A Ascensão do Euromaidan: Um Movimento por Mudança
Os protestos do Euromaidan na Ucrânia geraram uma demanda por reforma política e identidade.
― 8 min ler
Índice
No final de 2013, a Ucrânia passou por um grande movimento político e social conhecido como os Protestos Euromaidan. Esses protestos foram provocados pela decisão do presidente Viktor Yanukovych de rejeitar um acordo que aproximaria a Ucrânia da União Europeia. Em vez disso, ele decidiu fortalecer os laços com a Rússia. Essa escolha deixou muitos ucranianos revoltados, levando-os a se reunir na praça central de Kyiv, chamada Maidan, para expressar seu descontentamento. Nos meses seguintes, os protestos cresceram em tamanho e intensidade, destacando a luta em andamento dentro da Ucrânia sobre sua identidade e direção política.
Contexto
A história da Ucrânia foi moldada pela sua relação com a Europa Ocidental e a Rússia. Após o colapso da União Soviética em 1991, a Ucrânia se tornou uma nação independente. Muita gente no país tem laços de longa data com a Rússia, enquanto outros buscam relações mais próximas com nações ocidentais. Essa divisão alimentou debates e conflitos políticos.
Nos anos 2000, a Ucrânia lutou com questões sobre seu futuro. A questão da aproximação com a UE surgiu como um tema significativo. Nas eleições presidenciais de 2004, protestos estouraram sobre o que foi percebido como uma eleição fraudulenta. Essas manifestações ficaram conhecidas como a Revolução Laranja, levando a uma nova eleição que colocou Viktor Yushchenko no poder, que favorecia uma postura pró-Ocidente.
No entanto, o cenário político mudou em 2010, quando Yanukovych, que preferia laços mais fortes com a Rússia, foi eleito presidente. A divisão entre sentimentos pró-Ocidente e pró-Rússia se tornou mais pronunciada. Em 2013, enquanto Yanukovych se preparava para assinar um acordo com a UE, ele repentinamente se retirou do negócio, citando pressão da Rússia. Essa decisão levou a protestos generalizados em todo o país.
O Início dos Protestos
Os protestos começaram em 21 de novembro de 2013, quando milhares de pessoas se reuniram na Praça Maidan para expressar sua raiva pela decisão do Governo. Os protestos foram inicialmente pacíficos, mas cresceram nos dias seguintes, com mais pessoas se juntando para exigir a renúncia do presidente e clamando por laços mais próximos com a UE.
À medida que os protestos continuavam, o governo respondeu com força crescente. Em 30 de novembro, a polícia tentou dispersar os manifestantes, levando a confrontos violentos. Essa violência só alimentou a determinação dos manifestantes de continuar lutando por suas demandas.
Escalada Rápida
Em dezembro de 2013, os protestos intensificaram-se à medida que mais cidadãos de toda a Ucrânia se juntavam ao movimento. As manifestações se espalharam além de Kyiv para outras cidades, com muitos expressando sua frustração com a corrupção do governo e o abuso de poder. Apesar dos esforços do governo para suprimir os protestos, o movimento só ficou mais forte.
Em janeiro de 2014, a situação havia escalado significativamente. O governo introduziu novas leis que restringiam o direito de se reunir e protestar, desencadeando manifestações ainda maiores. Em 19 de janeiro, mais de 200.000 pessoas se reuniram para protestar em Kyiv. À medida que o governo reprimia a dissidência, a violência irrompeu, resultando em feridos e mortes entre manifestantes e forças de segurança.
O Ponto de Virada
A situação atingiu um ponto crítico em fevereiro de 2014, com a violência crescente resultando em dezenas de mortes. A agitação chamou a atenção internacional, levando líderes europeus a buscar uma resolução para a crise. O governo acabou fazendo algumas concessões, mas era tarde demais para acalmar a raiva dos protestantes.
Em 22 de fevereiro, o presidente Yanukovych fugiu da capital e o parlamento votou pela sua remoção do cargo. Isso marcou um ponto de virada significativo na história da Ucrânia e preparou o terreno para mais conflitos, incluindo tensões com a Rússia que levariam à anexação da Crimeia.
Compreendendo os Protestos
Para analisar a dinâmica dos protestos Euromaidan, os pesquisadores examinaram os dados relacionados aos protestos, incluindo o número de eventos, feridos e prisões. Essa pesquisa revelou que os protestos apresentaram uma natureza auto-propagadora, ou seja, incidentes de violência ou prisões frequentemente levavam a mais protestos. Isso sugere que, em vez de diminuir a agitação, a repressão governamental tendia a intensificá-la.
Uma descoberta interessante foi que os protestos foram afetados por fatores sociais e culturais, como o alinhamento político entre diferentes regiões da Ucrânia. Áreas com maior apoio à UE demonstraram níveis mais altos de atividade de protesto, enquanto regiões mais alinhadas com a Rússia mostraram menos engajamento. Isso destaca a importância de entender o contexto local ao estudar movimentos sociais.
Coleta de Dados e Desafios
A principal fonte de dados para analisar os protestos Euromaidan foi o Centro de Pesquisa Social e do Trabalho, que rastreou meticulosamente eventos de protesto ao longo de 2013 e 2014. Embora esse conjunto de dados tenha fornecido insights valiosos, havia limitações. Alguns eventos não foram registrados na mídia, levando a dados ausentes. Além disso, o número relatado de feridos e mortes parecia estar significativamente subestimado.
Para cada protesto, foram coletadas informações como as datas de início e término, localização e número de participantes. No entanto, o desafio permanecia em transmitir com precisão a gravidade de certos incidentes devido à cobertura restrita da mídia durante esse período tumultuado.
Análise Estatística
Usando os dados coletados, os pesquisadores empregaram modelos estatísticos para entender melhor os fatores subjacentes que impulsionavam os protestos. Uma abordagem foi observar a correlação entre diferentes eventos para ver como eles poderiam ter influenciado uns aos outros. Por exemplo, se um protesto resultou em feridos, poderia-se prever que mais protestos se seguiriam?
A análise de correlação cruzada foi usada para explorar essas relações. Esse método revelou que eventos específicos, como violência policial ou protestos significativos, estavam associados a um aumento nas atividades de protesto futuras. Esse padrão sugeria um ciclo de escalada, onde cada incidente alimentava o próximo, amplificando a agitação geral.
Avançando para a Modelagem
Para capturar a dinâmica dos protestos Euromaidan, os pesquisadores recorreram a técnicas de modelagem como o processo Hawkes, que é frequentemente usado para estudar eventos auto-excitantes. Esse modelo ajuda a ilustrar como eventos anteriores podem contribuir para ocorrências futuras, criando um ciclo de retroalimentação que amplifica a atividade de protesto.
No caso dos protestos Euromaidan, o modelo revelou que eventos ocorrendo em uma região poderiam influenciar atividades em outras. Essa descoberta enfatizou a interconexão dos movimentos sociais, refletindo como o sentimento público e o clima político podem se propagar por diferentes áreas.
Observações do Campo
Ao longo do curso dos protestos, várias observações foram feitas sobre como os protestos evoluíram. Durante as fases iniciais, quando os protestos eram pacíficos, um número significativo de pessoas se reuniu para expressar suas queixas. No entanto, à medida que o governo empregou força para dispersar as multidões, os protestos se tornaram mais confrontacionais.
curiosamente, a pesquisa indicou que os protestos não eram impulsionados apenas pelas questões imediatas em jogo. Eles também foram influenciados por uma longa história de lutas políticas, tensões sociais e as aspirações do povo ucraniano por um futuro melhor. As diversas motivações por trás dos protestos ressaltaram a complexidade do movimento e a natureza multifacetada da agitação civil.
Conclusão: Lições do Euromaidan
Os protestos Euromaidan marcaram um momento crucial na história da Ucrânia, ilustrando o poder da ação coletiva e da sociedade civil na busca por mudanças. Ao longo dos protestos, a determinação do povo se tornou uma força motriz para a transformação política.
Embora os eventos do Euromaidan tenham sido profundamente dolorosos e repletos de violência, também serviram como um catalisador para discussões mais profundas sobre identidade, governança e a direção da nação. As lições aprendidas desse período continuam a ressoar, destacando a importância de entender os movimentos sociais no contexto das queixas históricas e das aspirações para o futuro.
À medida que os pesquisadores continuam a analisar os padrões e dinâmicas de tais movimentos, os protestos Euromaidan permanecem um estudo de caso crítico para entender a agitação civil e o papel da ação coletiva na formação das sociedades. As percepções obtidas dessa análise podem informar tanto pesquisas futuras quanto o estudo de movimentos contemporâneos ao redor do mundo.
Título: The statistical and dynamic modeling of the first part of the 2013-2014 Euromaidan protests in Ukraine: The Revolution of Dignity and preceding times
Resumo: Ukraine's tug-of-war between Russia and the West has had significant and lasting consequences for the country. In 2013, Viktor Yanukovych, the Ukrainian president aligned with Russia, opted against signing an association agreement with the European Union. This agreement aimed to facilitate trade and travel between the EU and Ukraine. This decision sparked widespread protests that coalesced in Kyiv's Maidan Square, eventually becoming known as the Euromaidan protests. In this study, we analyze the protest data from 2013, sourced from Ukraine's Center for Social and Labor Research. Despite the dataset's limitations and occasional inconsistencies, we demonstrate the extraction of valuable insights and the construction of a descriptive model from such data. Our investigation reveals a pre-existing state of self-excitation within the system even before the onset of the Euromaidan protests. This self-excitation intensified during the Euromaidan protests. A statistical analysis indicates that the government's utilization of force correlates with increased future protests, exacerbating rather than quelling the protest movement. Furthermore, we introduce the implementation of Hawkes process models to comprehend the spatiotemporal dynamics of the protest activity. Our findings highlight that, while protest activities spread across the entire country, the driving force behind the dynamics of these protests was the level of activity in Kyiv. Furthermore, in contrast to prior research that emphasized geographical proximity as a key predictor of event propagation, our study illustrates that the political alignment among oblasts, which are the distinct municipalities comprising Ukraine, had a more profound impact than mere geographic distance. This underscores the significance of social and cultural factors in molding the trajectory of political movements.
Autores: Yassin Bahid, Olga Kutsenko, Nancy Rodriguez, David White
Última atualização: 2024-05-19 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2405.12253
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2405.12253
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.
Obrigado ao arxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.
Ligações de referência
- https://www.ctan.org/pkg/latexdiff?lang=en
- https://journals.plos.org/plosone/s/figures
- https://journals.plos.org/plosone/s/tables
- https://journals.plos.org/plosone/s/latex
- https://www.cslr.org.ua/en/protests/
- https://github.com/bahidyassin/Protest-Modeling
- https://cordis.europa.eu/article/id/2672-euukraine-partnership-and-cooperation-agreement
- https://www.cslr.org.ua/en/databases-of-protest-events-and-reports/
- https://cslr.org.ua/wp-content/uploads/2015/01/UPCD_Codebook_31-Dec-2012.pdf
- https://www.cslr.org.ua/en/ukrainian-protest-and-coercion-data-project/
- https://www.cnn.com/2014/06/27/world/europe/ukraine-crisis/index.html
- https://www.bbc.com/news/world-europe-27518989
- https://neighbourhood-enlargement.ec.europa.eu/enlargement-policy/glossary/association-agreement_en
- https://www.kyivpost.com/post/8065
- https://www.brookings.edu/blog/brookings-now/2015/05/
- https://doi.org/10.1016/j.im.2022.103594
- https://doi.org/10.1016/j.jfineco.2018.04.008
- https://www.eeas.europa.eu/eeas/eastern-partnership_en
- https://www.kmu.gov.ua/en/yevropejska-integraciya/ugoda-pro-asociacyu
- https://www.aljazeera.com/news/2013/11/21/ukraine-drops-eu-plans-and-looks-to-russia/
- https://www.nytimes.com/2013/11/30/opinion/ukraines-battle-for-europe.html
- https://en.wikipedia.org/wiki/1_December_2013_Euromaidan_riots
- https://en.wikipedia.org/wiki/11_December_2013_Euromaidan_assault
- https://www.theguardian.com/world/2014/jan/17/ukrainian-president-anti-protest-laws
- https://www.economist.com/briefing/2014/02/20/europes-new-battlefield
- https://www.opensocietyfoundations.org/explainers/understanding-ukraines-euromaidan-protests
- https://www.bbc.com/news/av/world-europe-26302277
- https://www.cfr.org/backgrounder/ukraine-conflict-crossroads-europe-and-russia
- https://www.independent.co.uk/news/world/europe/yanukovich-declared-winner-in-ukraine-poll-1899552.html
- https://www.britannica.com/summary/Ukraine
- https://khpg.org/en/1387893053
- https://www.washingtonpost.com/news/worldviews/wp/2014/02/18/the-three-big-reasons-that-protests-reignited-in-ukraine/
- https://www.pravda.com.ua/articles/2014/02/18/7014151/