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Abordando o Autocuidado na Multimorbidade: Perspectivas dos Profissionais de Saúde

Explorando a opinião dos profissionais de saúde sobre autocuidado para pacientes com multimorbidade.

― 8 min ler


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Índice

Um número crescente de pessoas está vivendo com múltiplas condições de saúde a longo prazo, conhecido como Multimorbidade (MM). Essa situação traz uma série de questões complexas que as pessoas precisam gerenciar. Isso inclui o impacto das condições de saúde, o peso de diferentes tratamentos, tomar vários medicamentos, comparecer a várias consultas de saúde e lidar com desafios mentais e emocionais, como estresse e solidão.

O Papel do Autocuidado

O autocuidado pode ajudar pessoas com multimorbidade a gerenciar alguns desses desafios. O autocuidado apoiado pode levar a uma maior confiança em lidar com a própria saúde, maior independência nas tarefas diárias, uma melhor qualidade de vida e a realização bem-sucedida de objetivos pessoais. Evidências sugerem que o autocuidado pode ajudar a reduzir sentimentos de depressão, promover dietas mais saudáveis e melhorar indicadores de saúde importantes, como níveis de açúcar no sangue, pressão arterial e colesterol.

Em serviços de saúde sobrecarregados, o autocuidado também pode minimizar o uso de instalações de saúde, reduzir internações hospitalares e prevenir complicações adicionais de problemas de saúde.

Apoio de Provedores de Saúde e Assistência Social

Os provedores de saúde e assistência social usam várias abordagens para apoiar pessoas com multimorbidade. Isso inclui estratégias baseadas em forças, promoção de práticas de autocuidado e orientação sobre como gerenciar suas condições. Exemplos de apoio incluem conectar indivíduos a serviços locais, fornecer informações e ajuda, e usar tomada de decisão compartilhada para envolver os pacientes em seus planos de cuidado.

Profissionais de saúde e assistência que recebem treinamento adequado estão melhor equipados para ajudar pessoas com multimorbidade a adotar práticas de autocuidado. Há uma necessidade urgente de mudar a forma como os cuidados de saúde são oferecidos, focando no treinamento de provedores para construir relacionamentos eficazes que ajudem os indivíduos a tomar controle de sua saúde.

No entanto, existem muitos obstáculos para apoiar o autocuidado entre aqueles com multimorbidade. Esses obstáculos podem incluir desafios sociais e culturais complexos e dificuldades práticas nos papéis entre usuários de serviços e prestadores de cuidados.

A Necessidade de Pesquisa

Atualmente, falta pesquisa comparativa sobre o que os trabalhadores de saúde e assistência social percebem como barreiras e impulsionadores para um apoio de qualidade no autocuidado para indivíduos com multimorbidade. É vital entender como esses profissionais estão ajudando a promover a agenda do autocuidado. Enquanto muitos estudos focam nas dificuldades e nos resultados de programas de autocuidado, este estudo examina de forma única os pensamentos e sentimentos dos provedores de saúde em relação aos desafios enfrentados.

Diretrizes nacionais incentivam profissionais a apoiar o autocuidado como parte do cuidado personalizado. Orientações internacionais também enfatizam a importância do autocuidado personalizado e apoiado na melhoria da segurança do paciente. Isso requer uma mudança na forma como profissionais de saúde e assistência se relacionam com os indivíduos, considerando todas as suas condições de saúde e as forças únicas que cada pessoa traz.

Objetivos do Estudo

O objetivo deste estudo foi investigar o que profissionais de saúde e de assistência sabem, como se sentem e o que pensam sobre as barreiras e os impulsionadores para promover o autocuidado entre indivíduos que vivem com multimorbidade.

Design da Pesquisa

Realizamos uma pesquisa online para profissionais de saúde e assistência na Inglaterra para avaliar seu conhecimento, atitudes e percepções sobre o apoio ao autocuidado para os usuários de serviços. A pesquisa esteve disponível de fevereiro a agosto de 2021 e podia ser acessada por qualquer pessoa com um link.

Indivíduos elegíveis receberam um convite por e-mail com um link para a pesquisa. Primeiro, foi solicitado o consentimento, e a participação foi voluntária. A pesquisa coletou respostas sem identificar informações pessoais. Incluiu 17 perguntas, a maior parte em formato de múltipla escolha, mas também permitindo respostas em texto livre para esclarecimento.

Ao avaliar as experiências dos respondentes ao fornecer serviços para aqueles com multimorbidade, pudemos avaliar suas percepções profissionais sobre o apoio ao autocuidado. A pesquisa também examinou seu treinamento e as lacunas percebidas na educação relacionada ao gerenciamento do autocuidado.

Principais Descobertas

Demografia dos Respondentes

Um total de 81 profissionais de saúde e assistência completou a pesquisa. A maioria eram mulheres e de diversas formações profissionais, incluindo médicos, profissionais de saúde aliados, enfermeiros, funcionários de assistência social e outros.

Identificação e Necessidades do Usuário de Serviços

A maioria dos respondentes acreditava que uma parte significativa de seus pacientes tinha multimorbidade. Eles também forneciam serviços especificamente voltados para ajudar esses indivíduos com o autocuidado. As necessidades comuns entre os usuários de serviços incluíam solidão e isolamento social, desafios de mobilidade e acesso, e apoio para gerenciar suas rotinas de saúde.

Fatores que Afetam o Autocuidado

Vários fatores influenciaram positivamente a capacidade dos usuários de serviços de cuidarem de si mesmos. Isso incluía ter uma compreensão clara dos benefícios do autocuidado, receber suporte para limitações de saúde e acessar serviços de saúde mental.

Por outro lado, barreiras ao autocuidado incluíam baixa motivação, falta de conhecimento sobre autocuidado e empoderamento insuficiente. Muitos respondentes também apontaram que a falta de apoio da família, provedores de saúde e serviços comunitários contribuiu negativamente para os esforços de autocuidado.

Serviços e Estratégias de Apoio

Os respondentes relataram vários métodos para promover o autocuidado, como encaminhar usuários de serviços para Recursos Comunitários e fornecer informações por meio de tecnologias de saúde digital. A maioria das comunicações com os usuários de serviços era feita pessoalmente ou por telefone.

Responsabilidade Profissional em Apoiar o Autocuidado

Uma alta porcentagem de respondentes acreditava que era essencial motivar os usuários de serviços em direção ao autocuidado. Eles se sentiam responsáveis por promover o autocuidado e acreditavam que poderiam influenciar positivamente a capacidade de autocuidado de seus pacientes. Muitos reconheceram que desigualdades sociais e econômicas afetavam negativamente a capacidade de autocuidado dos indivíduos.

Impacto da Pandemia de COVID-19

A pandemia destacou a importância do autocuidado, com muitos respondentes sentindo que isso melhorou sua capacidade de apoiar os usuários de serviços. A necessidade de desenvolvimento profissional contínuo foi observada, já que muitos participantes expressaram que o treinamento era essencial para fornecer melhor apoio ao autocuidado.

Lacunas em Treinamento e Conhecimento

Enquanto muitos respondentes reconheceram a importância da educação continuada, apenas um pequeno número havia participado de treinamentos relacionados a cuidados personalizados, tomada de decisão compartilhada ou estratégias de autocuidado. Lacunas de conhecimento sobre métodos eficazes para promover comportamentos de autocuidado entre os usuários de serviços foram identificadas.

Conclusão

Profissionais de saúde e assistência identificaram desafios-chave, como problemas de mobilidade, solidão e barreiras para acessar serviços que afetam o autocuidado entre os usuários de serviços. Eles também reconheceram que compreensão e conhecimento sobre autocuidado desempenham papéis cruciais em incentivar com sucesso os indivíduos a adotar hábitos saudáveis.

O apoio de familiares, cuidadores e serviços de saúde influencia positivamente os esforços de autocuidado. No entanto, questões como baixa motivação, falta de conhecimento e incentivo inadequado dificultam a capacidade dos indivíduos de gerenciar sua saúde fora dos ambientes clínicos.

O desenvolvimento profissional contínuo é crítico para provedores de saúde e assistência. Embora alguns tenham recebido treinamento apropriado, ainda existem lacunas que podem dificultar sua capacidade de apoiar efetivamente o autocuidado. Abordar essas lacunas pode levar a melhores resultados de saúde para aqueles que vivem com multimorbidade.

Direções para Pesquisas Futuras

Mais estudos são necessários para explorar métodos de treinamento eficazes para profissionais de saúde e assistência para melhorar seu apoio a indivíduos com multimorbidade. A pesquisa também deve investigar o uso de prescrição social e o impacto de métodos de comunicação remota para viabilizar um autocuidado eficaz.

À medida que o mundo continua a enfrentar taxas crescentes de multimorbidade, é crucial que os formuladores de políticas garantam que tanto profissionais de saúde quanto usuários de serviços tenham acesso às informações, treinamentos e apoios necessários. As lições aprendidas com a pandemia devem ser aprimoradas para promover o autocuidado e melhorar os resultados de saúde para indivíduos com múltiplos desafios de saúde.

Fonte original

Título: Drivers and barriers to promoting self-care in individuals living with multimorbidity: a cross-sectional online survey of health and care professionals

Resumo: ObjectiveInvestigate knowledge, attitudes, and perceptions of health and care professionals (H&CPs) in England concerning drivers and barriers for promoting self-care in service-users with multimorbidity. DesignA cross-sectional online survey of the health and care workforce. SettingHealth and social care workforce. ParticipantsEighty-eight health and social care professionals in England. MethodsA cross-sectional online survey administered via Imperial College Qualtrics platform. Questions were asked about perceived drivers and barriers to promoting self-care in individuals with multimorbidity, including mental health. ResultsExtant barriers associated with service-users ability and opportunity to self-care were feelings of loneliness and social isolation (18.9%; n=61), mobility and access issues (14%; n=45). Strategies deployed by H&CPs to support self-care were social prescribing (17.9%; n=59), helping service-users to monitor their symptoms (15.2%; n=50), referring to recognised programmes to support self-management (13.9%; n=46), knowledge and understanding about the benefits of self-care (91.8%; n=67), the purposes of prescribed medicines (83.3%; n=60), and support for self-care (91.7%; n=66) were considered key drivers of successful self-management and to engagement between service-users and service providers. Service providers reported gaps in their knowledge including how to improve practical interactions to sustain health seeking behaviours by service-users (30.6%; n=49), health coaching (21.9%; n=35), improved understanding about effective self-care interventions (21.3%; n=34) and improving self-care in relation to medicines use (20%; n=32). Most respondents (92.2%; n=71) reported that the COVID-19 pandemic had highlighted the need for self-care, and (42.7%; n=32) agreed that the pandemic had a positive impact on their ability to promote self-care among service-users. ConclusionsSelf-care is important for service-users who live with multimorbidity. H&CPs are in a unique position to influence lifestyle choices and health-seeking self-care behaviours. Raising awareness about the importance of self-care, health literacy, knowledge, understanding and skills among service-users and providers is key to improving supported self-care.

Autores: Susan Barber, B. W. J. Hayhoe, S. Richardson, J. R. Norton, M. Karki, A. El-Osta

Última atualização: 2023-12-24 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.12.21.23300404

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.12.21.23300404.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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