Simple Science

Ciência de ponta explicada de forma simples

# Biologia# Neurociência

O Impacto do Toque na Recuperação de Acidente Vascular Cerebral

Pesquisas mostram a conexão entre a sensibilidade ao toque e a recuperação após um AVC.

― 8 min ler


O Papel do Toque naO Papel do Toque naRecuperação de AVCfunção do braço pós-AVC.Estudo liga a sensibilidade ao toque à
Índice

Quando alguém tem um derrame, isso pode afetar a habilidade de se mover e sentir de um lado do corpo. Esse estudo analisa como o cérebro processa o toque e como isso se relaciona com a Recuperação após um derrame, especialmente nos braços. Muitas pessoas que sofreram um derrame enfrentam dificuldades para sentir os braços, o que pode dificultar a recuperação.

Sabe-se que cerca de 21% a 54% dos pacientes com derrame têm problemas de toque logo após o evento. Infelizmente, a maioria das pesquisas foca principalmente em questões de movimento, e ainda não se sabe o suficiente sobre como esses problemas de toque afetam a recuperação.

Importância do Toque

O toque é muito importante para controlar nossos movimentos e ter consciência dos nossos corpos. Se alguém tem problema com o sentido do toque após um derrame, pode ser mais difícil para a pessoa mover o braço corretamente. Os pesquisadores estão tentando descobrir como os problemas de toque e os problemas de movimento estão conectados.

Um problema é que os métodos para medir o quanto alguém consegue sentir as coisas não são muito precisos. Isso pode levar a mal-entendidos sobre como o toque afeta a recuperação após um derrame. Alguns estudos que analisaram métodos para ajudar as pessoas com esses problemas de toque não mostraram resultados positivos claros.

Novas Ferramentas para Pesquisa

Uma técnica que parece promissora é um método de medir a atividade cerebral chamado eletroencefalografia (EEG). Esse método é não invasivo, econômico e permite que os pesquisadores vejam como o cérebro funciona enquanto a pessoa experimenta a estimulação tátil. Isso pode ajudar os pesquisadores a entender o que acontece no cérebro após um derrame.

Quando combinado com certas Respostas cerebrais ao toque, conhecidas como potenciais evocados somatossensoriais (SEPs), o EEG pode ser usado para medir como as vias cerebrais de toque e movimento estão funcionando. Se essas respostas cerebrais são fracas ou ausentes, geralmente significa que a recuperação pode não estar indo bem.

Resultados de Pesquisas Anteriores

Embora haja pesquisas limitadas sobre SEPs após derrames, alguns estudos mostraram que quando a resposta do cérebro ao toque é fraca, isso geralmente significa que a pessoa tem mais dificuldade em mover o braço. Por exemplo, em pessoas que tiveram um derrame, respostas mais baixas ao toque podem estar ligadas a uma função de braço pior.

Os pesquisadores também perceberam que a atividade cerebral em certas faixas de frequência (como delta e alfa) pode indicar a capacidade de alguém de recuperar a função nos braços após um derrame. No entanto, ainda não há informações suficientes sobre como essas respostas ao toque podem prever a recuperação.

O Papel da Estimulação por Picadas

Este estudo focou em um tipo específico de toque chamado estimulação por picadas, que é simples de controlar e eficaz para testar respostas ao toque. Estudos anteriores indicaram que esse método pode ajudar a esclarecer como o cérebro reage ao toque.

No entanto, ainda não houve uma comparação lado a lado de como o cérebro responde ao toque por picadas em pessoas que tiveram diferentes tipos de derrames. Essa comparação é importante se os pesquisadores quiserem usar essas respostas cerebrais como medidas de recuperação.

Objetivos da Pesquisa

Os principais objetivos deste estudo foram investigar se há diferenças nas respostas cerebrais entre pessoas com diferentes tipos de derrames e indivíduos saudáveis. Os pesquisadores queriam ver como essas respostas cerebrais se relacionam com dificuldades de toque e movimento. Eles também pretendiam descobrir se essas respostas cerebrais poderiam prever o quão bem uma pessoa se recuperaria após um derrame.

Os pesquisadores tinham hipóteses específicas. Eles acreditavam que os pacientes com derrame mostrariam tempos de resposta mais longos e respostas mais baixas ao toque, indicando uma conexão com suas dificuldades de toque e movimento.

Métodos de Pesquisa

O estudo foi aprovado por comitês de ética, garantindo que seguisse procedimentos adequados para proteger os participantes. Incluiu indivíduos que sofreram um derrame e participantes saudáveis para comparação.

Os participantes foram recrutados em hospitais, e aqueles com um derrame foram selecionados com base em critérios específicos. Eles precisavam ter pelo menos 18 anos, ter sofrido um derrame e mostrar sinais de problemas de toque nos braços.

Antes dos testes, os participantes passaram por avaliações clínicas para verificar suas habilidades de toque e movimento. Essas informações ajudaram os pesquisadores a entender a extensão do impacto do derrame.

Depois que as avaliações foram concluídas, os pesquisadores aplicaram eletrodos nas cabeças dos participantes para registrar a atividade cerebral enquanto usavam a estimulação por picadas. Eles controlaram cuidadosamente os estímulos táteis para garantir precisão e coletar dados sobre como o cérebro respondeu.

Análise de Dados

Os pesquisadores coletaram dados dos participantes e processaram para ver como os Cérebros deles reagiam ao toque. Isso envolveu filtrar o ruído e focar nos sinais relevantes. O estudo analisou períodos específicos de tempo antes e depois da estimulação por picadas para examinar as respostas do cérebro.

A atividade cerebral foi examinada em termos de amplitude (quão forte foi a resposta do cérebro) e bandas de frequência (diferentes padrões de ondas cerebrais).

Os pesquisadores também usaram métodos estatísticos para comparar resultados entre os diferentes grupos, incluindo pessoas que tiveram derrames motores, aquelas com problemas somatossensoriais e indivíduos saudáveis.

Perfis dos Participantes

Dezesseis indivíduos que tiveram um derrame participaram, juntamente com dez controles saudáveis. Os pesquisadores garantiram que os grupos fossem semelhantes em idade. O perfil clínico de cada participante foi registrado, revelando graus variados de comprometimento de toque e movimento.

Nenhum participante mostrou sinais de negligência (que é quando alguém não está ciente de um lado do corpo), mas todos aqueles do grupo somatossensorial apresentaram comprometimentos de toque com base em testes clínicos.

Principais Descobertas: Análise no Domínio do Tempo

Os pesquisadores descobriram que o grupo saudável tinha respostas cerebrais mais fortes ao toque em comparação com o grupo somatossensorial. Embora houvesse diferenças nas respostas dos vários grupos, nem todas foram significativas ao aplicar padrões estatísticos mais rigorosos. No entanto, os resultados ainda ofereceram insights sobre as diferenças nas respostas cerebrais.

Principais Descobertas: Análise Tempo-Frequência

A análise das bandas de frequência mostrou que havia interações entre os tipos de grupo e a atividade cerebral. Diferenças na atividade das ondas alfa foram notadas em participantes com derrames somatossensoriais, embora não tenham passado por verificações mais rigorosas.

Isso sugere que, embora existam diferenças, elas podem não ser fortes o suficiente para concluir impactos significativos sem mais evidências de suporte.

Relação Entre Medidas de EEG e Avaliações Clínicas

Os pesquisadores também estavam interessados em como as respostas do cérebro se relacionavam com as avaliações clínicas. Descobriram que certas atividades cerebrais estavam ligadas ao quão bem os participantes se saíram em testes de toque e movimento.

Por exemplo, um maior grau de sincronização da banda beta estava ligado a melhores resultados de movimento. Por outro lado, aqueles com maiores comprometimentos de toque no grupo somatossensoriar tiveram respostas cerebrais correspondentes mais baixas.

Olhando para o Futuro

Este estudo trouxe informações importantes sobre como o cérebro processa o toque após um derrame e como esses processos se relacionam com a recuperação. As descobertas sugerem que avaliar as respostas ao toque pode ajudar os pesquisadores a entender melhor a recuperação e potencialmente levar a estratégias de reabilitação aprimoradas.

A recuperação após um derrame é complexa, e os problemas de toque podem complicar significativamente esse processo. O estudo destaca a necessidade de entender tanto o toque quanto o movimento na recuperação após um derrame, abrindo caminho para futuras pesquisas que validem essas descobertas.

Conclusão

Em resumo, explorar como o cérebro reage ao toque pode fornecer insights valiosos sobre a recuperação após um derrame. O estudo revelou diferenças significativas nas respostas cerebrais entre aqueles com problemas motores e aqueles com problemas motores e sensoriais.

Entender essas relações pode ajudar a moldar melhores abordagens de reabilitação para pacientes com derrame e, em última análise, melhorar seus resultados de recuperação. Pesquisas futuras devem validar essas descobertas em grupos maiores para fortalecer nosso entendimento e aplicação desses conceitos em ambientes clínicos.

Fonte original

Título: EEG Responses to Upper Limb Pinprick Stimulation in Acute and Early Subacute Motor and Sensorimotor Stroke

Resumo: BackgroundElectroencephalography (EEG) during pinprick stimulation has the potential to unveil neural mechanisms underlying sensorimotor impairments post-stroke. This study explored event-related peak pinprick amplitude and oscillatory responses in healthy controls, in people with motor and sensorimotor in acute and early subacute stroke, their relationship and to what extent EEG somatosensory responses can predict sensorimotor impairment. MethodsIn this study, involving 26 individuals, 10 people with a (sub-)acute sensorimotor stroke, 6 people with a (sub)acute motor stroke and 10 age-matched controls, pinpricks were applied to the dorsa of the impaired hand to collect somatosensory evoked potentials. Time(-frequency) analyses of somatosensory evoked potential (SEP) data at electrodes C3 and C4 explored peak pinprick amplitude and oscillatory responses across the three groups. Also, in stroke, (sensori-)motor impairments were assessed at baseline Fugl Meyer Assessment Upper Extremity (FMA-UE) and Erasmus modified Nottingham Sensory Assessment (EmNSA) at baseline and 7 to 14 days later including Fugl Meyer Assessment Upper Extremity (FMA-UE) and Erasmus modified Nottingham Sensory Assessment (EmNSA). Mixed model analyses were used to address objectives. ResultsIt was demonstrated that increased beta desynchronization magnitude correlated with milder motor impairments (R2 =0.213), whereas increased beta resynchronization and delta power were associated to milder somatosensory impairment (R2 =0.550). At the second session, larger peak-to-peak SEP amplitude and beta band resynchronization at baseline were related to greater improvements in EMNSA and FMA-UE score, respectively, in sensorimotor stroke group. ConclusionsThese findings highlight the potential of EEG combined with somatosensory stimuli to differentiate between sensorimotor and motor impairments in stroke, offering preliminary insights into both diagnostic and prognostic aspects of upper limb recovery.

Autores: Lisa Tedesco Triccas, S. Vanhoornweder, T. Camilleri, L. Boccuni, A. Peeters, V. Van Pesch, R. Meesen, D. Mantini, K. Camilleri, G. Verheyden

Última atualização: 2024-06-08 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.05.597652

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.05.597652.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

Obrigado ao biorxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.

Mais de autores

Artigos semelhantes