Entendendo os Processos de Tomada de Decisão no Cérebro
Esse estudo explora como nossos cérebros avaliam escolhas e tomam decisões.
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Índice
- Como as Opções São Avaliadas
- Processos Cerebrais Durante a Tomada de Decisão
- O Papel da Acumulação de Evidências
- Distinguindo Avaliação de Escolha
- A Abordagem da Pesquisa
- Resultados: Descobertas sobre Avaliação e Escolha
- Acumulação de Evidências Revisitada
- O Impacto dos Tempos de Resposta
- Reanalisando Estudos Passados
- Novas Direções na Pesquisa
- Conclusão
- Fonte original
Todo dia, a gente enfrenta Escolhas. Desde o que comer no almoço até o que comprar na loja, nossas decisões geralmente envolvem comparar diferentes opções. Pesquisadores passaram anos estudando como as pessoas fazem essas escolhas, analisando o que acontece no nosso cérebro quando ponderamos as opções. Essa pesquisa foca em duas ideias importantes: o valor de cada opção e como chegamos a uma decisão.
Como as Opções São Avaliadas
Quando estamos decidindo entre dois itens, como uma pizza ou uma salada, geralmente pensamos sobre as qualidades delas e o quanto a gente gosta. Essa satisfação pode ser chamada de "valor". O cérebro tem áreas que respondem a esse valor, ajudando a gente a determinar qual opção a gente prefere. Cientistas descobriram que certos padrões de atividade cerebral podem ser ligados ao quanto avaliamos diferentes escolhas.
Processos Cerebrais Durante a Tomada de Decisão
Nosso cérebro faz várias coisas ao tomar decisões. Por exemplo, assim que vemos as opções, ele rapidamente começa a avaliá-las, mesmo que a gente não perceba. Essa Avaliação pode acontecer automaticamente e pode influenciar nossas escolhas sem que a gente perceba. Esse processo de avaliação pode ser separado do ato de fazer a escolha propriamente dita.
Pesquisadores descobriram que nossos cérebros mostram diferentes tipos de atividade dependendo se estamos avaliando opções ou fazendo uma escolha. Para entender essas diferenças, os cientistas usaram ferramentas que medem a atividade cerebral, como EEG (eletroencefalograma). O EEG permite que os pesquisadores vejam quando certas atividades cerebrais ocorrem em relação ao tempo das escolhas.
O Papel da Acumulação de Evidências
Uma maneira popular de pensar sobre como as decisões são feitas é ver isso como juntar evidências para chegar a uma conclusão. Imagine que você está decidindo entre duas opções de sobremesa. Enquanto você pensa em cada uma, seu cérebro coleta informações sobre cada uma, como sabor, calorias e o quanto você a quer. Essa "evidência" se acumula até você chegar a um ponto em que se sente confiante o suficiente para tomar uma decisão.
Na pesquisa, esse processo é frequentemente descrito como acumular evidências até um certo ponto, conhecido como "limite", onde você está pronto para escolher. Vários estudos mostraram que quando as pessoas demoram mais para decidir, isso geralmente está relacionado a uma acumulação mais lenta de evidências, enquanto decisões rápidas costumam acontecer quando as evidências se acumulam mais rápido.
Distinguindo Avaliação de Escolha
Enquanto avaliar opções e fazer uma escolha parecem estar conectados, são atividades diferentes. Avaliar é sobre aferir opções, enquanto escolher é o ato de decidir. Alguns estudos sugerem que primeiro avaliamos o quanto gostamos das opções antes de compará-las em detalhes.
Isso levanta uma pergunta interessante: nossos cérebros mostram sinais diferentes para avaliar opções e para fazer uma escolha? Pesquisadores estão tentando descobrir isso analisando padrões de EEG. Eles querem ver se existem atividades cerebrais únicas quando avaliamos nossas escolhas em comparação a quando finalmente escolhemos uma.
A Abordagem da Pesquisa
Para ver como esses processos funcionam, pesquisadores realizaram experimentos onde os Participantes tinham que tomar decisões entre diferentes itens, como produtos de consumo. Os participantes avaliaram o quanto gostavam de cada item antes de precisar escolher entre dois de cada vez. A atividade cerebral deles foi registrada para ver como mudava durante as fases de avaliação e escolha.
Os pesquisadores buscaram especificamente dois tipos de sinais cerebrais: aqueles relacionados ao gosto geral pelos itens e aqueles ligados às comparações feitas durante a escolha. Isso ajudou a descobrir se esses processos estavam acontecendo juntos ou separadamente.
Resultados: Descobertas sobre Avaliação e Escolha
Os resultados mostraram diferenças claras na atividade cerebral. Os sinais relacionados ao quanto os participantes gostavam dos itens apareceram logo após eles serem mostrados, indicando uma avaliação instantânea. Por outro lado, os sinais conectados a fazer uma escolha apareceram depois, mais perto do momento em que os participantes realmente tomavam a decisão.
Essa descoberta sugere que nossos cérebros lidam com a avaliação de opções e a tomada de decisões em estágios separados. A avaliação acontece rápido, enquanto escolher leva um tempo maior para processar. Isso implica que uma parte do cérebro ativa para nos ajudar a avaliar opções rapidamente, enquanto outra parte se prepara para nos ajudar a decidir.
Acumulação de Evidências Revisitada
Apesar da ideia de que a acumulação de evidências reflete o processo de coletar informações sobre opções antes de decidir, os pesquisadores descobriram que a forma como esses sinais apareceram nem sempre se encaixava nessa ideia. Por exemplo, quando os participantes enfrentaram escolhas mais fáceis, mostraram um padrão diferente de atividade cerebral do que o esperado pelos modelos típicos de acumulação de evidências.
Em vez de decisões mais lentas mostrarem mais atividade cerebral antes da escolha, aconteceu o oposto: decisões mais fáceis mostraram maior atividade. Isso sugere que interpretações anteriores de que sinais cerebrais estavam ligados à acumulação de evidências podem ser enganosas.
O Impacto dos Tempos de Resposta
Uma possível razão para os resultados inesperados pode ser o tempo que os participantes tinham para responder. Nesses experimentos, eles tinham até 4 segundos para tomar uma decisão. Em contraste, outros estudos usaram períodos de resposta mais curtos. Esse tempo mais longo para decidir pode espalhar a atividade cerebral ao longo desse tempo, dificultando a visualização dos padrões usuais associados à acumulação de evidências.
Os pesquisadores exploraram isso comparando as respostas com base na rapidez com que as pessoas tomavam suas decisões. Curiosamente, ao olhar apenas as respostas rápidas, eles descobriram que os padrões de atividade cerebral se assemelhavam muito ao que se esperaria de acumulação de evidências.
Reanalisando Estudos Passados
Os pesquisadores também reexaminaram estudos anteriores que relataram sinais de acumulação de evidências na atividade cerebral. Quando aplicaram um novo método que separa os sinais cerebrais ligados ao momento em que as opções são apresentadas e quando as respostas são feitas, descobriram que aqueles padrões de acumulação de evidências desapareceram.
Isso significa que o que antes foi interpretado como acumulação de evidências pode na verdade ter sido uma mistura de sinais ocorrendo em momentos diferentes e, potencialmente, resultados confusos. A análise deles destaca a importância de usar métodos cuidadosos para interpretar a atividade cerebral ao estudar a tomada de decisão.
Novas Direções na Pesquisa
Essa pesquisa destaca a necessidade de continuar examinando como diferentes tipos de sinais cerebrais estão conectados aos nossos processos de tomada de decisão. Compreender a diferença entre avaliação e escolha pode melhorar nossa compreensão do comportamento humano. Também levanta questões sobre como podemos modelar e simular melhor esses processos para prever com precisão a tomada de decisão em diferentes contextos.
Conclusão
Em conclusão, o estudo da tomada de decisão revela que nossos cérebros se envolvem em atividades diferentes ao avaliar opções e fazer escolhas. Ao examinar a atividade cerebral, pesquisadores podem obter insights sobre como avaliamos e comparamos escolhas. Essas descobertas sugerem que nossa compreensão sobre a tomada de decisão pode precisar evoluir, especialmente na distinção entre vários sinais neurais e suas implicações para nossas ações.
Mais pesquisas nessas áreas ajudarão a refinar nossa compreensão sobre as escolhas humanas e podem levar a modelos melhores para prever comportamentos em cenários práticos, desde compras até formulação de políticas. A investigação sobre a tomada de decisão continua sendo um campo empolgante com vasto potencial para descobertas.
Título: Common neural choice signals can emerge artifactually amidst multiple distinct value signals
Resumo: Previous work has identified characteristic neural signatures of value-based decision-making, including neural dynamics that closely resemble the ramping evidence accumulation process believed to underpin choice. Here, we test whether these signatures of the choice process can be temporally dissociated from additional, choice-independent value signals. Indeed, EEG activity during value-based choice revealed distinct spatiotemporal clusters, with a stimulus-locked cluster reflecting affective reactions to choice sets and a response-locked cluster reflecting choice difficulty. Surprisingly, neither of these clusters met the criteria for an evidence accumulation signal. Instead, we found that stimulus-locked activity can mimic an evidence accumulation process when aligned to the response. Re-analyzing four previous studies - including three perceptual decision-making studies - we show that response-locked signatures of evidence accumulation disappear when stimulus-locked and response-locked activity are modelled jointly. Collectively, our findings show that neural signatures of value can reflect choice-independent processes and look deceptively like evidence accumulation. Significance StatementTo choose, people must evaluate their options and select between them. Selection is well described by a process of accumulating evidence up to some threshold, with an electrophysiological signature in the centroparietal positivity (CPP). However, decision-making also gives rise to value signals reflecting affective reactions and other selection-unrelated processes. Measuring EEG while participants made value-based choices, we identified two spatiotemporally distinct value signals, neither reflecting evidence accumulation. Instead, we show that evidence accumulation signals found in the CPP can arise artifactually from overlapping stimulus- and response-related activity. These findings call for a significant reexamination of established links between neural and computational mechanisms of choice, while inviting deeper consideration of the array of cognitive and affective processes that occur in parallel.
Autores: Romy Froemer, M. R. Nassar, B. V. Ehinger, A. Shenhav
Última atualização: 2024-07-17 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2022.08.02.502393
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2022.08.02.502393.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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