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# Ciências da saúde# Medicina cardiovascolare

O Impacto Oculto da COVID-19 na Saúde do Coração

Estudo revela problemas cardíacos persistentes na recuperação da COVID-19.

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A COVID-19 afeta várias partes do corpo, incluindo o coração e os vasos sanguíneos. Em pacientes que foram hospitalizados com casos graves, foram relatados problemas como insuficiência cardíaca e batimentos cardíacos irregulares. Esses problemas podem persistir mesmo após a recuperação e levar a questões de longo prazo que impactam a vida diária. Estudos recentes mostraram que pessoas que foram hospitalizadas por causa da COVID-19 têm mais chances de apresentar problemas relacionados ao coração um ano depois de deixarem o hospital, comparadas àquelas que tiveram infecções mais leves ou não foram infectadas. Embora possa haver razões ligadas ao vírus ou à resposta imunológica, as causas exatas desses problemas cardíacos duradouros ainda não estão bem compreendidas.

Testes e Resultados

Testes de rotina que medem algumas proteínas no sangue e a função cardíaca, como troponina e peptídeo natriurético cerebral, geralmente mostram resultados normais na maioria dos pacientes em recuperação que não apresentaram inflamação cardíaca visível durante a internação. Isso vale também para outros testes, como eletrocardiogramas e imagens cardíacas. Porém, estudos anteriores não analisaram como o coração se comporta durante exercícios intensos, que podem revelar problemas que não aparecem em repouso.

Durante exercícios, os pacientes costumam atingir sua função cardíaca máxima, que pode ser medida pela eficiência do coração em bombear sangue, conhecida como fração de ejeção do ventrículo esquerdo (LVEF). Identificar problemas cardíacos após a internação por COVID-19 pode ajudar a reconhecer quem está em risco de complicações mais sérias depois. Isso também poderia ajudar a sugerir atividades adequadas para pacientes que estão se recuperando da COVID-19. Por isso, os pesquisadores observaram como os pacientes se saíram em um teste de esteira, pelo menos seis semanas após saírem do hospital.

Desenho do Estudo

Os pesquisadores usaram um tipo específico de ecocardiografia chamado ecocardiografia de estresse (ESE) para comparar a função cardíaca em pacientes em recuperação de COVID-19 com indivíduos saudáveis que nunca foram infectados. Eles esperavam que não houvesse diferença significativa na função cardíaca entre os dois grupos durante os testes de estresse máximo. Também previram que outra medida de função cardíaca não mostraria diferença significativa entre os grupos.

Para recrutar participantes para o estudo, os pesquisadores colocaram anúncios em clínicas ambulatoriais e contataram médicos que cuidaram de pacientes com COVID-19. Eles incluíram pessoas com menos de 65 anos que não tinham problemas cardíacos sérios, exceto hipertensão, e que estavam pelo menos seis semanas pós-alta após um teste positivo para COVID-19. Os participantes passaram por entrevistas e testes para coletar informações básicas sobre a saúde.

Detalhes dos Participantes

Quinze pacientes que se recuperaram da COVID-19 atenderam a todos os critérios do estudo e realizaram testes de exercício. Esses pacientes foram hospitalizados com COVID-19 entre abril de 2020 e janeiro de 2022. A maioria não havia sido vacinada antes da doença, e uma parte significativa teve casos graves que exigiram tratamento em unidade de terapia intensiva.

Antes de começarem os testes de exercício, os participantes tiveram resultados normais em exames de sangue e eletrocardiogramas. Durante os testes, usaram máscaras por segurança. Todos os pacientes completaram o exercício na esteira aumentando a velocidade até se sentirem muito cansados ou sem fôlego. Durante os testes, sinais vitais como frequência cardíaca e Pressão Arterial foram monitorados.

Resultados do Estudo

Durante o exercício, os pacientes em recuperação tiveram durações normais na esteira, comparáveis a indivíduos saudáveis. No entanto, a função cardíaca deles apresentou diferenças notáveis. Os pacientes tinham uma eficiência de bombeamento do coração menor após o exercício em comparação com os participantes saudáveis. Especificamente, a LVEF deles, que mostra quão bem o coração bomba sangue, estava mais baixa, enquanto outra medida de relaxamento cardíaco estava mais alta entre os pacientes em recuperação.

As frequências cardíacas dos pacientes após o exercício também eram mais altas que as dos indivíduos saudáveis, indicando que os pacientes em recuperação estavam se esforçando mais durante o teste. Embora a pressão arterial sistólica fosse geralmente mais alta nos pacientes, a diferença não era consistente o suficiente para ser conclusiva.

Análise de Correlação

Uma análise adicional verificou se fatores como índice de massa corporal (IMC), idade ou gênero estavam relacionados aos resultados da função cardíaca. Os dados não mostraram conexões claras entre essas variáveis, indicando que as diferenças observadas no desempenho cardíaco não poderiam ser facilmente explicadas por elas.

Acompanhamento e Monitoramento

O estudo acompanhou os pacientes ao longo do tempo, confirmando que nenhum deles teve problemas cardíacos sérios, como ataques cardíacos ou derrames, durante o período de acompanhamento. Cerca de um ano após o estudo, a maioria dos pacientes relatou boa capacidade funcional, indicando que não enfrentavam dificuldades significativas relacionadas à saúde do coração.

Conclusão

Os resultados do estudo destacam que os pacientes em recuperação de COVID-19 grave apresentaram diferenças na função cardíaca durante o exercício, mesmo que parecessem normais em repouso e tivessem testes de função cardíaca normais. Isso sugere que pessoas se recuperando da COVID-19 podem se beneficiar de testes de exercício para avaliar sua prontidão para atividades, especialmente se tiveram casos graves.

Esses resultados abrem portas para entender os desafios cardíacos após a COVID-19, o que pode ajudar a identificar indivíduos que podem precisar de apoio adicional ou tempos de recuperação mais longos antes de voltar a atividades fisicamente exigentes. O estudo indica que mesmo sem sinais claros de inflamação cardíaca, pode haver questões sutis com o desempenho do coração em quem está se recuperando da COVID-19.

Pesquisas futuras com grupos maiores de participantes podem fornecer informações mais profundas sobre como a COVID-19 impacta a saúde do coração a longo prazo. Esses estudos poderiam informar melhores cuidados e orientações para os pacientes enquanto se recuperam dessa doença.

Fonte original

Título: Treadmill Exercise Stress Echocardiography Exposes Impaired Left Ventricular Function in Patients Recovering from Hospitalization with COVID-19 Without Overt Myocarditis Versus Historical Controls

Resumo: BackgroundUsual clinical testing rarely reveals cardiac abnormalities persisting after hospitalization for COVID-19. Such testing may overlook residual changes responsible for increased adverse cardiac events post-discharge. MethodsTo further elucidate long-term status, we performed exercise stress echocardiography (ESE) in 15 patients age 30-63 without myocarditis 3 to 31 months after hospital discharge. We compared patient outcomes to published data in healthy comparisons (HC) exercising according to the same protocol. ResultsPatients treadmill exercise (Bruce protocol), averaging 8.2 min, was halted by dyspnea or fatigue. Pre-stress baselines in recovering patients (RP) matched HC except for higher heart rate: mean 81 bpm for RP and 63 for HC (p

Autores: Robert E. Goldstein, E. Hulten, T. B. Arnold, V. M. Thomas, A. Heroy, E. N. Walker, K. Fox, H. Lee, J. Libbus, B. Marcos, M. N. Hood, T. E. Harrell, M. C. Haigney

Última atualização: 2024-02-03 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.02.01.24302037

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.02.01.24302037.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/publicdomain/zero/1.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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