Melhorando a Produção de n-Caprato através de Interações Microbianas
Este estudo mostra como a cooperação microbiana melhora a eficiência de produção de n-caprilato.
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Índice
- Processo de Produção
- Desafios na Produção
- Pesquisas Anteriores
- Investigação Experimental
- Configuração do Biorreator
- Operações Periódicas
- Meio e Inoculação
- Experimentos pra Rastrear o Progresso
- Métodos de Análise
- Insights da Comunidade Microbiana
- O Papel dos Metabolitos Intermediários
- Gestão de Oxigênio e Taxas de Produção
- Conclusões do Estudo
- Direções Futuras
- Fonte original
A elongação da cadeia microbiana é um jeito de fazer carboxilatos de cadeia média, que são químicos úteis pra várias indústrias. Esses carboxilatos, com cadeias de carbono que vão de 6 a 12 átomos, são usados em coisas como fazer fragrâncias, entrega de medicamentos e até como agentes antimicrobianos. Além disso, eles servem como blocos de construção pra fazer outros químicos. Por exemplo, um dos produtos, n-caprilato, pode se transformar em um combustível líquido usado na aviação.
Processo de Produção
O processo envolve certas bactérias que ajudam a esticar cadeias de carbono mais curtas em cadeias mais longas. Essas bactérias convertem carboxilatos de cadeia curta, como acetato (2 átomos de carbono) e n-butirato (4 átomos de carbono), em carboxilatos mais longos, como n-caproato (6 átomos de carbono) e n-caprilato (8 átomos de carbono). Isso geralmente acontece em ambientes sem oxigênio, muitas vezes usando Etanol como parte do processo.
A produção é eficiente quando se usa culturas abertas dessas bactérias. O foco no n-caprilato é por causa do seu valor mais alto em comparação com os de cadeia mais curta. Porém, produzir n-caprilato de fontes como óleo de palma e coco não é sustentável, precisando encontrar métodos de produção melhores.
Desafios na Produção
Um dos maiores desafios na produção de n-caprilato é controlar certos arqueias (um tipo de microrganismo) que podem produzir metano em vez de carboxilatos. Existem dois tipos principais dessas arqueias: as que convertem acetato em metano e as que convertem hidrogênio e dióxido de carbono em metano.
A presença de oxigênio pode prejudicar o processo. Por exemplo, manter um ambiente levemente ácido pode ajudar a inibir as arqueias que quebram o acetato. Além disso, o equilíbrio dos níveis de hidrogênio pode afetar a eficiência da produção de n-caprilato. Isso mostra a necessidade de um controle cuidadoso das condições ambientas no processo de produção.
Pesquisas Anteriores
Embora pesquisas anteriores tenham obtido algum sucesso na produção de n-caprilato usando etanol e acetato, não estava claro exatamente como as bactérias faziam a transição dessas substâncias pro n-caprilato. As vias propostas mostraram que bactérias específicas, como Clostridium kluyveri, poderiam ser cruciais, mas não estavam produzindo quantidades significativas de n-caprilato devido à sua dependência de reações enzimáticas não específicas.
Investigação Experimental
Nossa investigação teve como objetivo entender a produção a longo prazo de n-caprilato em dois tipos de Biorreatores usando meios definidos com altos níveis de etanol e acetato, mas sem adicionar extrato de levedura. Acompanhamos como as mudanças nos níveis de oxigênio afetaram a produção de n-caprilato e monitoramos vários grupos Microbianos envolvidos nesse processo.
Vários experimentos nos ajudaram a esclarecer as vias e as diversas espécies de bactérias envolvidas. Também fizemos metagenômica, que ajudou a identificar espécies-chave envolvidas na produção de n-caprilato.
Configuração do Biorreator
Dois tipos de biorreatores foram configurados pra manter o processo de fermentação ativo enquanto extraiam os carboxilatos produzidos. Cada biorreator tinha controles ambientais específicos, como temperatura e pH, que eram rigidamente regulados. Um biorreator tinha um material de embalagem especial pra aumentar a comunidade microbiana, enquanto o outro focava na acumulação de biomassa sólida sem esse material.
Ambos os sistemas compartilhavam métodos de extração pra tirar os químicos desejados do caldo de fermentação. Isso envolvia o uso de bombas e membranas especiais pra separar os carboxilatos de forma eficiente.
Operações Periódicas
Antes da operação principal, realizamos uma fase pré-operacional pra definir os parâmetros necessários pra uma produção estável. A operação durou mais de dois anos, durante os quais fizemos ajustes com base no desempenho dos biorreatores.
Dividimos a operação em quatro períodos principais com base em como gerenciamos os níveis de oxigênio. Esses períodos variaram desde produção estável com intrusão passiva de oxigênio até ambientes mais controlados com acesso restrito ao oxigênio.
- Produção Estável: Inicialmente, tínhamos uma gama de carboxilatos sendo produzidos, com n-caprilato sendo o principal.
- Período de Transição: Começamos a limitar o oxigênio entrando no sistema pra ver como afetava a produção.
- Produção Mínima: Nesse ponto, removemos completamente o oxigênio, o que resultou em taxas de produção mais baixas.
- Produção Flutuante: Aqui, reintroduzimos quantidades controladas de oxigênio pra avaliar seus efeitos.
Com o tempo, várias modificações nos biorreatores impactaram as taxas de produção de forma significativa, mostrando como os níveis de oxigênio eram importantes pro processo.
Meio e Inoculação
Os meios de produção que utilizamos foram baseados em estudos anteriores sobre bactérias capazes de alongar cadeias de carbono. Focamos numa mistura de etanol e acetato, com razões de concentração específicas que provaram ser eficazes.
A inoculação dos biorreatores envolveu transferir comunidades microbianas já estabelecidas pro sistema. Apesar da natureza aberta dos nossos biorreatores, que permitia a entrada de microrganismos externos, buscamos manter um equilíbrio dinâmico das espécies necessárias.
Experimentos pra Rastrear o Progresso
Realizamos vários experimentos pra rastrear como diferentes condições impactavam a produção de carboxilatos. Através desses experimentos em garrafa, simulamos ambientes aeróbicos e anaeróbicos pra ver como influenciavam as atividades microbianas.
Ao rastrear isótopos, conseguimos ver a conversão de etanol em vários carboxilatos e acompanhar a composição dos químicos produzidos ao longo do tempo. Isso revelou que a presença de oxigênio influenciava significativamente os tipos de carboxilatos produzidos.
Métodos de Análise
Amostras líquidas de ambos os biorreatores eram coletadas regularmente pra análise. Essas amostras foram mantidas e analisadas usando várias técnicas pra quantificar as concentrações de carboxilatos e rastrear as mudanças na comunidade microbiana.
Outras técnicas, como metagenômica e perfilamento metabólico, foram empregadas pra obter insights mais profundos sobre as atividades microbianas e as vias usadas na produção de n-caprilato.
Insights da Comunidade Microbiana
Através de nossas análises, descobrimos que a comunidade microbiana consistia em múltiplas espécies que podiam prosperar nas condições estabelecidas nos biorreatores. Uma descoberta chave foi a presença de bactérias aeróbicas que podiam converter etanol em metabolitos intermediários úteis.
Essas espécies aeróbicas desempenharam um papel significativo na conversão inicial de etanol em outros compostos antes que a elongação da cadeia anaeróbica pudesse acontecer, sugerindo uma interação complexa dentro da comunidade microbiana.
O Papel dos Metabolitos Intermediários
Hipotetizamos que as bactérias aeróbicas produziam metabolitos que ajudavam a acelerar a produção de n-caprilato quando as condições se tornavam anaeróbicas. Isso mostrou um caminho potencial pra produção eficiente, com a fase aeróbica preparando o terreno pra fase anaeróbica.
Além disso, a presença de metabolitos específicos, como succinato e piroglutamato, parecia aumentar as taxas de conversão, indicando que esses compostos poderiam ser críticos pra otimizar a produção.
Gestão de Oxigênio e Taxas de Produção
A gestão do oxigênio se mostrou um fator fundamental pra alcançar altas taxas de produção de n-caprilato. A fase aeróbica inicial teve um papel importante na geração de metabolitos, que por sua vez facilitou a conversão eficaz em condições anaeróbicas.
No entanto, também descobrimos que muito oxigênio poderia afetar negativamente a produção. O equilíbrio era delicado, e ajustes cuidadosos eram necessários pra criar condições ideais pros produtos desejados.
Conclusões do Estudo
Em resumo, nosso estudo destaca a importância das interações microbianas na produção de n-caprilato através da elongação da cadeia. Estabelecemos uma teia alimentar nos biorreatores onde espécies aeróbicas e anaeróbicas trabalhavam juntas, com metabolitos específicos auxiliando no processo.
Embora tenhamos feito progressos significativos, trabalhos futuros vão focar em refinar esses métodos e entender os mecanismos por trás dos comportamentos distintos das vias de carbono exibidos, especialmente durante a conversão de n-caproato pra n-caprilato.
Direções Futuras
Essa pesquisa abre portas pra mais explorações na elongação de cadeia microbiana. Estudos futuros poderiam focar em otimizar a composição da comunidade microbiana e as condições ambientais pra aumentar as taxas de produção e o rendimento.
No geral, nossas descobertas indicam que um equilíbrio cuidadoso dos processos aeróbicos e anaeróbicos pode melhorar significativamente a eficiência de produzir carboxilatos valiosos como o n-caprilato a partir de recursos renováveis.
Título: Toward industrial C8 production: Oxygen intrusion drives renewable n caprylate production from ethanol and acetate via intermediate metabolite production
Resumo: Previous bioreactor studies achieved high volumetric n-caprylate (i.e., n-octanoate) production rates and selectivities from ethanol and acetate with chain-elongating microbiomes. However, the metabolic pathways from the substrates to n-caprylate synthesis were unclear. We operated two n-caprylate-producing upflow bioreactors with a synthetic medium to study the underlying metabolic pathways. The operating period exceeded 2.5 years, with a peak volumetric n-caprylate production rate of 190 {+/-} 8.4 mmol C L-1 d-1 (0.14 g L-1 h-1). We identified oxygen availability as a critical performance parameter, facilitating intermediate metabolite production from ethanol. Bottle experiments in the presence and absence of oxygen with 13C-labeled ethanol suggest acetyl-coenzyme A-based derived production of n-butyrate (i.e., n-butanoate), n-caproate (i.e., n-hexanoate), and n-caprylate. Here, we postulate a trophic hierarchy within the bioreactor microbiomes based on metagenomics, metaproteomics, and metabolomics data, as well as experiments with a Clostridium kluyveri isolate. First, the aerobic bacterium Pseudoclavibacter caeni and the facultative anaerobic fungus Cyberlindnera jadinii converted part of the ethanol pool into the intermediate metabolites succinate, lactate, and pyroglutamate. Second, the strict anaerobic C. kluyveri elongated acetate with the residual ethanol to n-butyrate. Third, Caproicibacter fermentans and Oscillibacter valericigenes elongated n-butyrate with the intermediate metabolites to n-caproate and then to n-caprylate. Among the carbon chain-elongating pathways of carboxylates, the tricarboxylic acid cycle and the reverse {beta}-oxidation pathways showed a positive correlation with n-caprylate production. The results of this study inspire the realization of a chain-elongating production platform with separately controlled aerobic and anaerobic stages to produce n-caprylate renewably as an attractive chemical from ethanol and acetate as substrates. Broader contextNext to renewable electric energy, carbon-based chemicals have to be produced sustainably and independently from fossil sources. To meet this goal, we must expand the portfolio of bio-based conversion technologies on an industrial scale to cover as many target chemicals as possible. We explore the bioprocess of chain elongation to provide medium-chain carboxylates that can function as future platform chemicals in the circular economy. The most valuable medium-chain carboxylate produced with chain elongation is n-caprylate (i.e., n-octanoate). This molecule with eight carbon atoms in a row (C8) is challenging to produce renewably for the chemical industry. Previous reports elucidated that elevated ethanol-to-acetate ratios, which are found in syngas-fermentation effluent, stimulated n-caprylate production. Until now, studies have suggested that chain elongation from high concentrations of ethanol and acetate is a fully anaerobic process. We refine this view by showing a trophic hierarchy of aerobic and anaerobic microbes capable of facilitating this process. Appropriate oxygen supplementation enables the synthesis of succinate, lactate, and pyroglutamate that permit high-rate chain elongation to n-caprylate under anaerobic conditions. Given these results, future research should focus on the segregated study of aerobic and anaerobic microbes to further enhance the process performance to produce n-caprylate renewably at an industrial scale.
Autores: Largus T Angenent, K. Gemeinhardt, B. Seung Jeon, J. Nepomuscene Ntihuga, H. Wang, C. Schlaiss, T. N. Lucas, I. Bessarab, N. C. Nalpas, N. Zhou, J. G. Usack, D. Huson, R. Williams, B. Macek, L. Aristilde
Última atualização: 2024-07-17 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.07.12.603245
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.07.12.603245.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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