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# Física# Astrofísica das Galáxias

Entendendo a Matéria Escura em Galáxias em Formação de Estrelas

Um estudo sobre o papel da matéria escura na formação e evolução das galáxias.

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Matéria Escura e GaláxiasMatéria Escura e Galáxiasna dinâmica das galáxias.Explorando o impacto da matéria escura
Índice

A Matéria Escura é uma substância misteriosa que compõe uma grande parte da massa do universo. Ela não emite luz, então não conseguimos vê-la diretamente. Em vez disso, sabemos que ela existe porque podemos ver como afeta o movimento das estrelas e galáxias. De forma simples, se você pensar em como um planeta orbita uma estrela, conseguimos ver a gravidade da estrela puxando o planeta. A matéria escura age em uma escala maior, puxando galáxias e influenciando como elas se movem.

A Importância de Estudar a Matéria Escura

Estudar a matéria escura é fundamental para entender como as galáxias se formam e evoluem. A maioria das galáxias, incluindo nossa Via Láctea, são cercadas por grandes halos de matéria escura. Esses halos ajudam a manter as galáxias unidas e fornecem a puxada gravitacional necessária para a formação de estrelas e outras matérias. Saber mais sobre a matéria escura pode ajudar os cientistas a montar a história do universo e as estruturas dentro dele.

O Objetivo do Estudo

O objetivo deste estudo é olhar para a quantidade de matéria escura em certos tipos de galáxias, especialmente aquelas que formam estrelas. Queremos entender quanto de matéria escura está presente, como muda ao longo do tempo e como afeta as galáxias ao seu redor. Essa informação pode nos ajudar a aprender sobre a Formação de Galáxias e o papel da matéria escura no universo.

O Que São Galáxias formadoras de estrelas?

Galáxias formadoras de estrelas são tipos de galáxias onde novas estrelas estão sendo criadas. Elas oferecem uma oportunidade única para estudar a matéria escura porque suas estruturas complexas e a formação ativa de estrelas podem revelar detalhes importantes sobre a distribuição de matéria baryônica (normal) e matéria escura.

A Metodologia

Para estudar a matéria escura, usamos dados de vários observatórios diferentes que se especializam em observar galáxias. Ao olhar para a luz dessas galáxias, analisamos como ela se move e muda, o que nos dá pistas sobre a massa da galáxia, incluindo seu conteúdo de matéria escura.

Coleta de Dados

Coletamos dados de várias pesquisas que visam galáxias a diferentes distâncias de nós. Essas pesquisas usam instrumentos especiais que podem capturar luz em diferentes comprimentos de onda, permitindo que vejamos diferentes características das galáxias.

Técnicas Observacionais

Empregamos uma técnica chamada modelagem 3D avançada, que nos ajuda a entender como a luz se comporta na presença da matéria escura. Essa técnica nos permite corrigir fatores como os efeitos da nossa atmosfera e os instrumentos usados para observar as galáxias.

Descobertas sobre as Frações de Matéria Escura

Através de nossas observações, estimamos as frações de matéria escura nessas galáxias formadoras de estrelas. Isso se refere à parte da massa total que é composta por matéria escura em comparação com a matéria normal.

Matéria Escura nas Galáxias

Nossa análise mostra que muitas das galáxias formadoras de estrelas que estudamos têm matéria escura compondo mais da metade de sua massa total. Isso é semelhante ao que foi observado em outras galáxias mais próximas. Em alguns casos, encontramos que a quantidade de matéria escura aumenta conforme olhamos mais para as bordas dessas galáxias.

Variações com a Distância

Também notamos que a quantidade de matéria escura pode mudar com a distância do centro da galáxia. Perto do centro, tende a haver mais matéria normal, enquanto mais para fora, a matéria escura predomina. Isso está alinhado com padrões vistos em galáxias que estudamos anteriormente.

Tendências ao Longo do Tempo

Ao examinar galáxias a diferentes distâncias, podemos inferir como suas propriedades mudam ao longo do tempo. Nossa pesquisa sugere que, em média, a fração de matéria escura parece diminuir levemente em galáxias mais jovens em comparação com as mais velhas. No entanto, em todos os casos, a fração de matéria escura permanece acima de um certo limiar, mostrando que ela desempenha um papel vital na estrutura das galáxias ao longo da história cósmica.

O Papel da Matéria Baryônica

A matéria baryônica, que inclui estrelas, planetas e gás, influencia como as galáxias se comportam. A relação entre a matéria baryônica e a matéria escura é crucial. Em galáxias formadoras de estrelas, à medida que a formação de estrelas avança, a matéria baryônica afeta a distribuição da matéria escura, moldando a dinâmica geral da galáxia.

A Influência da Matéria Escura na Formação de Galáxias

Entender a matéria escura nos ajuda a compreender como as galáxias se formam e crescem. Como a matéria escura não interage com a luz, contamos com seus efeitos gravitacionais para estudar suas propriedades. Ao estudar as curvas de rotação (quão rápido partes de uma galáxia giram), podemos estimar a quantidade de matéria escura presente.

Matéria Escura e Estabilidade das Galáxias

A matéria escura contribui para a estabilidade geral das galáxias. Ela ajuda a manter as estrelas em suas órbitas enquanto também influencia como gás e poeira se movem dentro da galáxia. Sem a matéria escura, as galáxias teriam dificuldade em manter suas estruturas e provavelmente se dispersariam.

Observações de Diferentes Pesquisas

Em nosso estudo, analisamos dados de diferentes pesquisas de galáxias. Cada pesquisa trouxe percepções únicas e nos ajudou a comparar descobertas entre várias galáxias.

Pesquisa KMOS

A pesquisa KMOS focou na observação de galáxias com técnicas avançadas de imagem. Essa pesquisa forneceu dados detalhados sobre a cinemática das galáxias formadoras de estrelas, vitais para nossa análise da matéria escura.

Pesquisas KGES e KROSS

As pesquisas KGES e KROSS ofereceram mais dados em altos redshift, permitindo-nos examinar galáxias que estão mais distantes no tempo e no espaço. Essa comparação é crítica para entender como as frações de matéria escura evoluem ao longo do tempo cósmico.

Comparando Galáxias Locais e Distantes

Ao estudar galáxias locais e distantes, podemos obter informações sobre como a matéria escura se comporta em diferentes ambientes. Os padrões de matéria escura encontrados em galáxias locais podem nos ajudar a interpretar as condições em galáxias de tempos anteriores.

Diferenças e Semelhanças

Curiosamente, embora vejamos muitas semelhanças nas frações de matéria escura entre galáxias locais e distantes, também existem diferenças significativas. Algumas galáxias em altos redshift parecem ter frações de matéria escura mais baixas, sugerindo uma história evolutiva diferente.

Desafios na Medição

Medir com precisão o conteúdo de matéria escura é complicado. Vários fatores podem afetar nossas observações, como os instrumentos usados e a complexidade da dinâmica do gás dentro das galáxias.

Erros Sistemáticos

Erros sistemáticos são discrepâncias que podem surgir devido a vieses observacionais ou suposições feitas nos modelos que usamos. Isso pode levar a incertezas em nossas estimativas de frações de matéria escura.

Importância de Dados de Alta Qualidade

Dados de alta qualidade são cruciais para melhorar nossa compreensão da matéria escura. Quanto mais precisas forem nossas medições, mais claro será o papel da matéria escura na formação e evolução das galáxias.

Direções Futuras na Pesquisa

À medida que continuamos nossas investigações sobre a matéria escura, existem várias avenidas promissoras para pesquisas futuras.

Novas Técnicas Observacionais

Avanços na tecnologia de telescópios estão abrindo caminho para estudos mais detalhados da matéria escura. Instrumentos que podem capturar dados em resoluções mais altas nos permitirão medir a matéria escura com mais precisão.

O Papel do Telescópio Espacial James Webb

O próximo Telescópio Espacial James Webb proporcionará novas oportunidades para explorar a matéria escura em mais detalhes. As capacidades avançadas desse telescópio podem revelar novas percepções sobre a formação de galáxias.

Conclusão

Em conclusão, a matéria escura é um jogador chave na formação e evolução das galáxias. Estudando galáxias formadoras de estrelas, podemos obter insights valiosos sobre a natureza da matéria escura e seus efeitos no universo. Nossas descobertas mostram que a matéria escura permanece um componente dominante nessas galáxias, influenciando suas dinâmicas e estabilidade. Olhando para o futuro, técnicas observacionais aprimoradas vão melhorar nossa compreensão da matéria escura e seu papel na formação do cosmos.

Fonte original

Título: Dark Matter Fraction in Disk-Like Galaxies Over the Past 10 Gyr

Resumo: We present an observational study of the dark matter fraction in star-forming disk-like galaxies up to redshift $z \sim 2.5$, selected from publicly available integral field spectroscropic surveys: KMOS$^{\rm 3D}$, KGES, and KROSS. To model the $H\alpha$ kinematics of these galaxies, we employ 3D forward-modelling, which incorporates beam-smearing and inclination corrections, and yields rotation curves. Subsequently, these rotation curves are corrected for gas pressure gradients, resulting in circular velocity curves or `intrinsic' rotation curves. Our final sample comprises of 263 rotationally supported main sequence star-forming galaxies with redshifts ranging from $0.6 \leq z < 2.5$. We estimate the dark matter fraction of these galaxies by subtracting the baryonic mass from the total mass, where the total mass is derived from the intrinsic rotation curves. We provide novel observational evidence, suggesting that at a fixed redshift, the dark matter fraction gradually increases with radius such that the outskirts of galaxies are dark matter dominated, similarly to local star-forming disk galaxies. This observed dark matter fraction exhibits a decreasing trend with increasing redshift and, on average, the fraction within the effective radius (upto outskirts) remains above 50\%, similar to locals. We investigate the relationships between dark matter, baryon surface density, and circular velocity of galaxies. We observe that low stellar mass galaxies, with $\log(M_{\rm star}\ [\mathrm{M_\odot}]) \leq 10.0$, undergo a higher degree of evolution, which may be attributed to the hierarchical merging of galaxies. Most importantly, we discuss several sources of uncertainties and current limitations in the field, as well as their impact on the measurements of dark matter fraction and its trend across galactic scales and cosmic time.

Autores: G. Sharma, G. van de Ven, P. Salucci, M. Martorano

Última atualização: 2024-09-03 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2309.04541

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2309.04541

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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