Avanços Recentes em Qubits de Silício
Avanços feitos no uso de qubits de silício acima de um kelvin para computação quântica.
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Índice
- Contexto
- Desafios das Temperaturas Mais Altas
- Desenvolvimentos Recentes nas Operações de Qubits
- Importância da Inicialização e Leitura
- Compreendendo o Desempenho dos Qubits
- Configuração Experimental
- Operação e Características do Dispositivo
- Lidando com Erros
- Direções Futuras
- Conclusão
- Referências
- Fonte original
- Ligações de referência
Qubits de silício são uma tecnologia promissora para construir computadores quânticos. Diferente dos computadores tradicionais que usam bits para informação, os computadores quânticos usam qubits, que podem representar múltiplos estados ao mesmo tempo. Essa habilidade de existir em múltiplos estados é o que dá aos computadores quânticos sua vantagem potencial. No entanto, usar qubits em Temperaturas mais altas tem sido um desafio. Este artigo fala sobre os avanços recentes na operação de qubits de silício em temperaturas acima de um kelvin.
Contexto
Computadores quânticos têm o potencial de resolver problemas complexos muito mais rápido do que os computadores convencionais. Computadores tradicionais dependem de transistores para fazer cálculos. Já os computadores quânticos aproveitam os princípios da mecânica quântica. Para explorar totalmente suas capacidades, precisamos de um grande número de qubits que possam operar em ambientes onde a temperatura é maior do que o que foi testado tradicionalmente.
Qubits de silício são atraentes porque podem ser produzidos usando técnicas de fabricação de semicondutores já estabelecidas. Eles têm baixas taxas de erro, longos tempos de retenção de informação e são compatíveis com a tecnologia existente. Porém, a maioria dos experimentos foi feita em temperaturas muito baixas, onde o ruído térmico é mínimo. À medida que os pesquisadores tentam escalar os computadores quânticos, trabalhar em temperaturas mais altas se torna essencial, já que o poder de resfriamento diminui significativamente acima dessas temperaturas.
Desafios das Temperaturas Mais Altas
A energia térmica aumentada pode interferir na operação dos qubits. Isso acontece porque a energia térmica em temperaturas mais altas pode superar a energia necessária para manipular os qubits. Para ter um desempenho confiável, a carga térmica gerada por muitos qubits precisa ser gerenciada sem comprometer a Fidelidade, ou seja, a precisão das operações.
Os pesquisadores estão focados em estabelecer técnicas que permitam que os qubits funcionem de forma confiável em temperaturas acima de um kelvin. Isso é crucial para construir sistemas de computação quântica escaláveis que podem potencialmente realizar cálculos complexos.
Desenvolvimentos Recentes nas Operações de Qubits
Trabalhos recentes conseguiram operar qubits de spin em silício acima de um kelvin. Isso inclui trabalhar com alta fidelidade - uma medida da precisão das operações dos qubits. Os autores desenvolveram um novo protocolo para preparar estados de qubit, que envolve inicializar estados de dois qubits mesmo quando a energia térmica é alta.
Uma conquista importante foi atingir uma fidelidade de leitura de até 99,34 por cento tanto para leitura quanto para inicialização de qubits. Uma fidelidade de porta de um qubit de 99,85 por cento e uma fidelidade de porta de dois qubits de 98,92 por cento foram demonstradas. Isso representa um grande passo rumo a operações confiáveis em temperaturas mais altas.
Importância da Inicialização e Leitura
A inicialização dos qubits é o primeiro passo antes de realizar qualquer computação. Refere-se a preparar os qubits em um estado conhecido antes que as operações possam começar. A leitura é o processo de medir o estado dos qubits após a computação.
Em baixas temperaturas, a inicialização de qubits pode se beneficiar de métodos que envolvem mecanismos de polarização intrínsecos. No entanto, à medida que a temperatura aumenta, esses métodos se tornam menos eficazes. Os pesquisadores introduziram um protocolo de inicialização algorítmica para dois qubits, projetado para funcionar mesmo quando a energia térmica é equivalente ou supera a energia do qubit.
Esse protocolo permite operações de qubit mais robustas em uma variedade de condições. Os pesquisadores realizaram múltiplos experimentos para garantir consistência no desempenho, aproveitando um sistema que permite manipulações eficazes dos estados dos qubits.
Compreendendo o Desempenho dos Qubits
À medida que as temperaturas aumentam, o desempenho dos qubits pode variar. Fatores como tempos de relaxamento térmico e tempos de descoerência - ambos que afetam a rapidez com que um qubit pode voltar ao seu estado original após ser perturbado - se tornam críticos. Os pesquisadores estudaram esses fatores, observando que os níveis de ruído nos qubits geralmente aumentam com a temperatura, afetando suas operações.
Uma análise detalhada dessas métricas de desempenho é essencial para desenvolver estratégias que mitiguem os efeitos negativos das temperaturas mais altas. Ao entender como os qubits se comportam, os pesquisadores podem aumentar a fidelidade geral das operações.
Configuração Experimental
Para medir o desempenho, os pesquisadores usaram uma configuração experimental detalhada utilizando pontos quânticos de silício. Essa configuração incluiu múltiplos componentes, como sensores de carga, geradores de voltagem e sistemas de modulação de pulso para controlar os qubits.
O ambiente experimental foi crucial. Era importante manter a estabilidade enquanto gerava as condições necessárias para a operação dos qubits. Qualquer flutuação nessas condições poderia levar a Leituras imprecisas ou falhas na operação.
Operação e Características do Dispositivo
Os pesquisadores projetaram seu dispositivo para incorporar dois processadores de qubit usando tecnologia de semicondutor de silício-metal-óxido. Cada qubit aproveita o estado de spin de um elétron não emparelhado. Os campos elétricos gerados pelos eletrodos de porta manipulam esses spins, facilitando o controle efetivo sobre os qubits.
O dispositivo mostrou resultados promissores em estabilidade e características operacionais. A integração de técnicas avançadas de leitura permite uma rápida detecção dos estados dos qubits em várias faixas de temperatura.
Lidando com Erros
Ao trabalhar com qubits, erros podem ocorrer durante os processos de inicialização, manipulação e leitura. Lidar com esses erros é essencial para alcançar operações tolerantes a falhas. Os pesquisadores prestaram atenção especial para entender as fontes de erro, dividindo as contribuições para as perdas de fidelidade em duas categorias principais: erros Hamiltonianos e erros estocásticos.
Erros Hamiltonianos decorrem das interações inerentes entre os qubits e seu ambiente. Erros estocásticos estão relacionados a flutuações aleatórias no sistema. Ao isolar esses erros, os pesquisadores podem desenvolver melhores estratégias para minimizar seu impacto, levando a um desempenho de qubit mais confiável.
Direções Futuras
Avançando, os pesquisadores estão focados em várias áreas principais. Isso inclui melhorar a fidelidade dos processos de inicialização e reduzir erros durante a operação. Além disso, aprimorar técnicas de leitura é uma prioridade. À medida que a tecnologia de qubit avança, estratégias para escalar arrays de qubits enquanto mantêm o desempenho em temperaturas mais altas serão vitais.
Esforços estão em andamento para automatizar processos, garantindo que calibração e operações possam ser realizadas em tempo real. Isso aumentaria muito a viabilidade de implementar sistemas de computação quântica em larga escala.
Conclusão
Avanços recentes em qubits de silício demonstraram a capacidade de operar acima de um kelvin com alta fidelidade. A combinação de processos de inicialização otimizados, técnicas de controle precisas e uma análise abrangente de erros posiciona esses qubits como um forte candidato para futuras aplicações em computação quântica.
À medida que os pesquisadores continuam a desenvolver essa tecnologia, a esperança é desbloquear todo o potencial da computação quântica, abrindo caminho para novas descobertas em várias áreas, incluindo criptografia, ciência dos materiais e simulações de sistemas complexos. A jornada está em andamento, mas o progresso feito até agora oferece um vislumbre do potencial futuro da tecnologia quântica.
O objetivo final é alcançar um processador quântico tolerante a falhas que opere de forma eficiente em condições práticas, anunciando uma nova era de poder e capacidade computacional.
Referências
Título: High-fidelity operation and algorithmic initialisation of spin qubits above one kelvin
Resumo: The encoding of qubits in semiconductor spin carriers has been recognised as a promising approach to a commercial quantum computer that can be lithographically produced and integrated at scale. However, the operation of the large number of qubits required for advantageous quantum applications will produce a thermal load exceeding the available cooling power of cryostats at millikelvin temperatures. As the scale-up accelerates, it becomes imperative to establish fault-tolerant operation above 1 kelvin, where the cooling power is orders of magnitude higher. Here, we tune up and operate spin qubits in silicon above 1 kelvin, with fidelities in the range required for fault-tolerant operation at such temperatures. We design an algorithmic initialisation protocol to prepare a pure two-qubit state even when the thermal energy is substantially above the qubit energies, and incorporate radio-frequency readout to achieve fidelities up to 99.34 per cent for both readout and initialisation. Importantly, we demonstrate a single-qubit Clifford gate fidelity of 99.85 per cent, and a two-qubit gate fidelity of 98.92 per cent. These advances overcome the fundamental limitation that the thermal energy must be well below the qubit energies for high-fidelity operation to be possible, surmounting a major obstacle in the pathway to scalable and fault-tolerant quantum computation.
Autores: Jonathan Y. Huang, Rocky Y. Su, Wee Han Lim, MengKe Feng, Barnaby van Straaten, Brandon Severin, Will Gilbert, Nard Dumoulin Stuyck, Tuomo Tanttu, Santiago Serrano, Jesus D. Cifuentes, Ingvild Hansen, Amanda E. Seedhouse, Ensar Vahapoglu, Nikolay V. Abrosimov, Hans-Joachim Pohl, Michael L. W. Thewalt, Fay E. Hudson, Christopher C. Escott, Natalia Ares, Stephen D. Bartlett, Andrea Morello, Andre Saraiva, Arne Laucht, Andrew S. Dzurak, Chih Hwan Yang
Última atualização: 2023-08-18 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2308.02111
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2308.02111
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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