Novas Descobertas sobre Parkinson e Função Cerebral
Pesquisas mostram conexões importantes entre a atividade dos neurônios e problemas de movimento na doença de Parkinson.
― 6 min ler
Índice
A doença de Parkinson (DP) é uma condição que afeta o movimento. Um dos principais problemas na DP é o dano a uma área específica do cérebro chamada substância negra pars compacta (SNc). Esse dano diminui os níveis de Dopamina, uma substância química que ajuda a transmitir sinais no cérebro, o que gera dificuldades com o movimento.
Quando a SNc é danificada, várias partes do cérebro que estão conectadas a ela também precisam se ajustar. Isso inclui áreas como os gânglios da base, tálamo, córtex sensório-motor e cerebelo. A perda de dopamina faz com que essas áreas reduzam sua atividade, o que está ligado aos sintomas motores que as pessoas com Parkinson enfrentam.
O córtex cerebral é a camada externa do cérebro e desempenha um papel crucial no controle dos movimentos. Mudanças nessa área, sejam no início ou no final da doença, podem afetar bastante como alguém com Parkinson se move, especialmente em relação às habilidades motoras finas.
Pesquisas mostram que certos Neurônios no Córtex Motor ficam menos excitáveis em modelos de Parkinson. Isso significa que eles não respondem tão forte aos sinais como deveriam. Quando esses neurônios perdem a capacidade de disparar consistentemente, isso afeta como se comunicam com outros, levando a mudanças nos padrões de disparo.
Para investigar essas mudanças, os cientistas usaram simulações de computador que representavam uma parte do cérebro do camundongo. Esse modelo incluía vários tipos de neurônios e imitava como eles se comportam sob diferentes condições. Eles analisaram tanto um estado de repouso quanto um estado ativado, onde o cérebro recebe sinais mais fortes.
As simulações revelaram resultados surpreendentes. Apesar de a excitabilidade de certos neurônios ter diminuído, o disparo geral desses neurônios aumentou quando o cérebro estava em repouso. Isso levou a um aumento notável em um tipo específico de atividade de ondas cerebrais conhecido como oscilações na banda beta. Essas são importantes porque se relacionam com o funcionamento do córtex motor.
Quando o cérebro foi ativado, os pesquisadores descobriram que, embora a taxa geral de disparo desses neurônios não mudasse, seus padrões mudavam. Os neurônios começaram a mostrar ritmos que indicam aumento de atividade nas bandas beta e gama baixa, que geralmente estão associadas ao movimento.
O modelo foi projetado para simular como os neurônios no córtex motor se comunicam com outras partes do cérebro. Ele mostrou como os inputs de várias regiões do cérebro poderiam afetar o disparo dos neurônios no córtex motor. Os pesquisadores descobriram que diferentes grupos de neurônios no córtex disparavam em sincronia, especialmente quando o cérebro recebia sinais do tálamo, que retransmite informações de outras partes do cérebro.
A importância dessas descobertas está em como se relacionam com os sintomas da doença de Parkinson. O aumento na atividade da banda beta poderia atrapalhar a comunicação normal dentro do córtex motor. Isso significa que mesmo que alguém queira se mover, os sinais podem não ser transmitidos corretamente, levando aos movimentos mais lentos associados ao Parkinson.
Em cérebros saudáveis, as oscilações beta tendem a diminuir quando uma pessoa inicia um movimento. Em contraste, em pessoas com Parkinson, essas oscilações podem se tornar exageradas, refletindo um tipo de estado de "espera" antes da ação. Como resultado, o cérebro pode ter dificuldade em mudar de planejar um movimento para realmente executá-lo.
Conforme as simulações continuavam, os pesquisadores notaram mudanças em como os neurônios disparavam tanto em condições saudáveis quanto parkinsonianas. Nos modelos saudáveis, o estado de repouso mostrava um ritmo constante de atividade de baixa frequência, enquanto o estado ativado mudava para uma frequência mais alta associada ao movimento.
Por outro lado, no modelo Parkinsoniano, a atividade da banda beta era mais pronunciada tanto nos estados de repouso quanto ativados. Isso indica que o cérebro permanece "preso" em certos ritmos em vez de transitar facilmente para padrões relacionados ao movimento.
As flutuações da atividade neuronal foram monitoradas de perto. Ficou evidente que o estado parkinsoniano fazia com que os neurônios disparassem em clusters com mais frequência do que nos estados saudáveis, indicando um nível mais alto de atividade sincrônica. Isso significa que muitos neurônios disparavam juntos, o que pode levar a uma comunicação errática no cérebro.
Apesar das evidências mostrando mudanças no comportamento dos neurônios, a pesquisa teve algumas limitações. Por exemplo, o modelo não considerou todos os tipos de neurônios e se concentrou principalmente em certos tipos celulares. Além disso, embora o estudo visasse imitar o impacto da perda de dopamina, não conseguiu capturar todos os aspectos de como o Parkinson afeta as pessoas na vida real.
Em resumo, a pesquisa destaca relações significativas entre a excitabilidade dos neurônios e os padrões de ondas cerebrais na doença de Parkinson. À medida que certos neurônios se tornam menos responsivos, o cérebro compensa de maneiras que podem levar a dificuldades de movimento. As descobertas do aumento da atividade da banda beta no córtex motor podem fornecer insights sobre os mecanismos por trás dos sintomas motores do Parkinson. Compreender essas dinâmicas é importante para desenvolver tratamentos voltados a melhorar o movimento e reduzir os sintomas daquelas pessoas afetadas por essa condição.
Os esforços continuam para explorar como esses padrões podem ser alterados através de várias intervenções. O objetivo final é ajudar aqueles com Parkinson a recuperar um melhor controle sobre seus movimentos e melhorar sua qualidade de vida. Estudando a função do cérebro em detalhes, os pesquisadores esperam descobrir mais sobre essa doença complexa e desenvolver novas estratégias para gerenciá-la de forma eficaz.
Título: Decreased cellular excitability of pyramidal tract neurons in primary motor cortex leads to paradoxically increased network activity in simulated parkinsonian motor cortex
Resumo: Decreased excitability of pyramidal tract neurons in layer 5B (PT5B) of primary motor cortex (M1) has recently been shown in a dopamine-depleted mouse model of parkinsonism. We hypothesized that decreased PT5B neuron excitability would substantially disrupt oscillatory and non-oscillatory firing patterns of neurons in layer 5 (L5) of primary motor cortex (M1). To test this hypothesis, we performed computer simulations using a previously validated computer model of mouse M1. Inclusion of the experimentally identified parkinsonism-associated decrease of PT5B excitability into our computational model produced a paradoxical increase in rest-state PT5B firing rate, as well as an increase in beta-band oscillatory power in local field potential (LFP). In the movement-state, PT5B population firing and LFP showed reduced beta and increased high-beta, low-gamma activity of 20-35 Hz in the parkinsonian, but not in control condition. The appearance of beta-band oscillations in parkinsonism would be expected to disrupt normal M1 motor output and contribute to motor activity deficits seen in patients with Parkinsons disease (PD).
Autores: Donald W Doherty, L. Chen, Y. Smith, T. Wichmann, H.-y. Chu, W. W. Lytton
Última atualização: 2024-06-23 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.05.23.595566
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.05.23.595566.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.
Obrigado ao biorxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.