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Avaliação de Espaços Verdes Urbanos: Uma Nova Abordagem

Analisando a importância das áreas verdes na vida da cidade.

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Áreas verdes, como parques, jardins e florestas, têm um papel essencial no desenvolvimento e bem-estar das cidades. Elas ajudam a melhorar a qualidade de vida dos moradores, combater os efeitos das mudanças climáticas e apoiar a vida selvagem em ambientes urbanos. Mas pode ser complicado medir os impactos positivos desses espaços verdes de uma forma que ajude planejadores de cidades e tomadores de decisão.

Esse artigo apresenta uma nova abordagem para avaliar o papel dos espaços verdes na vida urbana, usando uma combinação do layout da cidade e dos padrões de movimentação das pessoas. Simulando como os moradores se movem até as áreas verdes públicas mais próximas (PGAs), conseguimos entender melhor a Acessibilidade e o uso delas em diferentes ambientes urbanos.

Benefícios dos Espaços Verdes Urbanos

Os espaços verdes urbanos oferecem vários benefícios às cidades, incluindo:

  1. Benefícios Ambientais: Eles aumentam a biodiversidade, ajudam a filtrar a poluição do ar e contribuem para a regulação do clima. Espaços verdes podem oferecer áreas mais frescas nas cidades, reduzindo o efeito de calor conhecido como ilha de calor urbana.

  2. Benefícios para a Saúde: O acesso a áreas verdes está ligado a uma melhor saúde mental e física. Estar em contato com a natureza pode reduzir estresse, ansiedade e depressão, além de promover atividades físicas como caminhar, correr ou praticar esportes.

  3. Benefícios Sociais: Espaços verdes servem como centros comunitários onde as pessoas podem se encontrar, socializar e participar de eventos. Eles favorecem conexões sociais e melhoram o espírito comunitário.

  4. Benefícios Econômicos: Áreas verdes podem aumentar o valor das propriedades, atrair turistas e impulsionar negócios locais. Cidades reconhecidas por seus espaços verdes geralmente têm mais facilidade em atrair investimentos.

Entendendo a Acessibilidade aos Espaços Verdes

Apesar de todos os benefícios, nem todo mundo tem acesso igual aos espaços verdes na cidade. A distância da casa de uma pessoa até a PGA mais próxima afeta bastante se ela vai visitar essas áreas. Para medir essa acessibilidade, desenvolvemos um método que analisa o layout da cidade e a distribuição populacional.

Centralidade no Layout da Cidade

Centralidade é um conceito usado para determinar a importância de locais específicos em uma rede. No nosso contexto, ajuda a analisar quão fácil é chegar às PGAs de diferentes partes da cidade. Avaliando o layout dos quarteirões e a disposição dos espaços verdes, podemos calcular quão central ou acessível cada PGA é.

Modelando Padrões de Movimento

Usamos um modelo simulado para imitar como os moradores se deslocam pela cidade em busca de espaços verdes. Cada pessoa é tratada como um agente tentando alcançar a PGA mais próxima. O movimento dos agentes é influenciado pela densidade da população e pela distância até as PGAs.

Através dessa simulação, conseguimos identificar quais quarteirões têm moradores com melhor acesso aos espaços verdes e aqueles que têm dificuldades para alcançá-los.

Cidades Estudo de Caso

Aplicamos nossa abordagem a três cidades italianas: Milão, Florença e Mestre. Cada cidade foi escolhida para representar tamanhos e características diferentes.

Mestre

Mestre é uma cidade menor com um padrão de desenvolvimento urbano recente. O layout da cidade mostra muitas PGAs agrupadas próximas umas das outras, permitindo que a maioria dos quarteirões tenha acesso fácil a elas. Em Mestre, os moradores tendem a ter acesso equitativo aos espaços verdes, já que estão convenientemente localizados.

Florença

Florença tem uma rica história e um layout urbano mais complexo. A distribuição da população e dos espaços verdes em Florença é desigual. Muitos quarteirões perto de PGAs maiores têm uma ótima acessibilidade, enquanto outros, mais distantes, podem ter dificuldades para chegar a qualquer área verde.

Milão

Milão é uma metrópole densamente povoada com uma estrutura urbana complicada. As PGAs em Milão estão frequentemente espalhadas, levando a níveis variados de acessibilidade para os moradores. Alguns quarteirões se beneficiam da proximidade a várias PGAs, enquanto outros podem estar longe de qualquer espaço verde.

Medindo Acessibilidade com Teoria das Redes

Para avaliar a acessibilidade das PGAs, utilizamos medidas da teoria das redes, que desmembram como diferentes locais na cidade se conectam.

Redes Espaciais Ponderadas

Construímos uma rede espacial ponderada para cada cidade. Cada quarteirão foi representado como um nó, com arestas conectando-os às PGAs. Os pesos dessas arestas foram determinados pela distância entre os quarteirões e os espaços verdes.

Essa estrutura nos permitiu analisar os caminhos prováveis que os moradores poderiam seguir para alcançar um espaço verde, levando em conta a distância e a Densidade Populacional.

Probabilidade de Acesso às PGAs

Em seguida, determinamos a probabilidade de alguém de um quarteirão acessar uma PGA usando a teoria da caminhada aleatória. Calculamos com que frequência um morador simulado chegaria a uma PGA começando do seu quarteirão. Essas informações nos deram uma imagem mais clara da acessibilidade pela cidade.

O Papel da Densidade Populacional

A densidade populacional tem um papel significativo na determinação do acesso aos espaços verdes. Quarteirões com populações mais altas podem enfrentar desafios para acessar PGAs, especialmente se esses espaços forem pequenos ou não estiverem convenientemente localizados. Nosso modelo leva em conta essas disparidades, reconhecendo que nem todo mundo tem acesso igual aos espaços verdes.

Resultados e Descobertas

Nossa análise das três cidades revelou várias percepções importantes sobre a acessibilidade e usabilidade das PGAs.

Acessibilidade em Mestre

Em Mestre, a medida de centralidade indicou que os moradores da maioria dos quarteirões poderiam alcançar as PGAs com facilidade. O agrupamento próximo das áreas verdes contribui para um acesso mais equitativo para todos que vivem na cidade.

Desafios em Florença

O rico layout histórico de Florença apresenta obstáculos para os moradores. Embora alguns quarteirões desfrutem de fácil acesso às PGAs, especialmente no centro da cidade, outros ficam com opções limitadas. A natureza centralizada dos espaços verdes dentro das restrições ambientais mostra que o planejamento e os fatores históricos influenciam bastante a acessibilidade.

A Variedade em Milão

As descobertas em Milão mostraram um cenário diferente. Aqui, quarteirões de alta qualidade são encontrados mais perto de pequenos agrupamentos de PGAs, mas muitos moradores nas áreas periféricas têm mais dificuldade para alcançar espaços verdes. O tamanho maior de Milão, combinado com a natureza dispersa dos espaços verdes, resulta em desigualdade notável na acessibilidade.

Conclusão

Nosso estudo demonstra a importância dos espaços verdes para melhorar a vida urbana e destaca a necessidade de acesso equitativo para todos os moradores da cidade. Ao usar a teoria das redes e simulações dos padrões de movimento, conseguimos entender e avaliar melhor o papel das PGAs em diferentes ambientes urbanos.

À medida que as cidades crescem e se desenvolvem, se torna cada vez mais importante garantir acesso justo aos espaços verdes para todos. Essa abordagem pode ajudar no planejamento e na tomada de decisões informadas, permitindo que as cidades criem espaços que realmente beneficiem suas comunidades.

Futuras iniciativas poderiam se concentrar em incorporar uma gama mais ampla de fatores, como demografia social e as características dos espaços verdes. Uma compreensão mais abrangente desses elementos ajudará a criar ambientes urbanos que priorizem o acesso à natureza e melhorem a equidade social entre os moradores.

Fonte original

Título: Urban topology and dynamics can assess green areas importance

Resumo: Green areas are a crucial element in evolution of a city, contributing to improve citizens' life, to reduce effects of climate change, and to make possible the survival of other species in urban areas. Unfortunately, the above effects are difficult to assess quantitatively for regulators, stakeholders and experts, making troublesome the planning of city development. Here we present a method to estimate the impact of these areas in the city life based on the network topology of the city itself and on a simple model of dynamics on this structure. Movements between various areas of the city are simulated by means of an agent-based biased-diffusion process where citizens try to reach the nearest Public Green Area (PGA) from their position and the model is fed with real data about the density of populations in the cases of study. Firstly, we define a centrality measure of PGA's based on average farness measured on the city network; this approach outperforms information based on the simple topology. We then improve this quantity by taking into account the occupation of PGA's, thereby providing a quantitative measure of PGA usage for regulators.

Autores: Jacopo Moi, Gherardo Chirici, Leonardo Chiesi, Saverio Francini, Costanza Borghi, Paolo Costa, Bianca Gramellini, Guido Caldarelli

Última atualização: 2024-04-22 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2404.12902

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2404.12902

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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