Aprendendo Sem Mudança: Insights de Modelos de IA
Analisando como a IA pode aprender novas tarefas sem mudar sua estrutura.
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O cérebro humano é capaz de aprender e se adaptar a novas situações usando o que já aprendeu no passado. Um exemplo legal disso é andar de bicicleta. Leva muito treino pra aprender essa habilidade, mas alguém que já tem experiência com skate pode pegar andar de bike rapidinho. Isso acontece porque eles conseguem usar o equilíbrio e a coordenação que têm do skate pra ajudar a aprender a andar de bicicleta. Essa capacidade de aplicar o conhecimento anterior a novas situações levanta uma pergunta importante: até onde um sistema de aprendizado pode usar o que já sabe? Será que consegue realizar tarefas complexas com base só no que já conhece sem mudar sua estrutura?
Nos humanos, a capacidade de mudar e se adaptar no cérebro é conhecida como plasticidade neural. Na inteligência artificial, especialmente em modelos chamados Redes Neurais Artificiais, essa mudança corresponde a ajustar pesos ou parâmetros no modelo. Esse artigo analisa como redes neurais artificiais podem aprender sem precisar mudar sua estrutura interna.
Aprendizado em Redes Neurais Artificiais
Estudos recentes mostram que redes neurais artificiais avançadas, especialmente grandes modelos de linguagem (LLMs), conseguem aprender novas tarefas só de olhar pra alguns exemplos. Essa habilidade, chamada de aprendizado em contexto, sugere que esses sistemas pré-treinados conseguem realizar novas tarefas usando o que já sabem sem precisar adaptar sua estrutura interna.
O Aprendizado Estatístico é um método usado pra medir quão bem as pessoas reconhecem padrões em novos dados. Esse método frequentemente exige plasticidade cerebral. Vamos olhar pra duas tarefas de aprendizado estatístico: Aprendizado de Gramática Artificial (AGL) e a Tarefa de Tempo de Reação Serial (SRTT). AGL envolve aprender regras sobre sequências, enquanto a SRTT mede quão rápido uma pessoa consegue reagir a uma série de estímulos.
Mesmo que essas tarefas sejam diferentes dos dados de linguagem natural que os LLMs geralmente processam, estudos mostram que os LLMs podem aprender a reconhecer novos padrões estatísticos sem precisar mudar sua estrutura interna.
Pesquisas Anteriores em Neurociência
Alguns estudos de neurociência se alinham com essas descobertas, mas geralmente envolvem condições mais específicas ou adaptações limitadas. Certos modelos do hipocampo do cérebro mostram que conseguem generalizar padrões aprendidos a partir de exemplos sem precisar de mais treinamento. Esses modelos exigem um treinamento especial e contextos específicos que se assemelham muito ao que já aprenderam.
Em contraste, nossas descobertas mostram que LLMs prontos para uso, treinados em grandes quantidades de linguagem natural, conseguem generalizar padrões complexos sem qualquer forma de adaptação. Isso sugere novas ideias sobre como o aprendizado funciona no cérebro e mostra como os avanços na inteligência artificial podem nos ajudar a entender melhor conceitos fundamentais da ciência cognitiva.
Testando a Flexibilidade dos Grandes Modelos de Linguagem
Nossos experimentos focam no modelo Mistral, um bom exemplo de um grande modelo de linguagem, pra ver quão bem ele consegue aprender novas estruturas sem mudar sua configuração interna. Configuramos as tarefas AGL e SRTT como tarefas em que o modelo aprende através de exemplos.
Não fazemos ajustes nos parâmetros do modelo durante nossos testes. Ao invés disso, fornecemos novas entradas passo a passo, o que nos permite ver quão bem o modelo consegue aprender as estruturas envolvidas nessas tarefas.
Similar a experimentos clássicos que medem a velocidade de aprendizado, dividimos nosso experimento em três partes: uma linha de base com sequências aleatórias, uma parte estruturada com sequências que seguem certas regras, e uma parte pós-aprendizado com mais sequências aleatórias. Queremos mostrar o aprendizado comparando o desempenho do modelo na parte estruturada com a linha de base.
Pra garantir que nossos resultados são confiáveis, repetimos o experimento com diferentes conjuntos de vocabulário e sequências.
Resultados dos Experimentos
Os resultados destacam a capacidade do modelo de prever resultados com mais precisão na parte estruturada em comparação com a linha de base. Vemos um padrão claro de melhoria, mostrando que o modelo consegue aprender com as sequências estruturadas.
Outro argumento possível poderia ser que o modelo está apenas memorizando sequências. Pra verificar isso, realizamos experimentos adicionais excluindo sequências duplicadas. Mesmo sem repetições, o modelo ainda mostrou aprendizado na parte estruturada, sugerindo que ele capta a estrutura subjacente, em vez de apenas memorizar sequências específicas.
Em seguida, mudamos o vocabulário no meio da entrada. Isso significa que usamos palavras diferentes que ainda seguiam a mesma estrutura. O modelo rapidamente se adaptou a essa mudança, indicando que ele entende as regras que governam as sequências e não apenas as palavras utilizadas.
Também testamos se o modelo aprende a partir de sequências aleatórias no início do experimento. Nossas descobertas indicam que ter uma linha de base mais longa de sequências aleatórias torna o aprendizado mais difícil. No entanto, mesmo quando ajustamos o comprimento da fase aleatória, o modelo continua Aprendendo rapidamente depois de mudar o vocabulário.
A Compreensão do Modelo sobre Estruturas
Uma característica chave da AGL e SRTT é que o modelo pode fazer escolhas diferentes em vários pontos. Nossa análise mostra que o modelo atribui probabilidades a possíveis próximas palavras de acordo com as regras das estruturas que está aprendendo. Isso apoia a ideia de que o modelo capta os padrões reais das sequências, em vez de associações aleatórias.
Nossa abordagem destaca a capacidade do modelo de aprender tarefas que diferem dos dados de treinamento originais sem precisar de mais ajustes. Estudos anteriores frequentemente exigiam um fine-tuning, que envolve mudar o modelo pra aprender novas tarefas. Nosso trabalho demonstra quão bem sistemas de aprendizado pré-treinados conseguem generalizar seu conhecimento para tarefas completamente novas sem nenhum ajuste.
Conexões entre Inteligência Artificial e o Cérebro Humano
Há uma semelhança crescente entre como o cérebro humano representa a linguagem e como os LLMs fazem o mesmo. Isso sugere que ambos os sistemas podem reagir de forma semelhante em tarefas de aprendizado. As descobertas da nossa pesquisa sugerem que a rica representação gerada pelos LLMs pode ajudá-los a se adaptar a novas situações sem precisar de treinamento específico.
Este artigo propõe que talvez o cérebro conte mais com cálculos do que se pensava antes. Sugere que certas tarefas complexas podem ser completadas usando conhecimento existente em vez de precisar mudar a configuração da rede. Isso desafia a visão tradicional de como a informação é processada no cérebro.
Conclusão
Nosso estudo mostra que sistemas de IA pré-treinados têm uma habilidade fascinante de aprender e generalizar padrões complexos muito além do que foram originalmente treinados. Acreditamos que isso oferece insights valiosos não só para a inteligência artificial, mas também para nossos próprios processos cognitivos.
A capacidade desses modelos de aprender sem precisar de ajustes abre oportunidades para mais pesquisas sobre como aprendizado e plasticidade funcionam em situações do mundo real. As descobertas sugerem que modelos de aprendizado profundo podem fornecer ideias significativas sobre conceitos importantes da ciência cognitiva e neurociência, levando a uma compreensão mais profunda tanto dos sistemas de aprendizado humanos quanto artificiais.
Título: Computation or Weight Adaptation? Rethinking the Role of Plasticity in Learning
Resumo: The human brain is an adaptive learning system that can generalize to new tasks and unfamiliar environments. The traditional view is that such adaptive behavior requires a structural change of the learning system (e.g., via neural plasticity). In this work, we use artificial neural networks, specifically large language models (LLMs), to challenge the traditional view about the role of plasticity in learning and suggest that such an adaptive behavior can be achieved solely through computation if the learning system is suffciently trained. We focus on statistical learning paradigms. These require identifying underlying regularities in seemingly arbitrary word sequences and are largely considered to require neural plasticity. LLMs can capture arbitrary structures without weight adaptation despite the divergence from their natural language training data. Our work provides novel insights into the role of plasticity in learning, showing that suffciently trained learning systems are highly flexible, adapting to new tasks and environments solely through computation, much more than previously acknowledged. Furthermore, our work opens the door for future research to use deep learning models to conjure hypotheses about the brain.
Autores: Gili Lior, Y. Shalev, G. Stanovsky, A. Goldstein
Última atualização: 2024-08-04 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.03.07.583890
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.03.07.583890.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
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