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Diferenças na Quebra de Proteínas: Humanos vs. Ratos

Estudo revela que as taxas de degradação de proteínas nas células humanas são mais lentas do que nas células de camundongos.

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O processo de desenvolvimento de um único óvulo fertilizado até um organismo complexo é chamado de desenvolvimento embrionário. Esse processo é parecido entre muitos mamíferos, mas pode rolar em velocidades diferentes. Por exemplo, os embriões humanos levam cerca de 60 dias pra desenvolver certas partes essenciais, enquanto os embriões de camundongos só demoram uns 15 dias. Essa diferença no tempo resulta em variações de como células específicas, como neurônios motores e células do cérebro, se amadurecem nessas duas espécies.

Os pesquisadores chamam essas diferenças de tempo durante o desenvolvimento de "alocronia desenvolvimental". Um conceito bem estudado nessa área é o Relógio de Segmentação, que é um sistema de genes que controla a rapidez com que os segmentos do corpo são formados. Diferentes espécies têm tempos distintos para esse relógio. Por exemplo, o relógio de segmentação roda a cada 6 horas em marmosets, 5 horas em humanos, e ainda mais rápido em animais menores como zebrafish.

Pra entender essas diferenças, os cientistas conseguiram criar células parecidas com as humanas, chamadas de mesoderma presomítico induzido (iPSM), em laboratório. Isso permite comparar diretamente células humanas e de camundongos sem precisar usar embriões. Os pesquisadores conseguiram recriar os diferentes tempos do relógio de segmentação em células humanas e de camundongos no laboratório. Eles descobriram, por exemplo, que o relógio roda mais devagar nas células humanas comparadas às células de camundongos.

Como Células Humanas e de Camundongos Processam Proteínas Diferente

Um foco importante da pesquisa é como as proteínas são degradadas nessas duas espécies. Nas células humanas, as proteínas tendem a ser quebradas mais devagar do que nas de camundongos. Várias razões foram sugeridas pra isso, incluindo diferenças na forma como as proteínas são tratadas pelos dois tipos de células.

Os cientistas notaram que um gene específico, o Hes7, é degradado a uma taxa mais lenta nas células humanas em comparação com as de camundongos. Essa degradação mais lenta pode ser vista no padrão geral de degradação das proteínas. No entanto, os pesquisadores ainda não têm certeza se essa degradação mais lenta se aplica apenas ao HES7 ou se é um fenômeno mais geral entre vários genes.

Outro aspecto a considerar é o papel do Metabolismo, que se refere a como as células convertem comida em energia. Nesse contexto, os cientistas observaram que as células iPSM humanas usam energia de forma menos eficiente do que as células iPSM de camundongos, o que pode ter um papel nas diferenças nas taxas de Degradação de Proteínas. Contudo, ainda não está claro como o metabolismo e a degradação de proteínas estão conectados.

Estudos Comparando Taxas de Degradação de Proteínas

Em um estudo recente, os pesquisadores buscaram investigar essas diferenças mais a fundo, medindo as taxas de degradação de proteínas nas células iPSM humanas e de camundongos, incluindo aquelas tratadas com uma substância que desacelera a produção de energia. Eles descobriram que, em média, as células iPSM humanas tinham taxas de degradação de proteínas mais lentas do que as células de camundongos. O estudo envolveu vários experimentos pra garantir a precisão dos achados.

Os resultados mostraram que o tempo médio que as proteínas levam pra se degradar nas células humanas era cerca de 37 horas, enquanto nas células de camundongos era 24 horas. Esse estudo foi abrangente, envolvendo milhares de proteínas diferentes. Dentre as estudadas, um número significativo mostrou degradação mais lenta nas células humanas.

Entendendo o Impacto dos Componentes Celulares na Degradação de Proteínas

Pra entender melhor os resultados, os pesquisadores analisaram quais tipos de proteínas tinham taxas de degradação significativamente diferentes. Eles descobriram que essa degradação mais lenta era consistente em várias categorias, incluindo proteínas encontradas em membranas celulares e mitocôndrias, que são essenciais pra produção de energia.

Curiosamente, proteínas localizadas no núcleo da célula, que são responsáveis por armazenar informações genéticas, tinham uma taxa de degradação mais lenta em ambas as espécies. No entanto, ao examinar proteínas relacionadas às mitocôndrias e membranas celulares, a diferença nas taxas de degradação entre as duas espécies se tornava mais pronunciada.

Pra validar esses achados, os pesquisadores usaram ensaios específicos-basicamente testes-pra medir quão rápido as proteínas se degradavam em diferentes locais dentro das células. A maioria dos testes confirmou que as proteínas nas células humanas tendiam a se degradar mais lentamente do que nas células de camundongos, apoiando as descobertas iniciais.

O Papel do Metabolismo nas Diferenças Celulares

À medida que a pesquisa avançava, os cientistas começaram a suspeitar que o metabolismo desempenha um papel crucial nas taxas de degradação de proteínas. Por exemplo, usando um inibidor de glicólise-algo que pode desacelerar o processamento de energia-os pesquisadores testaram células de camundongos. Eles descobriram que tratar as células de camundongos com essa substância resultou em taxas de degradação de proteínas mais lentas, imitando o que foi visto nas células humanas.

Quando os pesquisadores trataram as células de camundongos com esse inibidor, descobriram que não só o relógio de segmentação desacelerou, mas a degradação de proteínas como o HES7 também demorou mais. Essa descoberta sugeriu que o metabolismo de energia afeta quão rápido as proteínas são processadas e degradadas dentro da célula.

Esse estudo revelou que a velocidade com que as proteínas são degradadas muda com base na eficiência com que as células produzem energia. Enquanto a maneira exata como o metabolismo influencia a degradação de proteínas ainda é um tópico pra mais pesquisa, parece haver uma relação direta entre o processamento de energia mais lento e a degradação mais lenta de proteínas.

Comparando o Impacto da Produção de Energia nas Células

Resumindo, os estudos indicam que a degradação de proteínas é mais lenta nas células humanas do que nas de camundongos. O método de produção de energia nas células parece influenciar essa taxa. Ao inibir a glicólise nas células de camundongos, os pesquisadores puderam aproximar a taxa de degradação de proteínas à das células humanas.

Analisar as diferenças na forma como as proteínas são processadas em humanos e camundongos traz informações valiosas sobre biologia do desenvolvimento. Entender como esses mecanismos funcionam pode ter implicações mais amplas pra pesquisa sobre envelhecimento e longevidade, já que estudos anteriores sugeriram uma correlação entre a estabilidade das proteínas e a longevidade entre diferentes espécies.

Além disso, as descobertas ressaltam a necessidade de estudos mais extensos envolvendo diferentes tipos de células e espécies animais pra construir uma compreensão abrangente do tempo biológico e como varia entre as espécies.

Direções Futuras na Pesquisa

A pesquisa abriu várias perguntas sobre os mecanismos em jogo. Estudos futuros vão buscar aprofundar o papel do metabolismo em determinar as taxas de degradação de proteínas entre diferentes espécies. Isso pode ajudar a identificar se outros fatores também contribuem para o tempo diferenciado no desenvolvimento e processos celulares em humanos e camundongos.

Em conclusão, enquanto um progresso significativo foi feito em entender as diferentes taxas de degradação de proteínas entre células humanas e de camundongos, ainda há muito a ser explorado. A relação dinâmica entre produção de energia, metabolismo e processos celulares oferece uma área promissora pra investigação futura no campo da biologia do desenvolvimento e além.

Fonte original

Título: Systematic analysis of protein stability associated with species-specific developmental tempo

Resumo: Human embryonic development is generally slower compared with mouse, and one of the model systems for such inter-species differences in developmental tempo is the segmentation clock. The oscillation period of the human segmentation clock, as measured in induced presomitic mesoderm (iPSM) cells, is two times longer than that of mouse. While the core clock gene HES7 is known to show slower protein degradation in human iPSM compared with mouse iPSM, it remains unclear whether the concept of species-specific protein stability is generalizable to other genes. Here we systematically compared the protein degradation rates of approximately 5000 genes between human and mouse iPSM by using dynamic SILAC-based proteomics, demonstrating a pervasive trend of slower protein degradation in human cells. The inter-species difference was observed not only for proteasome-mediated but also for lysosome-mediated degradation. We further investigated the effect of metabolism on the protein stability profile. Treating mouse iPSM cells with a glycolysis inhibitor extended the segmentation clock period, aligning the protein stability profile more closely with that of human cells, though with less effect on lysosome-mediated degradation. These results highlight the universality of slower protein degradation in human development compared with mouse, and suggest metabolism as one of the modulators.

Autores: Miki Ebisuya, M. Matsuda, H. M. Hammaren, J. Lazaro, M. M. Savitski

Última atualização: 2024-06-08 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.07.597977

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.07.597977.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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