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Insights sobre o Desenvolvimento e Anomalias da Mandíbula

Pesquisas mostram papéis importantes do TGF-β no desenvolvimento da mandíbula e em anomalias.

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Anomalias craniofaciais são condições que afetam o crescimento e a forma do crânio e dos ossos faciais. Isso pode rolar por conta de fatores genéticos que vêm de família ou podem aparecer do nada, sem histórico familiar. Fatores ambientais também podem influenciar como essas características se desenvolvem. Essas anomalias podem trazer desafios grandes para quem é afetado, já que o tratamento principal muitas vezes envolve cirurgia.

Tipos de Anomalias da Mandíbula

Uma área de preocupação é o esqueleto da mandíbula, que pode ter várias questões. Algumas pessoas podem ter mandíbulas subdesenvolvidas, chamadas de hipoplasia, enquanto outras podem ter mandíbulas excessivamente desenvolvidas, conhecidas como hiperplasia. Alguns problemas podem afetar o alinhamento da mandíbula, como protrusão (prognatia) ou mandíbulas recuadas (retrognatia). Tem também condições em que a mandíbula é anormalmente pequena (micrognatia) ou grande (macrogathia). Estudar como a mandíbula se desenvolve em nível celular vai ajudar a criar opções de tratamento menos invasivas e melhorar a qualidade de vida de quem tem anomalias na mandíbula.

Desenvolvimento dos Ossos Faciais e da Mandíbula

Durante as primeiras fases do desenvolvimento, um grupo de células chamado mesênquima da crista neural (NCM) forma todas as partes ósseas do rosto e da mandíbula. Algumas células desse grupo se tornam osteoblastos, que são responsáveis por fazer os ossos, enquanto outras se tornam condócitos, formando a cartilagem. As células NCM são importantes para muitos processos na formação dos ossos, incluindo como eles crescem, se desenvolvem e mudam com o tempo.

Os osteoblastos também podem influenciar outro tipo de célula chamada Osteoclastos, que são responsáveis por quebrar o tecido ósseo. Um equilíbrio adequado entre essas células é crucial para o desenvolvimento saudável da mandíbula. Estudos mostraram que a atividade dos osteoclastos é vital para desenvolver a mandíbula inferior, indicando que o NCM não só cria o osso, mas também ajuda a controlar seu tamanho e forma ao gerenciar a atividade dos osteoclastos.

Via de Sinalização TGF-β

Uma via de sinalização que parece ser importante nesse processo é a via de sinalização TGF-β. Isso envolve um grupo de proteínas que se comunicam para passar instruções entre as células. Quando a sinalização ocorre corretamente, pode levar ao desenvolvimento adequado das características faciais, regular como as células crescem e migram, e afetar como os ossos se remodelam. Em pacientes com certas mutações genéticas nessa via, mudanças específicas no rosto e no crânio podem ocorrer.

Estudos sugeriram que alterações na via TGF-β podem levar a anomalias significativas na mandíbula. A perda de componentes específicos nessa via pode resultar em uma mandíbula mais curta e problemas de desenvolvimento em certas partes da mandíbula. Pesquisar essa via de sinalização pode esclarecer como essas mudanças acontecem no desenvolvimento da mandíbula e potencialmente guiar abordagens de tratamento.

Investigando o Desenvolvimento da Mandíbula

Para entender melhor como a sinalização TGF-β impacta o desenvolvimento da mandíbula, pesquisadores realizaram estudos com camundongos. Usando um tipo específico de camundongo cujo receptor TGF-β foi alterado, eles puderam examinar os efeitos na estrutura da mandíbula. Descobriram que os camundongos alterados apresentavam uma mandíbula encurtada e outras anomalias específicas.

Os estudos mostraram que esse encurtamento estava relacionado ao aumento da morte celular em certas áreas durante estágios chave do desenvolvimento. Os pesquisadores tentaram descobrir se mudanças na reabsorção óssea estavam presentes nesses camundongos alterados, já que eles sabiam que a atividade adequada dos osteoclastos era crítica para o desenvolvimento da mandíbula. O objetivo era determinar se a via de sinalização TGF-β era crucial para os processos que controlavam o comprimento da mandíbula.

Métodos de Estudo

A pesquisa envolveu várias técnicas, incluindo a análise de embriões de camundongos em diferentes estágios de desenvolvimento. Os pesquisadores usaram microtomografia computadorizada (micro-CT) para captar imagens detalhadas dos ossos da mandíbula nos camundongos. Eles também realizaram técnicas de coloração especiais para observar a atividade nos ossos e avaliar o número de osteoclastos presentes.

Uma análise da expressão gênica também foi feita para entender quais sinais celulares estavam ativos em condições normais e alteradas. Alguns embriões foram tratados com um medicamento que inibe o receptor TGF-β para ver como isso impactava o desenvolvimento da mandíbula, visando confirmar se a sinalização TGF-β era essencial.

Descobertas e Observações

Os estudos resultaram em várias descobertas que destacaram a complexidade do desenvolvimento da mandíbula. Os camundongos alterados apresentaram anomalias severas na mandíbula. No entanto, quando os pesquisadores examinaram de perto a qualidade e a densidade óssea nesses camundongos alterados, descobriram que, surpreendentemente, havia diferenças mínimas em comparação com os camundongos normais. Essa descoberta sugeriu que a estrutura básica do osso pode ter sido mantida apesar das mudanças significativas observadas no tamanho e na forma da mandíbula.

Em termos de osteoclastos, os estudos mostraram que o número dessas células era significativamente menor nos camundongos alterados, o que pode explicar como o desenvolvimento da mandíbula foi afetado. No entanto, as moléculas de sinalização geralmente ligadas ao controle dos osteoclastos não mostraram mudanças significativas, levando os pesquisadores a considerar que outros sinais ainda não identificados podem estar envolvidos nesse processo.

Comparação com Modelos de Codornas

Para ampliar suas descobertas e confirmar seus resultados, os pesquisadores também usaram embriões de codornas. Os experimentos com codornas envolveram injetar um inibidor do receptor TGF-β em um estágio de desenvolvimento específico. Os resultados indicaram que as codornas tratadas tinham mandíbulas inferiores mais curtas em comparação com os controles, reafirmando a ideia de que a sinalização TGF-β é crítica para o desenvolvimento adequado do comprimento da mandíbula.

Conclusão e Direções Futuras

No geral, a pesquisa reforçou a ideia de que a sinalização TGF-β no NCM é vital durante o desenvolvimento da mandíbula. A sinalização alterada parece ter afetado o número de osteoclastos, resultando em menos dessas células na mandíbula dos camundongos afetados. Isso resultou nas anomalias observadas na mandíbula.

Ainda tem muito a aprender sobre como esses mecanismos se desenrolam ao longo do tempo. Pesquisas futuras podem se concentrar em entender exatamente como as células derivadas do NCM influenciam os osteoclastos. Ao descobrir esses detalhes, os cientistas podem ser capazes de desenvolver tratamentos melhores para indivíduos com anomalias craniofaciais, especialmente aqueles que vêm de condições genéticas como a Síndrome de Loeys-Dietz I.

Conforme as descobertas continuam a surgir, elas vão aumentar nosso conhecimento sobre o desenvolvimento da mandíbula e potencialmente levar a avanços em tratamentos menos invasivos para quem é afetado por malformações faciais e mandibulares. Compreender as interações celulares no crescimento craniofacial continua sendo uma área significativa de pesquisa, prometendo novas ideias sobre saúde e tratamento para várias condições craniofaciais.

Fonte original

Título: TGF-β Signaling in Cranial Neural Crest Affects Late-Stage Mandibular Bone Resorption and Length

Resumo: Malocclusions are common craniofacial malformations which cause quality of life and health problems if left untreated. Unfortunately, the current treatment for severe skeletal malocclusion is invasive surgery. Developing improved therapeutic options requires a deeper understanding of the cellular mechanisms responsible for determining jaw bone length. We have recently shown that neural crest mesenchyme (NCM) can alter jaw length by controlling recruitment and function of mesoderm-derived osteoclasts. Transforming growth factor beta (TGF-{beta}) signaling is critical to craniofacial development by directing bone resorption and formation, and heterozygous mutations in TGF-{beta} type I receptor (TGFBR1) are associated with micrognathia in humans. To identify what role TGF-{beta} signaling in NCM plays in controlling osteoclasts during mandibular development, mandibles of mouse embryos deficient in the gene encoding Tgfbr1 specifically in NCM were analyzed. Our lab and others have demonstrated that Tgfbr1fl/fl;Wnt1-Cre mice display significantly shorter mandibles with no condylar, coronoid, or angular processes. We hypothesize that TGF-{beta} signaling in NCM can also direct later bone remodeling and further regulate late embryonic jaw bone length. Interestingly, analysis of mandibular bone through micro-computed tomography and Massons trichrome revealed no significant difference in bone quality between the Tgfbr1fl/fl;Wnt1-Cre mice and controls, as measured by bone perimeter/bone area, trabecular rod-like diameter, number and separation, and gene expression of Collagen type 1 alpha 1 (Col11) and Matrix metalloproteinase 13 (Mmp13). Though there was not a difference in localization of bone resorption within the mandible indicated by TRAP staining, Tgfbr1fl/fl;Wnt1-Cre mice had approximately three-fold less osteoclast number and perimeter than controls. Gene expression of receptor activator of nuclear factor kappa-{beta} (Rank) and Mmp9, markers of osteoclasts and their activity, also showed a three-fold decrease in Tgfbr1fl/fl;Wnt1-Cre mandibles. Evaluation of osteoblast-to-osteoclast signaling revealed no significant difference between Tgfbr1fl/fl;Wnt1-Cre mandibles and controls, leaving the specific mechanism unresolved. Finally, pharmacological inhibition of Tgfbr1 signaling during the initiation of bone mineralization and resorption significantly shortened jaw length in embryos. We conclude that TGF-{beta} signaling in NCM decreases mesoderm-derived osteoclast number, that TGF-{beta} signaling in NCM impacts jaw length late in development, and that this osteoblast-to-osteoclast communication may be occurring through an undescribed mechanism.

Autores: Erin Ealba Bumann, C. J. Houchen, S. Ghanem, V. Kaartinen

Última atualização: 2024-05-24 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.05.24.595783

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.05.24.595783.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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