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# Ciências da saúde# Medicina cardiovascolare

Long COVID: Desafios Contínuos na Saúde Física

Estudo revela efeitos duradouros da Long COVID no exercício e na capacidade física.

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Long COVID, também conhecido como sequelas pós-agudas da infecção por SARS-CoV-2 (PASC), se refere a problemas de saúde que podem durar meses após a infecção inicial por COVID-19. Essa condição pode afetar qualquer pessoa que teve COVID-19, independente da gravidade dos sintomas. Estima-se que cerca de 3,1% das pessoas no Reino Unido relatem sintomas de Long COVID que persistem por mais de 12 semanas.

Sintomas Comuns

Quem tem Long COVID costuma sentir uma variedade de sintomas, mas a fadiga extrema e a intolerância ao exercício são os mais comuns. Vários estudos mostraram que as pessoas com Long COVID têm uma capacidade de se exercitar muito menor em comparação com pessoas saudáveis. Embora os pesquisadores ainda estejam tentando entender as razões exatas para essa queda na forma física, alguns acreditam que pode ter a ver com a maneira como o corpo consegue extrair oxigênio durante o exercício.

Estudos recentes analisaram de perto como os músculos esqueléticos funcionam em pessoas com Long COVID. Descobriram que os músculos têm uma capacidade reduzida de usar oxigênio e que há menos enzimas importantes que ajudam na produção de energia. Mas não são só os músculos que podem ser afetados; outros sistemas do corpo também podem ter um papel em tornar o exercício difícil.

Nos casos de Long COVID, outros problemas de saúde, como problemas com o sistema nervoso autônomo, anemia e várias questões cardíacas, também foram relatados. Cada uma dessas condições pode afetar a capacidade da pessoa de se exercitar e realizar atividades diárias.

Objetivo do Estudo

Esse estudo tem como objetivo analisar como várias partes-chave do corpo que são cruciais para o exercício - como coração, pulmões, músculos e sistema nervoso - funcionam em indivíduos com Long COVID em comparação com pessoas saudáveis. Queremos ver se algum problema nessas áreas pode explicar por que o desempenho nos exercícios é reduzido em quem tem Long COVID. Acreditamos que questões relacionadas ao uso de energia dos músculos podem ter um grande papel na diminuição da Capacidade de Exercício.

Participantes do Estudo

Os participantes foram divididos em dois grupos: os com Long COVID e os saudáveis. As pessoas com Long COVID foram identificadas em uma clínica específica para recuperação de COVID-19 e foram incluídas se relataram fadiga e intolerância ao exercício que começaram durante ou após a infecção por COVID-19. Indivíduos saudáveis, parecidos em idade e sexo, foram recrutados entre funcionários e alunos da University College London.

Coletamos informações sobre idade, sexo, etnia e problemas de saúde existentes por meio de questionários. Também medimos a altura, peso e composição corporal deles.

Testando a Capacidade de Exercício

Para determinar a capacidade de exercício, realizamos um tipo específico de teste chamado teste cardiopulmonar de exercício (CPET). Durante o teste, os participantes pedalaram em uma bicicleta estacionária em níveis crescentes de dificuldade até atingirem seus limites. Medimos vários indicadores de saúde, como frequência cardíaca, uso de oxigênio e pressão arterial durante todo o teste.

Outros testes importantes também foram realizados, incluindo testes de Função Pulmonar. Nesses testes, medimos quão bem os pulmões conseguiam mover ar para dentro e para fora, além de quanto ar podia ser exalado em um segundo.

Principais Descobertas

Os participantes com Long COVID apresentaram várias diferenças notáveis em comparação com o grupo saudável. O mais importante é que indivíduos com Long COVID tinham uma capacidade menor de esforço físico. Muitos não conseguiram atingir as frequências cardíacas esperadas durante o exercício, e aqueles que conseguiram frequentemente sentiram fadiga extrema ou outros sintomas limitantes durante o teste.

Ao comparar medidas específicas de capacidade de exercício, os indivíduos com Long COVID mostraram valores significativamente mais baixos em várias métricas importantes em comparação com os controles saudáveis. Isso incluía um menor consumo máximo de oxigênio e uma capacidade reduzida de utilizar oxigênio de forma eficiente durante o exercício.

Em termos de função pulmonar, a maioria das pessoas com Long COVID ainda estava dentro das faixas normais, apesar de ter valores mais baixos em comparação com os participantes saudáveis. Não mostraram evidências fortes de problemas cardíacos, e a função e estrutura de seus corações pareciam normais em repouso.

Função Muscular e Respostas Autonômicas

Também analisamos a função muscular e como o corpo responde a mudanças de posição. Os participantes com Long COVID tiveram tempos de recuperação mais lentos no consumo de oxigênio muscular após o exercício, indicando possíveis ineficiências na recuperação muscular.

Além disso, avaliamos como o sistema nervoso gerenciava a frequência cardíaca após o exercício. Indivíduos com Long COVID tiveram uma recuperação mais lenta na frequência cardíaca após o esforço físico em comparação com o grupo saudável. Alguns participantes atenderam aos critérios para condições que afetam a pressão arterial e a frequência cardíaca ao se mover de sentado para em pé, indicando um possível envolvimento do sistema nervoso.

Níveis de Atividade Física

Ambos os grupos relataram níveis semelhantes de atividade física no geral. No entanto, indivíduos com Long COVID tendem a passar mais tempo inativos ou dormindo. Esses fatores podem contribuir para a força muscular deles estar abaixo do esperado. O estudo destacou que, apesar de relatarem níveis semelhantes de atividade física, os indivíduos com Long COVID ainda podem estar enfrentando desafios que limitam suas capacidades.

Níveis de Hemoglobina

Medimos os níveis de hemoglobina, que são importantes para carregar oxigênio no sangue. Alguns indivíduos com Long COVID apresentaram níveis mais baixos que o normal, o que pode afetar sua saúde geral e desempenho no exercício.

Explorando Relações

Nossa intenção era determinar se problemas na função muscular, pulmonar, cardíaca ou do sistema nervoso poderiam explicar a capacidade de exercício reduzida em indivíduos com Long COVID. Através da análise estatística, investigamos se as diferenças observadas poderiam estar ligadas a esses fatores fisiológicos.

A análise sugeriu que, embora nenhum fator único explicasse completamente as limitações do exercício, vários sistemas podem contribuir para o problema geral, levando a uma imagem mais complexa de como o Long COVID afeta o corpo.

Limitações e Pesquisas Futuras

Nosso estudo teve várias limitações. O tamanho pequeno da amostra torna difícil tirar conclusões definitivas. Não podemos afirmar se os problemas de saúde existiam antes da COVID-19 ou se são resultado da infecção. Estudos futuros com grupos maiores e dados abrangentes pré-infecção ajudariam a esclarecer essas relações.

No geral, os resultados sugerem que o Long COVID afeta múltiplos sistemas do corpo, contribuindo para dificuldades no desempenho físico. Isso enfatiza a necessidade de mais pesquisas para entender os mecanismos por trás do Long COVID e explorar opções de tratamento eficazes para os afetados.

Fonte original

Título: Mechanisms underlying exercise intolerance in Long COVID: an accumulation of multi-system dysfunction

Resumo: The pathogenesis of exercise intolerance and persistent fatigue which can follow an infection with the SARS-CoV-2 virus (Long COVID) is not fully understood. Cases were recruited from a Long COVID clinic (N=32; 44{+/-}12y; 10(31%)men), and age/sex- matched healthy controls (HC) (N=19; 40{+/-}13y; 6(32%)men) from University College London staff and students. We assessed exercise performance, lung and cardiac function, vascular health, skeletal muscle oxidative capacity and autonomic nervous system (ANS) function. Key outcome measures for each physiological system were compared between groups using potential outcome means(95% confidence intervals) adjusted for potential confounders. Long COVID participant outcomes were compared to normative values. When compared to HC, cases exhibited reduced Oxygen Uptake Efficiency Slope (1847(1679,2016) vs (2176(1978,2373) ml/min, p=0.002) and Anaerobic Threshold (13.2(12.2,14.3) vs 15.6(14.4,17.2) ml/Kg/min, p

Autores: Siana Jones, A. Jamieson, L. Al Saikhan, L. Alghamdi, L. Hamill Howes, H. Purcell, T. Hillman, M. J. Heightman, T. A. Treibel, M. Orini, R. M. Bell, M. Scully, M. Hamer, N. Chaturvedi, A. Hughes, R. Astin

Última atualização: 2023-12-09 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.12.07.23299429

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.12.07.23299429.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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