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Entendendo a Polarização Afetiva na Sociedade

Um olhar sobre como os sentimentos moldam divisões políticas e a tomada de decisões.

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As Raízes da PolarizaçãoAs Raízes da PolarizaçãoAfetivaemocionais que moldam a sociedade.Uma análise profunda das divisões
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No mundo de hoje, a sociedade tá super dividida não só por crenças, mas também por sentimentos. A galera tende a se conectar mais com quem tem opiniões políticas parecidas e muitas vezes sente desconfiança ou antipatia por quem pensa diferente. Essa divisão emocional é conhecida como Polarização Afetiva. Isso pode influenciar várias partes da vida, desde decisões políticas até escolhas do dia a dia, como usar máscara ou qual carro comprar.

Um Modelo de Tomada de Decisão em uma Sociedade Polarizada

A gente analisa como as decisões são tomadas em uma sociedade que tá emocionalmente dividida. Identificamos três resultados principais: concordância geral entre as pessoas, divisões políticas profundas e divisões não partidárias, onde cada grupo tem suas próprias escolhas, mas não tá alinhado com uma posição política específica.

Nossa análise mostra que quando as pessoas sentem mais antipatia pelo grupo de fora do que afeição pelo próprio grupo, a polarização é provável. Por outro lado, se a galera sente mais amor pelo seu grupo do que antipatia pelo outro, o consenso é possível.

Curiosamente, a gente descobriu que aumentar as conexões entre os partidos políticos pode, na verdade, piorar a polarização. A mídia desempenha um papel crucial ao enfatizar as diferenças entre os partidos, o que pode levar a mais divisão. A polarização afetiva também pode criar mudanças repentinas nas opiniões, onde um grupo muda drasticamente sua posição.

Aumento da Polarização na Sociedade Americana

Nos últimos anos, a sociedade americana ficou mais ideologicamente dividida. Democratas e republicanos não só discordam sobre políticas, mas também fazem escolhas diferentes sobre onde morar, o que comprar e quais times apoiar. Pesquisas indicam que essa divisão emocional tá crescendo, com a galera de cada partido cada vez mais não gostando e desconfiando do outro.

Essa animosidade crescente dificulta a governança eficaz e pode impactar o bem-estar social. Por exemplo, durante a pandemia de COVID-19, a disposição das pessoas em seguir as orientações de saúde foi influenciada por saber se seu partido político apoiava isso. Essa divisão partidária atrapalhou a eficácia geral das respostas à crise de saúde.

É importante notar que só a demografia não explica essa divisão. Em vez disso, ela surge das dinâmicas sociais em jogo. A galera tende a se associar com quem compartilha crenças parecidas, o que leva a um comportamento unificado dentro dos grupos ao longo do tempo.

O Papel da Mídia Online e Câmaras de Eco

O crescimento da mídia online intensificou essas divisões. Hoje em dia, as pessoas alinham suas fontes de informação com suas opiniões políticas, criando câmaras de eco que as isolam de perspectivas opostas. Mas estudos recentes sugerem que a exposição a diferentes opiniões pode também levar ao aumento da polarização.

A gente propõe um modelo onde dois grupos (por exemplo, vermelho e azul) existem em uma rede, com indivíduos dentro de cada grupo favorecendo suas próprias escolhas enquanto se opõem às feitas pelo outro grupo. As escolhas que as pessoas fazem podem ser influenciadas por suas conexões sociais.

Dependendo do tamanho dos grupos e dos níveis de afeição e animosidade sentidas, vários resultados a longo prazo podem surgir. A gente descreve teoricamente essas condições e fornece experimentos para entender as diferentes dinâmicas em jogo.

Analisando Escolhas Sociais

Nosso modelo captura as dinâmicas de escolha dentro de uma sociedade afetivamente polarizada. Cada indivíduo tem tanto um atributo estático quanto um dinâmico. O atributo estático mostra a afiliação política, enquanto o dinâmico representa a escolha atual deles. A qualquer momento, um indivíduo atualiza sua escolha com base nas preferências dos vizinhos.

Por exemplo, se um membro do grupo vermelho tá decidindo se usa máscara, ele será influenciado por quantos vizinhos vermelhos usam máscara em comparação a quantos vizinhos azuis usam. A força dessas influências é representada por dois parâmetros: amor pelo grupo (afeição pelo próprio grupo) e ódio pelo grupo de fora (desgosto pelo outro grupo).

Se os efeitos combinados dessas relações favorecem uma escolha, o indivíduo adotará essa escolha. Mas se não, ele vai continuar com a decisão atual. Essa configuração mostra como a prova social, ou o comportamento dos colegas, influencia as escolhas.

Dinâmicas de Redes Totalmente Conectadas

Em uma rede social totalmente conectada, cada indivíduo pode ver as escolhas feitas por todo mundo. Isso significa que as pessoas vão reagir às tendências gerais do seu grupo. As dinâmicas podem ser expressas através de uma representação matemática que descreve como as escolhas dos indivíduos evoluem ao longo do tempo.

Em um caso onde a tomada de decisão começa com popularidade igual para ambas as escolhas dentro dos grupos, podemos categorizar os possíveis resultados a longo prazo com base em dois fatores principais: amor pelo grupo versus ódio pelo grupo de fora, e os tamanhos dos dois grupos.

  1. Sem Polarização: Se ambos os grupos adotam a mesma escolha ao longo do tempo.
  2. Polarização Partidária: Quando um grupo adota completamente uma escolha enquanto o outro adota uma escolha diferente.
  3. Polarização Não Partidária: Se ambos os grupos dividem suas escolhas de maneira uniforme sem seguir as linhas partidárias.

Importância do Ódio pelo Grupo de Fora

Nossos achados sugerem que o ódio pelo grupo de fora é um fator crucial para estabelecer a polarização. Se os indivíduos se sentem mais motivados a se opor ao grupo de fora do que a apoiar o seu próprio, alguma forma de divisão é quase certa, não importa o tamanho dos grupos.

Por outro lado, se o amor pelo grupo é mais forte que o ódio pelo grupo de fora, é necessário que um consenso surja. Mas até um pequeno desequilíbrio pode levar à polarização, destacando o equilíbrio delicado que existe entre esses sentimentos.

O Desafio de Reduzir a Polarização

Esforços para reduzir a polarização, como conectar indivíduos de partidos opostos, podem muitas vezes ter efeito contrário. O modelo demonstra que o consenso só é alcançado quando as conexões entre os grupos são frouxas.

Nossa pesquisa sugere que focar nas diferenças percebidas pode alimentar a polarização em vez de mitigá-la. Assim, veículos de mídia e plataformas sociais poderiam ajudar reduzindo a ênfase nas diferenças partidárias para evitar mais divisões.

Entendendo as Dinâmicas de Grupo

Em uma rede onde indivíduos podem ver membros tanto do grupo de dentro quanto do grupo de fora, as dinâmicas de escolha se tornam aparentes. Podemos visualizar como as decisões flutuam ao longo do tempo dentro de uma população totalmente conectada. Alterando a maneira como as influências do grupo de dentro e do grupo de fora são representadas, podemos observar vários comportamentos a longo prazo.

Quando começamos a partir de um ponto onde ambos os grupos têm escolhas populares iguais, podemos derivar resultados com base no equilíbrio entre amor pelo grupo e ódio pelo grupo de fora.

Nossa pesquisa indica que altos níveis de ódio pelo grupo de fora podem destruir qualquer consenso que possa existir, mesmo quando ambos os grupos estão próximos de um acordo. Essa tendência destaca os desafios crescentes que a sociedade enfrenta hoje à medida que a polarização emocional se aprofunda.

Redes Sociais com Comunidades

Além de redes totalmente conectadas, consideramos o cenário de comunidades onde indivíduos têm mais probabilidade de se conectar com outros do seu grupo do que com membros do grupo de fora. Essa abordagem comunitária nos permite explorar a influência do tamanho do grupo e como isso afeta a tomada de decisão em ambientes polarizados.

Em comunidades, as conexões dos indivíduos e o equilíbrio das informações que recebem impactarão significativamente suas escolhas. Se os indivíduos predominantemente se conectam com outros do seu grupo, eles provavelmente vão se conformar às suas preferências, amplificando o amor pelo grupo e potencialmente aumentando a polarização.

Conclusão

Nosso estudo apresenta um modelo dinâmico que ilumina como as pessoas tomam decisões em comunidades marcadas por polarização afetiva. O modelo revela as condições necessárias para o consenso versus polarização e destaca o impacto da animosidade entre grupos.

Descobrimos que mais animosidade do que afeição é crucial para que divisões partidárias se formem, enquanto mais afeição é necessária para que o consenso surja. Ao reconhecer como a mídia pode intensificar essas divisões, conseguimos entender melhor as implicações da polarização afetiva na sociedade.

Essa compreensão é vital para desenvolver estratégias que ajudem a unir as divisões, fomentar conexões e, com sorte, levar a uma sociedade mais unida. Ao examinar as dinâmicas emocionais e sociais em jogo, podemos começar a identificar caminhos para avançar em um mundo cada vez mais polarizado.

Fonte original

Título: Dynamics of Affective Polarization: From Consensus to Partisan Divides

Resumo: Politically divided societies are also often divided emotionally: people like and trust those with similar political views (in-group favoritism) while disliking and distrusting those with different views (out-group animosity). This phenomenon, called affective polarization, influences individual decisions, including seemingly apolitical choices such as whether to wear a mask or what car to buy. We present a dynamical model of decision-making in an affectively polarized society, identifying three potential global outcomes separated by a sharp boundary in the parameter space: consensus, partisan polarization, and non-partisan polarization. Analysis reveals that larger out-group animosity compared to in-group favoritism, i.e. more hate than love, is sufficient for polarization, while larger in-group favoritism compared to out-group animosity, i.e., more love than hate, is necessary for consensus. We also show that, counter-intuitively, increasing cross-party connections facilitates polarization, and that by emphasizing partisan differences, mass media creates self-fulfilling prophecies that lead to polarization. Affective polarization also creates tipping points in the opinion landscape where one group suddenly reverses their trends. Our findings aid in understanding and addressing the cascading effects of affective polarization, offering insights for strategies to mitigate polarization.

Autores: Buddhika Nettasinghe, Allon G. Percus, Kristina Lerman

Última atualização: 2024-03-25 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2403.16940

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2403.16940

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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