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# Ciências da saúde# Medicina cardiovascolare

A Relação Entre Depressão e Doença Cardíaca

Explorando a conexão entre o transtorno depressivo maior e doenças cardiovasculares.

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Índice

O Transtorno Depressivo Maior (TDM) e as doenças cardiovasculares (DCV) costumam aparecer juntos. Isso quer dizer que quem tem depressão tem mais chance de ter problemas no coração. Tem várias razões pelas quais essas duas condições podem estar ligadas.

Fatores Genéticos Compartilhados

Uma razão possível para a conexão entre TDM e DCV pode ser genética. Alguns genes podem aumentar o risco de depressão e doenças cardíacas. Embora os estudos geralmente encontrem uma ligação fraca a moderada entre os dois, isso pode ser porque os genes agem de formas diferentes. Certos genes podem ter efeitos opostos, causando confusão sobre o quanto eles se sobrepõem.

Fatores de Estilo de vida e Sociais

Além da genética, fatores não genéticos também têm um papel na relação entre TDM e DCV. Por exemplo, fatores de risco conhecidos para problemas no coração, como pressão alta, sobrepeso e falta de exercício, também estão ligados à depressão. Outros fatores relacionados ao estilo de vida e questões sociais, como baixa escolaridade, abuso na infância, solidão e sono irregular, também estão conectados a ambas as condições.

O Papel da Inflamação

A inflamação crônica é outro possível fator que conecta essas duas doenças. A aterosclerose é uma condição em que se forma placa nas artérias, levando a doenças cardíacas. Esse processo envolve inflamação, onde o sistema imunológico do corpo reage a danos nas paredes das artérias. Pesquisas sugerem que a inflamação também tem um papel no TDM. O estresse pode fazer o corpo produzir substâncias químicas inflamatórias que afetam o cérebro e causam sintomas de depressão. Algumas pessoas com depressão mostram sinais de inflamação de baixo grau, indicando que a inflamação pode ligar essas duas condições de forma específica.

Lacunas na Pesquisa

Apesar do que já sabemos, ainda existem lacunas significativas na pesquisa. Não sabemos ainda a extensão total dos fatores genéticos compartilhados entre TDM e DCV. Não está claro se esses vínculos genéticos estão associados a tecidos corporais específicos ou células cerebrais. Além disso, como esses fatores se conectam com traços compartilhados, como pressão arterial, hábitos de estilo de vida e inflamação, precisa de mais investigação. Também precisamos entender melhor as relações causais entre esses fatores.

Investigando a Sobreposição

Pra entender melhor como TDM e DCV se sobrepõem, os pesquisadores estão usando dados genômicos avançados e métodos. Essa pesquisa envolve examinar grandes amostras de indivíduos com depressão para buscar semelhanças genéticas com aqueles que têm doenças cardíacas. Uma abordagem envolve procurar marcadores genéticos compartilhados, que nos dizem sobre locais específicos nos genes que podem ligar essas duas condições.

Pesquisadores também estão examinando variantes genéticas que contribuem para riscos compartilhados entre TDM e a Doença Cardiovascular aterosclerótica (DCVA), que inclui doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral. Ao mapear dados genéticos para células cerebrais, os pesquisadores esperam ver quais funções cerebrais são impactadas por ambas as condições.

Fatores de Risco Compartilhados

Pra explorar fatores de risco compartilhados, os cientistas comparam dados genéticos de TDM e riscos já estabelecidos para doenças cardíacas. Eles estimam o quanto esses fatores de risco influenciam a relação genética entre TDM e DCV. Isso ajuda a identificar quais fatores de estilo de vida, metabólicos e inflamatórios desempenham um papel significativo em ambas as condições.

Descobertas Genéticas

As primeiras descobertas mostram que há ligações genéticas fracas a moderadas entre TDM e várias formas de DCV. Entre as diferentes condições cardíacas estudadas, as conexões mais fortes foram encontradas para doença arterial periférica e insuficiência cardíaca.

Ao examinar correlações genéticas locais, os pesquisadores identificam áreas genômicas específicas onde essas ligações são significativas. Essas descobertas revelam padrões notáveis de como TDM e doenças cardíacas podem influenciar um ao outro.

Entendendo Correlações Genéticas Locais

Milhões de marcadores genéticos são analisados pra ver como eles se correlacionam com TDM e várias DCVs. Em muitos casos, os estudos mostram que as variantes de risco genéticas relacionadas à DCV também se relacionam ao TDM. Isso sugere que as duas condições compartilham um bom número de fatores de risco genéticos comuns.

Os pesquisadores notaram que a maioria das correlações genéticas locais eram positivas, especialmente para a doença arterial coronariana. No entanto, algumas correlações eram negativas para outras condições cardíacas, indicando uma relação complexa que precisa de mais investigação.

Esforços de Pesquisa Contínuos

Pra explorar ainda mais a sobreposição genética, os pesquisadores criaram um modelo de responsabilidade genética compartilhada usando técnicas estatísticas avançadas. Esse modelo ajuda a ilustrar como TDM e doenças cardíacas interagem em um nível genético.

As análises revelam vários vínculos genéticos tanto para TDM quanto para DCVA. O estudo encontra marcadores específicos que poderiam orientar possíveis tratamentos ou intervenções.

Pontuações de Risco Poligênico

As pontuações de risco poligênico (PRP) são outra ferramenta usada pra entender a relação entre TDM e DCV. Essas pontuações calculam o risco de desenvolver uma condição com base no número de variantes de risco presentes na composição genética de um indivíduo. Quando os pesquisadores usaram essas pontuações, previram efetivamente a probabilidade de desenvolver DCV ou TDM, ressaltando a necessidade de intervenções específicas.

Investigando Traços Compartilhados

Pra entender melhor como TDM e DCV se relacionam, os pesquisadores analisaram traços compartilhados. Os resultados mostram que certos fatores de estilo de vida, como solidão, têm conexões genéticas fortes com ambas as condições. Essa percepção enfatiza a importância de focar nesses traços em esforços de prevenção.

Relações Causais

Usando métodos analíticos sofisticados, os pesquisadores estão começando a descobrir possíveis relações causais entre TDM e DCV. As descobertas sugerem que uma predisposição genética para TDM pode aumentar o risco de desenvolver doenças cardíacas, particularmente doença arterial coronariana e acidente vascular cerebral.

Por outro lado, os dados não apoiam fortemente a ideia de que doenças cardíacas levam à depressão. Isso desafia crenças anteriores e convida mais pesquisas pra esclarecer essas relações.

Impacto dos Fatores de Estilo de Vida

Os pesquisadores também avaliaram como fatores de estilo de vida podem mediar a relação entre TDM e DCV. Certos mediadores, como solidão e inflamação, parecem desempenhar papéis significativos na conexão entre TDM e doenças cardíacas.

Perfis Genéticos

Diferentes perfis genéticos sugerem níveis variados de risco entre indivíduos. Os estudos sugerem que o fator latente TDM-DCVA contribui para o risco de forma diferente do TDM ou DCV sozinhos. Essa assinatura genética distinta destaca o papel de determinadas vias biológicas que ligam o TDM à saúde cardiovascular.

Inflamação e Depressão

A inflamação continua sendo um tema crucial pra entender as ligações entre TDM e DCV. A inflamação crônica, talvez resultante de escolhas de estilo de vida ruins, pode piorar ambas as condições. Assim, esforços pra tratar uma condição podem apoiar efetivamente a outra.

Limitações da Pesquisa

É importante reconhecer as limitações dos estudos atuais. A maioria das pesquisas depende fortemente de dados de populações que podem não representar a diversidade da população geral. Isso significa que as descobertas podem não ser aplicáveis a todos os grupos, particularmente comunidades racial ou etnicamente diversas.

Direções Futuras

Seguindo em frente, estudos mais extensos envolvendo diversas populações são necessários pra entender bem a conexão entre TDM e DCV. Os pesquisadores enfatizam a importância de observar como mudanças de estilo de vida, intervenções e tratamentos podem alterar fatores de risco para ambas as condições.

Conclusão

Pra concluir, a relação entre transtorno depressivo maior e doenças cardiovasculares é complexa e influenciada por vários fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida. Compreender essa conexão pode levar a tratamentos melhores e estratégias de prevenção que abordem tanto a saúde mental quanto a saúde do coração. A pesquisa contínua sobre as bases genéticas compartilhadas e fatores de risco será essencial pra lidar com o crescente ônus dessas condições comórbidas.

Fonte original

Título: Distinct genomic signatures and modifiable risk factors underly the comorbidity between major depressive disorder and cardiovascular disease

Resumo: Major depressive disorder (MDD) and cardiovascular disease (CVD) are often comorbid, resulting in excess morbidity and mortality. Using genomic data, this study elucidates biological mechanisms, key risk factors, and causal pathways underlying their comorbidity. We show that CVDs share a large proportion of their genetic risk factors with MDD. Multivariate genome-wide association analysis of the shared genetic liability between MDD and atherosclerotic CVD (ASCVD) revealed seven novel loci and distinct patterns of tissue and brain cell-type enrichments, suggesting a role for the thalamus. Part of the genetic overlap was explained by shared inflammatory, metabolic, and psychosocial/lifestyle risk factors. Finally, we found support for causal effects of genetic liability to MDD on CVD risk, but not from most CVDs to MDD, and demonstrated that the causal effects were partly explained by metabolic and psychosocial/lifestyle factors. The distinct signature of MDD-ASCVD comorbidity aligns with the idea of an immunometabolic sub-type of MDD more strongly associated with CVD than overall MDD. In summary, we identify plausible biological mechanisms underlying MDD-CVD comorbidity, as well as key modifiable risk factors for prevention of CVD in individuals with MDD.

Autores: Jacob Bergstedt, J. A. Pasman, Z. Ma, A. Harder, S. Yao, N. Parker, J. L. Treur, D. J. A. Smit, O. Frei, A. Shadrin, J. J. Meijsen, Q. Shen, S. Hägg, P. Tornvall, A. Buil, T. Werge, J. Hjerling-Leffler, T. D. Als, A. D. Borglum, C. M. Lewis, A. M. McIntosh, U. A. Valdimarsdottir, O. A. Andreassen, P. F. Sullivan, Y. Lu, F. Fang

Última atualização: 2024-01-29 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.09.01.23294931

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.09.01.23294931.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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