O Impacto dos LLMs nas Percepções das Crianças
Analisando como modelos de linguagem influenciam a visão das crianças sobre cultura e identidade.
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Conforme a tecnologia avança, os Modelos de Linguagem de Grande Escala (LLMs) viraram uma fonte popular de informação. Esses modelos conseguem dar respostas rápidas e fáceis, especialmente para as crianças. Mas tem uma preocupação de que esses modelos possam compartilhar uma visão meio limitada do mundo, que chamamos de "Currículo Silencioso." Essa ideia sugere que as crianças que usam LLMs podem aprender certos preconceitos e Estereótipos sem nem perceber.
O que é a Monocultura LLM?
Os LLMs são treinados com uma quantidade enorme de dados coletados da internet. Com isso, eles podem desenvolver uma maneira específica de ver o mundo, que geralmente reflete os dados que usaram para treino. Isso significa que a informação que esses modelos oferecem pode parecer meio parecida em diferentes plataformas, criando o que chamamos de "monocultura LLM." Essa monocultura pode não mostrar uma visão equilibrada de culturas e ideias diversas. Em vez disso, pode promover uma única perspectiva que pode levar a desinformação ou reforçar estereótipos existentes.
As crianças, que naturalmente se sentem atraídas por essas ferramentas digitais, podem não perceber que a informação que recebem é filtrada. À medida que esses modelos se tornam sua principal fonte de conhecimento, elas podem assimilar um conjunto limitado de visões que podem moldar suas opiniões e compreensão do mundo. Esse "Currículo Silencioso" pode influenciar suas crenças, atitudes e a maneira como veem diferentes culturas e grupos de pessoas.
Investigando o Currículo Silencioso
Para entender melhor como os LLMs moldam as visões sobre ocupações e etnias, fizemos um estudo usando dois LLMs bem conhecidos: GPT-3.5 e LLaMA2-70B. Queríamos ver como esses modelos representam origens culturais e papéis de trabalho quando contam histórias.
Primeiro, estabelecemos benchmarks para os preconceitos ocupacionais e étnicos presentes nos modelos. Usamos um conjunto de dados chamado WinoBias para guiar os modelos na criação de sua própria lista de grupos étnicos e papéis de trabalho. Ambos os modelos identificaram sete grupos étnicos principais: Branco, Negro, Asiático, Hispânico, Nativo Americano, do Oriente Médio e Latino-Americano.
Depois, pedimos que os modelos criassem histórias curtas sobre crianças que conquistavam certos empregos, sem mencionar a etnia da criança. Esse setup deixou a gente ver quais preconceitos ou suposições estavam refletidos nas histórias com base nos papéis de trabalho especificados.
Resultados do Estudo
Quando analisamos as histórias geradas por ambos os modelos, encontramos algumas tendências interessantes. Embora os modelos deveriam criar personagens diversos, eles usaram nomes comuns para personagens femininas, como Sophie e Lily. Quando pedimos para gerar histórias com personagens masculinos, os modelos melhoraram na diversidade de nomes, mas ainda assim favoreciam certos grupos.
Ao extrair nomes e locais das histórias, conseguimos inferir as etnias dos personagens. Nossa análise mostrou uma forte consistência na Representação Cultural entre os dois modelos. Ambos revelaram uma preferência por personagens de origens Asiáticas, Brancas, Hispânicas e Negras, enquanto mostraram menos representação para identidades Latino-Americanas, do Oriente Médio e Nativo Americanas.
Entendendo os Preconceitos Implícitos
A próxima fase do nosso estudo envolveu os modelos identificando as etnias dos personagens nas histórias que geraram. Queríamos ver quão consistentes os modelos eram em sua compreensão da identidade étnica com base nos nomes e locais em suas narrativas.
Ao examinar as etnias identificadas, conseguimos descobrir potenciais preconceitos na forma como os modelos relacionam certas ocupações a origens culturais específicas. Por exemplo, quando os modelos criavam histórias sobre "Engenheiros de Software," frequentemente apresentavam personagens com nomes asiáticos, enquanto "Produtores Musicais" tinham nomes negros.
Os resultados mostraram uma forte representação cultural, com altas pontuações de similaridade entre as etnias identificadas nas histórias. Isso sugere que os modelos têm certos preconceitos na forma como representam diferentes grupos com base nas ocupações discutidas.
O Papel dos Estereótipos
Nossa análise destacou que os modelos frequentemente ecoavam estereótipos sociais existentes em suas narrativas. Por exemplo, personagens asiáticos eram comumente retratados em papéis técnicos ou científicos, enquanto personagens negros eram frequentemente associados a profissões artísticas ou voltadas para justiça social. Isso pode levar a uma compreensão limitada das capacidades e contribuições de vários grupos étnicos em diferentes áreas.
Alguns exemplos das histórias geradas incluíam um personagem chamado Arjun de Bangalore trabalhando como "Engenheiro de Software" e outro chamado Hiro de Tóquio como "Engenheiro de Robótica." Enquanto isso, personagens em papéis como "Advogado Ambiental" ou "Praticante de Medicina Tradicional" eram frequentemente retratados como Nativo Americanos.
Essa tendência enfatiza a importância de reconhecer e abordar esses estereótipos ao usar LLMs, já que eles podem influenciar muito como o público jovem percebe diferentes culturas.
Implicações para a Sociedade
As descobertas do nosso estudo levantam perguntas importantes sobre o papel dos LLMs na educação. À medida que esses modelos se tornam mais integrados ao aprendizado do dia a dia, especialmente para as crianças, é crucial considerar como eles podem moldar visões sobre cultura e identidade.
A prevalência de preconceitos nos resultados dos LLMs destaca a necessidade de uma representação mais diversa nos dados de treinamento e o desenvolvimento de melhores algoritmos que consigam reconhecer e evitar reforçar estereótipos. Isso pode ajudar a ampliar as perspectivas compartilhadas com jovens aprendizes e incentivar uma visão mais inclusiva do mundo.
Indo em Frente
Conforme continuamos a desenvolver e usar LLMs, é vital abordar as informações que eles fornecem com um olhar crítico. Reconhecer os preconceitos potenciais presentes nos modelos pode ajudar educadores, pais e crianças a interagir com essas ferramentas de maneira mais reflexiva.
Incentivar a diversidade na criação e uso de conteúdo educacional é essencial para combater os efeitos de um "Currículo Silencioso." Ao buscar ativamente perspectivas diversas, podemos garantir que a próxima geração tenha acesso a uma compreensão mais rica e abrangente do mundo ao seu redor.
O chamado à ação para pesquisadores, educadores e líderes da indústria é claro: precisamos lutar por vozes e narrativas diversas que reflitam a riqueza da experiência humana, em vez de nos contentar com uma visão limitada moldada por preconceitos existentes. Juntos, podemos trabalhar para criar um futuro onde o aprendizado não seja apenas acessível, mas também equitativo e inclusivo para todos.
Título: The Silent Curriculum: How Does LLM Monoculture Shape Educational Content and Its Accessibility?
Resumo: As Large Language Models (LLMs) ascend in popularity, offering information with unprecedented convenience compared to traditional search engines, we delve into the intriguing possibility that a new, singular perspective is being propagated. We call this the "Silent Curriculum," where our focus shifts towards a particularly impressionable demographic: children, who are drawn to the ease and immediacy of acquiring knowledge through these digital oracles. In this exploration, we delve into the sociocultural ramifications of LLMs, which, through their nuanced responses, may be subtly etching their own stereotypes, an algorithmic or AI monoculture. We hypothesize that the convergence of pre-training data, fine-tuning datasets, and analogous guardrails across models may have birthed a distinct cultural lens. We unpack this concept through a short experiment navigating children's storytelling, occupational-ethnic biases, and self-diagnosed annotations, to find that there exists strong cosine similarity (0.87) of biases across these models, suggesting a similar perspective of ethnic stereotypes in occupations. This paper invites a reimagining of LLMs' societal role, especially as the new information gatekeepers, advocating for a paradigm shift towards diversity-rich landscapes over unintended monocultures.
Autores: Aman Priyanshu, Supriti Vijay
Última atualização: 2024-05-11 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2407.10371
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2407.10371
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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