Avanços em SNAP-PROTACs para Estudo de Proteínas
SNAP-PROTACs melhoram o estudo de proteínas e técnicas de degradação direcionada.
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Proteínas são essenciais para o funcionamento de todas as células vivas. Entender como as proteínas se comportam dentro das células e ao longo dos organismos vivos ajuda a gente a aprender mais sobre processos biológicos. Para estudar proteínas específicas, os cientistas costumam criar versões especiais dessas proteínas, chamadas de proteínas de fusão. Essas proteínas de fusão podem ser marcadas com marcadores fluorescentes para acompanhar onde elas estão na célula e quanto delas tem.
Usando tags especiais que conseguem se ligar às proteínas, os pesquisadores podem descobrir quais outras moléculas estão próximas das proteínas ou modificar sua atividade. Um método bem popular usa pequenas tags de proteína chamadas tags de proteína autoetiquetantes (SLPs) que formam ligações fortes com substâncias químicas específicas. Essas tags podem ser conectadas a outras moléculas, permitindo que os cientistas usem um único passo de engenharia para ligar uma tag à proteína alvo. Essa abordagem oferece várias opções de pesquisa, dependendo das substâncias químicas disponíveis que podem se unir à tag.
Avanços em técnicas de engenharia genética, como ferramentas baseadas em CRISPR, tornaram mais fácil estudar essas proteínas marcadas em seus ambientes naturais.
SNAP e CLIP
As TagsEntre as várias SLPs disponíveis, as tags SNAP e CLIP são bem usadas. Essas tags foram criadas a partir de uma proteína humana que modifica o DNA. A tag SNAP reage com substâncias químicas específicas, enquanto a tag CLIP reage com outras diferentes. Cientistas usam proteínas marcadas com SNAP em técnicas de imagem avançadas para ver essas proteínas em células vivas, permitindo estudos em alta resolução.
Pesquisadores também desenvolveram substâncias químicas especiais que conseguem se ligar à SNAP ou CLIP, possibilitando estudar o ambiente ao redor dessas proteínas. Isso ajuda a identificar como as proteínas interagem entre si e o que estão fazendo dentro da célula. Além disso, os cientistas podem usar compostos que contêm tanto uma tag SNAP ou CLIP quanto sinais químicos para controlar a atividade das proteínas, promovendo sua ligação com outras proteínas.
Degradação Proteica Direcionada (TPD)
Uma aplicação importante desses métodos de marcação é a degradação proteica direcionada (TPD), que usa pequenas moléculas chamadas PROTACs (PROteolysis TArgeting Chimeras). PROTACs são projetados para se ligar a uma proteína específica e direcioná-la para destruição pelo sistema natural de eliminação de resíduos da célula, conhecido como via ubiquitina-proteassoma.
Esses PROTACs guiam a maquinaria celular para marcar a proteína alvo para degradação. A maquinaria celular mais comumente usada para essa tarefa envolve proteínas chamadas ligases de ubiquitina, como as ligases Culllin-RING. Ao desenvolver PROTACs que se engajam especificamente com essas ligases, os cientistas podem reduzir os níveis de proteínas indesejadas de forma eficiente. Essa abordagem pode oferecer novas maneiras de lidar com doenças causadas pelo acúmulo ou mau funcionamento de proteínas prejudiciais.
Usando SNAP-PROTACs
SNAP-PROTACs são uma nova ferramenta feita ligando tags SNAP com PROTACs, permitindo a remoção direcionada de proteínas marcadas com SNAP das células. A tag SNAP pode se unir a uma substância química, que é uma parte essencial do sistema PROTAC. Essa estratégia permite que os pesquisadores removam proteínas específicas de maneira mais fácil e eficiente.
No desenvolvimento de SNAP-PROTACs, os cientistas começaram estudando como criar compostos eficazes que pudessem recrutar ligases de ubiquitina-especificamente, ligases VHL e CRBN. Ao testar diferentes ligadores químicos que conectam a tag SNAP ao PROTAC, os pesquisadores queriam encontrar os compostos mais poderosos para degradar proteínas marcadas com SNAP.
Melhorando as Tags SNAP
Para otimizar a tag SNAP, os cientistas pesquisaram diferentes variantes químicas do ligante SNAP. Modificando a estrutura do ligante SNAP, eles buscavam melhorar sua capacidade de se ligar ao alvo enquanto garantiam que continuasse estável o suficiente para uso. Várias modificações foram exploradas para identificar quais mudanças levaram a um desempenho melhor, como ligações mais rápidas e melhor permeabilidade celular.
O objetivo era criar um conjunto de ligantes SNAP que funcionassem efetivamente em experimentos, sendo fácil integrá-los aos protocolos de pesquisa já existentes. Isso permitiria aplicações mais bem-sucedidas de SNAP-PROTACs em diversos tipos de células e experimentos.
Desenvolvendo VHL-SNAP-PROTACs Eficazes
Depois de estabelecer ligantes SNAP eficazes, os pesquisadores se concentraram em criar PROTACs que pudessem recrutar ligases E3 VHL. Testando esses compostos em linhagens celulares que expressam proteínas marcadas com SNAP, eles queriam identificar quais compostos poderiam realmente provocar a degradação.
Nessa fase da pesquisa, os cientistas avaliaram as propriedades de diferentes PROTACs, como sua capacidade de se ligar às proteínas-alvo e sua eficácia em catalisar a degradação. Esse trabalho incluiu comparar o impacto de diferentes comprimentos de ligadores e estruturas moleculares para melhorar a eficácia da ligação.
Expandindo para CRBN-SNAP-PROTACs
Além de VHL-SNAP-PROTACs, os pesquisadores queriam desenvolver CRBN-SNAP-PROTACs. O objetivo era aproveitar os benefícios das ligases CRBN para aumentar a versatilidade da abordagem SNAP-PROTAC. Ao explorar vários comprimentos de ligadores e fixações de vetor de saída, os pesquisadores poderiam projetar PROTACs que se engajam com CRBN enquanto mantêm a eficiência de degradação desejada.
Testar esses CRBN-PROTACs em cultura permitiu que os pesquisadores comparassem seu desempenho com os baseados em VHL. Os resultados forneceram insights sobre como cada abordagem influenciou a degradação das proteínas marcadas com SNAP.
Visualizando e Degradando Proteínas do Clatrina Light Chain
Para testar a eficácia dos SNAP-PROTACs em ambientes vivos, os pesquisadores engenheiraram uma linhagem celular que expressa proteínas do clatrina light chain marcadas com SNAP. Clatrina é crucial para processos de transporte celular, tornando-se um alvo excelente para estudar a influência dos SNAP-PROTACs na dinâmica das proteínas.
Ao aplicar sistematicamente os SNAP-PROTACs nessas células engenheiradas, os pesquisadores monitoraram a degradação das cadeias leves de clatrina marcadas ao longo do tempo. Os resultados mostraram que os SNAP-PROTACs reduziram eficientemente os níveis dessas proteínas, ampliando os limites de como os pesquisadores exploram a função das proteínas e os processos celulares.
Conclusão: O Futuro dos SNAP-PROTACs
SNAP-PROTACs representam uma área promissora de pesquisa em estratégias de estudo e degradação de proteínas. Usando tags autoetiquetantes como a SNAP, os pesquisadores podem visualizar e manipular proteínas dentro das células de forma mais eficaz. A capacidade de degradar facilmente proteínas específicas tem implicações emocionantes para a pesquisa científica e desenvolvimento terapêutico.
À medida que os cientistas continuam refinando os SNAP-PROTACs, explorando novos ligantes e compostos, as aplicações potenciais vão se expandir, levando a novas descobertas sobre a função e interações das proteínas em vários sistemas biológicos. Esse trabalho contínuo enfatiza a importância do estudo das proteínas para entender a saúde e a doença.
Resumindo, a jornada dos SNAP-PROTACs reflete uma tendência mais ampla em bioquímica e biologia molecular-usar ferramentas precisas para manipular sistemas biológicos em busca de maior entendimento e benefícios terapêuticos potenciais.
Título: Induced degradation of SNAP-fusion proteins
Resumo: Self-labeling protein tags are an efficient means to visualize, manipulate, and isolate engineered fusion proteins with suitable chemical probes. The SNAP-tag, which covalently conjugates to benzyl-guanine and -chloropyrimidine derivatives is used extensively in fluorescence microscopy, given the availability of suitable SNAP-ligand-based probes. Here, we extend the applicability of the SNAP-tag to targeted protein degradation. We developed a set of SNAP PROteolysis TArgeting Chimeras (SNAP-PROTACs), which recruit the VHL or CRBN-ubiquitin E3 ligases to induce the degradation of SNAP-fusion proteins. Endogenous tagging enabled the visualization and the selective depletion of a SNAP-clathrin light chain fusion protein using SNAP-PROTACs. The addition of PROTACs to the SNAP-tag reagent toolbox facilitates the comprehensive analysis of protein function with a single gene tagging event.
Autores: Doris Hellerschmied, S. Abraham Pol, S. Liljenberg, J. Barr, G. Simon, L. Wong-Dilworth, D. L. Paterson, V. P. Berishvili, F. Bottanelli, F. Kaschani, M. Kaiser, M. Pettersson
Última atualização: 2024-07-18 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.07.18.603056
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.07.18.603056.full.pdf
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