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# Ciências da saúde# Ostetricia e ginecologia

O Papel dos Parceiros na Saúde Materna

Destacando a importância da participação do parceiro durante a gravidez e o parto.

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Parceiros: Chave para aParceiros: Chave para aSaúde Maternamaterna.para melhores resultados na saúdeA participação do parceiro é crucial
Índice

Nos últimos anos, vários países têm se empenhado em melhorar a saúde das mães e dos recém-nascidos. Em meio a esses esforços, há um foco crescente em garantir que as mulheres recebam cuidados completos durante e após a gravidez. Isso envolve tudo, desde consultas de pré-natal até o parto seguro e cuidados pós-natais. É muito importante garantir que os parceiros, geralmente os maridos, estejam envolvidos nesses processos. O apoio deles pode ajudar a reduzir o número de mães e bebês que morrem durante ou após o parto, especialmente em países de baixa e média renda, incluindo regiões da África.

A Importância da Participação do Parceiro

Maridos e parceiros desempenham um papel chave na Saúde Materna e neonatal. Eles podem incentivar suas esposas a irem às clínicas para consultas de pré-natal, ajudar a planejar onde dar à luz e auxiliar na busca por cuidados pós-natais. No entanto, alguns parceiros só se concentram em oferecer apoio financeiro e ajudar em tarefas físicas. Eles podem não perceber que o apoio emocional, a motivação e a participação nas discussões sobre cuidados de saúde são igualmente importantes.

Organizações como a Organização Mundial da Saúde (OMS) destacaram que envolver os parceiros nos cuidados de saúde materna é crucial. Pesquisas mostram que quando os parceiros estão engajados, isso pode resultar em melhores resultados de saúde para mães e bebês.

Situação Atual

Estudos indicam que um número significativo de homens acompanha suas esposas grávidas às clínicas. No entanto, muitos ainda não entram nas salas de consulta ou oferecem apoio emocional. Essa falta de envolvimento muitas vezes limita a eficácia do cuidado que as mulheres recebem. Embora vários estudos tenham explorado a participação masculina, eles geralmente não consideram como o apoio emocional e a motivação ativa podem impactar o uso de serviços de saúde.

Em muitos países de baixa e média renda, como a Etiópia, altas taxas de mortalidade materna, neonatal e infantil ainda persistem. Muitas mulheres preferem utilizar parteiras tradicionais ou dar à luz em casa, o que pode trazer muitos riscos. Portanto, entender como os parceiros influenciam a saúde materna e neonatal é essencial para completar o processo de cuidados conhecido como a continuidade de cuidados maternos e neonatais.

Entendendo a Dinâmica do Parceiro

A dinâmica do parceiro se refere a como maridos e parceiros se envolvem durante a gravidez e o parto. Isso pode incluir incentivar suas esposas a irem às consultas de pré-natal, discutir onde dar à luz e fazer companhia durante esses momentos importantes. No entanto, frequentemente surgem equívocos, onde os parceiros podem achar que seu apoio é suficiente apenas ao fornecer ajuda financeira ou física.

Os dados mostram que muitos homens realmente vão às consultas de pré-natal com suas esposas, mas ainda há uma lacuna no engajamento real. Há uma necessidade urgente de mais estudos que analisem como o incentivo emocional e as conversas sobre serviços de saúde ocorrem dentro das parcerias.

Importância da Pesquisa

A pesquisa é crucial para preencher a lacuna na compreensão do papel dos parceiros durante a gravidez e o parto. Usando dados mais robustos, os pesquisadores podem fornecer insights que os formuladores de políticas podem usar para desenvolver estruturas que incentivem a participação dos parceiros. Em países em desenvolvimento, esses dados podem ajudar a abordar as lacunas existentes nas políticas e práticas de saúde.

Metodologia do Estudo

Para entender a dinâmica do envolvimento do parceiro, os pesquisadores realizaram um estudo na Etiópia, focando em mulheres que estavam a seis semanas após o parto. O estudo coletou dados por meio de questionários realizados de novembro de 2019 a janeiro de 2021, visando mulheres que haviam dado à luz nas seis semanas anteriores e que estavam casadas ou morando com um parceiro.

O estudo considerou vários fatores, como fatores socioeconômicos, níveis de educação e utilização de serviços de saúde. Um total de 2.207 mulheres foram entrevistadas para reunir dados abrangentes sobre a dinâmica do parceiro durante a continuidade dos cuidados maternos e neonatais.

Resultados

Dinâmica do Parceiro e Incentivo

O estudo descobriu que dois terços das mulheres entrevistadas relataram que seus parceiros as incentivaram a buscar cuidados pré-natais e a participar de discussões sobre planos de parto. No entanto, cerca de uma em cada cinco mulheres indicou que seus parceiros não ofereceram nenhum incentivo.

Ao detalhar os dados, as mulheres foram categorizadas com base em se seus parceiros as incentivaram a ir às clínicas para cuidados pré-natais, discutiram onde dar à luz ou ambos. Os resultados mostraram uma variação significativa com base em vários fatores, incluindo a região de residência e os níveis de educação de ambos os parceiros.

Influência das Variações Regionais

O estudo indicou que a dinâmica do parceiro variava muito entre diferentes regiões da Etiópia. Por exemplo, áreas urbanas mostraram níveis mais altos de participação do parceiro em comparação com ambientes rurais, onde crenças e práticas tradicionais ainda dominam. Em regiões onde os parceiros estavam mais engajados, os resultados de saúde materna e neonatal melhoraram.

Nível de Educação

Os resultados também revelaram uma forte relação entre os níveis educacionais dos parceiros e seu envolvimento nos cuidados maternos. Mulheres com parceiros com maior nível de educação relataram maior incentivo e engajamento nas decisões sobre sua saúde. Parceiros educados tendem a se comunicar de forma mais eficaz, levando a melhores discussões sobre preparação para o parto.

Influências Culturais e Sociais

Normas culturais e sociais desempenham um papel significativo na formação do envolvimento do parceiro. Em algumas regiões, crenças tradicionais podem desencorajar os homens de participar ativamente dos cuidados de saúde materna, enquanto em outras, o apoio da comunidade promove a tomada de decisões compartilhadas em questões de saúde.

Implicações para Políticas e Práticas

O estudo enfatiza a necessidade de políticas que promovam uma maior participação dos parceiros nos cuidados de saúde materna e neonatal. Intervenções direcionadas devem educar os homens sobre a importância de seu papel, fornecendo ferramentas para que eles apoiem melhor suas esposas durante a gravidez.

Recomendações para Ações Futuras

  1. Programas Educacionais: Desenvolver programas comunitários que destacam a importância do envolvimento do parceiro na saúde materna. Utilizar líderes locais e profissionais de saúde para promover essas mensagens.

  2. Acesso à Informação: Garantir que ambos os parceiros tenham acesso a informações sobre serviços de cuidados maternos. Isso inclui detalhes sobre o que as mães esperantes precisam durante a gravidez e após o parto.

  3. Políticas de Saúde Apoio: As políticas de saúde devem incluir diretrizes que incentivem ambos os parceiros a participar ativamente dos serviços de saúde materna.

  4. Pesquisa e Monitoramento: Continuar coletando dados sobre o envolvimento do parceiro na saúde materna. Isso ajudará a identificar lacunas e sucessos, permitindo melhorias direcionadas nas práticas de entrega de cuidados.

Conclusão

Incluir os parceiros na saúde materna e neonatal é um componente crítico para melhorar os resultados de saúde para mães e seus bebês. Ao garantir que os parceiros não apenas estejam envolvidos, mas também sejam educados sobre seus papéis durante esse período, podemos criar um ambiente de apoio que incentiva melhores cuidados. Os resultados do estudo destacam a necessidade de intervenções e políticas direcionadas que reconheçam a influência dos parceiros, especialmente em regiões onde normas tradicionais podem limitar o engajamento. Com esforços focados em educação, políticas de apoio e envolvimento comunitário, a jornada em direção à melhoria da saúde materna e neonatal pode continuar a avançar significativamente.

Fonte original

Título: Partner Dynamics at Maternal and New born Continuum of Care Enrollment among a Panel of Six Weeks Postpartum Women in Ethiopia, Community based Longitudinal Study; A multinomial Logistics Regression Analysis

Resumo: IntroductionIn this era of SDG countries relatively achieving maternal and newborn health geographic coverage are moving to a new paradigm called completion of maternal and new born care continuum (MN- CoC). Measuring the influence of significant others: partner/or husband and community engagement are considered as pivotal and one of the pillar strategies to achieve of completion of MN-CoC. Unfortunately, there is a lack of policy framework for partner and/or husband involvement in pregnancy, childbirth and postnatal care and when exists there is a gap in policy and practice in developing countries context. Articulating and endorsing such policy is likely to promote husband and/or partner encouragement and support during at the enrollment to maternal and newborn care continuum (MN-CoC). Hence, quantifying the level of MN-CoC partner dynamics on antenatal care visit and/or discussion about where to deliver the index child at and identifying its correlates among a panel of six weeks postpartum women provides evidence for the policy articulation endeavor by the Federal Health Ministry of the Federal Democratic Republic of Ethiopian and developmental partners working on reproductive and maternal and newborn health care. MethodsCommunity based nationally representative longitudinal data collected from a panel of pregnant and six weeks postpartum women were further analyzed. A total of 2,207 six weeks postpartum women who were married and/or living a partner were included in this analysis which was adequate to yield an unbiased estimates for MN-CoC partner dynamics. Multinomial logistics regression was run to identify correlates of partner Dynamics. Results were presented in the form percentages and odds ratio with 95% Confidence Intervals. Statistical significance was declared at p-value of 0.05. ResultsThe proportion of partner and/or husband dynamics on MN-CoC of among six weeks postpartum women who reported that their partner and/or husband encouraged them to go to clinic for ANC and discussed with them about place of delivery for the index child was nearly 2/3 (64.67%; 62.21%, 67.04%).Besides, nearly one in 5 of them reported that their husband and/or partner did not encourage (18.2%; 16.64%, 20.33) and encouraged either of the first two MN-CoC two domains (17.08%, 15.25%, 19.10%). The region women residing, being in a polygamy marriage, contraceptive ever use history, attainment secondary/higher education and index child delivery place were found to contribute for the variation in MN-CoC partner dynamics. The finding calls up on regionally sensitive activities and efforts with public-private partnership in service provision and targeting women with polygamy which in turn empower women to control over their fertility through increasing higher education enrollment, and diversifying access to contraceptive commodities are hoped to improve MN-CoC partner dynamics thereby enabling women in completing maternal and new born care continuum. Such endeavors and interventions are hoped to facilitate the ministry and other developmental partners comprehensive efforts to address the MN-CoC partner and/or partner dynamics in terms of policy articulation, advocacy, implementation, evaluation and revising it to fit its purpose and attain the desired targets. Author Plain English SummaryO_ST_ABSPurpose of Conducting the StudyC_ST_ABSIn every community, pregnancy and childbirth are expected to be joyful and positive experiences for the mother, the newborn and as well as for the families, however, neonatal, infant and maternal mortality is unacceptably high in low and middle income countries including Ethiopia. It is experienced not as the joyful event it should be, but as a dangerous and frightening time in their lives. In order to address such considerable problem, in the SDG era the focus of policy articulation, program concentration and research undertaking in maternal and newborn health care has shown a paradigm shift of measuring the completion of maternal, newborn care continuum (MN-CoC) by streamlining resources that were invested independently on each care continuum domains. Besides, WHO recommended completion of the three main domains of the maternal and newborn care continuum as pivotal strategy to improved maternal and new born health outcomes. Accordingly, partner encouragement, support and accompany during antenatal care, childbirth and postnatal care is one of the proposed strategy for pregnant women to be enrolled, retained and complete the maternal and new born care continuum including in sought care in the extended six postpartum period in particular and the inter pregnancy period in general. This is based on the evidence pool on the influence of significant others surrounding the women, notably; the community where they are residing and their partner and/or husband on health service use is considerably high. Determining the level of partner dynamics on the MN-CoC domains and identify its correlates is critical to track the progress of the proposed strategy. Nationally representative data collected from a panel of pregnant and six weeks the six post-partum women were used. Added Value of the StudyNearly 1 in 5 panel of women by their six week postpartum reported that they did not received any encouragement on the two first domains MN-CoC during their index pregnancy. Regional variation was observed in the level of partner dynamics at maternal and newborn care continuum enrollment domains (MN- CoC) and the variation was also explained by contraceptive ever use history as well. Women in polygamy marriage were less encouraged to go to clinic for ANC and lower opportunity to discuss where to deliver the index child with their partner and/or husband. . Implication of the StudyThe Federal Democratic Republic of Ethiopian Health Ministry and developmental partners need to articulate and endorse male involvement policy with region specific integrated public private strategies which improve women autonomy to control over their fertility and women higher education enrollment with a focus on women with polygamy so as to increase partner dynamics on MN-CoC. Partner encouragement on the first two domains of is key to enroll and retain pregnant women within the MN- CoC. There is a need to strengthen postpartum family planning counseling and diversifying the provision. Similarly women in polygamy needs attention. The need for installing preconception care in the health system to be provided in and around pregnancy and child birth; particularly the inter pregnancy preconception care package.

Autores: Solomon Abrha Damtew, M. Y. Gidey, F. T. Fantaye, N. T. Atinafu, T. Dejene, K. M. Sene, T. Awoke, H. G/Kidan, A. Seme, S. Shiferaw

Última atualização: 2024-06-06 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.06.05.24308524

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.06.05.24308524.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

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