A Luta Silenciosa dos Profissionais de Saúde: Taxas de Depressão Disparam
Altas taxas de depressão entre trabalhadores da saúde mostram uma crise de saúde mental urgente.
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Índice
- O Impacto da Depressão
- Risco para Profissionais de Saúde
- Prevalência da Depressão
- Fatores Relacionados à Depressão
- Visão Geral da Pesquisa
- Desenho do Estudo e Ambiente
- Tamanho da Amostra e Participantes
- Métodos de Coleta de Dados
- Resultados: Demografia
- Fatores Psicológicos
- Níveis de Apoio Social
- Prevalência Geral da Depressão
- Fatores Ligados à Depressão
- Discussão
- Recomendações
- Conclusão
- Fonte original
Depressão é uma condição de Saúde Mental que pode fazer as pessoas se sentirem muito tristes e perderem o interesse em coisas que antes gostavam. Ela pode vir acompanhada de sentimentos de culpa ou baixa autoestima, problemas de sono, mudanças no apetite, perda de peso, cansaço extremo, dificuldade de concentração e até pensamentos de morte. O Transtorno Depressivo Maior (TDM) é uma forma mais severa de depressão e pode levar a vários problemas de saúde física.
O Impacto da Depressão
A depressão é uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo. Em 2019, representou cerca de 5,6% de todos os anos vividos com incapacidade. Pessoas com TDM têm uma chance maior de falecerem em idades mais jovens em comparação com quem não tem o transtorno.
Profissionais de Saúde
Risco paraOs trabalhadores da saúde enfrentam um risco maior de depressão por causa da natureza exigente de seus jobs. Estudos mostram que as taxas de depressão entre eles podem variar de 21,53% a 32,77% em países desenvolvidos. Em uma revisão sistemática, foi encontrado que quase um quarto dos profissionais de saúde experienciou depressão, com aqueles na linha de frente enfrentando taxas ainda maiores.
Prevalência da Depressão
Em estudos diferentes, vemos várias taxas de depressão entre profissionais de saúde:
- Em Wuhan, China, cerca de 36% dos funcionários médicos mostraram sinais de depressão leve a severa.
- Na Nigéria, 17,3% dos médicos residentes relataram sintomas depressivos.
- No Egito, um estudo revelou que impressionantes 71,4% dos médicos e enfermeiros tinham sinais de depressão.
- No Quênia, mais da metade dos trabalhadores da saúde testou positivo para depressão.
A Etiópia também tem suas próprias estatísticas, mostrando uma taxa mais baixa de cerca de 11% em uma revisão sistemática, mas outros estudos lá mostraram taxas de até 60,3%.
Fatores Relacionados à Depressão
Vários fatores podem contribuir para a depressão entre trabalhadores da saúde. Esses incluem:
- Especialidade Clínica: O tipo de trabalho pode afetar níveis de estresse e responsabilidade.
- Doenças Crônicas: Problemas de saúde a longo prazo podem levar a sentimentos de desespero.
- Uso de Substâncias: Usar álcool ou drogas pode piorar a saúde mental.
- Histórico de Doenças Mentais: Problemas anteriores de saúde mental podem aumentar o risco.
- Apoio Social: Ter amigos e família em quem confiar é crucial para a saúde mental.
- Histórico Familiar: Se a depressão é comum na família, indivíduos podem ter risco maior.
- Horas de Trabalho: Longas horas de trabalho podem levar ao esgotamento.
- Gênero: Alguns estudos sugerem que mulheres podem ser mais vulneráveis.
Visão Geral da Pesquisa
Esse estudo analisou a prevalência da depressão e os fatores que a contribuem entre trabalhadores da saúde no Hospital Millennium Medical College em Addis Ababa, Etiópia. O objetivo é fornecer uma imagem mais clara de quão comum é a depressão nesse ambiente e o que pode estar causando.
Desenho do Estudo e Ambiente
O estudo ocorreu de abril a maio de 2023 em um hospital movimentado com um grande número de pacientes. O hospital oferece vários serviços médicos e tem muitos trabalhadores da saúde de diferentes áreas.
Tamanho da Amostra e Participantes
Para ter uma imagem clara, o estudo envolveu 439 trabalhadores da saúde. Eles foram escolhidos usando um método de amostragem aleatória, garantindo uma mistura de diferentes profissões dentro da área médica. Isso incluiu médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde.
Métodos de Coleta de Dados
Os dados foram coletados por profissionais de saúde treinados por meio de questionários. As perguntas focaram em informações pessoais e sinais de depressão. A ferramenta PHQ-9 foi usada para medir os níveis de depressão. Essa ferramenta ajuda a categorizar a depressão em leve, moderada e severa com base nas respostas.
Resultados: Demografia
Dos 439 trabalhadores da saúde entrevistados, havia ligeiramente mais homens do que mulheres. A idade média era em torno de 31 anos. Muitos participantes eram solteiros ou casados, com uma mistura de níveis educacionais que variava de diploma a doutorado. Mais da metade relatou ganhar menos de 8.000 Birr etíopes por mês.
Fatores Psicológicos
A pesquisa revelou que 20% dos participantes sofreram abuso na infância, e quase metade enfrentou eventos estressantes na vida. Muitos relataram problemas como dor nas costas e dores de cabeça, que podem contribuir para sua saúde mental geral.
Níveis de Apoio Social
O apoio social foi avaliado com uma escala específica. Algumas pessoas relataram ter pouco apoio social, o que pode aumentar sentimentos de isolamento e depressão.
Prevalência Geral da Depressão
O estudo descobriu que 56,5% dos trabalhadores da saúde mostraram sinais de depressão. Isso incluiu vários níveis de severidade, com uma porcentagem menor experimentando depressão severa. Os resultados indicaram que a prevalência de depressão entre esses trabalhadores é notavelmente alta.
Fatores Ligados à Depressão
Vários fatores estavam fortemente associados a taxas mais altas de depressão no estudo:
- Ser Solteiro: Aqueles que eram solteiros tinham riscos maiores de depressão em comparação com os divorciados.
- Abuso na Infância: Um histórico de abuso na infância estava ligado a níveis maiores de depressão.
- Tentativas de Suicídio: Trabalhadores com histórico de tentativas de suicídio mostraram maiores chances de depressão.
- Eventos Estressantes da Vida: Viver situações estressantes estava também relacionado ao aumento de sintomas depressivos.
- Dor Física: Trabalhadores que relataram dor nas costas tinham taxas mais altas de depressão.
- Longas Horas de Trabalho: Aqueles que trabalhavam mais de oito horas por dia mostraram um aumento significativo nos sintomas depressivos.
- Experiência: Mais anos de trabalho na saúde estavam ligados a maiores chances de depressão.
- Apoio Social: Aqueles com conexões sociais fracas tinham maior risco de experimentar sintomas depressivos.
Discussão
Os resultados mostram que os trabalhadores da saúde neste estudo estão enfrentando uma séria crise de saúde mental. As altas taxas de depressão podem levar a consequências significativas, tanto para os indivíduos afetados quanto para o sistema de saúde como um todo. Reconhecer os sinais de depressão é crucial para fornecer apoio e tratamento a tempo.
Recomendações
É essencial que as organizações de saúde implementem medidas para lidar com questões de saúde mental entre seu pessoal. Isso pode incluir triagens regulares de saúde mental, fornecer sistemas de apoio entre pares, garantir horas de trabalho gerenciáveis e criar um ambiente onde os trabalhadores da saúde se sintam seguros para discutir suas preocupações sobre saúde mental.
Conclusão
Esse estudo destaca a prevalência da depressão entre trabalhadores da saúde na Etiópia. Os fatores que contribuem para isso precisam ser abordados para melhorar o bem-estar geral desses trabalhadores essenciais. Atenção e recursos devem ser alocados para garantir que os profissionais de saúde recebam o apoio necessário para gerenciar sua saúde mental de forma eficaz.
Título: Depressive Symptoms and its Associated Factors among Health Care Workers in Saint Pauls Hospital Millennium Medical College, Ethiopia.
Resumo: BackgroundDepression is a mental disorder that presents with a depressed mood, loss of pleasure or interest, decrease in energy, feeling of guilt or low self-worth, disturbed sleep, loss of appetite, and poor-concentration. Healthcare professionals are more susceptible to depression because they face higher amounts of professional stress in their job and academic lives. However, there is limited knowledge regarding health professionals level of depressive disorder in Ethiopia. This study aimed to assess the prevalence of depression and associated factors among health professionals, at Saint Pauls Hospital Millennium Medical College, Addis Ababa, Ethiopia. MethodsWe conducted an institution-based cross-sectional study among 439 randomly selected health care worker using interviewer-administered patient health questionnaire-9 from April to May 2023. Ordinal logistic regression was performed to identify predictors of depressive disorder. ResultThe overall prevalence of depressive symptoms among health care workers was 56.5% (95% CI (51.8%, 61.1%)). There were reports of mild (35%), moderate (13%) and severe (9%) depression, respectively. Marital status of being single (AOR=7.78, 95%CI: 1.123, 49.01), history of childhood abuse (AOR=2.57, 95%CI:1.49, 4.42), history of suicidal attempt (AOR=2.66, 95%CI:1.25,5.67), having history of stressful life event (AOR=1.527, 95%CI: 1.02,2.3), back pain over the past 30 days (AOR=2, 95%CI: 1.30,3.11), working for more than 8 hours (AOR=3.03, 95%CI: 1.12,8.24), and having experience of 5-10 year (AOR=4, 95%CI: 1.05,15.27) and 10-15 years (AOR= 4.24, 95%CI: 1.08,16.58) and poor social support (AOR= 2.09, 95%CI: 1.09,3.99) were statistically associated with increased level of depressive disorder. ConclusionHealthcare professionals higher rate of depression was due to the higher work load, childhood abuse, history of stressful life, back pain, and poor social support. Thus, the hospital or ministry of health should give special attention to health care workers who has high work load, childhood abuse, history of stressful life, back pain, and poor social support to reduce the burden of depressive disorder among health professionals. Furthermore, early depression screening and treatment in hospitals is needed.
Autores: Melese Bahiru Tesema, B. T. Woldeamanuel, E. B. Mekonen, K. G. Melese
Última atualização: 2024-03-07 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.03.05.24303845
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.03.05.24303845.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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