontecem diariamente a partir do plano equatorial solar. Esses fluxos podem ser pequenos e difíceis de detectar, complicando os esforços para medir seu impacto.

Simulando Ventos Solares

Pesquisadores usam simulações em computador para entender melhor como o vento solar lento se forma. Essas simulações ajudam a prever padrões de fluxos com base em diferentes cenários. Por exemplo, os pesquisadores analisam com que frequência e onde esses fluxos ocorrem para ver se eles correspondem às observações reais do WISPR.

O objetivo dessas simulações é criar mapas sintéticos semelhantes aos J-maps produzidos pelo WISPR. Esses mapas rastreiam como a luminosidade muda ao longo do tempo em relação ao Sol. Os cientistas podem então comparar os mapas previstos com as observações reais para ver se eles se alinham.

Diferentes Cenários de Liberação de Fluxos

Para estudar o comportamento do vento solar, os cientistas criaram diferentes cenários de como esses fluxos podem ocorrer:

  1. Liberação Periódica: Esse cenário assume que os fluxos acontecem em intervalos regulares e longitudes específicas.
  2. Liberação Corotativa: Aqui, os fluxos ocorrem em longitudes fixas em um Sol rotativo.
  3. Liberação Aleatória: Nesse caso, os fluxos acontecem aleatoriamente em tempo e espaço.
  4. Liberação Mista: Esse cenário combina tempos e locais de liberação aleatórios com intervalos periódicos.

Experimentando com esses cenários, os pesquisadores conseguem entender como diferenças nos padrões de liberação podem levar a variações na força do vento solar.

Monitorando Fluxos com J-maps

J-maps são ferramentas importantes para rastrear como o vento solar evolui ao longo do tempo. Eles plotam a luminosidade contra o tempo e mostram como os fluxos mudam. Usando J-maps, os cientistas podem detectar quando e onde estruturas de densidade aparecem, dando uma ideia das propriedades do vento solar.

Observações do WISPR

Os J-maps gerados pelo WISPR fornecem uma imagem mais clara dos fluxos solares. Analisando esses mapas, os pesquisadores podem estimar o número de fluxos e suas características, como tamanho e velocidade. Observações indicam que as estruturas vistas pelo WISPR são frequentemente muito menores do que se pensava antes. Isso destaca a complexidade do vento solar e os desafios de medi-lo.

Desafios de Observar o Vento Solar

Um grande desafio em estudar o vento solar é o efeito de projeção. Como as observações vêm de longe, elas podem não capturar o quadro completo. Isso pode fazer com que algumas estruturas pareçam menos significativas do que realmente são. A visão mais próxima da Parker Solar Probe ajuda a aliviar esse problema, mas ainda apresenta desafios únicos que são diferentes de outras espaçonaves.

Conclusão: Implicações da Pesquisa

Entender o vento solar lento e suas propriedades é crucial para prever o clima espacial e seus possíveis efeitos na Terra. As descobertas do WISPR e das simulações mostram que o vento solar lento é complexo e influenciado por vários fatores.

Os pesquisadores estimam que um número significativo de estruturas de densidade contribui para o vento solar lento. Ao quantificar essas estruturas, os cientistas estão dando os primeiros passos para entender seu papel na massa e no comportamento geral do vento solar. Esse trabalho fundamental levará a modelos e previsões melhores sobre como o vento solar interage com o sistema solar.

Conforme os estudos continuam, a relação entre os ventos solares observados e os modelos teóricos será examinada de perto. A pesquisa em andamento não só expandirá nosso conhecimento sobre o vento solar, mas também aprimorará nossa compreensão dos fenômenos solares como um todo.

Fonte original

Título: Constraints on the variable nature of the slow solar wind with the Wide-Field Imager on board the Parker Solar Probe

Resumo: In a previous work we analysed the white-light coronal brightness as a function of elongation and time from Wide-Field Imager (WISPR) observations on board the Parker Solar Probe (PSP) mission when PSP reached a minimum heliocentric distance of ~ 28 Rs. We found 4-5 transient outflows per day over a narrow wedge in the PSP orbital plane, which is close to the solar equatorial plane. However, the elongation versus time map (J-map) analysis supplied only lower limits on the number of released density structures due to the small spatial-scales of the transient outflows and line-of-sight integration effects. In this work we place constraints on the properties of slow solar wind transient mass release from the entire solar equatorial plane. We simulated the release and propagation of transient density structures in the solar equatorial plane for four scenarios: (1) periodic release in time and longitude with random speeds; (2) corotating release in longitude, periodic release in time with random speeds; (3) random release in longitude, periodic release in time and speed; and (4) random release in longitude, time, and speed. The simulations were used in the construction of synthetic J-maps, which are similar to the observed J-map. The four considered scenarios have similar ranges (35-45 for the minimum values and 96-127 for the maximum values) of released density structures per day from the solar equatorial plane and consequently from the streamer belt, given its proximity to the solar equatorial plane during the WISPR observation. Our results also predict that density structures with sizes in the range 2-8 Rs, covering 1-20 % of the perihelion could have been detectable by PSP in situ observations during that interval.

Autores: Spiros Patsourakos, Angelos Vourlidas, Alexander Nindos

Última atualização: 2023-07-19 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2307.10336

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2307.10336

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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