O Impacto da COVID-19 na Saúde Materna no Chile
Analisando o aumento da mortalidade materna durante a pandemia de COVID-19.
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Índice
Em janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde anunciou um surto de um novo coronavírus, que depois se espalhou pelo mundo todo. Esse vírus, conhecido como SARS-CoV-2, levou a uma crise de saúde pública chamada Pandemia. Vários países reagiram de maneiras diferentes, dependendo dos seus recursos, sistemas de saúde e preparação. Apesar dos esforços pra garantir acesso aos serviços médicos, muitos países, especialmente os que têm menos recursos, viram uma queda no uso dos serviços de saúde durante a pandemia. Essa queda afetou negativamente as populações vulneráveis, principalmente os idosos e quem já tinha problemas de saúde.
Impacto na Saúde Materna
A pandemia afetou bastante a saúde materna, levando a um aumento nas mortes maternas. Isso é preocupante, já que reverteu anos de progresso na redução das taxas de Mortalidade Materna no mundo todo. Serviços essenciais para mulheres grávidas foram interrompidos, fazendo com que a Organização Mundial da Saúde emitisse alertas sobre os riscos aumentados de mulheres grávidas contraírem COVID-19.
No Chile, as autoridades de saúde agiram rápido diante do surto, declarando um alerta nacional de saúde no começo de 2020. Enquanto as taxas de mortalidade materna do país eram relativamente baixas comparadas a outras na região, não havia uma estimativa clara de quantas mortes maternas estavam especificamente relacionadas ao coronavírus. Entender essa relação é essencial pra melhorar as estratégias de saúde e prevenir mortes futuras.
Foco do Estudo
O objetivo do estudo era analisar o impacto da pandemia de COVID-19 na mortalidade materna no Chile durante os primeiros dois anos do surto. Os pesquisadores usaram dados históricos pra observar tendências nas mortes maternas e prever padrões futuros sem a influência da pandemia. Ao examinar registros oficiais de mortes maternas de 1997 a 2021, o estudo buscou revelar como a pandemia afetou diferentes causas de mortalidade materna.
Coleta de Dados
A pesquisa utilizou dados oficiais do ministério da saúde do Chile, focando nas mortes maternas categorizadas pelas causas de mortalidade. A razão total de mortalidade materna foi calculada comparando o número de mortes maternas com o número de nascimentos vivos. Esses dados foram organizados em causas diretas, como complicações durante a gravidez, e causas indiretas, que incluíam problemas de saúde preexistentes que pioraram por causa da gravidez.
Causas diretas se referem a complicações, como sangramentos e infecções durante a gravidez e o parto. Causas indiretas englobam mortes por condições como diabetes ou doenças cardíacas que podem piorar devido à gravidez. Pra classificar as mortes maternas relacionadas à COVID-19, uma codificação específica foi aplicada pra garantir um rastreamento preciso desses incidentes.
Análise Estatística
Pra entender as tendências na mortalidade materna, os pesquisadores usaram métodos estatísticos pra analisar como as taxas mudaram ao longo do tempo. Eles empregaram um modelo chamado Joinpoint Regression pra identificar pontos-chave onde as tendências mudaram. Essa análise forneceu informações sobre quando e como as taxas de mortalidade materna mudaram, especialmente durante e depois do início da pandemia.
Além disso, uma abordagem de série temporal interrompida foi usada pra avaliar o impacto imediato da pandemia nas taxas de mortalidade materna. Esse modelo examinou tendências antes e depois da pandemia pra estabelecer quaisquer mudanças significativas atribuídas ao vírus.
Principais Descobertas
O estudo revelou várias tendências notáveis nas taxas de mortalidade materna no Chile. No geral, houve uma queda nas mortes maternas de 1997 a 2003, seguida por um período de aumento até 2017, e depois outra queda até 2021. Os achados mostraram uma relação clara entre a pandemia e o aumento nas taxas de mortalidade materna devido a causas indiretas, especialmente aquelas ligadas a problemas de saúde existentes.
Curiosamente, a análise revelou que, enquanto a mortalidade materna aumentou durante a pandemia, não houve um aumento significativo nas mortes por causas obstétricas diretas. Isso sugeriu que o impacto da pandemia foi mais profundo para mulheres com condições preexistentes do que complicações que surgiram apenas pela gravidez.
Os resultados indicaram que causas indiretas, como infecções e doenças crônicas, tiveram um papel importante no aumento das taxas de mortalidade materna durante a pandemia. Em contrapartida, as causas diretas tiveram uma queda, que pode ser atribuída a estratégias de saúde e cuidados aprimorados para mulheres grávidas à medida que o sistema de saúde se adaptava ao longo do tempo.
Implicações para a Saúde
Os achados destacam a importância de continuar monitorando a saúde materna durante crises de saúde. Os dados ressaltaram que esforços direcionados são necessários pra apoiar mulheres grávidas, especialmente aquelas com problemas de saúde existentes. Garantir acesso a cuidados de qualidade e recursos é essencial pra evitar mortes evitáveis.
O aumento nas taxas de mortalidade materna durante a pandemia pede uma resposta mais forte dos sistemas de saúde pra proteger populações vulneráveis. Os esforços devem ser focados em garantir que as mulheres grávidas recebam o cuidado pré-natal e pós-natal necessário, mesmo em circunstâncias desafiadoras.
Conclusão
Resumindo, a pandemia de COVID-19 teve impactos significativos na saúde materna no Chile, levando ao aumento das taxas de mortalidade ligadas a causas indiretas. Embora o país tenha avançado no enfrentamento das questões de saúde materna, a pandemia revelou áreas que precisam de melhorias.
Continuar focando no acesso aos cuidados de saúde, especialmente para mulheres grávidas com condições de saúde existentes, será vital pra mitigar os efeitos de futuras crises de saúde. O monitoramento contínuo e a análise de dados são essenciais pra desenvolver estratégias que garantam o bem-estar de mães e bebês durante emergências de saúde pública.
Reconhecer as causas específicas das mortes maternas associadas à COVID-19 pode ajudar os provedores de saúde a implementar medidas preventivas pra reduzir as taxas de mortalidade. Garantir que os sistemas de saúde permaneçam responsivos e robustos durante crises é crucial pra proteger a saúde materna e infantil.
Os resultados deste estudo fornecem insights valiosos sobre a relação entre a pandemia e a mortalidade materna, enfatizando a necessidade de estratégias de saúde direcionadas pra melhorar os resultados para as mulheres durante futuras emergências de saúde.
Título: Impact of emerging SARS-CoV-2 on total and cause-specific maternal mortality: A natural experiment in Chile during the peak of the outbreak SARS-CoV-2 Impact on Maternal Mortality: Chiles Outbreak Study
Resumo: BackgroundThis study estimated the effects of the SARS-CoV-2 pandemic on maternal death causes in Chile during the outbreak peak between 2020 and 2021. Materials and MethodsA natural experiment was conducted using official data on maternal deaths and live births (LBs) between 1997 and 2021. Trend changes in the maternal mortality ratio (MMR) were assessed using segmented regression. The effects of the SARS-CoV-2 outbreak were evaluated using interrupted time series (ITS) and an autoregressive integrated moving average (ARIMA) model to forecast the expected rates on MMR and 95% confidence intervals (95% CI). FindingsITS analysis revealed that the SARS-CoV-2 outbreak impacted the MMR due to indirect causes, with a greater increase in indirect nonrespiratory causes than respiratory causes. The ARIMA forecast was consistent with ITS, showing that the expected MMR for indirect causes was substantially lower than the observed rates (9.65 in 2020 and 7.46/100,000 LBs in 2021). The expected MMR was 3.44 in 2020 and 1.55 in 2021. For nonrespiratory causes, the observed values of the MMR for 2020 (8.77/100.000 LBs) and 2021 (7.46/100.000 LBs) doubled the prediction 4.02 (95% CI: 0.44-7.61) and 3.83 (95% CI: -0.12-7.79). No significant effect was found on direct obstetrical deaths. InterpretationDuring 2020-2021, there was a rise in the MMR in Chile attributable to SARS-CoV-2. The pandemic contributed to an escalation in the MMR due to indirect causes, particularly nonrespiratory and infectious causes, suggesting that the risk of pregnant women to SARS-CoV-2 was increased from previous comorbidities.
Autores: Elard Koch, Y. Enriquez, M. E. Critto, R. Weinberg, L. de Janon Quevedo, A. Galleguillos
Última atualização: 2024-01-17 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.01.17.24301426
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.01.17.24301426.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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