Reexaminando a Teoria dos Contratos: Uma Perspectiva de Agência Comum
Este artigo explora a dinâmica da agência comum na teoria do contrato.
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Índice
No estudo dos contratos, é comum focar em duas ideias principais: contratos onde uma parte tem autoridade para agir por outra e situações onde todo mundo segue as regras à risca. Enquanto a segunda ideia é bem rígida, a primeira geralmente se aplica em muitas situações. Este texto discute como relaxar essas ideias rígidas ajuda a entender situações mais complexas, especialmente quando várias partes estão envolvidas.
Contexto da Teoria dos Contratos
A teoria tradicional dos contratos costuma analisar um esquema simples com um principal (a pessoa que quer algo) e um agente (a pessoa que faz o trabalho). Essa teoria tem sido útil para explicar várias situações econômicas, como quando as pessoas tomam decisões com informações incompletas e quando agem em interesse próprio, que vai contra o benefício do grupo.
Mas na vida real, muitas vezes tem vários principais interagindo com um único agente ao mesmo tempo. Por exemplo, em lobbies ou sistemas de saúde, o agente pode lidar com vários principais ao mesmo tempo. É aqui que a agência comum entra em cena, permitindo analisar cenários com múltiplos principais e um agente comum.
Modelos de Agência Comum
Os modelos de agência comum são úteis para entender como os agentes interagem com vários principais. Nesses modelos, um agente pode ter informações privadas sobre suas próprias habilidades ou preferências, além de saber sobre os contratos oferecidos por todos os principais. Diferente dos modelos tradicionais, que têm um foco mais restrito, a agência comum abre um leque maior de possibilidades, especialmente sobre como os principais podem estruturar seus contratos de forma estratégica.
Uma das principais sacadas da agência comum é que métodos de análise tradicionais podem falhar. Por exemplo, enquanto normalmente dá pra inferir resultados de contratos em uma configuração um-a-um, introduzir várias partes complica muito a situação por causa do fluxo de informações do agente para vários principais.
Desafios na Agência Comum
O principal desafio é que a presença de muitos principais significa que o agente não só guarda segredos sobre seu próprio tipo, mas também sabe que contratos os principais propõem e como eles pretendem agir com base nas mensagens do agente. Essa teia complexa de informações exige uma abordagem analítica diferente.
Um principal pode optar por pedir ao agente para compartilhar mais do que apenas seu tipo de informação. Eles podem querer todas as informações do mercado relacionadas à interação, mas, na verdade, ficar com mecanismos mais simples, como oferecer contratos em menu, geralmente já resolve. A escolha do agente revela todas as informações relevantes, tornando contratos complexos desnecessários em muitos casos.
Contratos Delegados vs. Não Delegados
Nos modelos tradicionais, os contratos que delegam total autoridade de decisão ao agente são preferidos. Isso significa que a mensagem do agente dita completamente as ações do principal. No entanto, quando consideramos contratos não delegados, onde o principal mantém um certo controle sobre suas ações depois de receber a mensagem do agente, encontramos novos resultados de equilíbrio.
Com contratos não delegados, os principais agem depois de ver o que o agente compartilhou com eles. Isso pode levar a resultados melhores, já que os principais podem responder de forma estratégica com base nas ações uns dos outros e na contribuição do agente.
Ajustes Teóricos
A principal contribuição deste trabalho é mostrar que relaxar as suposições de delegação total e compromisso rígido abre espaço para novos tipos de equilíbrios. Podemos identificar contratos específicos que tornam a análise desses novos equilíbrios mais manejável. Focando em tipos específicos de contratos, os pesquisadores podem simplificar sua compreensão de como os principais podem interagir de forma eficaz com um agente comum.
Protocolos de Comunicação e Anúncio
Para entender como a agência comum funciona na prática, precisamos considerar dois aspectos-chave: quem está se comunicando (protocolo de comunicação) e como essa informação é apresentada (protocolo de anúncio).
Basicamente, existem quatro combinações desses protocolos:
- Anúncio público com comunicação pública.
- Anúncio público com comunicação privada.
- Anúncio privado com comunicação pública.
- Anúncio privado com comunicação privada.
Cada uma dessas configurações leva a resultados diferentes e influencia como os principais formam suas crenças e decidem sobre as ações.
Alcançando Resultados Eficientes
Uma descoberta interessante é que, quando contratos não delegados são usados, eles frequentemente produzem resultados melhores do que os que contratos delegados poderiam alcançar. Um principal pode criar contratos complexos (como contratos em menu de menu) que permitem ao agente escolher agir com base no que ele vê como a melhor opção. Essa flexibilidade pode gerar alocações mais eficientes se comparadas a contratos delegados mais simples.
Em certos cenários, no entanto, contratos em menu tradicionais falham em entregar resultados ideais. Isso é especialmente verdadeiro quando a estrutura de comunicação não é robusta o suficiente para garantir que todos os principais tomem boas decisões.
Contratos Canônicos na Agência Comum
A introdução de tipos específicos de contratos, como contratos em menu de menu e outros com diferentes níveis de recomendação, fornece novas ferramentas para analisar situações de principal-agente. Esses contratos podem ajudar os principais a coordenarem melhor entre si, permitindo a possibilidade de alcançar resultados Pareto-eficientes, ou seja, resultados onde ninguém pode ser beneficiado sem prejudicar alguém.
Fica claro que focar em contratos canônicos-aqueles básicos mas eficazes-ajuda a esclarecer os tipos de acordos que levam a resultados bem-sucedidos nesses modelos de agência mais complexos.
Adaptação ao Compromisso Imperfeito
Em muitas situações do mundo real, o compromisso nunca é perfeito. O modelo também considera essa fraqueza ao reconhecer que os principais podem só conseguir se comprometer com partes de um acordo, deixando outras partes abertas à negociação ou mudança. Esse cenário de compromisso imperfeito introduz camadas adicionais de complexidade que precisam ser abordadas.
Ao reconhecer que tanto partes contratuais quanto não contratuais das ações de um agente existem, podemos explicar melhor como os principais operariam nessas condições.
Conclusão
Em resumo, este texto ilustra como relaxar as suposições da teoria dos contratos tradicional pode levar a novas ideias que são aplicáveis a situações reais envolvendo múltiplos agentes e principais. Ao focar em contratos não delegados e nas implicações do compromisso imperfeito, ganhamos uma compreensão mais profunda de como os principais podem estruturar suas relações com os agentes para alcançar resultados melhores.
Através da exploração cuidadosa de comunicação, estruturas de anúncio, e a introdução de contratos canônicos, apresentamos uma visão mais nuançada da agência comum que reflete as realidades da interação humana em contextos econômicos. Essas ideias não só reforçam os sistemas teóricos, mas também melhoram as abordagens práticas para negociação e formação de contratos em várias áreas.
Título: Common Agency with Non-Delegation or Imperfect Commitment
Resumo: In classical contract theory, we usually impose two assumptions: delegated contracts and perfect commitment. While the second assumption is demanding, the first one suffers no loss of generality. Following this tradition, current common-agency models impose delegated contracts and perfect commitment. We first show that non-delegated contracts expand the set of equilibrium outcomes under common agency. Furthermore, the powerful menu theorem for common agency (Peters (2001) and Martimort and Stole (2002)}) fails for either non-delegated contracts or imperfect commitment. We identify canonical contracts in such environments, and re-establish generalized menu theorems. Given imperfect commitment, our results for common-agency models are analogous to those in Bester and Strausz (2001) and Doval and Skreta (2012) for the classical contract theory, which re-establish the revelation principle.
Autores: Seungjin Han, Siyang Xiong
Última atualização: 2023-09-20 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2309.11595
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2309.11595
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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