Comparando a segurança dos métodos de infusão de beta-lactâmicos
Estudo analisa a segurança de infusões padrão versus prolongadas de beta-lactâmicos.
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Índice
Os beta-lactâmicos são um grupo de antibióticos bem comuns pra tratar várias infecções. Eles são geralmente a primeira escolha pra muitos tipos de infecções porque funcionam bem contra uma boa variedade de bactérias. Alguns beta-lactâmicos conhecidos incluem as cefalosporinas, como a cefepime, combinações que têm penicilina e um inibidor de beta-lactamase, tipo piperacilina-tazobactam, e os carbapenêmicos, como o meropenem.
Como os Beta-Lactâmicos São Administrados
Normalmente, esses antibióticos são dados por infusões, ou seja, são entregues na corrente sanguínea ao longo de um certo período. As infusões padrão geralmente levam de 30 a 60 minutos. Mas, práticas mais recentes mostram que dar beta-lactâmicos por um tempo maior, conhecido como infusões prolongadas, pode trazer resultados melhores. Infusões prolongadas podem ser infusões estendidas de 3 a 4 horas ou infusões contínuas, onde o remédio é administrado de forma ininterrupta.
Benefícios das Infusões Prolongadas
Pesquisas mostram que infusões prolongadas podem aumentar a eficácia do tratamento ou funcionar tão bem quanto as infusões padrão. Mas ainda não se sabe muito sobre a segurança dessas práticas de infusão prolongada. Reações Adversas a Medicamentos (RAMs), que são efeitos colaterais indesejados, podem acontecer com beta-lactâmicos, mas geralmente são leves e não muito frequentes. É importante que os profissionais de saúde saibam quais RAMs estão ligadas à quantidade de remédio que é dada e por quanto tempo.
Tipos de Reações Adversas a Medicamentos
Um exemplo de efeito colateral que pode estar ligado à dosagem de beta-lactâmicos é a neurotoxicidade, que afeta o sistema nervoso. Outro efeito colateral, a Nefrotoxicidade, impacta os rins, mas geralmente não está diretamente ligada à quantidade de remédio administrada. Em vez disso, está relacionada a reações alérgicas ou respostas imunológicas no corpo. Mesmo que a gente tenha estabelecido algumas conexões entre a dosagem do remédio e os efeitos colaterais, o tempo de administração do remédio ainda precisa de mais estudos.
Quando se usam infusões padrão, os níveis do remédio no corpo atingem picos mais altos, mas depois caem entre as doses. Já nas infusões prolongadas, os picos tendem a ser mais baixos, mas mantêm os níveis do remédio mais altos ao longo do tempo. Embora a exposição total ao remédio seja parecida em ambos os métodos, ainda não está claro se essas diferenças na absorção do remédio no corpo afetam a chance de ter efeitos colaterais.
O Objetivo do Estudo
Por causa da falta de estudos grandes focados em comparar a segurança dos métodos de infusão padrão e prolongada, essa investigação teve como objetivo revisar estudos existentes que relataram efeitos colaterais para ambos os métodos. O principal objetivo era descobrir se havia diferenças nas taxas de efeitos colaterais entre essas duas formas de administrar beta-lactâmicos.
Estratégia de Pesquisa
Pra coletar informações, os pesquisadores começaram analisando a literatura existente que avaliava a segurança das infusões prolongadas em crianças. Eles usaram bancos de dados como o PubMed pra encontrar estudos relevantes e classificaram os artigos com base em palavras-chave específicas relacionadas a beta-lactâmicos e seus efeitos colaterais.
Critérios do Estudo
Pra serem incluídos na revisão, os estudos precisavam seguir certos critérios. Eles tinham que ser ensaios randomizados ou estudos que comparassem dois grupos de pacientes recebendo tratamentos diferentes. Os estudos tinham que relatar sobre os efeitos colaterais, especificamente envolvendo beta-lactâmicos, tanto sozinhos quanto em combinação com outros remédios. Estudos que tinham tratamentos diferentes para cada grupo ou uso misto de métodos de infusão não foram incluídos.
Coleta de Dados
Os pesquisadores montaram uma tabela pra organizar informações importantes de cada estudo, incluindo detalhes sobre os autores, o ano da publicação, características dos pacientes, regimes de tratamento e os efeitos colaterais observados.
Analisando os Dados
Meta-análises foram feitas sobre os efeitos colaterais que apareceram em cinco ou mais estudos. Análise estatística ajudou a calcular as chances de ter efeitos colaterais em pacientes recebendo infusões padrão em comparação com infusões prolongadas. A qualidade das evidências desses estudos foi avaliada pra garantir confiabilidade.
Resultados do Estudo
Depois de revisar 26 estudos, os pesquisadores se concentraram nos efeitos colaterais mais comumente relatados: nefrotoxicidade (danos nos rins) e diarreia. Desses estudos, 12 foram excluídos porque não relataram efeitos colaterais. No final, sete ensaios de controle randomizados e seis estudos retrospectivos foram incluídos, cobrindo um total de 4.196 pacientes.
Entre os estudos que relataram danos aos rins, não houve diferença significativa nas taxas entre os pacientes que receberam infusões padrão (cerca de 20%) e os que receberam infusões prolongadas (também em torno de 20%). O mesmo padrão foi visto para diarreia, com cerca de 5% dos pacientes no grupo de infusão padrão relatando isso, em comparação com aproximadamente 6,6% no grupo de infusão prolongada. Inspeções visuais não mostraram sinais de viés na publicação desses resultados.
Conclusão
A revisão e análise não encontraram diferenças significativas nos efeitos colaterais entre os dois métodos de administração de beta-lactâmicos. Esse resultado é importante porque sugere que as infusões prolongadas, que estão se tornando mais comuns, não têm riscos extras de segurança. Na verdade, muitos estudos indicam que beta-lactâmicos são geralmente seguros, com efeitos colaterais sendo mínimos.
Nefrotoxicidade e diarreia foram os efeitos colaterais mais relatados nessa análise, e eles não diferiram entre os métodos de infusão. Outros efeitos colaterais foram notados, mas sua ocorrência foi tão baixa que não deu pra analisar de forma eficaz. Pra melhorar futuros estudos, seria útil padronizar como os efeitos colaterais são classificados, o que poderia melhorar a consistência e confiabilidade na comparação de resultados entre diferentes estudos.
Implicações para Pesquisas Futuras
Os resultados destacam a necessidade de mais pesquisas que tenham como foco medir a segurança e a ocorrência de efeitos colaterais adversos ligados aos métodos de infusão padrão e prolongada de beta-lactâmicos. Também é recomendado que estudos futuros implementem critérios padronizados pra classificar efeitos colaterais, ajudando na coleta consistente de dados de segurança valiosos que podem ser usados em pesquisas futuras.
Título: Meta-analysis on safety of standard vs prolonged infusion of beta-lactams
Resumo: BackgroundEfficacy for prolonged infusion beta-lactam dosing schemes has been previously described, but there has been less focus on the safety of standard vs prolonged infusion protocols of beta-lactams. This study explored differences in adverse drug reactions (ADRs) reported for beta-lactams between each of these infusion protocols. MethodsA systematic review of MEDLINE literature databases via PubMed was conducted and references were compiled. Articles were compiled and assessed with specific inclusion/exclusion criteria. We included randomized and nonrandomized, prospective, and retrospective cohort studies that reported adverse effects due to either standard (30-60 mins) or prolonged ([≥]3 hours) infusions of beta-lactam infusions. Total ADRs between strategies were analyzed by infusion methodology. The most consistently reported ADRs were subject to meta-analysis across studies. Results13 studies met inclusion/exclusion criteria with data for 4184 patients. There was insufficient data to systematically analyze neurotoxicity or cytopenias. Eight studies reported on nephrotoxicity outcomes with no significant difference in event rates between standard (n=440/2117, 20.8%) vs prolonged infusion (n=264/1284, 20.6%) of beta-lactams (OR=1.09, 95% CI [0.91, 1.30]). Six studies reported on rates of diarrhea with no significant difference in event rates between standard (n=21/359, 5.8%) vs prolonged infusion (n=25/330, 7.6%) of beta-lactams (OR=1.33, 95% CI [0.71,2.47). ConclusionProlonged and standard infusion schemes for beta-lactams demonstrated adverse effects at similar rates for both infusion schemes. Future research should focus on improved standardization of adverse effect definitions and a priori aim to study neurotoxicity and cytopenias. Consistent recording of ADRs and standardized definitions of these reactions will be paramount to further study of this subject.
Autores: Marc H. Scheetz, H. Rolain, Z. Schwartz, R. Jubrail, K. Downes, L. Hong, A. Fakhri Ravari, N. J. Rhodes
Última atualização: 2024-04-09 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.04.08.24305493
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.04.08.24305493.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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