Alinhamento e Equilíbrio Dental: Um Olhar Mais Próximo
Este estudo analisa como problemas dentais podem afetar o equilíbrio e a postura.
― 7 min ler
Índice
- O Papel dos Diferentes Sistemas do Corpo no Equilíbrio
- Foco da Pesquisa
- Objetivo do Estudo
- Desenho do Estudo
- Métodos de Avaliação
- Avaliação do Alinhamento Dental
- Avaliando Postura e Equilíbrio
- Coletando Resultados
- Perfil dos Participantes
- Principais Descobertas
- Conclusão das Descobertas
- Pesquisa Futura
- Fonte original
O Equilíbrio e a Postura são importantes nas nossas atividades do dia a dia, desde caminhar até ficar parado. Vários sistemas no nosso corpo ajudam a manter esse equilíbrio, como nossos pés, olhos e ouvido interno. Porém, problemas dentários, tipo dentes desalinhados, podem ter um papel na forma como a gente fica em pé e se move.
O Papel dos Diferentes Sistemas do Corpo no Equilíbrio
Quando falamos de equilíbrio, geralmente pensamos em três sistemas principais trabalhando juntos:
- Sensores nos Pés: Eles ajudam a sentir o chão e a detectar mudanças na nossa posição.
- Visão: Nossos olhos ajudam a ver onde estamos e nos dão dicas sobre o que tá ao nosso redor.
- Ouvido Interno: Esse sistema informa se estamos inclinados ou nos movendo, ajudando a gente a se manter em pé.
Enquanto a gente costuma considerar os sistemas dos pés, visuais e do ouvido interno como os principais no equilíbrio, o papel dos nossos dentes e mandíbula não é tão reconhecido.
Foco da Pesquisa
Estudos recentes têm investigado como a mandíbula e a boca podem impactar a postura. Algumas teorias incluem:
- Músculos trabalhando em conjunto em cadeia.
- O impacto de um nervo chamado nervo trigêmeo, que conecta a mandíbula ao cérebro.
- A posição dos músculos do pescoço e do rosto.
- Uma teoria que liga características faciais à postura do corpo.
Um estudo descobriu que quando as pessoas abrem a boca bem larga, o equilíbrio delas costuma piorar, enquanto uma posição de boca fechada, com os dentes se tocando, ajuda a ficar mais firme. Outra pesquisa destacou que o corpo se mantém mais estável quando os dentes se encaixam bem em comparação a quando estão relaxados ou desalinhados.
Curiosamente, alguns pesquisadores descobriram que mudanças na posição da mandíbula afetam principalmente o equilíbrio quando estamos em movimento, não quando estamos parados. Outros estudos mostraram conclusões semelhantes, indicando que mover a mandíbula pode realmente impactar nosso equilíbrio.
No entanto, nem todos os estudos concordam. Alguns pesquisadores não encontraram ligação significativa entre a posição da mandíbula e o equilíbrio, sugerindo que avaliações de equilíbrio podem não detectar impacto algum.
Um estudo específico indicou que apenas mudanças na articulação da mandíbula, e não a forma como os dentes se encaixam, afetam a postura. Outra pesquisa concluiu que o corpo se ajusta rapidamente às mudanças na posição da mandíbula, tornando difícil provar qualquer ligação direta entre alinhamento da mandíbula e equilíbrio.
A discussão entre os especialistas mostra que a relação entre o alinhamento Dental e o equilíbrio do corpo ainda não está clara.
Objetivo do Estudo
Nosso estudo buscou descobrir se existe uma ligação forte entre certos tipos de desalinhamentos dentais e problemas de equilíbrio, especificamente analisando como esses desalinhamentos impactam a posição da pelve e a distribuição da pressão nos pés.
Pelo que sabemos, esse foi o primeiro estudo focando nessa conexão em uma área ampla, tanto nacionalmente quanto continentalmente.
Desenho do Estudo
Realizamos nosso estudo com 106 participantes, dividindo-os em dois grupos iguais de 53 pessoas cada. O primeiro grupo tinha problemas dentários (má oclusão), enquanto o segundo grupo estava saudável, sem preocupações dentárias.
Antes de começar, calculamos quantos participantes precisávamos para garantir resultados precisos. Também nos certificamos de que todos preenchessem um questionário sobre saúde e passassem por exames dentários completos.
Nosso estudo incluiu pessoas com idades entre 14 e 55 anos para captar uma variedade de participantes. Aqueles com problemas dentários precisavam apresentar má oclusão específica, enquanto o grupo de controle tinha dentes alinhados corretamente.
Métodos de Avaliação
Avaliação do Alinhamento Dental
Um ortodontista experiente examinou os dentes de cada participante para classificar seu alinhamento dental com base em um sistema bem conhecido.
Avaliando Postura e Equilíbrio
Para checar o equilíbrio pélvico, usamos um dispositivo simples para ver se os dois lados da pelve estavam no mesmo nível. Se não estavam, isso indicava uma inclinação.
Para uma avaliação mais detalhada do equilíbrio, usamos um sistema sofisticado que mediu o quanto uma pessoa se movia enquanto estava parada. Esse sistema incluía uma plataforma especial e software para analisar os resultados.
Os participantes foram testados em diferentes condições, como ficar de pé com os olhos abertos ou fechados e com os dentes tocando ou não.
Coletando Resultados
Registramos os resultados de ambos os grupos para ver como eles mantinham o equilíbrio em diferentes condições. Também procuramos padrões entre o alinhamento dental e o equilíbrio.
Perfil dos Participantes
O estudo incluiu uma mistura de homens e mulheres, com idades entre 14 e 55, com números semelhantes em ambos os grupos.
No grupo de má oclusão, 35,8% tinham alinhamento dental normal, 45,3% tinham alinhamento Classe II, e 18,9% tinham alinhamento Classe III. Apenas uma pequena porcentagem mostrou sinais de desequilíbrio pélvico.
No grupo de controle saudável, todos os participantes tinham alinhamento normal (Classe I), e nenhum mostrava desequilíbrio pélvico.
Principais Descobertas
Ao comparar o equilíbrio pélvico entre os dois grupos, encontramos uma diferença significativa. Um pequeno número de participantes com má oclusão mostrou sinais de desequilíbrio pélvico, enquanto nenhum dos indivíduos saudáveis apresentou isso.
Quanto aos testes de equilíbrio, os resultados variaram com base nas diferentes condições. Para aqueles com má oclusão, cerca de 52,8% mostraram bom equilíbrio com os dentes alinhados, enquanto o equilíbrio piorou quando mudamos a condição colocando um rolo de algodão em suas bocas.
Entre o grupo de controle, mais pessoas se saíram bem nos testes de equilíbrio com os olhos abertos.
Conclusão das Descobertas
No geral, nosso estudo indicou que há uma diferença significativa no equilíbrio pélvico entre participantes com problemas dentários e aqueles sem. No entanto, enquanto nossos resultados apontaram para um possível impacto da má oclusão no equilíbrio, não conseguimos encontrar uma conexão direta entre tipos específicos de má oclusão e a posição da pelve.
Também notamos que o alinhamento dental normal no grupo de controle parecia apoiar um melhor equilíbrio, especialmente na ausência de pistas visuais. Isso destaca um papel potencial da oclusão dental na manutenção da postura e equilíbrio.
Pesquisa Futura
Mais estudos poderiam aumentar nosso entendimento de como diferentes má oclusões dentais afetam a postura. Seria interessante explorar outras formas de má oclusão e coletar mais dados em maior escala, considerando fatores mais diversos.
Em suma, nossas descobertas sugerem uma ligação entre problemas dentários e equilíbrio, mas muito ainda precisa ser explorado nessa relação complexa. Mais pesquisas podem fornecer insights valiosos sobre como podemos lidar melhor com problemas dentários e de equilíbrio em indivíduos.
Título: Assessing the Impact of Dental Malocclusion on the Body's Postural Balance: Correlation between Angle Class, Pelvic Balance, and Center of Foot Pressure
Resumo: BackgroundThe purpose of this study was to determine the association between pelvic and center foot pressure (CoP) imbalances and angle class II or III malocclusions. MethodsOur study is a prospective, descriptive, and analytic study conducted on two groups: a test group of 53 patients who present malocclusion class II or III compared with 53 controls matched for age and gender. The evaluation of the center of foot pressure (CoP) and the confidence ellipse area (mm2) were performed by stabilometric platefrom using bipodal test in two occlusal conditions, in maximum intercuspation (MI) and with a cotton roll (CR), with and without visual cue. A pelvic level device was used to perform the pelvic balance examination. Statistical analysis used the chi-square test, the McNemar test, and the Pearson test. ResultsIn the case group, the bipodal test was poor (outside reference values) in MI open eyes, MI closed eyes, CR open eyes, and CR closed eyes in 47.2%, 62.3%, 58.5%, and 64.2%, respectively, vs 54.7%, 43.4%, 34.0%, and 67.9%, respectively, of controls (p
Autores: Imad Akensous, S. Karkouri, C. Iziki, W. Rerhrhaye, A. Abdelkoui
Última atualização: 2023-12-24 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.12.21.23300397
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.12.21.23300397.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.
Obrigado ao medrxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.