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# Física# Astrofísica das Galáxias

Insights sobre a Estrutura da Via Láctea

Pesquisas revelam novas descobertas sobre a forma e a dinâmica da Via Láctea usando Céfides Clássicas.

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Estudar a Via Láctea, nossa galáxia, é super importante na astronomia. A gente quer entender o formato, a estrutura e como ela mudou ao longo do tempo. Mas, por estarmos dentro da Via Láctea, é complicado descobrir isso. Tem várias coisas que podem atrapalhar nossa visão, como poeira e outros objetos cósmicos, o que dificulta obter uma imagem clara.

A maior parte das pesquisas sobre a Via Láctea foca em duas direções principais: como as coisas estão arrumadas de lado a lado e de cima para baixo. Desde os anos 50, os astrônomos aprenderam bastante sobre a estrutura dos braços espirais da Via Láctea. Eles identificaram vários braços espirais principais, que são nomeados de acordo com as regiões próximas, como o braço Norma-Outer e o braço Sagitário-Carina. No entanto, entender a natureza dinâmica da Via Láctea e como ela muda ao longo do tempo ainda é complicado.

Quando a gente olha para a estrutura vertical da Via Láctea, várias observações mostraram que o Disco parece estar inclinado e mais largo em certas áreas. As razões por trás dessa deformação não são totalmente compreendidas, mas os cientistas ofereceram duas ideias principais. A primeira é que a inclinação resulta de interações gravitacionais com galáxias próximas, e a segunda sugere que pode ser por atividades não gravitacionais, como a entrada de matéria interestelar.

Estudar o movimento das estrelas pode ajudar a entender essa deformação. Por exemplo, os astrônomos já mediram como essa deformação se move, usando dados de grandes pesquisas. Vários estudos mostraram taxas diferentes, e entender essas discrepâncias é bem importante.

O que são Cefeidas Clássicas?

As Cefeidas Clássicas (CCs) são um tipo de estrela variável. O brilho delas muda de uma forma regular, permitindo que os astrônomos as usem para medir distâncias no espaço com precisão. A relação entre o brilho delas e o tempo que leva para mudar é essencial para mapear a Via Láctea. As CCs estão principalmente nos braços espirais da Via Láctea, e estudá-las é uma ótima maneira de aprender sobre a estrutura e a história da galáxia.

Nos últimos anos, novos dados da missão Gaia trouxeram informações valiosas sobre as propriedades cinemáticas dessas estrelas, levando a uma melhor compreensão da estrutura da Via Láctea. A sonda Gaia permitiu que os pesquisadores coletassem muitos dados sobre milhões de estrelas, incluindo suas distâncias, Velocidades e posições.

Coletando e Processando Dados

A missão Gaia liberou uma quantidade enorme de informações, incluindo as posições e velocidades de mais de 30 milhões de estrelas, incluindo as CCs. Esses dados permitem que os pesquisadores obtenham informações sobre 15.021 tipos diferentes de CCs em várias galáxias.

Ao combinar essas estrelas com outras fontes de dados, os pesquisadores formaram uma amostra de 2057 CCs, focando nas que têm dados de velocidade confiáveis. Essa amostra inclui diferentes tipos de CCs, garantindo uma gama abrangente de dados.

Para determinar as distâncias dessas estrelas, os pesquisadores confiam principalmente na relação entre o brilho delas e o período de mudança do brilho. Esse método permite que os cientistas calculem a distância de cada estrela da Terra com precisão.

Analisando o Movimento das Cefeidas Clássicas

Usando os dados coletados, os pesquisadores analisaram como as velocidades dessas CCs mudaram com a distância do centro da Via Láctea. Eles descobriram padrões interessantes. Por exemplo, houve um aumento notável na velocidade vertical à medida que as estrelas se afastavam. Esse padrão sugere que o formato do disco da Via Láctea não é plano, mas sim que tem uma estrutura curvada ou deformada.

Além disso, os pesquisadores examinaram como essas CCs variavam em velocidade e distribuição na Via Láctea. Eles perceberam que as CCs na parte norte da galáxia se comportavam de forma diferente das da região sul. Essa diferença de velocidades entre norte e sul pode dar pistas sobre a estrutura do disco.

A Forma e Estrutura do Disco Galáctico

Ao focar em como as CCs se movem, os pesquisadores conseguiram representar visualmente o disco da Via Láctea. Através dessas representações, notaram uma clara assimetria entre as regiões norte e sul. Essa assimetria destacou as diferenças em como as estrelas se moviam, indicando uma estrutura mais complexa do que se entendia antes.

O estudo dessa assimetria levou à descoberta de que o movimento vertical das CCs é mais proeminente em certas regiões, enquanto outras áreas mostraram um mix de movimentos para dentro e para fora. Isso se manifestou como uma curva ascendente na velocidade à medida que se afastavam do centro da galáxia, especialmente em distâncias de 10-12 quiloparsecs.

Outra descoberta significativa da análise desses movimentos foi a curva de rotação da Via Láctea. Os pesquisadores notaram que as velocidades com que as estrelas giram em torno da galáxia tendem a se estabilizar, com algumas flutuações locais.

Investigando a Deformação Galáctica

A natureza deformada do disco da Via Láctea significa que suas estrelas não estão em um plano plano. Em vez disso, há um ressalto onde certas regiões do disco se elevam ou se aprofundam em relação a esse plano. Essa situação tem gerado debates entre os astrônomos, já que vários estudos reportaram diferentes taxas de precessão da deformação.

Através da análise das CCs, os pesquisadores se concentraram em como os movimentos dessas estrelas poderiam dar pistas sobre as características da deformação. Eles reconheceram que, embora a forma média da deformação pudesse ser contabilizada, a taxa de precessão permanecia menos clara. Ao examinar como as CCs se comportam em torno das deformações do disco, puderam refinar suas estimativas para essa taxa.

Eles identificaram que a taxa de precessão mudava com a distância do centro da Via Láctea. Mais perto do centro, a cinemática parecia menos sensível à taxa de precessão. No entanto, a maiores distâncias, os movimentos das CCs se tornaram mais responsivos a mudanças na taxa de precessão, especialmente em áreas próximas à linha de nós da deformação.

Conclusão

Em resumo, estudar os movimentos das Cefeidas Clássicas revelou muito sobre a estrutura da Via Láctea. A análise dos dados da Gaia trouxe insumos valiosos sobre a dinâmica da galáxia. Compreender a natureza complexa do disco galáctico, a assimetria entre suas partes norte e sul, e as características da deformação apontam para uma imagem mais intrincada da nossa galáxia do que se imaginava antes.

À medida que mais dados da missão Gaia forem disponibilizados, os pesquisadores continuarão a refinar sua compreensão da estrutura e evolução da Via Láctea. Os insights obtidos a partir do estudo das CCs não só ampliam nosso entendimento da nossa galáxia, mas também fornecem informações cruciais que podem ser aplicadas ao estudo de outras galáxias no universo.

Fonte original

Título: Tracing the Galactic disk from the kinematics of Gaia Cepheids

Resumo: Classical Cepheids (CCs) are excellent tracers for understanding the structure of the Milky Way disk. The latest Gaia Data Release 3 provides a large number of line-of-sight velocity information for Galactic CCs, offering an opportunity for studying the kinematics of the Milky Way. We determine the three-dimensional velocities of 2057 CCs relative to the Galactic center. From the projections of the 3D velocities onto the XY plane of the Galactic disk, we find that $V_{R}$ and $V_{\phi}$ velocities of the northern and southern warp (directions with highest amplitude) are different. This phenomenon may be related to the warp precession or the asymmetry of the warp structure. By investigating the kinematic warp model, we find that the vertical velocity of CCs is more suitable for constraining the warp precession rate than the line of nodes angles. Our results suggest that CCs at $12-14$ kpc are the best sample for determining the Galactic warp precession rate. Based on the spatial structure parameters of Cepheid warp from Chen et al (arXiv:1902.00998), we determine a warp precession rate of $\omega = 4.9\pm1.6$ km s$^{-1}$ kpc$^{-1}$ at 13 kpc, which supports a low precession rate in the warp model. In the future, more kinematic information on CCs will help to better constrain the structure and evolution of the Milky Way.

Autores: Xiaoyue Zhou, Xiaodian Chen, Licai Deng, Shu Wang

Última atualização: 2024-02-24 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2402.15782

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2402.15782

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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