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Rastreando a Imunidade do COVID-19 Entre Trabalhadores da Saúde

Estudo analisa a imunidade precoce ao SARS-CoV-2 em trabalhadores da saúde da Carolina do Sul.

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Desde que chegou nos Estados Unidos, o vírus que causa a COVID-19 tem colocado grandes desafios nos sistemas de saúde em todo lugar. Esse vírus, conhecido como SARS-CoV-2, se espalha fácil, muitas vezes por pessoas que não mostram sintomas. Essa rápida propagação mostrou que os sistemas de saúde não estavam prontos para lidar com um vírus tão novo e contagioso. É crucial ter bons sistemas de monitoramento para vírus com potencial de causar pandemias, pra que os Profissionais de Saúde pública possam se preparar para surtos.

O primeiro caso confirmado de COVID-19 nos Estados Unidos foi relatado em janeiro de 2020 no estado de Washington, e a Carolina do Sul identificou seu primeiro caso em março de 2020. Mas, muitos dos primeiros relatos de infecções podem não contar toda a história. Nos primeiros meses da pandemia, os testes eram limitados, e algumas pessoas com sintomas leves ou sem sintomas podem nem ter sido testadas. Estudos mais recentes sugerem que o vírus provavelmente já estava presente nos EUA desde dezembro de 2019, o que significa que ele teve tempo de se espalhar antes de ser detectado oficialmente.

Importância do Monitoramento de Infecções

Pra reportar com precisão quantas pessoas estão infectadas numa comunidade, é importante saber quando o vírus entrou e quantas pessoas podem já ter tido alguma Imunidade. Estudos de Anticorpos ajudam a mostrar se alguém teve o vírus antes. Se anticorpos forem encontrados, isso pode significar que a pessoa foi infectada em algum momento, seja pelo SARS-CoV-2 ou outro vírus similar.

Casos assintomáticos (pessoas que não mostram sintomas) de COVID-19 criam desafios pra entender quão espalhado o vírus tá. Os testes iniciais se concentraram principalmente nas pessoas doentes, o que pode ter levado a uma subestimação da presença do vírus. Pra ter uma visão completa de como a COVID-19 foi disseminada, é importante testar todo mundo, não só quem se sente mal.

Estudos testaram milhares de amostras de saliva e encontraram anticorpos indicando infecções anteriores por SARS-CoV-2, mas os estados do Sul não foram incluídos nesses estudos iniciais. Como esses estados depois se tornaram hotspots de infecções, entender a extensão do vírus lá se tornou muito importante.

Papel dos Profissionais de Saúde

Os profissionais de saúde estão entre os mais arriscados de pegar COVID-19 devido ao contato direto com pacientes. Embora estudos mostrem que os trabalhadores da saúde têm uma chance maior de serem infectados, muitos relatos não indicam se o indivíduo era um trabalhador da saúde, levando a lacunas nos dados.

Escolher locais para monitoramento e os grupos certos de pessoas é crucial pra detecção precoce de doenças. Os profissionais de saúde de emergência servem como um recurso na linha de frente pro público, então entender a exposição e a imunidade deles ao vírus se torna vital pra gerenciar surtos futuros.

Teste de Saliva para SARS-CoV-2

No início da pandemia, os swabs nasais eram o método principal pra testar SARS-CoV-2. Mais recentemente, testar saliva se mostrou eficaz, mais barato e mais seguro pra trabalhadores da saúde que coletam amostras. A saliva pode ser armazenada mais facilmente do que amostras de sangue, tornando-se uma opção prática pra monitorar infecções.

Na Carolina do Sul, os pesquisadores queriam ver se os trabalhadores da saúde de emergência tinham algum sinal de imunidade contra SARS-CoV-2 antes dos primeiros casos relatados. Eles coletaram amostras de saliva de profissionais de saúde entre setembro de 2019 e março de 2020 e testaram essas amostras pra anticorpos.

Configuração do Estudo e Participantes

O estudo aconteceu no Condado de Greenville, uma mistura de áreas rurais e suburbanas na Carolina do Sul. O departamento de emergência do hospital local é o principal centro de trauma, tratando um grande número de pacientes a cada ano.

Os participantes incluíram médicos do departamento de emergência, prestadores de serviços médicos de emergência e estudantes de medicina que atuavam como técnicos de emergência. Todos os participantes estavam se sentindo bem quando suas amostras foram coletadas.

Coleta e Armazenamento de Amostras

Um total de 160 amostras de saliva foram coletadas de 55 trabalhadores da saúde de emergência durante o período do estudo. Essas amostras foram coletadas usando um método simples de baba passiva antes e depois dos turnos. Elas foram rapidamente armazenadas em refrigeração e depois movidas pra um congelador profundo pra armazenamento a longo prazo até a testagem.

Pra evitar contaminação durante os testes, medidas rígidas de segurança foram seguidas. Todos os testes foram feitos em um gabinete especial que mantém a área estéril, garantindo que as amostras não sejam contaminadas.

Testando Anticorpos

Os pesquisadores usaram um método chamado ELISA pra ver se havia anticorpos contra SARS-CoV-2 nas amostras de saliva. Depois de descongelar as amostras, elas foram misturadas e testadas de acordo com procedimentos específicos. Uma correção foi feita pra garantir que qualquer ruído de fundo nos testes não interferisse nos resultados.

Nesse estudo, encontraram um pequeno número de trabalhadores da saúde de emergência que tinham anticorpos, indicando que eles podem ter sido expostos ao SARS-CoV-2 antes do vírus ser oficialmente detectado na área.

Descobertas

Entre os estudantes de medicina, duas pessoas foram encontradas com níveis detectáveis de anticorpos contra SARS-CoV-2. Isso indicou que uma pequena porcentagem do grupo de estudantes tinha sido exposta ao vírus antes dos casos serem relatados na comunidade.

Todas as outras amostras dos trabalhadores da saúde não mostraram sinais de anticorpos. As duas amostras de saliva dos estudantes foram coletadas com apenas algumas horas de diferença, confirmando a consistência dos resultados.

A presença de anticorpos nessas pessoas sugere que elas podem ter tido uma infecção antes dos primeiros casos relatados na área. No entanto, o estudo não conseguiu confirmar como esses participantes foram infectados, se foi por meio da transmissão comunitária ou por viagens.

Importância do Teste de Saliva

Testar anticorpos na saliva oferece uma alternativa promissora aos testes de sangue. A coleta de saliva é mais fácil e menos invasiva, tornando-se uma boa escolha pra monitorar a imunidade em populações. Estudos mostraram que a saliva pode revelar resultados semelhantes aos testes de sangue, mostrando que esse método pode ser uma maneira confiável de acompanhar infecções.

Estudos anteriores notaram que algumas pessoas podem ter anticorpos de outros tipos de coronavírus, o que levanta questões sobre a relação deles com a imunidade contra SARS-CoV-2. A pesquisa mostrou que um pequeno número de trabalhadores da saúde possivelmente tinha imunidade antes da pandemia ser amplamente reconhecida.

Limitações do Estudo

Apesar das descobertas interessantes, esse estudo tem suas limitações. Não havia uma maneira de confirmar se os anticorpos detectados realmente indicavam uma infecção anterior por SARS-CoV-2, já que um teste molecular positivo pro vírus não foi feito. As amostras de saliva não foram especificamente coletadas pra encontrar o material genético do vírus, o que adiciona incerteza às descobertas.

Além disso, as condições sob as quais as amostras de saliva foram coletadas e armazenadas podem ter afetado sua integridade. Sinais de infecção poderiam ser perdidos se coisas como partículas de comida estivessem presentes. Isso significa que estudos futuros devem garantir que as amostras sejam coletadas nas melhores condições possíveis pra evitar qualquer contaminação.

Conclusão

Descobrir quando o SARS-CoV-2 chegou pela primeira vez aos Estados Unidos pode continuar sendo um mistério. Contudo, ter dados precisos sobre o nível de imunidade na população é muito importante pra saúde pública e pra gerenciar surtos futuros. Entender a potencial imunidade nos trabalhadores da saúde de emergência pode ajudar a informar estratégias pra monitorar e controlar infecções. O estudo destaca que detectar anticorpos na saliva oferece uma nova maneira de avaliar a imunidade, que pode ser importante para futuros esforços de saúde pública.

No geral, essa pesquisa abre a porta pra mais estudos focando na imunidade dos trabalhadores da saúde de emergência e da população em geral. Coletar mais dados sobre a presença de anticorpos pode ajudar a fornecer melhores insights sobre como gerenciar e prevenir futuras doenças infecciosas.

Fonte original

Título: Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2--Reactive Salivary Antibody Detection in South Carolina Emergency Healthcare Workers: September 2019 -- March 2020

Resumo: BackgroundOn 19 January 2020, the first case of severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2) infection was identified in the US, with the first cases in South Carolina (SC) confirmed on 06 March 2020. Due to initial limited testing capabilities and potential for asymptomatic transmission, it is possible that the virus was present earlier than previously thought while preexisting immunity in at-risk populations was unknown. MethodsSalivary samples from 55 SC emergency department physicians, Emergency Medical Services (EMS) providers, and medical students working as EMTs were collected from September 2019 to March 2020 as part of a separate study and stored frozen. To determine if antibody-based immunity to SARS-CoV-2 was present prior to the first recorded cases, saliva acquired post-shift was analyzed by Enzyme-Linked Immunosorbent Assay with repeat of positive or inconclusive results and follow-up testing of pre-shift samples. ResultsTwo participants were positive for SARS-CoV-2-reactive salivary IgG, confirmed by repeat and follow-up testing. Positive samples were from medical students working in EMS and were collected in October or November of 2019. ConclusionsThe presence of detectable antibodies against SARS-CoV-2 in 2019 suggests that immunity existed in SC, and the US as a whole, prior to the earliest documented cases of COVID-19. Additionally, successful analysis of banked salivary samples demonstrates the feasibility of saliva as a noninvasive tool for surveillance of emerging outbreaks. These findings suggest that emergency healthcare providers represent a high-risk population that should be the focus of infectious disease surveillance. Article SummaryRetrospective SARS-CoV-2 antibody testing of saliva from emergency healthcare workers pre-pandemic identifies two reactive individuals in late 2019. Findings suggest the importance of emergency healthcare workers for infectious disease surveillance and saliva as an effective diagnostic tool.

Autores: Jennifer T Grier, H. C. Meltzer, J. L. Goodwin, L. A. Fowler, T. W. Britt, R. G. Pirrallo

Última atualização: 2024-02-06 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.01.31.24301668

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.01.31.24301668.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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