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Padronizando Testes de Comportamento de Zebras para Melhor Pesquisa

Novo método para estudar o comportamento de zebras dá um gás na consistência da pesquisa e nas práticas éticas.

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As larvas de peixe-zebra estão se tornando uma escolha popular para pesquisa científica, especialmente nas áreas de neurociência e estudos de medicamentos. Esses peixes minúsculos são fáceis de criar e crescem rápido. Eles também são pequenos, o que os torna úteis para experimentos que precisam testar várias amostras ao mesmo tempo. Em vários países, incluindo o Reino Unido e a UE, existem regras protegendo os animais usados em pesquisas. No entanto, as larvas de peixe-zebra até 5 dias após a fertilização não estão sob essas proteções. Isso significa que os pesquisadores podem realizar estudos com elas sem as preocupações éticas que vêm com animais mais velhos. Essa abordagem apoia o princípio dos 3Rs, que significa substituir, refinar e reduzir o uso de animais na pesquisa.

Quando se trata de estudar comportamento, um teste comum usado com larvas de peixe-zebra é o ensaio luz/escuridão. Esse teste observa como as larvas reagem quando as condições de iluminação mudam repentinamente. Peixes-zebra costumam ser mais ativos no escuro, e os pesquisadores podem observar esse comportamento para estudar os efeitos de diferentes medicamentos ou substâncias químicas. O ensaio luz/escuridão é preferido pela sua facilidade e eficácia, além de sua capacidade de prever como os medicamentos podem afetar o comportamento em animais mais complexos.

O Ensaio Luz/ Escuridão

O ensaio luz/escuridão aproveita o comportamento natural das larvas de peixe-zebra. Quando as luzes se apagam, elas tendem a se mover mais, o que é visto como uma resposta ao estresse ou perigo. Alterando as luzes de ligadas para apagadas e observando como as larvas se comportam, os cientistas conseguem juntar informações sobre vários fatores, incluindo o impacto de medicamentos.

Apesar de sua popularidade, não tinha muita consistência em como esse teste era montado em diferentes laboratórios. Cada lab pode ter métodos diferentes, o que pode afetar os resultados. Essa inconsistência dificulta a comparação das descobertas dos pesquisadores. Como não havia uma maneira padronizada de realizar esses testes, os resultados podem variar muito de um estudo para outro.

Objetivos do Estudo

O objetivo da pesquisa era criar um ensaio luz/escuridão padronizado para estudar larvas de peixe-zebra com 4 dias. Os pesquisadores queriam desenvolver um método consistente que pudesse ser usado de forma confiável por outros no futuro. Eles também queriam testar o novo ensaio usando tanto peixes-zebra normais quanto os geneticamente alterados, principalmente para ver como esses peixes reagiam a medicamentos para TDAH.

Cuidado com os Animais

Os peixes-zebra usados no estudo foram criados em um ambiente controlado. Os peixes adultos eram mantidos em grupos e tinham as condições de vida adequadas, incluindo temperatura e ciclos de luz. Os embriões foram criados em tanques específicos até chegarem a 4 dias, momento em que estavam prontos para os testes.

Configuração do Teste Comportamental

Todos os experimentos aconteceram em uma unidade projetada especialmente. Os pesquisadores usaram placas de 48 poços para manter as larvas durante os testes. Cada poço continha uma larva, e o comportamento dos peixes era gravado por uma câmera posicionada logo acima das placas. Os testes foram realizados durante horas específicas do dia para garantir consistência no comportamento devido ao horário.

Padronizando o Procedimento do Ensaio Luz/ Escuridão

Antes de começar os testes propriamente ditos, as larvas de peixe-zebra foram deixadas se acostumar com o novo ambiente por cerca de 30 minutos. Após esse período de adaptação, o programa de rastreamento luz/escuridão foi iniciado. Os pesquisadores configuraram as luzes para alternar entre fases de luz e escuridão durante um total de 30 minutos, repetindo ciclos de cinco minutos de luz seguidos por escuridão.

Através de seus experimentos, eles tentaram determinar a melhor maneira de avaliar os movimentos das larvas no setting luz/escuridão. Eles exploraram o impacto de diferentes tempos de iluminação, períodos de Aclimatação e condições gerais nas respostas dos peixes.

Descobertas sobre Padrões Comportamentais

Os pesquisadores descobriram que os melhores resultados vieram do uso de transições de luz e escuridão de cinco minutos. Quando os períodos de transição eram mais curtos ou mais longos, as larvas não reagiam tão bem. Parecia que um intervalo de cinco minutos proporcionava uma resposta forte sem deixar os peixes cansados ou entediados. Além disso, os períodos de aclimatação não mudaram significativamente a atividade dos peixes, sugerindo que os laboratórios poderiam usar tempos de aclimatação flexíveis sem afetar a qualidade dos dados.

Efeitos do Horário do Dia

Um aspecto interessante do estudo foi o horário do dia em que os testes foram realizados. Eles descobriram que os peixes-zebra estavam mais ativos à tarde em comparação com a manhã ou a noite. Essa observação pode ser importante para estudos futuros, já que o horário do dia pode influenciar como os resultados são interpretados.

Testes com Químicos

A seguir, os pesquisadores pretendiam validar seu ensaio luz/escuridão usando substâncias conhecidas por afetar o comportamento, especificamente Etanol e medicamentos para TDAH. O etanol foi escolhido por seus efeitos conhecidos sobre o movimento, causando aumento de atividade em baixas concentrações e redução em altas concentrações. Ao testar diferentes concentrações de etanol, os pesquisadores conseguiram confirmar que seu ensaio poderia prever de forma confiável como mudanças na concentração de drogas afetavam o comportamento.

Os resultados mostraram que baixas concentrações de etanol tornavam os peixes-zebra mais ativos, alinhando-se com pesquisas anteriores. Contudo, concentrações mais altas fizeram os peixes se tornarem menos ativos, confirmando os efeitos sedativos esperados do etanol.

Teste de Medicamentos para TDAH

Os pesquisadores testaram ainda mais seu ensaio luz/escuridão em peixes-zebra geneticamente modificados que exibem hiperatividade, semelhantes aos sintomas de TDAH. Eles usaram dois medicamentos comuns para TDAH, metilfenidato (MPH) e atomoxetina (ATO), para ver como esses medicamentos impactavam o comportamento dos peixes hiperativos.

Os resultados mostraram que ambos os medicamentos foram eficazes em reduzir a hiperatividade nos peixes modificados. O MPH, que é um estimulante, funcionou bem sem afetar os peixes-zebra normais. No entanto, o ATO teve efeitos diferentes; causou redução de movimento nos peixes-zebra normais, demonstrando suas propriedades sedativas.

Importância da Análise de Dados

Além do monitoramento do comportamento, a pesquisa também destacou a importância de analisar os dados de forma detalhada. Em vez de apenas olhar para quão longe os peixes nadaram, os pesquisadores examinaram tipos específicos de movimento, como saltos ou nado constante. Isso permitiu uma compreensão mais profunda de como os peixes reagiram a diferentes condições e medicamentos.

Eles usaram gráficos radar e mapas de calor para visualizar os dados de movimento, o que proporcionou insights mais claros que gráficos padrão poderiam não mostrar. Ao analisar os dados de várias maneiras, os pesquisadores puderam interpretar melhor as mudanças de comportamento em resposta aos tratamentos.

Aplicações Futuras do Ensaio

O ensaio luz/escuridão padronizado desenvolvido neste estudo tem muitas aplicações potenciais. Pode ser usado para explorar como diferentes medicamentos afetam o comportamento, e pode ser útil para estudar substâncias tóxicas também. A flexibilidade desse método faz dele uma ferramenta valiosa para várias áreas de pesquisa, incluindo neurociência e estudos comportamentais.

Os pesquisadores querem incentivar outros a usarem o ensaio luz/escuridão com peixes-zebra de 4 dpf para seus experimentos. Esse modelo traz benefícios da perspectiva dos 3Rs, ajudando a reduzir o número de animais usados na pesquisa enquanto ainda obtém resultados significativos.

Limitações e Conclusão

Embora o estudo apresente um forte caso para o uso de larvas de peixe-zebra de 4 dpf, há limitações a considerar. Esses peixes minúsculos não conseguem mostrar Comportamentos mais complexos típicos de animais mais velhos devido aos seus sistemas nervosos ainda em desenvolvimento. Além disso, os testes dependem muito de tecnologia de rastreamento precisa, que pode exigir alguns ajustes.

Em conclusão, a pesquisa estabeleceu com sucesso um ensaio luz/escuridão padronizado para larvas de peixe-zebra que é reproduzível e robusto. Ao confirmar esse método com drogas conhecidas, o estudo fornece um modelo valioso para pesquisas futuras em neuropsicofarmacologia. Este trabalho não apenas oferece insights sobre como os medicamentos afetam o comportamento, mas também apoia o uso ético de modelos animais em estudos científicos, contribuindo, no fim das contas, para práticas de pesquisa melhores e mais humanas.

Fonte original

Título: A Unified Approach to Investigating 4 dpf Zebrafish Larval Behaviour through a Standardised Light/Dark Assay

Resumo: Zebrafish have emerged as a dynamic research model in the domains of neuropsychopharmacology, biological psychiatry and behaviour. Working with larvae [≤] 4 days post-fertilisation (dpf) offers an avenue for high-throughput investigation whilst aligning with the 3Rs principles of animal research. The light/dark assay, which is the most used behavioural assay for larval neuropharmacology research, lacks experimental reliability and standardisation. This study aimed to formulate a robust, reproducible and standardised light/dark behavioural assay using 4 dpf zebrafish larvae. Considerable between-batch and inter-individual variability was found, which we rectified with a normalisation approach to ensure a reliable foundation for analysis. We then identified that 5-minute light/dark transition periods are optimal for locomotor activity. We also found that a 30-minute acclimation in the light was found to produce significantly increased dark phase larval locomotion. Next, we confirmed the pharmacological predictivity of the standardised assay using ethanol which, as predicted, caused hyperlocomotion at low concentrations and hypolocomotion at high concentrations. Finally, the assay was validated by assessing the behavioural phenotype of hyperactive transgenic (adgrl3.1-/-) larvae, which was rescued with psychostimulant medications. Our standardised assay not only provides a clear experimental and analytical framework to work with 4 dpf larvae, but also facilitates between-laboratory collaboration using our normalisation approach.

Autores: Matthew O Parker, C. S. Hillman, J. Kearn

Última atualização: 2024-07-02 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2023.11.23.568441

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2023.11.23.568441.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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