Como o Fermento Responde à Fome de Nitrogênio
Este artigo explora as estratégias das leveduras para sobreviver e se reproduzir sob estresse nutricional.
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Índice
- Respostas à Fome de Nitrogênio
 - Vias de Sinalização e Respostas de Crescimento
 - Usando Levedura Fissionária pra Estudo
 - Papel dos Feromônios na Reprodução
 - Estudo das Mudanças de Proteínas Durante a Reprodução
 - Sincronizando a Diferenciação Sexual
 - Mudanças na Fosforilação de Proteínas
 - O Papel do TORC1
 - Sinais de Feromônios e TORC1
 - Importância do TORC1 na Reprodução Sexual
 - Direções Futuras de Pesquisa
 - Conclusão
 - Fonte original
 - Ligações de referência
 
Todos os seres vivos enfrentam mudanças na comida que conseguem acessar, e alguns passam por momentos em que não conseguem energia suficiente. Pra lidar com isso, eles desenvolveram diferentes jeitos de sobreviver ou se adaptar. Essas adaptações podem variar bastante, desde ficar inativo até desenvolver novas formas ou funções.
Respostas à Fome de Nitrogênio
Uma resposta comum à falta de nitrogênio, um nutriente essencial pra muitos organismos, inclui várias estratégias. Por exemplo, algumas criaturas minúsculas, como certos protistas e fungos, conseguem formar esporos protetores. Outros, como o mofo do limo Dictyostelium discoideum, podem mudar de células únicas pra um grupo de células que trabalham juntas. Alguns fungos que invadem plantas criam estruturas pra ajudar a infectar as plantas, enquanto certos fungos e algas verdes conseguem mudar pra um modo reprodutivo.
Vias de Sinalização e Respostas de Crescimento
Quando o nitrogênio tá presente, as células conseguem sentir isso através de vias de sinalização que orientam seu crescimento e metabolismo. Um controlador importante nessas vias é uma proteína chamada TOR quinase, que faz parte de dois complexos principais: TORC1 e TORC2. O TORC1 tem um papel importante em gerenciar o crescimento, incentivando a criação de Proteínas, nucleotídeos e gorduras, enquanto suprime um processo chamado autofagia, que é quando as células quebram seus próprios componentes pra reciclar.
Durante a falta de nitrogênio, as células inativam o TORC1, parando o crescimento e acionando a autofagia. Isso permite que as células reprocessam seus materiais, o que as habilita a apoiar processos que levam à diferenciação celular.
Usando Levedura Fissionária pra Estudo
Os cientistas costumam estudar a levedura fissionária Schizosaccharomyces pombe pra entender como as células mudam em resposta à falta de nitrogênio. Essa levedura pode entrar em um estado de repouso ou, quando os parceiros certos estão por perto, entrar em reprodução sexual. As mudanças necessárias pra reprodução sexual dependem de um regulador específico chamado Ste11, cuja atividade é bloqueada quando há muito nitrogênio disponível.
Quando o nitrogênio tá escasso, se os cientistas desativam uma parte chave do TORC1, isso provoca reprodução sexual em ambientes ricos. Isso mostra o controle rigoroso do crescimento e da diferenciação que acontece em resposta aos nutrientes disponíveis.
Papel dos Feromônios na Reprodução
A escolha entre repouso e reprodução depende de ter parceiros adequados por perto. Dois tipos de células reprodutivas soltam sinais químicos específicos chamados feromônios que podem atrair umas às outras. Esses feromônios são detectados por receptores especiais que ativam a mesma via de sinalização em ambos os tipos de células. Essa interação leva à ativação do Ste11, permitindo a reprodução e a formação de uma célula diploide através da fusão celular.
Os feromônios ajudam a estabilizar os pontos de contato entre as células parceiras, levando ao crescimento de estruturas que facilitam a fusão. Uma combinação de proteínas e processos celulares tá envolvida pra garantir que esses eventos aconteçam de forma sistemática.
Estudo das Mudanças de Proteínas Durante a Reprodução
Pra entender o que rola no nível das proteínas durante a reprodução e fusão, os pesquisadores desenvolveram métodos pra sincronizar as células da levedura fissionária. Isso é importante porque as células podem se comportar de forma diferente em momentos diferentes, tornando difícil analisar suas mudanças de proteína.
Eles criaram um sistema baseado em luz. Usando uma versão especial de uma proteína chamada Fus1, que é crítica pra fusão celular, eles podem controlar quando as células entram no processo de fusão. Quando expostas à luz azul, as partes separadas do Fus1 se juntam pra formar uma unidade funcional que permite que as células se fundam.
Sincronizando a Diferenciação Sexual
Além de controlar o timing da fusão, os pesquisadores buscaram maneiras de aumentar a eficiência da reprodução. Descobriram que mudar o tipo de fonte de nitrogênio pode afetar quão rápido as células entram no processo de reprodução. Células pré-cultivadas em certos aminoácidos, como glutamato, se reproduziram mais rápido do que as cultivadas em amônio.
Eles também descobriram que remover certas proteínas, chamadas ciclinas, que gerenciam o ciclo celular, pode levar a uma reprodução mais rápida porque as células passam mais tempo em uma fase de crescimento favorável.
Mudanças na Fosforilação de Proteínas
Pra observar as mudanças de proteínas que acontecem durante a reprodução e fusão, os cientistas coletaram células em vários momentos e analisaram uma grande quantidade de proteínas. Identificaram muitas proteínas que mudaram em abundância à medida que as células passavam por fome ou se engajavam na reprodução.
Depois de analisar os dados, eles descobriram que, embora muitas proteínas mudassem, nem todas as mudanças na fosforilação estavam ligadas às quantidades totais dessas proteínas. Isso sugere que algumas mudanças na fosforilação são eventos regulatórios independentes.
O Papel do TORC1
Curiosamente, observaram que quando as células estão se reproduzindo, há uma reativação do TORC1, que é incomum, já que o TORC1 normalmente é inativado em condições de fome. Essa reativação coincide com um aumento na atividade de outras proteínas responsáveis pelo crescimento e diferenciação celular.
Os achados indicaram que a atividade do TORC1, enquanto reduzida durante a fome, se torna necessária novamente durante a reprodução pra promover uma reprodução eficiente.
Sinais de Feromônios e TORC1
Investigações adicionais revelaram que a sinalização de feromônios poderia reativar o TORC1. Mesmo que a fome normalmente leve à autofagia, os feromônios podem acionar uma resposta que apoia a reprodução sem depender da reciclagem de materiais celulares.
Os pesquisadores confirmaram que o TORC1 pode ser ativado por esses sinais de feromônios de um jeito que não requer o processo autofágico. Essa reativação é essencial pra garantir uma reprodução bem-sucedida.
Importância do TORC1 na Reprodução Sexual
A importância do TORC1 durante a reprodução foi destacada por experimentos que inibiram a atividade do TORC1, levando a menos sucesso na reprodução. Vários tratamentos reduziram a capacidade da levedura de se reproduzir, mostrando que a função adequada do TORC1 é vital.
Certas mutações na via do TORC1 levaram a uma eficiência reprodutiva diminuída, enquanto outras estavam ligadas a problemas no desenvolvimento de esporos- as unidades reprodutivas da levedura.
Direções Futuras de Pesquisa
Embora uma grande quantidade de informações tenha sido coletada, ainda há muitas perguntas sem resposta. Entender como diferentes fatores contribuem pra reativação do TORC1 durante a reprodução continua sendo uma área chave de interesse. A possibilidade de que outras vias possam influenciar de forma semelhante o crescimento e a sinalização durante os processos reprodutivos vale a pena explorar.
Além disso, a conexão entre a disponibilidade de nutrientes e a sinalização reprodutiva tem amplas implicações, não só pra entender a biologia básica, mas também pra potenciais aplicações na agricultura e na medicina.
Conclusão
Essa pesquisa trouxe insights valiosos sobre como as células de levedura administram sua reprodução em resposta às mudanças nos nutrientes. A rede intrincada de vias de sinalização e elementos regulatórios garante que esses organismos consigam otimizar suas estratégias de sobrevivência e reprodução, mesmo em ambientes desafiadores. Ao simplificar alguns dos mecanismos complexos em jogo, começamos a apreciar as maneiras sofisticadas como a vida se adapta ao seu entorno.
Título: TORC1 reactivation by pheromone signaling revealed by phosphoproteomics of fission yeast sexual reproduction
Resumo: Starvation, which is associated with inactivation of the growth-promoting TOR complex 1 (TORC1), is a strong environmental signal for cell differentiation. In the fission yeast Schizosaccharomyces pombe, nitrogen starvation has distinct physiological consequences depending on the presence of mating partners. In their absence, cells enter quiescence, and TORC1 inactivation prolongs their life. In presence of compatible mates, TORC1 inactivation is essential for sexual differentiation. Gametes engage in paracrine pheromone signaling, grow towards each other, fuse to form the diploid zygote, and form resistant, haploid spore progenies. To understand the signaling changes in the proteome and phospho-proteome during sexual reproduction, we developed cell synchronization strategies and present (phospho-)proteomic datasets that dissect pheromone from starvation signals over the sexual differentiation and cell-cell fusion processes. Unexpectedly, these datasets reveal phosphorylation of ribosomal protein S6 during sexual development, which we establish requires TORC1 activity. We demonstrate that TORC1 is re-activated by pheromone signaling, in a manner that does not require autophagy. Mutants with low TORC1 re-activation exhibit compromised mating and poorly viable spores. Thus, while inactivated to initiate the mating process, TORC1 is reactivated by pheromone signaling in starved cells to support sexual reproduction.
Autores: Sophie G Martin, M. Berard, L. Merlini
Última atualização: 2024-06-06 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.04.597361
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.04.597361.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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