Impacto do Histórico de Concussões no Cérebro de Jovens Atletas
Estudo não encontra mudanças significativas no volume do cérebro ligadas a histórico de concussões em atletas.
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Índice
- História das Concussões e Mudanças Cerebrais
- Discrepâncias em Estudos Anteriores
- Perspectiva da Neurociência de Rede
- Participantes e Métodos do Estudo
- Ressonância Magnética e Análise
- Examinando Sintomas e Desempenho Cognitivo
- Comparações de Volume Cerebral em Nível de Rede
- Análise do Volume Cerebral Regional
- Correlações Entre Volume Cortical e Medidas Cognitivas
- Efeitos Agudos da Concussão
- Limitações do Estudo
- Conclusão
- Fonte original
- Ligações de referência
Todo ano, muita gente jovem, especialmente os que praticam esportes, acaba tendo concussões. Uma Concussão é um tipo de lesão cerebral que geralmente é leve, mas pode causar problemas sérios. A maioria dos Atletas tende a se sentir melhor em até duas semanas depois de uma concussão. Mas quem já teve várias concussões na vida pode correr mais riscos de se machucar de novo e pode demorar mais pra se recuperar.
A história das concussões se refere a quantas concussões a pessoa já teve. Estudos mostram que ter um histórico de concussões pode estar relacionado a várias questões, como problemas de memória, dificuldades com habilidades motoras, maiores chances de se sentir deprimido e até um risco maior de ter um AVC mais tarde na vida. Os pesquisadores estão curiosos sobre os efeitos a longo prazo das concussões e como elas podem afetar o cérebro com o tempo.
História das Concussões e Mudanças Cerebrais
Pesquisas recentes indicam que a história de concussões pode afetar a estrutura e a função do cérebro. Muitos estudos mostram mudanças em partes específicas da substância branca do cérebro e padrões de atividade cerebral relacionados a concussões. A substância branca é crucial pra comunicação entre as diferentes partes do cérebro. No entanto, os cientistas ainda estão tentando entender se a história de concussões leva a mudanças na substância cinzenta, onde a maior parte do processamento cerebral acontece.
Mudanças na substância cinzenta podem rolar enquanto o cérebro cresce e também podem estar ligadas a doenças que afetam o cérebro, como Alzheimer. Se as concussões estiverem conectadas a mudanças na substância cinzenta, isso pode sugerir que ter várias concussões pode deixar marcas duradouras no cérebro, ajudando a identificar quantas concussões uma pessoa já teve.
Discrepâncias em Estudos Anteriores
Alguns estudos mais antigos investigaram como a história de concussões influencia a estrutura do cérebro. Porém, os resultados nem sempre foram consistentes. Algumas pesquisas descobriram que pessoas com histórico de concussões têm menos volume cerebral, especialmente em áreas como o córtex frontal. Outros estudos, por outro lado, mostraram que quem já teve concussões pode ter um aumento no volume cerebral se for avaliado algum tempo depois das lesões.
Em estudos recentes em larga escala, não foram encontradas diferenças significativas no volume cerebral relacionadas à história de concussões. Isso levanta questões sobre a confiabilidade das descobertas anteriores, especialmente aquelas de estudos menores.
Perspectiva da Neurociência de Rede
A forma como as concussões afetam o cérebro pode ser analisada pela neurociência de rede. Essa abordagem foca em como diferentes áreas do cérebro trabalham juntas. As concussões podem bagunçar os caminhos normais das conexões cerebrais, resultando em várias questões comportamentais, como dificuldades cognitivas, problemas emocionais e mudanças na função motora. Contudo, ainda há pouca pesquisa sobre como a história de concussões afeta a estrutura do cérebro em nível de rede.
O projeto atual tinha como objetivo investigar como o histórico de concussões auto-relatado impacta a estrutura do cérebro, especificamente analisando mudanças no volume cerebral em várias redes em um grande grupo de atletas universitários. O estudo também pretende esclarecer os achados mistos de pesquisas anteriores sobre a história de concussões e estrutura cerebral.
Participantes e Métodos do Estudo
No total, 296 atletas universitários da Universidade de Nebraska-Lincoln participaram do estudo, sendo 263 jogadores de futebol americano e 33 de futebol. Os participantes fizeram várias avaliações para checar seu Desempenho Cognitivo e histórico de concussões. Eles informaram se já tinham sofrido concussões antes.
Os participantes foram divididos em dois grupos: quem não relatou concussões e quem relatou pelo menos uma. Todos fizeram exames de ressonância magnética (MRI), permitindo que os pesquisadores vissem a estrutura do cérebro. Exames adicionais foram feitos caso algum atleta sofresse uma concussão durante o estudo.
Ressonância Magnética e Análise
Os dados da ressonância magnética foram coletados usando um scanner de alta qualidade na universidade. Esse processo envolveu capturar imagens detalhadas das estruturas cerebrais para ver possíveis mudanças. Ferramentas específicas foram utilizadas para preparar as imagens de MRI, permitindo que os pesquisadores identificassem regiões do cérebro e seus volumes.
A análise focou em várias redes dentro do cérebro, como redes visuais e de atenção. Ao examinar como o volume nessas redes se relaciona com a história de concussões, os pesquisadores esperavam descobrir diferenças significativas.
Examinando Sintomas e Desempenho Cognitivo
Os pesquisadores primeiro analisaram se havia diferenças nos sintomas e no desempenho cognitivo entre atletas com e sem histórico de concussões. Não encontraram diferenças significativas em sintomas gerais ou pontuações cognitivas. Porém, o grupo com histórico de concussões apresentou uma leve diferença no tempo de reação.
Enquanto houve algumas variações anedóticas na forma como os sintomas foram relatados entre os dois grupos, essas diferenças não foram consistentes ou fortes o suficiente para indicar uma ligação clara entre a história de concussões e o desempenho cognitivo.
Comparações de Volume Cerebral em Nível de Rede
Em seguida, o estudo analisou o volume cerebral em diferentes redes para ver se a história de concussões afetava esse aspecto. Nenhuma diferença significativa foi encontrada entre os dois grupos, mesmo quando os pesquisadores analisaram de perto. Isso sugere que ter um histórico de concussões não mudou o volume total dessas redes cerebrais.
Análise do Volume Cerebral Regional
Os pesquisadores também observaram regiões cerebrais específicas para ver se pequenas mudanças foram perdidas ao avaliar redes como um todo. Novamente, não foram encontradas diferenças significativas no volume entre atletas com e sem concussões. Mesmo ao comparar aqueles com duas ou mais concussões com um grupo sem concussão, nenhuma diferença notável foi observada.
Correlações Entre Volume Cortical e Medidas Cognitivas
Apesar de a história de concussões não ter mostrado ligações com mudanças no volume cerebral, o estudo encontrou que o volume cerebral em redes específicas estava relacionado ao desempenho cognitivo. Atletas com maior volume em certas áreas do cérebro demonstraram melhor desempenho em tarefas de memória e tempo de reação.
Isso sugere que, embora a história de concussões possa não influenciar a estrutura cerebral em termos de volume, o tamanho de redes cerebrais específicas se relaciona com o quão bem um atleta se sai cognitivamente.
Efeitos Agudos da Concussão
A pesquisa também examinou como concussões agudas podem impactar o volume cerebral. Um grupo menor de participantes que sofreu uma concussão durante o estudo teve seus volumes cerebrais medidos logo após a lesão. Os resultados indicaram que não houve diferenças significativas no volume cerebral em torno da época da concussão ou quando eles foram liberados para voltar a jogar.
Isso reflete inconsistências mais amplas em pesquisas anteriores, onde alguns estudos relataram mudanças no volume cerebral após concussões, enquanto outros não observaram mudanças.
Limitações do Estudo
Há várias limitações a serem consideradas neste estudo. Primeiro, a maioria dos participantes eram jogadores de futebol masculino, o que pode afetar a generalização dos achados. Pesquisas futuras deveriam incluir uma mistura mais equilibrada de gêneros e explorar como a história de concussões afeta atletas masculinos e femininos de forma diferente.
Outra limitação é que a medida de auto-relato do histórico de concussões pode não capturar todos os dados relevantes. As concussões podem ter ocorrido anos atrás, e o impacto na estrutura cerebral pode não ser imediato.
Conclusão
Este estudo sugere que ter um histórico de concussões não está ligado a mudanças significativas no volume cerebral entre jovens atletas universitários. Ambos os grupos relataram níveis similares de sintomas e desempenho cognitivo, com apenas pequenas diferenças notadas nos tempos de reação. No geral, essa pesquisa apoia a ideia de que a história de concussões não se traduz em diferenças na estrutura cerebral em nível de volume, mesmo que o desempenho cognitivo mostre algumas relações com o tamanho do cérebro.
Olhando pra frente, a pesquisa pode se beneficiar de um foco em outros aspectos neurológicos, como conectividade cerebral e padrões de atividade, pra obter mais insights sobre os efeitos da história de concussões.
Título: Self-reported concussion history is not related to cortical volume in college athletes.
Resumo: The long-term consequences of concussion are still being uncovered but have been linked to disruptions in cognition and psychological well-being. Previous studies focusing on the association between concussion history and structural changes in the brain have reported inconsistent results. We sought to examine the effect of concussion history on cortical volume with a focus on functional networks. These networks are associated with many of the functions that can be disrupted in those with an extensive concussion history. Collegiate athletes (n=296) in the present study who self-reported concussion history did not report different baseline symptoms and did not exhibit consistent differences in cognitive performance relative to those who reported no concussion history. We found that concussion history was not related to cortical volume at the network or region level, even when we compared participants with two or more concussions to those with no concussion history. We did identify relationships between cortical volume in the visual network and dorsal attention network with cognitive performance. In addition to comparing cortical volume between individuals with and without reported concussion history, we also examined whether cortical volume changes could be observed within individuals from baseline to acutely following concussion. We found that network level cortical volume did not change within subjects from baseline measurement to acutely post-concussion. Together, these results suggest that both self-reported concussion history and acute concussion effects are not associated with changes in cortical volume in young adult athletes.
Autores: Douglas H Schultz, H. C. Bouchard, M. C. Barbot, J. M. Laing-Young, A. Chiao, K. L. Higgins, C. R. Savage, M. Neta
Última atualização: 2024-04-03 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.04.03.24305266
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.04.03.24305266.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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