Novos remédios mostram potencial em atacar células senescentes
Pesquisas apontam drogas senolíticas que podem ajudar a combater doenças relacionadas à idade.
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Índice
- Genes Chave e Senolíticos
- Encontrando Novos Senolíticos
- Buscando Compostos Similares
- Identificando Alvos de Medicamentos
- Triagem Virtual para Medicamentos Adequados
- Simulações de Dinâmica Molecular
- Analisando Energias de Ligação
- Testando Efeitos Senolíticos In Vitro
- Resultados dos Testes de Medicamentos
- Investigando Mecanismos de Ação
- Importância da Apoptose Seletiva
- Implicações para Futuras Terapias
- Olhando para o Futuro
- Aplicações Clínicas e Potenciais Ensaios
- Conclusão
- Fonte original
A Senescência Celular (SC) é um processo onde as células param de se dividir e entram em um estado de parada de crescimento permanente. Isso pode rolar por causa de vários estresses que podem prejudicar as células. Quando as células ficam senescentes, elas mostram características únicas, como mudar de forma para parecerem maiores e mais planas. Elas podem acumular certas substâncias como lisossomos e proteínas mal dobradas dentro delas.
Além dessas mudanças físicas, as células senescentes (CSs) também alteram como expressam seus genes. Elas podem liberar moléculas como citocinas, quimiocinas e fatores de crescimento para o ambiente ao redor. Essa mistura, conhecida como fenótipo secretor associado à senescência (SASP), pode impactar células vizinhas e incentivar um estado de inflamação no corpo.
Uma característica marcante das CSs é a capacidade de sobreviver mesmo quando a morte celular programada (apoptose) normalmente aconteceria. Essa sobrevivência se deve a certos caminhos, conhecidos como vias anti-apoptóticas de células senescentes (SCAPs), que ajudam essas células a escaparem da morte. Com o tempo, o número de CSs pode aumentar em diferentes órgãos e tecidos, contribuindo para doenças crônicas que muitas vezes estão relacionadas ao envelhecimento.
Senolíticos
Genes Chave eOs pesquisadores identificaram vários genes que, se silenciados usando técnicas como interferência de RNA, podem levar à morte das CSs. Exemplos desses genes incluem efrinas (como EFNB1 ou EFNB3), PIK3CD, CDKN1A, SERPINE1, PDGFB e BCL-xL. Essa descoberta levou ao desenvolvimento da primeira leva de senolíticos-medicamentos que visam essas CSs. Dasatinibe (D) e Quercetina (Q) são exemplos desses medicamentos que podem matar células senescentes de forma seletiva.
Diferente das abordagens tradicionais que focam em um único medicamento para um único problema, esses senolíticos iniciais foram projetados para atuar em múltiplas SCAPs. Essa abordagem de múltiplos alvos pode tornar o tratamento mais eficaz. Por exemplo, Fisetina, um flavonoide, e a combinação de D + Q têm sido o foco de muitos estudos. Embora os mecanismos detalhados de como D + Q funcionam não sejam totalmente compreendidos, parece que eles interrompem múltiplos sinais de sobrevivência que mantêm as CSs vivas.
A remoção das CSs usando senolíticos tem potenciais benefícios, como retardar ou reverter doenças crônicas ligadas ao envelhecimento. Exemplos dessas doenças incluem degeneração espinhal, problemas renais na diabetes, endurecimento das artérias, cicatrização dos pulmões e inflamação no tecido adiposo. Estudos em camundongos mostraram que eliminar CSs pode levar a uma vida mais longa e saudável.
Encontrando Novos Senolíticos
Em pesquisas recentes, os cientistas buscaram identificar tanto medicamentos aprovados quanto experimentais que poderiam atuar como senolíticos. Eles focaram em drogas que poderiam inibir várias SCAPs de uma vez. Para encontrar essas, utilizaram vários métodos computacionais, como quimioinformática e simulações de dinâmica molecular. Depois, testaram os medicamentos identificados em dois modelos diferentes de senescência celular, usando células pulmonares humanas.
Buscando Compostos Similares
Para achar novos medicamentos com propriedades senolíticas, os pesquisadores usaram técnicas de busca por similaridade estrutural. Esse método se baseia na ideia de que compostos com estruturas semelhantes podem ter efeitos parecidos. Analisando várias impressões digitais de senolíticos conhecidos, identificaram um grupo de 200 medicamentos-100 aprovados pelo FDA e 100 experimentais-que compartilhavam semelhanças.
Os pesquisadores avaliaram certas propriedades desses medicamentos para confirmar que estavam alinhados com as características dos senolíticos conhecidos. Apesar de pequenas diferenças, os compostos identificados foram encontrados em um "espaço químico" similar ao dos senolíticos originais, sugerindo que eles também poderiam apresentar efeitos senolíticos.
Identificando Alvos de Medicamentos
Depois de identificar as moléculas candidatas, o próximo passo foi determinar seus potenciais alvos. Os pesquisadores analisaram dados de expressão gênica de tecido pulmonar humano para identificar SCAPs que são mais prevalentes em indivíduos mais velhos. Comparando os níveis de expressão gênica entre idosos e adultos mais jovens, eles destacaram quatro SCAPs como alvos importantes para um possível tratamento.
Esses incluíam SERPINE1, EFNB1, PDGFB e PIK3CD. A escolha desses alvos foi baseada nos níveis elevados de expressão e seu papel na sobrevivência das CSs.
Triagem Virtual para Medicamentos Adequados
O próximo passo envolveu usar técnicas de triagem virtual para encontrar medicamentos que pudessem interagir efetivamente com múltiplos alvos. Os pesquisadores examinaram quão bem os medicamentos identificados poderiam se ligar às proteínas associadas às SCAPs. Isso foi feito usando modelos computacionais sofisticados que simulam o acoplamento molecular, ajudando a prever quais medicamentos se ligariam de forma mais eficaz às proteínas-alvo.
Simulações de Dinâmica Molecular
Após as triagens iniciais, os complexos de medicamentos-alvo selecionados passaram por simulações detalhadas de dinâmica molecular. Essas simulações ajudam a entender quão estáveis são as interações entre os medicamentos e seus alvos ao longo do tempo, fornecendo insights sobre sua eficácia em uso a longo prazo. Os pesquisadores avaliaram vários parâmetros-chave, incluindo a estabilidade das proteínas e a energia de ligação dos medicamentos.
Analisando Energias de Ligação
Os pesquisadores utilizaram métodos para analisar as energias de ligação, permitindo avaliar quão firmemente os medicamentos se ligam às suas proteínas-alvo. Medicamentos que apresentaram valores de energia mais baixos foram considerados ter uma afinidade mais forte pelo alvo, indicando que poderiam ser mais eficazes no tratamento das CSs.
Testando Efeitos Senolíticos In Vitro
Para validar a eficácia dos medicamentos identificados, os cientistas realizaram testes em laboratório. Eles focaram em dois modelos de senescência usando fibroblastos pulmonares humanos. Tratando essas células com os medicamentos candidatos e medindo seus efeitos, os pesquisadores tinham como objetivo confirmar se esses compostos poderiam matar seletivamente células senescentes.
Resultados dos Testes de Medicamentos
Os testes revelaram que a criptotanshinona e a sotrastaurina tiveram efeitos senolíticos significativos. Curiosamente, mostraram maior eficácia do que a famosa combinação D+Q em alguns casos. Enquanto a criptotanshinona reduziu efetivamente as CSs, tolvaptan e bicuculina exibiram atividade senolítica na senescência replicativa, confirmando ainda mais seu potencial como tratamentos.
Investigando Mecanismos de Ação
Além de medir a eficácia geral dos medicamentos, os pesquisadores examinaram como esses compostos induziram a morte celular nas CSs. Isso incluiu olhar para indicadores chave de apoptose, como a expressão de Caspase-3 ativa. Os resultados indicaram que os medicamentos testados poderiam desencadear aumentos significativos nos níveis de Caspase-3 ativa em células senescentes, reforçando a ideia de que os medicamentos induziram seletivamente a morte celular.
Importância da Apoptose Seletiva
A remoção seletiva das CSs sem prejudicar as células normais é vital para garantir a segurança dos potenciais tratamentos. Neste estudo, os medicamentos mostraram uma clara preferência por matar células senescentes enquanto preservavam a viabilidade das células saudáveis. Esse recurso poderia ser benéfico para evitar a redução das populações de células saudáveis que muitas vezes resulta de tratamentos tradicionais que visam células disfuncionais ou danificadas.
Implicações para Futuras Terapias
As descobertas dessa pesquisa têm implicações significativas para o tratamento de doenças crônicas relacionadas ao envelhecimento. Ao mirar efetivamente nas CSs, os medicamentos identificados podem ajudar a gerenciar ou até mesmo reverter os efeitos de condições relacionadas à idade. O potencial desses medicamentos para melhorar a regeneração e a saúde geral é particularmente promissor.
Olhando para o Futuro
Avançando, será essencial explorar os efeitos senolíticos desses medicamentos em vários tipos de células e sob diferentes condições de senescência celular. Entender como esses medicamentos se comportam em vários modelos ajudará a determinar sua versatilidade e potenciais aplicações no tratamento de uma ampla gama de problemas de saúde relacionados ao envelhecimento.
Além disso, há necessidade de mais investigações sobre a capacidade desses compostos de estimular a proliferação de células normais. Se esses medicamentos puderem incentivar o crescimento de células saudáveis sem promover a senescência, eles poderiam desempenhar um papel valioso na reparação e regeneração dos tecidos.
Aplicações Clínicas e Potenciais Ensaios
Dada as dificuldades contínuas relacionadas a problemas de saúde após doenças como COVID-19, pode ser muito benéfico realizar ensaios clínicos usando medicamentos aprovados pelo FDA e experimentais. Esses estudos poderiam avaliar sua eficácia em melhorar a função pulmonar e reduzir a inflamação crônica em pacientes com complicações respiratórias significativas.
Conclusão
Resumindo, essa pesquisa destaca o potencial de novos compostos senolíticos identificados para mirar e eliminar células senescentes de forma seletiva, o que pode levar a avanços significativos no tratamento de doenças relacionadas à idade. Com testes rigorosos e validação, esses medicamentos poderiam oferecer opções mais seguras e eficientes para melhorar a saúde e a longevidade em populações envelhecidas. A jornada para trazer essas descobertas para a prática clínica está apenas começando, mas o futuro parece promissor para o desenvolvimento de tratamentos eficazes enraizados em uma compreensão mais profunda da senescência celular.
Título: Discovery and Repurposing of Multi-Target Senolytics through Structure-Based Virtual Screening
Resumo: Cellular Senescence is a state of irreversible cell cycle arrest in response to various stressors that can damage the cell. Senescent Cells (SCs) exhibit multiple alterations at the morphological and molecular levels, one of the most significant being the development and activation of Senescent Cell Anti-Apoptotic Pathways (SCAPs). Due to this characteristic, SCs accumulate in organs and tissues during aging. The accumulation of these cells has been associated with the onset and progression of various chronic degenerative diseases, and their selective elimination allows for the slowing down, halting, and reversing of many age-associated ailments. Small molecules called senolytics, which inhibit SCAPs, have been proposed to selectively eliminate SCs. Herein, we identified new senolytics through computational and rational drug design approaches. Among the identified molecules are the FDA-approved drug tolvaptan, the experimental Phase II drug sotrastaurin, and the experimental drugs cryptotanshinone and bicuculline. The effectiveness of these molecules in targeting senescent cells was confirmed through experiments using two different models of cellular senescence in human lung fibroblasts. Our results suggest that some molecules work by selectively inducing apoptosis through a multi-target mechanism, inhibiting several SCAPs, including PIK3CD, SERPINE1, EFNB1, and PDGFB. These newly identified FDA-approved and experimental drugs have the potential to be repurposed as new senolytic agents.
Autores: Norma Edith López-Diazguerrero, S. Olacoaga, M. Königsberg, F. Cortes-Benitez, J. Perez-Villanueva, N. E. Lopez-Diazguerrero
Última atualização: 2024-07-14 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.07.09.602796
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.07.09.602796.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
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