Abordando as Quedas entre Pacientes Idosos em Hospitais
Quedas em hospitais são um grande problema que afeta pacientes mais velhos.
― 8 min ler
Índice
Quedas em hospitais são um problema sério que afeta muitos pacientes ao redor do mundo. Elas podem causar lesões, aumentar o tempo de internação e elevar os custos médicos. Pacientes mais velhos estão particularmente em risco, e essas quedas podem fazer com que eles precisem de mais ajuda quando voltam pra casa.
Por Que Acontecem Quedas?
Cerca de 30% das quedas em hospitais resultam em lesões físicas. Pacientes mais velhos costumam ser mais frágeis, o que torna essas quedas ainda mais arriscadas. Quando caem, podem ter que ficar no hospital por mais tempo e talvez precisem voltar pra mais tratamentos depois. Isso não é só difícil pra eles; também custa muito dinheiro pros prestadores de saúde e pras seguradoras.
Os hospitais tentaram diferentes maneiras de prevenir quedas, mas muitos desses métodos não mostraram resultados fortes. Por exemplo, dispositivos como alarmes de cadeira e sensores vestíveis não funcionaram bem em reduzir as taxas de quedas.
Estratégias Eficazes de Prevenção
Alguns métodos de prevenção de quedas mostraram potencial. Isso inclui uma combinação de educação tanto pra pacientes quanto pra equipe, melhor comunicação entre enfermeiras, respostas rápidas às necessidades dos pacientes, visitas regulares ao banheiro, mudanças no ambiente, uso de ajudas como andadores, programas de exercícios, calçado adequado e gerenciamento de medicamentos e nutrição. Dentre todas essas estratégias, ensinar pacientes e equipe hospitalar sobre os riscos de quedas e como preveni-las tem sido a maneira mais eficaz de reduzir quedas em hospitais.
A Importância de Educar Pacientes
Os serviços de saúde estão começando a perceber como é importante educar os pacientes sobre como evitar quedas. Na prática, a equipe do hospital deve fornecer educação sobre os riscos de quedas pros pacientes. Pesquisas mostram que esse tipo de educação pode levar a ambientes mais seguros nos hospitais. No entanto, falta uma implementação consistente e completa dessa educação, o que torna difícil alcançar os pacientes de forma eficaz.
Idosos têm mais chances de cair na primeira semana de internação, mas os profissionais de saúde muitas vezes acham difícil priorizar a educação sobre quedas logo após a admissão. Mesmo quando há uma base teórica forte pra programas de prevenção de quedas, eles muitas vezes falham em situações reais porque não são implementados corretamente.
Entendendo as Perspectivas dos Pacientes
Pra melhorar as estratégias de prevenção de quedas, é crucial ouvir as experiências e insights dos idosos. Engajá-los em discussões sobre prevenção de quedas pode empoderá-los e encorajá-los a assumir a responsabilidade pela sua segurança. Quando os hospitais conversam com os pacientes sobre suas opiniões, eles podem criar programas melhores que estejam alinhados com o que os pacientes precisam.
Esse artigo analisa um estudo que teve como objetivo aprender a implementar a educação sobre prevenção de quedas pros pacientes em hospitais. O foco foi reunir feedback de idosos sobre seu conhecimento sobre prevenção de quedas, além de suas experiências com a educação que receberam durante a internação.
Coletando Feedback
O estudo foi aprovado por um comitê de ética, e todos os participantes deram consentimento pra participar. Os pesquisadores utilizaram grupos focais e entrevistas pra coletar dados. Os grupos focais permitiram discussões abertas e espontâneas, enquanto as entrevistas individuais possibilitaram uma exploração mais profunda dos pensamentos e feedback dos idosos.
O estudo foi guiado por um modelo chamado COM-B (Capacidade-Oportunidade-Motivação-Comportamento), que ajuda a identificar o que precisa mudar pra que uma intervenção comportamental seja bem-sucedida. Em termos simples, pra alguém mudar seu comportamento-como praticar a prevenção de quedas-precisa ter as habilidades, oportunidades e motivação certas pra isso.
Características dos Participantes do Estudo
Os participantes do estudo incluíram idosos com 65 anos ou mais que tinham experiência hospitalar. Isso também incluiu cuidadores de idosos. Os pesquisadores tinham como objetivo reunir um grupo diversificado de participantes pra captar uma ampla gama de experiências e perspectivas.
O Que os Participantes Compartilharam
O feedback dos idosos revelaram cinco temas principais sobre a educação de prevenção de quedas nos hospitais:
Estresse e Desempoderamento: Muitos idosos expressaram grande estresse após sofrer quedas. Eles se sentiram impotentes e restritos, especialmente depois de cair, quando seus movimentos foram limitados. Um participante descreveu sentir-se irritada e sem poder quando seu familiar caiu e ela teve dificuldade em obter informações da equipe.
Incerteza Sobre a Segurança: Os pacientes frequentemente se sentiam ansiosos e inseguros sobre como se comportar com segurança no ambiente desconhecido do hospital. Muitos compartilharam histórias de se sentirem perdidos e confusos, o que aumentou seu risco de quedas.
Educação Inadequada: A maioria dos participantes não se lembrava de ter recebido informações sobre como prevenir quedas enquanto estavam internados. Eles ficaram surpresos por serem questionados sobre a educação de quedas, e muitos relataram falta de comunicação clara sobre os riscos.
Comunicação Deficiente: Os participantes notaram que a comunicação dentro do hospital era inconsistente e muitas vezes confusa. Muitos se sentiram ignorados e disseram que informações essenciais não foram compartilhadas com eles, deixando-os ansiosos sobre sua segurança.
Idadismo: Alguns idosos sentiram que atitudes ageistas influenciavam seu cuidado. Eles acreditavam que a equipe subestimava suas habilidades e os tratava como se fossem incapazes de entender suas próprias necessidades.
Compartilhando Suas Experiências
Os participantes relataram experiências semelhantes, independentemente de terem ou não caído no hospital. Todos notaram uma falta geral de educação e apoio em relação à prevenção de quedas. O sentimento predominante era que o apoio e a educação que receberam não atenderam suas expectativas, o que levou a sentimentos de vulnerabilidade.
Por exemplo, um participante descreveu sua frustração quando precisava de ajuda pra ir ao banheiro e sentiu que a equipe estava muito ocupada pra ajudá-lo de forma oportuna. Isso resultou em estresse desnecessário e uma sensação de perda de dignidade.
Principais Descobertas e Recomendações
As descobertas indicaram que os pacientes mais velhos não sentiam que tinham capacidade, motivação ou oportunidades suficientes pra se comportar de forma segura enquanto estavam internados. Eles não estavam totalmente cientes dos riscos de queda ou da importância de pedir ajuda quando necessário.
Pra melhorar a segurança no hospital, é crucial fornecer educação que aumente a conscientização sobre quedas e incentive os pacientes a pedirem assistência. Muitos participantes expressaram o desejo de uma comunicação e apoio mais diretos da equipe do hospital.
O Papel da Equipe e Comunicação
A equipe de saúde desempenha um papel vital na segurança dos pacientes. É essencial que eles se envolvam ativamente com os pacientes mais velhos e façam perguntas pra entender seus sentimentos e necessidades. Construir confiança e compreensão entre a equipe e os pacientes pode motivar os idosos a buscar ajuda e se engajar em comportamentos de prevenção de quedas.
Os participantes relataram que muitas vezes se sentiam ansiosos e inseguros em buscar ajuda, com medo de serem um fardo pra equipe ocupada. Essa percepção pode levar os idosos a correr riscos desnecessários, resultando em quedas.
Enfrentando o Idadismo
O idadismo dentro do sistema de saúde é uma barreira significativa pra comunicação e apoio efetivos aos pacientes mais velhos. Muitas pessoas sentiram que a equipe não levava suas preocupações a sério ou não os tratava com o respeito necessário. Treinamentos e conscientização sobre o idadismo podem ajudar a melhorar as interações e criar um ambiente mais solidário pros pacientes mais velhos.
Conclusão
Quedas em hospitais representam um risco significativo para os idosos, afetando sua recuperação e bem-estar. O feedback dos consumidores mais velhos destaca a necessidade urgente de melhor comunicação, educação e apoio em ambientes de saúde.
Ao abordar as lacunas na educação sobre prevenção de quedas e promover uma cultura de comunicação aberta, os hospitais podem criar ambientes mais seguros para os pacientes mais velhos. Implementar programas de educação personalizados que respeitem as experiências vividas dos idosos os empoderará a se engajar na sua segurança e bem-estar durante a internação.
Através de colaborações e parcerias com os idosos, os hospitais podem entender melhor suas necessidades e expectativas, levando a um cuidado aprimorado e redução nas taxas de quedas.
Título: "You just struggle on your own:" Exploring older consumers' perspectives about falls prevention education in hospitals.
Resumo: IntroductionWhile individualised falls preventive education has been effective in reducing hospital falls among older patients, there is a dearth of research exploring consumers perspectives on hospital falls prevention education. ObjectiveThis study aimed to explore the knowledge of older consumers regarding preventing falls in hospital and their reflections on the education received during hospitalisation. MethodsA qualitative, exploratory study incorporating focus groups and semi-structured interviews was undertaken. The participants consisted of a purposively selected sample of community-dwelling consumers aged 65 and above (n=39 older adults and n=9 family carers of older adults) who had been admitted to a hospital within the past five years. Thematic analysis, incorporating deductive and inductive approaches, was applied and a capability-opportunity-motivation-behaviour model was utilised to comprehend the key determinants influencing the implementation of falls education for hospitalised older adults. ResultsFeedback from the participants (n=46, 25 females, age range 60 to 89 years) revealed five key themes: distress and disempowerment resulting from hospital falls, anxiety and uncertainty regarding required behaviour while hospitalised, insufficient and inconsistent falls prevention education, inadequate communication, and underlying ageism attitudes. These themes converged to provide the overarching theme: "This [support and education available to engage in safe falls prevention behavior] wasnt what we expected!" Application of the behaviour change model indicated that older consumers often did not acquire falls prevention knowledge, awareness or motivation, and had limited opportunities to engage in falls preventive behaviour during hospitalisation. DiscussionIn summary, older consumers receive sporadic falls prevention education during hospital admissions, which fails to raise their awareness and knowledge of falls risks or their capability to engage in safe preventive behaviours. Conflicting messages contribute to consumer confusion and anxiety about maintaining safety during hospital stays. ConclusionFurther research is required to address these issues to enable older adults to undertake effective falls prevention behaviours in hospital settings. Hospital policies and guidelines need to prioritise falls prevention education. Policies can be designed to emphasise tailored education, effective communication, and the importance of addressing ageism to enhance patient safety and well-being.
Autores: Anne-Marie Hill, S. Vaz, J. Francis-Coad, L. Flicker, M. E. Morris, T. Weselman
Última atualização: 2023-11-16 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.11.16.23298542
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.11.16.23298542.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.
Obrigado ao medrxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.