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Adaptação Genética em Drosophila: Uma Olhada Mais de Perto

Pesquisas mostram as complexidades da adaptação genética e o papel dos fatores ambientais.

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A evolução adaptativa rola quando a seleção natural favorece certas características, que então ficam mais comuns na população. Esse processo depende das variações genéticas, mas ainda tem muita coisa sem resposta sobre como essas características mudam com o tempo. Especificamente, os cientistas querem saber quantas variantes genéticas diferentes contribuem para essas características, quão grandes são os efeitos delas e quão comuns elas são, tanto antes quanto depois da seleção natural.

A maioria das pesquisas se concentrou em como genes individuais influenciam Características Adaptativas. Porém, os cientistas estão começando a perceber que as interações entre genes e entre genes e o ambiente têm papéis importantes em como as espécies se adaptam. Essa área ainda não é totalmente compreendida.

Diferentes Visões sobre a Adaptação Genética

As teorias sobre adaptação genética oferecem perspectivas diferentes. Uma ideia antiga sugeriu que várias pequenas variantes genéticas controlam características. Em contraste, outra teoria propôs que algumas variantes principais levam a mudanças significativas, seguidas por várias menores. Apesar dessas teorias, as adaptações do mundo real às vezes podem ser diferentes do que esses modelos preveem. Por exemplo, alguns pesquisadores estão investigando como as variações genéticas existentes, em vez de novas mutações, contribuem para a adaptação.

A adaptação local acontece quando populações se ajustam a fatores ambientais específicos. Nesses casos, tamanhos de efeito maiores em alelos são mais comuns. Além disso, as interações entre genes podem complicar como as características se desenvolvem em resposta à seleção natural.

O Papel da Epistasis na Evolução

Epistasis se refere a como o efeito de um gene pode ser influenciado pela presença ou ausência de outro gene. Alguns cientistas acreditam que essas interações podem ter um papel significativo em como as espécies se adaptam, enquanto outros argumentam que é menos importante. Pesquisas mostraram que a epistasis pode afetar vários processos evolutivos, incluindo a evolução do sexo, a especiação e a manutenção da diversidade genética.

Diferentes tipos de epistasis têm efeitos diferentes nas características. Por exemplo, algumas interações podem aumentar o efeito geral das características, enquanto outras podem reduzi-lo ou até mudar a direção do efeito. Estudos tentaram entender como essas interações podem influenciar características adaptativas de maneiras diferentes.

Evidências de Epistasis na Natureza

Embora a epistasis seja um fenômeno comum na genética, seu papel nas características adaptativas ainda não está completamente claro. Estudos sobre a domesticação de culturas e espécies específicas forneceram alguns exemplos de interações epistáticas entre genes. No entanto, características domesticadas podem ser menos sensíveis a contextos genéticos em comparação com características selvagens.

Na mosca da fruta Drosophila melanogaster, encontrada em diferentes ambientes, pesquisas identificaram casos de epistasis afetando características como o tempo de floração. Estudos recentes mostraram que uma parte significativa das variantes adaptativas pode ser específica de cepa, indicando níveis variados de epistasis.

Os pesquisadores estão cada vez mais interessados em como as interações entre genes e ambientes variados podem ajudar a revelar variações genéticas ocultas. Certas proteínas podem descobrir essas variações, que podem depois ser afetadas pela seleção natural.

Arquitetura Genética das Características Adaptativas

Essa pesquisa tem como objetivo fornecer insights sobre a base genética das características adaptativas em Drosophila melanogaster. Estudando populações de diferentes regiões, os cientistas podem identificar loci genéticos específicos ligados a várias características. Eles estão particularmente interessados em saber se essas características mostram evidências de epistasis e se reagem de maneiras diferentes em vários ambientes.

As características estudadas incluem tolerância ao frio, resistência ao etanol, pigmentação, padrões de canto e comprimento das asas. Essas características mostraram sinais de serem afetadas por Adaptações Locais. Por exemplo, as características de pigmentação estão intimamente ligadas a fatores ambientais, como radiação ultravioleta, especialmente em áreas com altos níveis de exposição.

Estudando Drosophila melanogaster

Para explorar essas ideias, os pesquisadores criaram dois novos conjuntos de Linhas Recombinantes Endogâmicas (RILs) a partir de Drosophila melanogaster. Um conjunto veio de um cruzamento entre uma cepa do sul da África (Zâmbia) e outra da Etiópia. O outro conjunto foi de um cruzamento entre a Zâmbia e uma cepa da França. O objetivo era entender como essas populações se adaptaram aos seus ambientes específicos ao longo do tempo.

As moscas etíopes foram encontradas com asas maiores e pigmentação mais escura em comparação com suas contrapartes zambianas. Os pesquisadores mediram o comprimento das asas e os níveis de pigmentação em diferentes regiões dos corpos das moscas, usando escalas de cores específicas.

A temperatura afeta a pigmentação; moscas criadas em condições mais frias são mais escuras do que aquelas criadas em ambientes mais quentes. Essa influência da temperatura foi essencial para examinar possíveis variações ocultas nos antecedentes genéticos das moscas de diferentes regiões.

Mapeando Características Genéticas

Em seguida, os pesquisadores procuraram locais genéticos específicos associados às características de interesse, visando identificar quais genes poderiam ser responsáveis pelas adaptações observadas entre as populações. Eles usaram técnicas avançadas de mapeamento, avaliando quão bem o Genótipo prevê mudanças nas características observadas.

Os cientistas identificaram QTLs (Locais Quantitativos de Características) ligados a cada característica. Esses QTLs fornecem insights sobre como certas variações genéticas contribuem para características dentro de uma população. O número de QTLs significativos variou de característica para característica, com algumas mostrando claras evidências de adaptação através de mudanças genéticas específicas.

Os pesquisadores também consideraram outros genes que poderiam ter conexões com as características estudadas, procurando genes fora do padrão que pudessem fornecer contexto adicional para suas descobertas.

Investigando a Epistasis

Para testar a epistasis, os pesquisadores usaram modelos estatísticos para comparar as interações entre os QTLs identificados. Eles queriam determinar se esses loci afetavam a expressão um do outro de uma maneira que indicaria fortes interações epistáticas.

Os resultados mostraram que não havia evidências significativas de epistasis entre os loci adaptativos estudados. Essa falta de interação sugere que as características evoluíram de forma independente, sem influências fortes de outros genes. Embora a ausência de epistasis seja intrigante, isso não descarta a possibilidade de efeitos moderados existirem em outros contextos.

Interações Gene-Ambiente

Além das interações genéticas, os pesquisadores também examinaram como diferentes fatores ambientais poderiam revelar ou esconder efeitos genéticos. Os resultados indicaram que a relação entre genótipo e ambiente era essencial para algumas das características de pigmentação estudadas. Dois dos QTLs de pigmentação mostraram interações significativas entre genótipo e ambiente, revelando que os efeitos de genes específicos podem variar dependendo do contexto ambiental.

Isso reforça a ideia de que entender características genéticas requer considerar como os genes interagem com seus ambientes.

Resumo dos Achados

No geral, essa pesquisa fornece insights importantes sobre a arquitetura genética das características adaptativas em Drosophila melanogaster. Embora os cientistas não tenham encontrado evidências fortes de epistasis, eles identificaram loci genéticos distintos associados a várias características que demonstram adaptação local. A falta de interações epistáticas fortes sugere que essas características são moldadas principalmente por componentes genéticos individuais, em vez de interações complexas.

Em conclusão, enquanto a relação entre genética e adaptação continua sendo uma área complexa de estudo, pesquisas contínuas são essenciais para descobrir como as características evoluem em resposta à seleção natural e às mudanças ambientais. As descobertas destacam os papéis variados da genética e do ambiente, sublinhando a importância de continuar explorando as nuances da evolução adaptativa.

Fonte original

Título: Recombinant inbred line panels inform the genetic architecture and interactions of adaptive traits in Drosophila melanogaster

Resumo: The distribution of allelic effects on traits, along with their gene-by-gene and gene-by-environment interactions, contributes to the phenotypes available for selection and the trajectories of adaptive variants. Nonetheless, uncertainty persists regarding the effect sizes underlying adaptations and the importance of genetic interactions. Herein, we aimed to investigate the genetic architecture and the epistatic and environmental interactions involving loci that contribute to multiple adaptive traits using two new panels of Drosophila melanogaster recombinant inbred lines (RILs). To better fit our data, we re-implemented functions from R/qtl (Broman et al. 2003) using additive genetic models. We found 14 quantitative trait loci (QTL) underlying melanism, wing size, song pattern, and ethanol resistance. By combining our mapping results with population genetic statistics, we identified potential new genes related to these traits. None of the detected QTLs showed clear evidence of epistasis, and our power analysis indicated that we should have seen at least one significant interaction if sign epistasis or strong positive epistasis played a pervasive role in trait evolution. In contrast, we did find roles for gene-by-environment interactions involving pigmentation traits. Overall, our data suggest that the genetic architecture of adaptive traits often involves alleles of detectable effect, that strong epistasis does not always play a role in adaptation, and that environmental interactions can modulate the effect size of adaptive alleles.

Autores: John E Pool, T. d. S. Ribeiro, M. J. Lollar, Q. D. Sprengelmeyer, Y. Huang, D. M. Benson, M. S. Orr, Z. C. Johnson, R. B. Corbett-Detig

Última atualização: 2024-05-17 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.05.14.594228

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.05.14.594228.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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