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Aproveitando o Vento: O Futuro Energético do Mar do Norte

O potencial de energia e hidrogênio eólico no Mar do Norte pode mudar a cara da energia na Europa.

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O Mar do Norte tem um potencial gigante pra energia renovável, especialmente com Energia Eólica Offshore. Essa área pode ser super importante pra ajudar a Europa a atingir suas metas de energia. Mas rolam umas dúvidas sobre quanto de energia eólica dá pra usar, se precisamos de redes elétricas interconectadas e quanto de Produção de Hidrogênio a gente deve focar.

Pra achar respostas pra essas perguntas, usaram um modelo detalhado chamado PyPSA-Eur. Esse modelo analisa todo o sistema energético da Europa, juntando dados sobre eletricidade e hidrogênio, e ajuda a decidir a melhor maneira de usar a energia eólica offshore. As descobertas mostraram que, se a gente continuar com conexões tradicionais de um pra um, dá pra acomodar 310 gigawatts (GW) de energia eólica offshore no Mar do Norte. Mas, se a gente mudar pra uma rede mais conectada e incluir hidrogênio, conseguimos aumentar essa capacidade pra 420 GW, economizando até 15 bilhões de Euros por ano.

Além disso, Turbinas Eólicas Flutuantes só se tornam relevantes quando a gente foca em hidrogênio. Sem esse foco, o modelo sugere que só 75 GW de energia eólica flutuante seriam implantados. Basicamente, uma mistura de redes de eletricidade e hidrogênio vai integrar melhor a energia eólica offshore, com o hidrogênio sendo o principal meio de transporte.

Metas Energéticas da Europa

A União Europeia quer ser neutra em carbono até 2050, o que significa reduzir as emissões a zero. Pra isso, precisa aumentar bastante as fontes de energia renováveis. E junto a isso, a demanda por eletricidade e hidrogênio deve aumentar. Essa demanda maior vem principalmente de setores que estão saindo dos combustíveis fósseis pra eletrificação.

O hidrogênio é particularmente importante pra indústrias que são difíceis de eletrificar, como transporte marítimo, aviação e certos processos de fabricação. A energia eólica offshore pode ser uma ótima fonte pra produzir hidrogênio verde. Há planos pra pelo menos 300 GW de capacidade eólica offshore no Mar do Norte até 2050, o que é essencial pra atender as necessidades energéticas da Europa.

O Mar do Norte é ideal pra energia eólica devido à sua proximidade com áreas densamente povoadas e seus abundantes recursos eólicos. Mas a energia eólica onshore tem se expandido devagar por causa de questões como aceitação pública. A energia eólica offshore, por outro lado, tem menos barreiras de aceitação, tornando-se uma opção mais viável.

Turbinas Eólicas Flutuantes

Pra aproveitar o potencial da energia eólica no Mar do Norte, turbinas eólicas flutuantes são essenciais. Essas turbinas conseguem operar em águas mais profundas, liberando mais recursos eólicos. Embora instalações comerciais de turbinas flutuantes ainda sejam raras, vários projetos piloto já mostraram sua viabilidade. O Reino Unido, por exemplo, está explorando opções de turbinas flutuantes por causa da falta de espaço com turbinas fixas.

Integrar essa energia eólica ao sistema energético mais amplo requer nova infraestrutura, especialmente linhas de transmissão de longa distância. Métodos tradicionais envolviam conectar parques eólicos diretamente à costa, mas conexões híbridas que ligam vários países estão sendo consideradas.

Produção de Hidrogênio Offshore

A produção de hidrogênio offshore tá ganhando importância. Projetos estão explorando diferentes métodos de produção de hidrogênio, como gerar hidrogênio offshore e trazer de volta pra costa via oleodutos. Alguns conceitos até consideram produzir hidrogênio em terra com base na eletricidade trazida de fontes offshore.

Pesquisas indicam que combinar a produção de hidrogênio com energia eólica offshore é benéfico. Isso reduz a quantidade de energia eólica que de outra forma iria se perder e diminui os custos gerais do sistema. No entanto, diferentes estudos mostram conclusões variadas sobre os exatos benefícios de custo da produção de hidrogênio offshore.

Necessidade de Modelagem Detalhada

A maioria dos modelos existentes foca apenas em países específicos da região do Mar do Norte e muitas vezes ignora outros setores importantes como transporte e agricultura. Pra ter uma imagem mais precisa, é essencial um modelo de alta resolução que analise diversos recursos e demandas energéticas.

A novidade da abordagem tá em avaliar múltiplos designs de rede offshore enquanto considera todos os setores relevantes. Essa integração ajuda a analisar as demandas energéticas e avaliar as dinâmicas complexas que entram em jogo. Incorporando diferentes opções offshore e suposições realistas de custo, o modelo pode sugerir a melhor infraestrutura pra essa transição energética.

Visão Geral do Modelo do Sistema Energético

O modelo usado nesse estudo integra vários setores relacionados à energia, incluindo eletricidade, transporte, indústria e agricultura. O objetivo é otimizar diferentes tecnologias como eólica, solar e outras infraestruturas pra 2030.

Usando dados reais da rede europeia e demandas energéticas de diferentes setores, o modelo representa todo o sistema energético como uma rede. Os nós na rede representam pontos de geração ou consumo de energia, enquanto as arestas representam o fluxo de energia através de linhas de transmissão.

O processo de otimização visa minimizar tanto os custos de investimento quanto os operacionais, enquanto respeita várias restrições. Por exemplo, considera as leis físicas que governam o fluxo de energia na rede e fatores locais que afetam a demanda.

Recursos e Tecnologia Offshore

Pra modelar com precisão o potencial eólico offshore, várias áreas-chave do estudo foram aprimoradas. Isso inclui aumentar a resolução das áreas offshore pra capturar melhor as variações nos recursos eólicos, melhorar os modelos de custo pra turbinas e considerar os efeitos de vórtice causados pelas capacidades instaladas.

  1. Resolução Offshore Aumentada: Melhorar a resolução espacial das áreas offshore permite um modelamento mais preciso dos recursos eólicos, evitando erros que surgem da agregação de dados em grandes regiões.

  2. Modelagem de Custo de Turbinas: Incorporar modelos de custo detalhados ajuda a capturar os aspectos financeiros das instalações eólicas offshore, considerando vários parâmetros técnicos que influenciam as despesas.

  3. Modelagem de Efeito de Vórtice: Isso ajusta as perdas de capacidade causadas por turbinas eólicas bloqueando umas às outras, garantindo que o modelo reflita capacidades de produção mais precisas.

  4. Redes de Energia Offshore: O modelo inclui opções pra estabelecer plataformas offshore que convertem energia de parques eólicos e as conectam à rede em terra. Isso ajuda a facilitar a transferência de energia entre regiões.

  5. Redes de Hidrogênio Offshore: Semelhante às redes de energia, redes de hidrogênio são modeladas pra explorar capacidades de produção e transporte. Isso inclui construir plataformas para eletrólise e oleodutos pra transferência de hidrogênio.

Casos de Estudo e Parâmetros

Nesse estudo, o sistema energético é modelado usando dados de 33 países pra simular um cenário neutro em carbono pra 2030. O modelo representa 130 regiões, com uma mistura de áreas onshore e offshore. Capturando condições climáticas variadas através de uma resolução temporal detalhada, o modelo consegue considerar flutuações na produção de energia.

Vários parâmetros-chave foram analisados:

  • Tipos de Redes de Energia: O estudo diferencia entre conexões tradicionais ponto a ponto e uma rede mais integrada que conecta várias regiões.

  • Integração da Rede de Hidrogênio: Várias configurações pra produção de hidrogênio offshore são exploradas, comparando sistemas que permitem produção de hidrogênio offshore com aqueles limitados à produção em terra.

  • Potencial Eólico Onshore: O potencial de capacidade de energia eólica onshore varia entre diferentes modelos pra avaliar seu impacto na infraestrutura offshore.

Através dessas variações, quatro cenários principais foram criados:

  1. Rede de Energia P2P sem Hidrogênio
  2. Rede de Energia Meshed sem Hidrogênio
  3. Rede de Energia e Hidrogênio P2P
  4. Rede de Energia e Hidrogênio Meshed

Cenários Resultantes e Comparação de Custos

No cenário de referência com apenas uma rede de energia P2P, o custo total do sistema foi de cerca de 800 bilhões de Euros por ano. No entanto, a introdução de uma rede de energia offshore meshed reduziu os custos em 4 bilhões de Euros, permitindo mais capacidade eólica offshore.

A combinação de redes de energia offshore e hidrogênio gerou até mais economia, totalizando 15 bilhões de Euros. Isso se deu principalmente pela eficiente integração da energia eólica offshore e o aumento da demanda por hidrogênio.

Em termos de capacidade, a rede P2P permitiu 310 GW de energia eólica. Em contraste, os cenários mais integrados elevaram essa capacidade pra cerca de 420 GW, ilustrando os benefícios de uma rede meshed e da integração do hidrogênio.

Capacidades de energia eólica flutuante só foram realizadas em cenários que consideravam a produção de hidrogênio, reforçando a importância de integrar essas duas fontes de energia.

Produção e Armazenamento de Hidrogênio

O estudo olhou como a produção de hidrogênio se encaixa na paisagem energética. A produção de hidrogênio em terra era limitada, já que países como Alemanha e Países Baixos não conseguiam atender a demanda crescente sem importar de fontes offshore.

O Mar do Norte foi destacado pela significativa produção de hidrogênio, que seria essencial pra atender às necessidades energéticas de vários setores. O modelo mostrou que países com baixa produção de hidrogênio em terra dependeriam muito do hidrogênio offshore pra satisfazer a demanda da indústria.

Impacto do Vento Onshore e Expansão da Transmissão

Explorar como o potencial eólico onshore e a expansão da transmissão afetam as redes offshore revelou algumas visões interessantes. À medida que o potencial eólico onshore aumentava, os benefícios de custo das redes offshore também cresciam, especialmente em cenários que permitiam a produção de hidrogênio.

A expansão da transmissão também mostrou efeitos positivos, especialmente quando aumentava de capacidade básica pra níveis ótimos. Isso sugere que, enquanto tanto o vento onshore quanto a transmissão são importantes, certos limites geram benefícios mais significativos.

Conclusão

O estudo demonstra os benefícios significativos de criar uma rede de energia offshore meshed e de hidrogênio no Mar do Norte. Isso não só melhora a integração energética, mas também reduz custos enquanto atende a crescente demanda por energia renovável.

No final das contas, a pesquisa destaca o papel crucial da produção de hidrogênio offshore e das tecnologias de turbinas eólicas flutuantes como componentes-chave pra uma transição bem-sucedida pra um futuro energético mais verde na Europa. Investindo nessas infraestruturas, o Mar do Norte pode se tornar um vital centro energético pro continente.

Fonte original

Título: Offshore power and hydrogen networks for Europe's North Sea

Resumo: The European North Sea has a vast renewable energy potential and can be a powerhouse for Europe's energy transition. However, currently there is uncertainty about how much offshore wind energy can be integrated, whether offshore grids should be meshed and to what extent offshore hydrogen should play a role. To address these questions, we use the open-source energy system optimization model PyPSA-Eur to model a European carbon-neutral sector-coupled energy system in high spatial and temporal resolution. We let the model endogenously decide how much offshore wind is deployed and which infrastructure is used to integrate the offshore wind. We find that with point-to-point connections like we have today, 310 GW offshore wind can be integrated in the North Sea. However, if we allow meshed networks and hydrogen, we find that this can be raised to 420 GW with cost savings up to 15 billion euros per year. Furthermore, we only observe significant amounts of up to 75 GW of floating wind turbines in the North Sea if we have offshore hydrogen production. Generally, the model opts for offshore wind integration through a mix of both electricity and hydrogen infrastructure. However, the bulk of the offshore energy is transported as hydrogen, which is twice as much as the amount transported as electricity. Moreover, we find that the offshore power network is mainly used for offshore wind integration, with only a small portion used for inter-country transmission.

Autores: Philipp Glaum, Fabian Neumann, Tom Brown

Última atualização: 2024-04-15 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2404.09721

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2404.09721

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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