Tratando o Apodrecimento nas Videiras: Causas e Efeitos
Estudo revela informações sobre problemas de morte da videira e seu impacto nos vinhedos.
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Índice
- Causas do Declínio nas Videiras
- Fatores que Afetam a Ocorrência das Doenças do Tronco
- Necessidade de Monitoramento e Vigilância
- Visão Geral do Projeto
- Observações dos Sintomas Foliares de Esca
- Monitoramento do Declínio por Eutypa
- Fatores que Influenciam a Dinâmica da Doença
- Impacto da Cultivar
- Variação Anual
- Idade das Videiras
- Modelagem Estatística dos Dados
- Conclusão
- Fonte original
- Ligações de referência
O declínio de plantas perenes é quando certas plantas começam a morrer cedo demais, perdendo seu crescimento saudável e, eventualmente, morrendo. Esse problema pode ser causado por várias questões, principalmente fatores ambientais como seca, além de doenças causadas por patógenos. O declínio é uma questão comum em florestas ao redor do mundo e afeta muitas regiões. Apesar de ser um problema relevante, a pesquisa sobre o declínio em videiras, que são uma cultura significativa, não foi suficientemente explorada.
Causas do Declínio nas Videiras
As videiras podem sofrer declínio devido a fatores ambientais e biológicos. Várias doenças do tronco, como Esca, declínio por Eutypa e declínio por Botryosphaeria, são especialmente prejudiciais e estão presentes em vinhedos ao redor do mundo. Essas doenças podem danificar as videiras e levar a uma queda na produção. No entanto, às vezes a estimativa de perdas em certas áreas pode ser alta demais.
O aumento de doenças do tronco na Europa foi notado desde o início dos anos 90. Em particular, do início dos anos 2000 até cerca de 2008, houve um aumento visível nos casos de esca, uma doença específica do tronco. Essa tendência é especialmente preocupante para os produtores de uva, especialmente porque os tratamentos eficazes para essas doenças têm sido limitados devido a regulamentações.
Fatores que Afetam a Ocorrência das Doenças do Tronco
Muitos fatores podem influenciar a frequência com que as doenças do tronco ocorrem nas videiras. Diferentes Variedades de Uva mostraram respostas variadas a essas doenças, com algumas sendo mais resistentes que outras. Pesquisas realizadas em várias regiões da Europa mostraram que essa variação pode estar ligada ao tipo de uva.
A idade das videiras também desempenha um papel em sua resposta às doenças. À medida que as videiras envelhecem, podem se tornar mais suscetíveis ao estresse causado por condições ambientais e patógenos. No entanto, a relação entre a idade da videira e a ocorrência de doenças do tronco não é simples. Alguns estudos sugerem que videiras mais velhas podem apresentar mais sintomas, enquanto outros não encontram muita conexão entre a idade e a incidência da doença.
Para entender melhor o declínio e a prevalência de doenças, é crucial coletar dados de longo prazo em diferentes vinhedos. Esses dados ajudarão os pesquisadores a analisar os padrões e melhorar as estratégias de manejo de pragas nos vinhedos.
Necessidade de Monitoramento e Vigilância
Um monitoramento em larga escala e a longo prazo das videiras são necessários para gerenciar efetivamente o surgimento de doenças como o declínio. Coletar informações sobre a saúde das plantas pode ajudar a reconhecer padrões de doenças, facilitando melhores medidas de controle.
Na França, uma pesquisa nacional foi realizada entre 2003 e 2008 para monitorar doenças do tronco em várias regiões. Esta pesquisa incluiu uma diversidade de variedades de uva e numerosos lotes de vinhedos. No entanto, a coleta recente de dados é essencial para avaliar como os níveis de doenças do tronco mudaram ao longo dos anos.
Para abordar isso, um estudo foi realizado para consolidar dados de várias regiões da França ao longo de 20 anos, focando em duas doenças principais que afetam as videiras: esca e declínio por Eutypa. Este novo banco de dados inclui muitos lotes de vinhedos e variedades de uva, permitindo uma análise detalhada de como essas doenças se desenvolveram ao longo dos anos.
Visão Geral do Projeto
O banco de dados contém milhares de observações sobre os sintomas foliares de esca e declínio por Eutypa em várias regiões vinícolas da França. Esses dados ajudam a entender a ocorrência e o impacto dessas doenças ao longo dos 20 anos, assim como o efeito de diferentes variedades de uva e idades de vinhedos.
Durante o estudo, os sintomas foliares foram registrados em vários municípios de várias regiões. Cada observação envolveu a avaliação de numerosas plantas para determinar a presença de sintomas. É vital analisar esses dados para um manejo eficaz do vinhedo e estratégias de controle de doenças.
Observações dos Sintomas Foliares de Esca
Com os dados coletados, é evidente que muitos vinhedos experimentaram taxas significativas de esca, com a porcentagem de lotes mostrando sintomas variando de ano para ano. Em média, cerca de 74% dos lotes monitorados tinham pelo menos uma planta apresentando sintomas. Algumas regiões tinham até taxas de prevalência ainda mais altas.
Considerando a incidência geral de esca, a taxa média foi de cerca de 3,1%, embora tenha variado de um ano para outro. Variedades específicas de uva mostraram diferenças consideráveis em suas taxas de incidência, com certos tipos sendo mais afetados que outros. Por exemplo, Trousseau teve a maior incidência, enquanto Meunier, Pinot Noir e Syrah mostraram taxas de incidência mais baixas.
Monitoramento do Declínio por Eutypa
Da mesma forma, o declínio por Eutypa foi observado em vários lotes. A incidência dessa doença diminuiu ao longo dos anos, com várias cultivares mostrando diferentes taxas de suscetibilidade. Os dados indicam que a maioria dos vinhedos monitorados tinha pelo menos algumas videiras com sintomas de declínio por Eutypa, mas um número significativo estava livre da doença.
No geral, regiões vinícolas específicas relataram taxas diferentes de declínio por Eutypa, com algumas áreas apresentando prevalência muito maior que outras.
Fatores que Influenciam a Dinâmica da Doença
O estudo analisou a interação entre cultivar, ano e idade do vinhedo na prevalência e incidência dos sintomas foliares de esca. Vários pontos-chave surgiram desta análise, esclarecendo como essas variáveis impactam a ocorrência da doença.
Impacto da Cultivar
Diferentes variedades de uva parecem reagir de maneira distinta à doença esca. Algumas cultivares apresentam consistentemente uma maior prevalência de sintomas, enquanto outras permanecem menos afetadas. As probabilidades estimadas de presença da doença variaram, indicando que certas variedades de uva, como Gewurztraminer, tendem a experimentar sintomas mais severos em comparação com cultivares como Chardonnay.
Variação Anual
As condições anuais também desempenharam um papel essencial na influência das taxas de doenças. Alguns anos apresentaram taxas de sintomas de esca significativamente mais altas do que outros. Por exemplo, certas condições climáticas favoráveis aumentaram os riscos de desenvolvimento de sintomas. Além disso, taxas mais altas foram observadas após 2012, indicando padrões de progressão da doença ao longo do tempo.
Idade das Videiras
A idade das videiras afetou significativamente sua suscetibilidade à esca. Videiras mais jovens, especialmente aquelas com menos de dez anos, geralmente apresentaram taxas de incidência mais baixas. À medida que as videiras amadurecem, elas frequentemente se tornam mais suscetíveis, com a incidência atingindo o pico em idades intermediárias. No entanto, algumas videiras mais velhas mostraram taxas de incidência reduzidas, sugerindo que as plantas mais resilientes podem sobreviver melhor ao longo do tempo.
Modelagem Estatística dos Dados
Este estudo empregou técnicas de modelagem estatística para analisar os dados coletados. Um modelo bayesiano foi usado para obter insights mais profundos sobre como cultivar, ano e idade do vinhedo afetam a dinâmica da esca e do declínio por Eutpa.
Por meio desse processo de modelagem, os pesquisadores conseguiram identificar as influências significativas que diferentes fatores têm sobre a prevalência e incidência dos sintomas de esca. A análise destacou como o modelo se ajustou aos dados observados, correlacionando as previsões com as condições reais dos vinhedos.
Conclusão
A natureza abrangente deste estudo fornece insights valiosos sobre como doenças do tronco, como esca e declínio por Eutpa, afetam as videiras na França. Apesar da variabilidade nos sintomas entre diferentes cultivares e anos, tendências emergiram que poderiam ajudar os produtores de uva a gerenciar melhor essas doenças.
Os dados coletados ressaltam a necessidade de monitoramento contínuo dos vinhedos, já que padrões climáticos futuros podem continuar a impactar a saúde das videiras. Compreender essas dinâmicas desempenhará um papel crucial no desenvolvimento de estratégias de manejo eficazes para garantir a sustentabilidade da produção de uvas diante de estressores bióticos e abióticos.
Em resumo, os achados do estudo sublinham a importância da pesquisa e do monitoramento contínuos na área da saúde das plantas, especialmente em relação a culturas perenes como as videiras. Os padrões observados por meio dessa extensa coleta de dados servem como base para investigações futuras sobre resistência a doenças e práticas de manejo de vinhedos.
Título: Exploring the role of cultivar, year and plot age in the incidence of esca and Eutypa dieback: insights from 20 years of regional surveys in France
Resumo: Grapevine trunk diseases cause yield losses and vine mortality in vineyards worldwide. However, there have been few quantitative studies evaluating grapevine dieback on a large spatial and temporal scale. Here, we consolidated and standardized databases from the 13 main wine regions of France, compiling records of leaf symptoms associated with esca and Eutypa dieback from 2082 plots and 36 cultivars over a 20-year period. This large dataset was used (a) for quantitative analysis of the prevalence (number of plots with at least one symptomatic plant) and incidence (percentage of symptomatic plants) of esca and Eutypa dieback; and (b) to decipher the effects of cultivar, year and plot age on both the prevalence and incidence of esca leaf symptoms by temporal Bayesian modelling. Esca was present on a mean of 74 {+/-} 2% plots annually, with an incidence of 3.1 {+/-} 0.1%. Eutypa dieback occurred in 41 {+/-} 3% of the plots, with an incidence of 1.4 {+/-} 0.1%. Our modelling approach revealed that the cultivar had a significant impact on the prevalence of esca, but not on its incidence when prevalence is greater than zero. Esca prevalence remained stable, whereas esca incidence was higher than the mean value in six of the years after 2012. We also found a significant non-linear effect of plot age, with 10- to 30-year-old plots significantly more susceptible, depending on the cultivar. This study clearly illustrates the importance of considering extensive and continuous monitoring to improve our understanding of the impact and evolution of crop diseases.
Autores: Chloe E.L. Delmas, L. Etienne, F. Fabre, D. Martinetti, E. Frank, L. Michel, V. Bonnardot, L. Guerin Dubrana
Última atualização: 2024-07-29 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.03.19.585220
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.03.19.585220.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
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