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# Física# Astrofísica solar e estelar

Analisando o Campo Magnético de uma Erupção Solar

Estudo analisa as mudanças no campo magnético da ejeção de massa coronal de março de 2022.

Shifana Koya, Spiros Patsourakos, Manolis K. Georgoulis, Alexander Nindos

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No dia 10 de março de 2022, rolou um evento super importante no Sol conhecido como ejeção de massa coronal (CME). Essa explosão mandou uma quantidade gigante de plasma solar e campos magnéticos pro espaço. Entender o Campo Magnético associado a essa CME é crucial, principalmente porque pode impactar a Terra e afetar o clima espacial. Esse estudo foca em como podemos medir e analisar o campo magnético perto do Sol e como ele muda enquanto viaja pelo espaço.

Importância de Avaliar Campos Magnéticos

Eventos de CME são significativos por várias razões. Eles podem afetar operações de satélites, sistemas de comunicação e até redes elétricas na Terra. Quando as CMEs chegam à Terra, podem causar tempestades geomagnéticas, o que pode levar a interrupções em tecnologia e infraestrutura. Por isso, é importante estimar o campo magnético perto do Sol pra prever seu impacto potencial enquanto percorre o caminho até a Terra.

Métodos de Estudo

Pra estudar a CME que rolou no dia 10 de março, usamos duas naves espaciais, o Solar Orbiter e o WIND. O Solar Orbiter ficou bem perto do Sol, observando a CME a uma distância de cerca de 0,43 unidades astronômicas (UA) do Sol, enquanto o WIND estava mais afastado, a cerca de 0,99 UA. Comparando as medições das duas naves, nosso objetivo é estimar o campo magnético da CME enquanto ela viaja pelo espaço.

Medindo o Campo Magnético

As observações capturadas pelo Solar Orbiter permitiram analisar a força e a direção do campo magnético perto do Sol. A nave WIND forneceu dados adicionais conforme a CME ia se afastando pro espaço. As medições foram feitas em vários parâmetros, incluindo densidade de prótons, temperatura e velocidade do Vento Solar, que ajudam a entender o comportamento da CME na heliosfera.

A Ejeção de Massa Coronal

A CME do dia 10 veio de uma região específica no Sol chamada região ativa, NOAA AR 12962. Essa área mostrou sinais de uma erupção várias horas antes da CME acontecer. Observações de vários instrumentos capturaram os estágios iniciais que levaram à explosão, incluindo um escurecimento na corona e o desenvolvimento de um arco pós-erupção.

Observações Iniciais

Quando a erupção começou, vários instrumentos detectaram mudanças na atmosfera solar. Essas mudanças incluíam expansões de laços e escurecimento da luminosidade, que são indicadores de atividade energética. Uma erupção também foi detectada mais ou menos na mesma hora, reforçando a conexão entre a CME e a atividade solar na região ativa.

Conexão Entre CME e ICME

Quando uma CME deixa o Sol e viaja pelo espaço, é chamada de CME interplanetária (ICME). Estabelecer uma conexão entre a CME observada e seus campos magnéticos em diferentes distâncias é uma parte chave do nosso estudo. Analisando o tempo de chegada da CME nas naves Solar Orbiter e WIND, conseguimos confirmar a trajetória e a velocidade da CME enquanto se movia pelo espaço.

Tempos de Chegada

Com base na velocidade estimada da CME, calculamos os tempos de chegada esperados em ambas as naves. Comparando essas estimativas com medições reais, verificamos que a CME foi realmente vista em ambos os locais, o que confirma a conexão entre as observações feitas no Sol e os dados coletados mais afastados no sistema solar.

Observações In Situ

No Solar Orbiter, coletamos dados sobre o campo magnético, temperatura e densidade de partículas no vento solar. Esses dados mostraram uma mudança clara nesses parâmetros enquanto a CME passava por ali, indicando a presença de vento solar comprimido e o campo magnético associado.

Observações do Solar Orbiter

Os dados do Solar Orbiter mostraram mudanças distintas logo após a onda de choque da CME chegar. Observamos um aumento na força do campo magnético, temperatura e densidade, típico de uma ICME. Além disso, certos padrões no campo magnético sugerem a presença de uma estrutura de nuvem magnética dentro da ICME.

Observações do WIND

O WIND forneceu dados complementares, permitindo uma análise mais aprofundada do campo magnético enquanto a CME continuava sua viagem em direção à Terra. Mudanças similares foram notadas, reforçando a ideia de que as propriedades magnéticas da CME estavam evoluindo enquanto ela se expandia e se movia pelo espaço.

Helicidade Magnética e Energia

A helicidade magnética é uma medida da torção e complexidade das linhas do campo magnético. Ela desempenha um papel importante em entender as erupções solares. Avaliamos como a helicidade mudou na região ativa antes e depois da CME.

Análise do Orçamento de Helicidade

Acompanhando a helicidade na região ativa, deduzimos quanto de helicidade foi transportada para a CME. Observamos que a helicidade diminuiu significativamente antes da CME ocorrer, sugerindo uma conexão entre o orçamento de helicidade da região ativa e a força do campo magnético da CME.

Energia Magnética Livre

A energia magnética livre presente na região ativa é crucial para erupções solares. Essa energia pode ser liberada durante um evento explosivo, contribuindo para a dinâmica da CME. Analisando mudanças nos níveis de energia antes e depois da CME, podemos correlacionar a liberação de energia com as características do campo magnético observadas.

Modelagem da CME

Pra entender melhor a forma e a estrutura da CME, usamos uma técnica de modelagem chamada modelo de casca cilíndrica graduada (GCS). Essa abordagem ajuda a ajustar os dados observados de várias perspectivas, permitindo estimar parâmetros chave relacionados à geometria da CME.

Parâmetros Geométricos da CME

Aplicando o modelo GCS nas observações, estimamos propriedades como altura, comprimento e largura da CME. Esses parâmetros ajudam a visualizar como a CME se expande enquanto se afasta do Sol e fornecem uma visão sobre a distribuição do seu campo magnético.

Estimando o Campo Magnético Perto do Sol

Usando as informações coletadas sobre a geometria e helicidade da CME, calculamos o campo magnético axial perto do Sol. Combinando nossos dados de observação com modelos estabelecidos, estimamos a força do campo magnético a uma distância de 0,03 UA.

Extrapolando a Força do Campo Magnético

Conforme a CME viaja mais longe do Sol, o campo magnético tende a diminuir. Usamos uma relação de lei de potência pra projetar o campo magnético perto do Sol pras distâncias de 0,43 UA e 0,99 UA. Esse método nos permite entender como o campo magnético muda enquanto a CME se propaga pela heliosfera.

Comparação com Estudos Anteriores

Pra validar nossas descobertas, comparamos nossos resultados com estudos anteriores sobre outras CMEs. Essas comparações ajudam a colocar nosso estudo no contexto do conhecimento existente e aumentam a confiança nas nossas estimativas de campo magnético.

Discussão e Conclusões

Esse estudo ilumina o campo magnético associado à CME observada no dia 10 de março de 2022. Usando dados do Solar Orbiter e do WIND, conseguimos estimar com sucesso o campo magnético perto do Sol e acompanhar suas mudanças enquanto se afastava mais pro espaço.

A gente encontrou que a helicidade magnética na região ativa diminuiu significantemente antes da CME ocorrer, indicando uma ligação forte entre o orçamento de helicidade e a força do campo magnético da CME. Nossas extrapolações forneceram estimativas valiosas da força do campo magnético em diferentes distâncias, sugerindo uma diminuição menos acentuada na força do campo do que pesquisas anteriores.

Direções Futuras

Avanços contínuos nas tecnologias de observação solar vão melhorar nossa compreensão da dinâmica das CMEs. Esse estudo destaca a importância da coleta e análise de dados abrangentes. Trabalhos futuros vão se beneficiar de observações coordenadas de várias naves espaciais e modelos refinados pra explorar ainda mais as propriedades das CMEs e seus potenciais impactos na Terra.

Resumindo, a metodologia aplicada nesse estudo oferece uma base sólida pra estimar campos magnéticos associados a erupções solares, contribuindo assim pra uma melhor compreensão dos fenômenos climáticos espaciais. Esse trabalho é um passo em direção à construção de um banco de dados sistemático das características das CMEs, que pode ajudar a prever os efeitos de futuros eventos solares no nosso planeta.

Fonte original

Título: Assessment of the near-Sun magnetic field of the 10 March 2022 coronal mass ejection observed by Solar Orbiter

Resumo: We estimate the near-Sun axial magnetic field of a coronal mass ejection (CME) on 10 March 2022. Solar Orbiter's in situ measurements, 7.8 degrees east of the Sun-Earth line at 0.43 AU, provided a unique vantage point, along with the WIND measurements at 0.99 AU. We determine a single power-law index from near-Sun to L1, including in situ measurements from both vantage points. We tracked the temporal evolution of the instantaneous relative magnetic helicity of the source active region (AR), NOAA AR 12962. By estimating the helicity budget of the pre-and post-eruption AR, we estimated the helicity transported to the CME. Assuming a Lundquist flux-rope model and geometrical parameters obtained through the graduated cylindrical shell (GCS) CME forward modelling, we determined the CME axial magnetic field at a GCS-fitted height. Assuming a power-law variation of the axial magnetic field with heliocentric distance, we extrapolated the estimated near-Sun axial magnetic field to in situ measurements at 0.43 AU and 0.99 AU. The net helicity difference between the post-and pre-eruption AR is $(-7.1 \pm 1.2) \times 10^{41} \mathrm{Mx^{2}}$, which is assumed to be bodily transported to the CME. The estimated CME axial magnetic field at a near-Sun heliocentric distance of 0.03 AU is 2067 $\pm$ 405 nT. From 0.03 AU to L1, a single power-law falloff, including both vantage points at 0.43 AU and 0.99 AU, gives an index $-1.23 \pm 0.18$. We observed a significant decrease in the pre-eruptive AR helicity budget. Extending previous studies on inner-heliospheric intervals from 0.3 AU to $\sim$1 AU, referring to estimates from 0.03 AU to measurements at $\sim$1 AU. Our findings indicate a less steep decline in the magnetic field strength with distance compared to previous studies, but they align with studies that include near-Sun in situ magnetic field measurements, such as from Parker Solar Probe.

Autores: Shifana Koya, Spiros Patsourakos, Manolis K. Georgoulis, Alexander Nindos

Última atualização: 2024-08-02 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2408.01142

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2408.01142

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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