Melhorando o fluxo de pacientes através de diretrizes de referência no Quênia
O sistema de saúde do Quênia tá lidando com a superlotação com novas regras de encaminhamento pra pacientes.
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Índice
Em muitos países com poucos recursos, os hospitais grandes acabam tratando uma porção de pacientes que poderiam ter recebido atendimento em clínicas menores. Isso rola por vários motivos, e um dos principais problemas é que muita gente vai direto pra esses hospitais grandes sem antes passar pelas clínicas menores. Isso resulta em Superlotação e longas esperas nesses hospitais, que não são feitos pra lidar com tanto caso simples.
O Problema da Superlotação
Nas áreas urbanas, muitos pacientes preferem ir direto pra hospitais grandes em vez de procurar ajuda nos centros de saúde menores. Essa tendência cria uma situação onde problemas de saúde menores estão sendo tratados em locais que custam caro. A falta de um encaminhamento adequado das clínicas menores pra esses hospitais também contribui pra superlotação. Quando os pacientes ignoram as clínicas menores, eles aumentam a pressão sobre os hospitais maiores e ainda prejudicam a eficácia do sistema de saúde como um todo.
O Caso do Quênia
O sistema de saúde do Quênia é dividido em vários níveis, com os hospitais maiores sendo pontos de referência. Espera-se que os pacientes visitem primeiro as unidades de saúde de nível inferior antes de serem encaminhados pra as de nível superior. No entanto, muita gente ainda escolhe ir direto pros hospitais maiores, o que gera os mesmos problemas que vimos em outros lugares: superlotação e pressão sobre os recursos.
No Quênia, uma recente aplicação de Diretrizes de encaminhamento buscou resolver essa questão. De acordo com essas regras, os pacientes precisam ter uma carta de encaminhamento de uma unidade menor antes de serem atendidos em um hospital maior. Essa mudança foi feita pra garantir que apenas os pacientes que realmente precisassem de cuidado especializado ocupassem o espaço e os recursos limitados desses hospitais.
O Impacto dos Encaminhamentos Diretos
Antes da implementação dessas diretrizes, um número significativo de pacientes era encaminhado diretamente pra hospitais maiores sem nenhum processo formal. Na verdade, os dados mostraram que uma grande porcentagem dos pacientes que iam a esses locais se encaminhavam sozinhos ou ignoravam completamente o procedimento correto. Como resultado, esses hospitais tinham dificuldade em gerenciar a alta quantidade de pacientes com necessidades médicas mais simples.
Por exemplo, hospitais como o Kenyatta National Hospital estavam sempre lotados, com o nível de ocupação de leitos muito acima do normal. Quando as novas diretrizes de encaminhamento foram colocadas em prática, o objetivo era gerenciar melhor o fluxo de pacientes. Isso significava que os hospitais poderiam focar em tratar casos mais complexos ao invés de condições simples que poderiam ser tratadas em uma clínica local.
A Aplicação das Diretrizes de Encaminhamento
A aplicação das novas diretrizes de encaminhamento envolveu algumas ações principais. Primeiro, as unidades de saúde foram informadas sobre a importância de ter um processo de encaminhamento estruturado. Os hospitais começaram a recusar pacientes que não tinham a documentação de encaminhamento necessária, incentivando-os a buscar ajuda nas clínicas menores primeiro.
A aplicação também significou que as unidades de saúde precisavam consultar um escritório de encaminhamento antes de enviar pacientes pra hospitais maiores. Esse processo garantiu que apenas os pacientes que realmente precisassem de tratamento especializado fossem pra hospitais de nível superior. Nos meses seguintes à implementação, o número de pacientes sendo encaminhados diretamente de unidades de nível inferior diminuiu significativamente.
Mudanças nos Padrões de Encaminhamento
Depois que as diretrizes de encaminhamento foram aplicadas, rolou uma mudança bem visível em como os pacientes estavam sendo encaminhados pros hospitais maiores. Aqueles das unidades de nível 2 e 3 viram uma redução significativa no número de pacientes que enviavam diretamente pra hospitais maiores. Por outro lado, os encaminhamentos das unidades de nível 4 e 5 aumentaram, já que se tornaram o primeiro ponto de contato pra muitos pacientes.
Os dados mostraram que um número considerável de unidades de saúde, especialmente as privadas, parou de encaminhar pacientes diretamente pros hospitais maiores. Isso quer dizer que essas unidades começaram a enviar pacientes pras clínicas de nível inferior apropriadas primeiro.
Fatores que Influenciam os Encaminhamentos
Vários fatores influenciaram as decisões tomadas tanto pelos pacientes quanto pelos provedores de saúde em relação aos encaminhamentos. Um motivo significativo pra encaminhar pacientes foi a falta de capacidade de recursos humanos nas unidades de nível inferior. Muitas delas não tinham o pessoal ou o equipamento necessário pra lidar com certos casos, o que fez os pacientes buscarem atendimento em outro lugar.
Além disso, os pacientes muitas vezes preferiam certos hospitais, especialmente os maiores, com base na percepção de um cuidado melhor e custos mais baixos. No Quênia, por exemplo, muitos pacientes achavam os hospitais públicos como o Kenyatta National Hospital mais acessíveis em comparação com os hospitais privados.
Sugestões para Melhoria
Embora as novas diretrizes de encaminhamento tenham tido um impacto positivo, ainda há espaço pra melhorias. Educação e treinamento regulares para as unidades de saúde sobre a importância de seguir o processo de encaminhamento são essenciais. Garantir que os trabalhadores da saúde entendam essas diretrizes vai fortalecer o sistema e melhorar o atendimento ao paciente.
Além disso, melhorar a capacidade de recursos humanos nas unidades de saúde menores é crucial. Isso ajudaria a garantir que elas estejam totalmente equipadas pra lidar com uma gama mais ampla de condições médicas. Assim, os pacientes teriam mais confiança em receber atendimento nas clínicas locais, aliviando a pressão sobre os hospitais maiores.
Conclusão
A recente aplicação das diretrizes de encaminhamento no Quênia representa um passo em direção à melhoria do sistema de entrega de saúde. Ao abordar o problema da superlotação nos hospitais maiores e garantir que os pacientes acessem os níveis apropriados de cuidado, o sistema pode funcionar de forma mais eficaz. Esforços contínuos pra educar provedores de saúde e melhorar os recursos nas unidades de nível inferior vão aprimorar ainda mais o acesso e a qualidade do atendimento pra todo mundo. Enquanto o país continua a aperfeiçoar seu sistema de saúde, precisa manter o foco em criar uma abordagem equilibrada que beneficie todos os pacientes.
Título: Closing the gap towards a successful referral system. A case study of a tertiary teaching and referral hospital, Kenya: pre-posttest study design
Resumo: Inappropriate utilization of higher-level health facilities and ineffective management of the referral processes in resource-limited settings is increasingly becoming a concern in health care management in developing countries. This is characterized by self-referrals and frequent bypassing of nearest health facilities. On 1st July 2021, Kenyatta National Hospital (KNH) did enforce the national referral guidelines that required patients have a formal referral letter to reduce the number of self-referrals, decongest KNH and allow KNH to function as a referral facility as envisioned by Kenya Health Sector Referral Implementation Guidelines of 2014, Kenya 2010 constitution and KNH legal statue of 1987. The purpose of this study was to analyse the effect of enforcement of referral guidelines on facility referrals to KNH.This was a pre-posttest study design. The study was conducted amongst the orthopedic facility referrals in 2021 with 222 and 246 before and after enforcement of referral guidelines respectively. Data collection was done through data abstraction. Data was analyzed using frequency distribution, pearson chi-square test and logistic regression. Nairobi County and its environs constituted over four-fifth of all facility referrals to KNH. Over two-thirds of the facility referrals to KNH were from government facilities. There was significant reduction in health facilities tiers 2 and 3 referring patients directly to KNH after enforcement of referral guidelines (p=0.002). About 43 health facilities ceased referring patients to KNH with over two-thirds of these health facilities being private facilities. The major facility and patient factors that were associated with facility referrals to KNH were human resource capacity and availability and patients preference. In conclusion, enforcement of the referral guidelines significantly reduced the lower tiers health facilities referring to KNH. We recommend having written standard operating procedures on referrals based on the national referral guidelines with continued enforcement of the same to sustain the gains made.
Autores: Maxwell Philip Omondi
Última atualização: 2024-01-03 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.01.02.24300732
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.01.02.24300732.full.pdf
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