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Avançando o Co-Design de Proteínas e Ligantes pra Melhorar as Interações

Esse estudo explora o co-design pra melhorar as interações de ligação entre proteínas e ligantes.

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A biologia sintética é uma área que se concentra em reconfigurar sistemas biológicos pra realizar tarefas específicas. Isso é feito engenhando seus componentes, como proteínas e moléculas. Uma parte importante é a Engenharia de Proteínas, onde os cientistas tentam criar variantes de proteínas que tenham características melhores, como estabilidade e solubilidade aprimoradas.

Como tem muitas variações possíveis de proteínas, os cientistas precisam ter um cuidado especial ao projetar e estudar essas proteínas. Um método eficaz usado na engenharia de proteínas é a evolução direcionada. Na evolução direcionada, as proteínas passam por várias rodadas de mudanças genéticas seguidas de triagem pra selecionar as melhores, meio que como a evolução natural, mas num ritmo bem mais rápido. Embora esse processo possa ser trabalhoso, já se mostrou eficaz em melhorar caminhos biológicos e funções de enzimas.

Pra complementar a evolução direcionada, também tem o design racional, que se baseia nas propriedades estruturais das proteínas pra mudar suas funções de maneira útil. Junto com esses métodos tradicionais, técnicas computacionais estão se tornando mais comuns. Esses métodos vão de técnicas de otimização a simulações avançadas e modelos de aprendizado de máquina, que ajudam os cientistas a entender como as proteínas funcionam e interagem entre si.

Design de Ligandos

Outro aspecto importante da biologia sintética é o design de ligandos. Ligandos são moléculas que se ligam a proteínas e podem impactar seu comportamento. Um objetivo chave é projetar ligandos com características específicas, como a habilidade de se ligar fortemente à proteína alvo. No entanto, tem um número enorme de estruturas de ligandos possíveis-só a quantidade de estruturas semelhantes a medicamentos pode ser maior que um quintilhão.

Pra lidar com essa complexidade, os pesquisadores estão recorrendo a métodos computacionais, que podem ajudar a projetar e avaliar ligandos potenciais de forma mais eficiente. Alguns desses métodos utilizam algoritmos inspirados em processos evolutivos pra encontrar variações de ligandos adequadas.

A Necessidade de Co-design

Tradicionalmente, o design de proteínas e ligandos era feito separadamente, o que funciona bem quando uma parte pode mudar enquanto a outra permanece fixada. Por exemplo, ao desenvolver um medicamento que mira uma proteína específica, os pesquisadores podem focar apenas em alterar a molécula do medicamento enquanto mantêm a proteína igual.

Porém, tem novas aplicações, especialmente em detecção bioeletrônica e biossíntese sintética, que precisam que o ligante e a proteína sejam engenheirados ao mesmo tempo. Essa abordagem de co-design considera como mudanças em um componente podem afetar o outro, permitindo um melhor encaixe entre a proteína e o ligante.

Um exemplo de sistema que poderia se beneficiar do co-design é uma proteína específica conhecida como Ndh2, que está envolvida na transferência de elétrons em organismos vivos. Ndh2 interage com Quinonas, que são um tipo de ligante. Melhorar a forma como esses dois componentes funcionam juntos poderia aprimorar diversas aplicações, como criar sensores que podem detectar compostos específicos.

Nossa Abordagem ao Co-Design

Neste estudo, introduzimos um método para o co-design computacional de pares proteína-ligante, focando especificamente na interação entre Ndh2 e quinona pra maximizar as taxas de transferência de elétrons. Nosso objetivo era mostrar que o co-design pode levar a resultados melhores do que os métodos tradicionais.

Nossa abordagem consiste em três passos principais:

  1. Criando Bibliotecas de Variantes: Primeiro, desenvolvemos bibliotecas de potenciais variantes de proteínas e quinonas, fazendo mudanças que poderiam melhorar a ligação entre elas. Para a proteína, focamos em aminoácidos específicos perto do local de ligação e fizemos substituições de aminoácidos únicos. Para as quinonas, modificamos suas estruturas adicionando novos grupos funcionais pra ver como essas mudanças afetavam a ligação.

  2. Buscando Combinações Aprimoradas: Depois, adotamos duas estratégias pra encontrar melhores combinações de proteínas e ligantes-design individual e co-design. No design individual, analisamos pares onde apenas um componente era alterado. No co-design, consideramos todas as combinações possíveis de nossas bibliotecas pra encontrar os melhores encaixes.

  3. Avaliando Combinações: Por fim, avaliamos as combinações resultantes usando docking molecular, uma técnica computacional pra prever como bem as proteínas e os ligantes vão interagir. Seguimos nossas avaliações iniciais com simulações mais detalhadas pra validar os resultados.

Validando Modelos de Proteínas

Pra garantir que nossas descobertas eram precisas, construímos um modelo estrutural da proteína Ndh2 usando ferramentas de software avançadas que preveem estruturas de proteínas. Também comparamos nosso modelo a dados experimentais existentes pra validar sua confiabilidade.

Nossa análise indicou que nosso modelo poderia de fato se acoplar bem com as quinonas, confirmando sua adequação pra estudos posteriores.

A Importância do Co-Design

Ao permitir que tanto a proteína quanto o ligante variem, o co-design abriu muitas mais opções em comparação com os métodos tradicionais. Enquanto o design individual muitas vezes limita o número de pares que podem ser testados, o co-design nos permitiu explorar mais de 150.000 combinações potenciais. Mesmo com uma fração dessas amostras, identificamos muitos pares promissores.

Esse método destacou uma vantagem significativa: os pares co-projetados tinham afinidades de ligação previstas mais fortes do que aqueles gerados através do design individual. Na verdade, para os melhores pares identificados através do co-design, as interações de ligação eram mais favoráveis do que os melhores pares encontrados usando apenas o design individual.

Combinações Aprimoradas e Insumos

Os principais pares proteína-ligante co-projetados mostraram afinidades de ligação fortes, superando significativamente aqueles identificados através do design individual. Os resultados sugerem que o co-design não só é mais abrangente, mas também gera melhores interações.

Ao examinar as melhores combinações, descobrimos que certas mutações na proteína Ndh2 e modificações específicas nas quinonas levavam consistentemente a uma liga melhor. Em particular, mudar aminoácidos específicos estava frequentemente associado a melhores interações.

Conclusão

Esse estudo ilustra as vantagens de uma abordagem de co-design na biologia sintética, especificamente em aprimorar interações entre proteínas e ligantes. Ao considerar ambos os componentes simultaneamente, os pesquisadores podem descobrir novos pares que talvez não fossem possíveis com métodos tradicionais.

Nossa implementação inicial mostra potencial, e tem um espaço significativo pra trabalhos futuros que podem refinar e expandir esses achados. Com os avanços contínuos em técnicas computacionais e design molecular, as possibilidades pra sistemas co-projetados estão prontas pra expansão. Através da continuidade na exploração nessa direção, podemos encontrar maneiras ainda mais eficazes de engenheirar sistemas biológicos pra uma variedade de aplicações.

Fonte original

Título: Protein-ligand co-design: a case for improving binding affinity between Type II NADH:quinone oxidoreductase and quinones

Resumo: Biological engineering aims to enhance biological systems by designing proteins with improved catalytic properties or ligands with enhanced function. Typically, applications permit designing proteins, e.g., an enzyme in a biodegradation reaction, or ligands e.g., a drug for a target receptor, but not both. Yet, some applications can benefit from a more flexible approach where both the protein and ligand can be designed or modified together to enhance a desired property. To meet the need for this co-design capability, we introduce a novel co-design paradigm and demon- strate its application to Ndh2-quinone pairings to enhance their binding affinity. Ndh2, type-II NADH dehydrogenase, is an enzyme found in certain bacteria that facilities extracellular electron transfer (EET) when interacting with exogenous quinone mediators. This interaction leads to the generation of a detectable electric current that can be used for biosensing applications. Our results demonstrate the benefits of the co-design paradigm in realizing Ndh2-quinone pairings with enhanced binding affinities, therefore highlighting the importance of considering protein-ligand engineering from a holistic co-design perspective.

Autores: Soha Hassoun, V. Porokhin, A. M. Brown

Última atualização: 2024-06-13 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.11.598532

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.11.598532.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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