Pesquisa sobre a Saúde das Amígdalas em Crianças
Estudo investiga respostas imunológicas nas amígdalas das crianças relacionadas a infecções e problemas de sono.
― 6 min ler
Índice
As amígdalas palatinas ficam na parte de trás da garganta e têm um papel importante na defesa do corpo contra germes, como bactérias e vírus. Elas produzem células especiais que ajudam a combater infecções, como células T e B. Mas, às vezes, essas amígdalas podem dar trabalho, levando a uma cirurgia chamada amigdalectomia, que é bem comum em crianças. A amigdalectomia é geralmente feita por duas razões principais: infecções de garganta frequentes, chamadas de amigdalite aguda recorrente (AAR), e problemas de respiração durante o sono causados por amígdalas aumentadas, conhecidas como apneia obstrutiva do sono (AOS).
Apesar de ser uma cirurgia comum, ainda não se entende bem por que algumas crianças têm infecções de garganta frequentes enquanto outras têm só problemas de respiração. A amigdalite aguda recorrente acontece quando infecções dominam as amígdalas e conseguem superar as células de defesa. Um dos germes mais comuns que causa isso é o estreptococo do grupo A. Descobertas recentes sugerem que grupos de bactérias, chamados de biofilmes, podem também contribuir para essas infecções porque conseguem resistir ao tratamento com antibióticos. Se as medicações não funcionam para ajudar a criança, a cirurgia acaba sendo a única opção.
Já a AOS acontece quando as amígdalas aumentadas bloqueiam as vias aéreas durante o sono. Entender por que as amígdalas ficam aumentadas ainda é complicado. Os pesquisadores estão tentando aprender mais sobre as células imunológicas presentes nas amígdalas de crianças com AAR em comparação àquelas com AOS.
Objetivos da Pesquisa
Um estudo recente teve como objetivo analisar certas células imunológicas nas amígdalas de crianças com AAR e compará-las com aquelas com AOS. Os pesquisadores se concentraram em uma proteína chamada interleucina-17C (IL-17C) porque está ligada à inflamação e é produzida quando o corpo reage a infecções bacterianas. Eles também analisaram a interleucina-1-beta (IL-1β), que é outra proteína que desempenha um papel na resposta do corpo a infecções.
Os pesquisadores queriam ver onde essas proteínas estavam localizadas nos tecidos das amígdalas de crianças com AAR e AOS. Depois de confirmar a presença de ambas as proteínas por um processo chamado western blotting, eles usaram uma técnica chamada imunofluorescência para rotular as amostras das amígdalas. Isso permitiu que eles tirassem imagens detalhadas dos tecidos das amígdalas para entender melhor como as proteínas estavam distribuídas.
Coleta de Amostras
O estudo teve aprovação de um órgão regulador e envolveu a coleta de amostras de amígdalas de 17 crianças que passaram por cirurgia de remoção das amígdalas. As amostras foram divididas entre aquelas diagnosticadas com AAR e aquelas diagnosticadas com AOS. Após a remoção, as amígdalas foram rapidamente colocadas em uma solução especial para mantê-las seguras até a análise posterior.
As amígdalas foram medidas e preparadas para vários testes. Eles separaram as amostras das amígdalas em seções para analisar as proteínas nos tecidos de AAR e AOS.
Metodologia
Para analisar as proteínas, os pesquisadores homogenizaram (ou quebraram) os tecidos das amígdalas e prepararam amostras para testes. Anticorpos específicos direcionados à IL-1β e IL-17C foram usados para detectar essas proteínas nas amostras. Eles criaram géis para fazer experimentos e depois transferiram os resultados para membranas para investigações adicionais.
Nos próximos passos, prepararam amostras para imagens usando uma ferramenta especial chamada Mesolens. Essa câmera poderia capturar imagens em alta resolução, permitindo que eles vissem a distribuição das proteínas dentro dos tecidos das amígdalas.
Descobertas
Os resultados mostraram que a IL-17C estava presente nas amígdalas de ambos os grupos de pacientes. No entanto, crianças com AAR apresentaram níveis mais altos de IL-17C em comparação com aquelas com AOS. Essa diferença destaca que a IL-17C pode estar desempenhando um papel significativo na forma como o corpo responde a infecções em crianças com amigdalite recorrente.
Por outro lado, enquanto a IL-1β também foi encontrada em quantidades mais altas nas amígdalas de pacientes com AAR, a diferença não foi tão notável nos tecidos centrais das amígdalas em comparação com aqueles de pacientes com AOS.
Expressão em Tecidos Epiteliais e Centrais
A IL-17C foi encontrada principalmente na camada epitelial (a camada de superfície) das amígdalas de crianças com AAR. Em contraste, a IL-1β foi encontrada de forma mais distribuída em todos os tecidos das amígdalas de ambos os grupos.
A análise sugeriu que a IL-17C desempenha um papel crucial nas amígdalas das crianças com AAR, especialmente em seus tecidos epiteliais. A presença dessa proteína pode indicar uma resposta inflamatória devido a infecções bacterianas.
Importância do Estudo
O estudo teve como objetivo esclarecer os processos por trás da amigdalite e da apneia obstrutiva do sono em crianças, que são condições comuns, mas pouco compreendidas. O objetivo final era identificar se certas proteínas, como IL-17C e IL-1β, poderiam servir como marcadores para ajudar a diagnosticar essas doenças de forma mais eficaz.
Entender esses caminhos pode levar a melhores opções de manejo e tratamento para crianças que lidam com infecções crônicas de garganta e condições relacionadas. Também pode ajudar a entender se essas doenças vêm de infecções ou se há outros problemas subjacentes em jogo.
Direções Futuras
Para frente, mais pesquisas são necessárias para analisar os níveis de IL-17C e IL-1β na saliva ou no sangue, para ver se eles podem servir como indicadores úteis para AAR ou AOS. Isso pode levar a métodos aprimorados para diagnosticar essas condições sem a necessidade de opções cirúrgicas.
Em resumo, essa pesquisa destaca o papel significativo que a IL-17C pode ter na forma como os sistemas imunológicos das crianças respondem a infecções de garganta. Ao entender isso, os médicos podem conseguir oferecer um cuidado melhor para crianças que sofrem de AAR e AOS no futuro. Mais investigações poderiam abrir caminho para novos tratamentos e ferramentas de diagnóstico para ajudar esses pacientes.
O conhecimento adquirido com este estudo contribui para o esforço contínuo de entender melhor as doenças relacionadas às amígdalas e pode, em última análise, levar a estratégias mais eficazes para gerenciá-las.
Título: WITHDRAWN: IL-17C plays a role in the pathophysiology of acute recurrent tonsillitis
Resumo: Withdrawal StatementThe authors have withdrawn their manuscript owing to an error discovered in the selection and analysis of blot data. Therefore, the authors do not wish this work to be cited as reference for the project. If you have any questions, please contact the corresponding author.
Autores: Megan Clapperton, T. Kunanandam, C. D. Florea, M. R. Cunningham, C. Douglas, G. McConnell
Última atualização: 2024-07-26 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.02.08.578879
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.02.08.578879.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.
Obrigado ao biorxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.