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Impostos sobre Saúde na Indonésia: Desafios e Oportunidades

Uma visão geral das políticas de imposto sobre saúde e seu impacto na Indonésia.

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Índice

Impostos sobre saúde são taxas aplicadas a produtos que podem prejudicar a saúde, como Tabaco e álcool. Vários países começaram a usar esses impostos pra reduzir o consumo desses produtos e promover uma Saúde Pública melhor. A Organização Mundial da Saúde vê os impostos sobre saúde como uma forma eficaz de lidar com problemas de saúde causados por doenças não transmissíveis (DNTs) como diabetes e doenças cardíacas. Enquanto essa abordagem tá ganhando força, alguns países, especialmente os com economias mais fracas, ainda acham difícil implementar esses impostos.

Líderes globais da saúde recentemente destacaram a necessidade de mais pesquisa sobre como as políticas de impostos sobre saúde são feitas e quais fatores as influenciam. Os ambientes políticos e econômicos em que os sistemas de saúde operam desempenham um papel significativo em como essas políticas se desenvolvem e são colocadas em prática. Desafios como interesses conflitantes, falta de coordenação entre diferentes agências e muita burocracia geralmente atrapalham a implementação eficaz dos impostos sobre saúde. Em países como a Indonésia, os governos locais enfrentam obstáculos adicionais, incluindo mal-entendidos sobre os objetivos dos impostos sobre saúde, paisagens políticas complexas e problemas financeiros.

Imposto sobre Saúde na Indonésia

A Indonésia tá num caminho de descentralização desde 2001. Isso significa que os governos locais têm mais controle sobre seus orçamentos e políticas fiscais. Uma área importante afetada por essa mudança é a finança pública, que inclui como a receita é gerada e gasta. Os impostos sobre saúde em produtos como tabaco e álcool foram feitos pra envolver os governos locais. No caso do tabaco, uma parte do imposto arrecadado é compartilhada com os governos locais com base nos níveis de produção de tabaco.

Atualmente, dois produtos principais são taxados por motivos de saúde: tabaco e bebidas alcoólicas. Embora tenha havido uma proposta pra incluir bebidas açucaradas em 2019, isso ainda não foi colocado em prática. O governo nacional cuida da arrecadação de impostos, enquanto os governos locais gerenciam como a receita dos impostos é gasta, especialmente na área da saúde.

Questões Atuais com a Implementação do Imposto sobre Saúde

Apesar da ênfase nos impostos sobre saúde, críticas surgiram. O governo nacional, através do Ministério da Fazenda e do Ministério da Saúde, impulsiona as iniciativas de imposto sobre saúde. No entanto, muitos líderes locais priorizam a geração de receita em vez de controlar o consumo, resultando em políticas ineficazes. Além disso, a descentralização traz desafios no financiamento, com os governos locais muitas vezes lutando pra alocar fundos pra saúde, apesar das regras que exigem que façam isso.

Dada a importância das ações do governo local na implementação do imposto sobre saúde, analisar como esses governos reagem às políticas de imposto sobre saúde é crucial, mas muitas vezes foi negligenciado. Este estudo visa esclarecer os fatores políticos e econômicos que influenciam a implementação do imposto sobre saúde no nível local, examinando três províncias que focam em diferentes produtos tributados: tabaco, bebidas alcoólicas e bebidas açucaradas.

Design do Estudo

Esse estudo é qualitativo e usa uma abordagem de estudo de caso pra reunir insights mais profundos. Grupos focais foram organizados em três províncias: Lampung para tabaco, DI Yogyakarta para bebidas açucaradas e Bali para bebidas alcoólicas. O principal objetivo do estudo é entender os ambientes políticos e econômicos que influenciam as políticas de imposto sobre saúde no nível provincial.

Participantes e Coleta de Dados

O estudo incluiu vários participantes, incluindo funcionários do governo local responsáveis por diferentes setores, especialistas de ONGs e consumidores. Discussões em grupos focais (FGDs) foram realizadas pra coletar perspectivas diversas sobre a implementação do imposto sobre saúde. Cada grupo focal se concentrou em perguntas específicas adaptadas ao histórico dos participantes.

No total, doze grupos focais foram realizados nas três províncias, com discussões durando cerca de duas horas cada. Todas as sessões foram gravadas e transcritas para análise.

Descobertas

Contexto das Políticas de Imposto sobre Saúde

Pra entender as políticas de imposto sobre saúde, analisamos fatores sociais e institucionais em cada província. Fatores sociais incluem atitudes culturais em relação aos produtos de saúde, conscientização dos consumidores e percepções sobre o governo. Fatores institucionais se concentram em como organizações governamentais e não-governamentais interagem e se alinham em relação aos objetivos do imposto sobre saúde.

Contexto Social

Fatores culturais desempenham um papel crucial no consumo de produtos. Por exemplo, o uso de tabaco tá profundamente enraizado nas tradições de Lampung, onde é frequentemente parte de cerimônias sociais e culturais. Da mesma forma, em Bali, o álcool é comumente consumido durante celebrações, tornando-o mais aceitável socialmente.

Apesar das altas taxas de consumo de produtos prejudiciais, há um nível misto de conscientização do consumidor. Muitos consumidores reconhecem os riscos à saúde associados ao tabaco e ao álcool, mas não entendem direito as bebidas açucaradas. Essa falta de conscientização torna mais difícil convencer os consumidores da necessidade de impostos sobre saúde pra esses produtos.

Arranjos Institucionais

Os arranjos institucionais revelam como os objetivos do imposto sobre saúde são entendidos e promovidos entre diferentes organizações. Muitas instituições concordam que os impostos sobre saúde deveriam ter como objetivo controlar o consumo, especialmente entre grupos vulneráveis. No entanto, alguns stakeholders, principalmente aqueles envolvidos no comércio e na indústria, expressam preocupações sobre como esses impostos podem impactar negativamente os negócios locais.

Ao mesmo tempo, muitos governos locais dependem do governo nacional pra orientação na implementação das medidas de imposto sobre saúde. Isso resulta em um foco em medidas não fiscais, enquanto o governo nacional dita a arrecadação de impostos e controles não fiscais, limitando potencialmente a flexibilidade das autoridades locais pra agir.

Diagnóstico da Agência

O comportamento dos principais atores dentro do framework governamental local impacta significativamente a implementação do imposto sobre saúde. Nossa análise identificou diversos stakeholders, incluindo funcionários do governo local e representantes de diferentes setores.

Principais Stakeholders

Os tomadores de decisão no nível provincial incluem governadores, conselhos legislativos regionais e agências regionais responsáveis pela saúde, planejamento de desenvolvimento e finanças. Além disso, organizações sem poder de decisão, como agências de impostos e excise locais, desempenham um papel vital na supervisão da implementação do imposto sobre saúde.

Entender as relações e dinâmicas de poder entre esses stakeholders é essencial. Algumas agências se concentram em motivos econômicos, enquanto outras se concentram na saúde pública, levando a uma mistura de apoio e hesitação em relação aos impostos sobre saúde.

Comportamento dos Stakeholders

A orientação de cada ator em relação à saúde pública varia. Agências de saúde frequentemente defendem os impostos sobre saúde, vendo-os como ferramentas pra melhorar a saúde pública. No entanto, agências focadas no desenvolvimento econômico podem priorizar a proteção das indústrias locais, levando a uma postura cautelosa em relação aos impostos sobre saúde.

Funcionários do governo podem apoiar os impostos sobre saúde se acreditarem que as receitas ajudarão iniciativas de saúde pública. No entanto, frequentemente há ceticismo sobre as motivações do governo, com muitos vendo os impostos sobre saúde como ferramentas para geração de receita, ao invés de medidas genuínas de saúde pública.

Barreiras à Implementação do Imposto sobre Saúde

Várias barreiras principais impedem a implementação eficaz dos impostos sobre saúde no nível local:

  1. Falta de Conscientização: Muitos consumidores não entendem os riscos à saúde associados a produtos sujeitos a impostos sobre saúde. Para tabaco e bebidas açucaradas, há necessidade de mais educação sobre os danos desses produtos.

  2. Desconfiança no Governo: Tanto consumidores quanto instituições locais não confiam nas intenções do governo por trás dos impostos sobre saúde. Muitos veem esses impostos como uma forma de aumentar a receita, em vez de um esforço genuíno pra melhorar a saúde pública.

  3. Substituição de Produtos: Há o risco de que consumidores busquem alternativas mais baratas para os produtos tributados, minando os efeitos pretendidos dos impostos sobre saúde. Por exemplo, algumas pessoas podem fazer seus próprios cigarros ou consumir bebidas açucaradas caseiras, que podem ser mais difíceis de monitorar.

Oportunidades de Melhoria

Apesar das barreiras, há oportunidades pra fortalecer a implementação dos impostos sobre saúde:

  1. Apoio Público: Indivíduos conscientes dos riscos à saúde tendem a apoiar políticas de impostos sobre saúde. Engajar esses apoiadores pode ajudar a criar uma narrativa positiva em torno dos impostos sobre saúde.

  2. Envolvendo ONGs: Incluir ONGs locais pode melhorar as iniciativas de conscientização pública, já que essas organizações costumam ter redes de outreach estabelecidas dentro das comunidades.

Recomendações de Ação

Pra melhorar a implementação dos impostos sobre saúde, várias estratégias podem ser perseguidas:

  1. Comunicação de Políticas: Uma comunicação clara é essencial pra ganhar apoio público. Os defensores devem destacar os benefícios à saúde juntamente com a geração de receita ao discutir os impostos sobre saúde.

  2. Destinação de Receita: Alocar as receitas dos impostos sobre saúde a iniciativas específicas de saúde pode aumentar a confiança pública. Embora a destinação rígida possa ser desafiadora, a destinação flexível pode criar uma abordagem de financiamento mais ajustada à governança descentralizada.

  3. Apoio a Iniciativas de Saúde: Usar receitas tributárias pra financiar educação em saúde, apoiar negócios locais no desenvolvimento de produtos mais saudáveis e promover campanhas de conscientização pode aumentar o impacto dos impostos sobre saúde.

  4. Medidas Não Fiscais: Implementar restrições de publicidade em produtos prejudiciais e embalagens padronizadas pode ajudar a reduzir o consumo, tornando esses produtos menos atraentes pra os consumidores.

  5. Cooperação Intersetorial: Fortalecer a colaboração entre os governos nacional e local pode garantir que os objetivos dos impostos sobre saúde sejam entendidos e priorizados em todo o processo de tomada de decisão.

Conclusão

Essa análise fornece insights valiosos sobre a complexa economia política em torno dos impostos sobre saúde na Indonésia. Destaca o papel crítico que os governos locais desempenham na implementação dessas políticas e os vários fatores que influenciam suas ações. Ao enfrentar barreiras e aproveitar oportunidades, a Indonésia pode fortalecer suas políticas de impostos sobre saúde e contribuir pra melhores resultados em saúde pública.

Pesquisas futuras devem considerar expandir o foco pra incluir outras regiões e explorar as perspectivas de autoridades eleitas pra uma compreensão mais abrangente das dinâmicas da tributação em saúde.

Fonte original

Título: Political Economy Analysis of Health Taxes (Tobacco, Alcohol Drink, and Sugar Sweteened Beverage): Case Study of Three Provinces in Indonesia

Resumo: Efforts to implement health tax policies to control the consumption of harmful commodities and enhance public health outcomes have garnered substantial recognition globally. However, their successful adoption remains a complex endeavour. This study takes a problem-driven political economy analysis (PEA) approach to investigate the challenges and opportunities surrounding health tax implementation, with a particular focus on sub-national government in Indonesia, where the decentralization context of health tax remains understudied. Employing a qualitative methodology by collecting data from a total of twelve focus group discussions (FGDs) conducted in three provinces--Lampung, Special Region of/Daerah Istimewa (DI) Yogyakarta, and Bali, each chosen to represent a specific commodity: tobacco, sugar-sweetened beverages (SSBs), and alcoholic beverages--we explore the multifaceted dynamics of health tax policies. These FGDs involved 117 participants, representing governmental institutions, non-governmental organizations (NGOs), and consumers. Our findings reveal that while health tax policies have the potential to contribute significantly to public health, challenges such as a lack of consumer awareness, bureaucratic complexities, and decentralized governance hinder implementation. Furthermore, this study underscores the importance of effective policy communication. It highlights the importance of earmarking health tax revenues for public health initiatives. It also reinforces the need to see health taxes as one intervention as part of a comprehensive public health approach including complementary non-fiscal measures like advertising restrictions and standardized packaging. Addressing these challenges is critical for realizing the full potential of health tax policies.

Autores: Abdillah Ahsan, N. Amalia, K. P. Rahmayanti, N. Adani, N. H. Wiyono, A. Endawansa, M. G. Utami, A. M. Yuniar, E. V. Anastasia, Y. B. A. Pertiwi

Última atualização: 2024-02-01 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.01.31.24302078

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.01.31.24302078.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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