Altas taxas de injeção de vitamina K entre recém-nascidos na Escócia
Estudo revela uma aceitação forte das injeções de Vitamina K em bebês escoceses.
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Índice
Nirsevimab é um novo tratamento pensado pra proteger Bebês de um vírus chamado RSV. Esse remédio mostrou resultados bons em um estudo grande e deve estar disponível em breve pra bebês na Europa e nos Estados Unidos. Ele é aplicado como uma injeção única logo após o nascimento, parecido com a injeção de Vitamina K que os recém-nascidos costumam receber. No Reino Unido, a Vitamina K é dada aos bebês através de injeção ou pela boca, mas isso precisa ser prescrito por um médico.
Alguns pais não concordam em dar a injeção de Vitamina K pros filhos. Tem dois motivos principais pra isso. Primeiro, alguns pais se preocupam com a dor que a injeção pode causar no bebê ou temem que isso possa levar a problemas de saúde como leucemia, uma preocupação que surgiu nos anos 90, mas que depois foi provada infundada. Segundo, alguns pais preferem uma abordagem mais natural pra saúde dos filhos, influenciados por crenças pessoais ou religião.
Pesquisas mostraram resultados mistos sobre como diferentes tipos de pais veem a injeção de Vitamina K. Por exemplo, nos Estados Unidos, alguns estudos descobriram que Mães brancas eram mais propensas a recusar a injeção, enquanto outros estudos mostraram que mães não brancas eram mais propensas a recusar. Parece haver uma ligação entre pais que rejeitam a injeção de Vitamina K e aqueles que também rejeitam outras vacinas pros filhos.
Neste estudo, queríamos ver quantos bebês na Escócia receberam a injeção de Vitamina K e quais fatores influenciaram as escolhas dos pais. A gente queria descobrir se existem grupos específicos de pais que poderiam ser menos dispostos a aceitar um tratamento novo como o nirsevimab.
Materiais e Métodos
Pra coletar dados, analisamos informações coletadas durante a primeira visita de saúde pros recém-nascidos na Escócia. Essa visita geralmente acontece cerca de 10-14 dias depois do nascimento, e quase todos os recém-nascidos passam por esse check-up. Os dados incluíam a data de nascimento do bebê, onde eles moram, o gênero, a idade da mãe e a primeira língua falada em casa.
Focamos em bebês nascidos entre 1 de janeiro de 2018 e 31 de dezembro de 2022. Como esse estudo usou informações existentes, não precisávamos de permissão especial pra usar dados individuais.
Coleta de Dados
Coletamos detalhes sobre quantos bebês receberam a injeção de Vitamina K, a versão oral, ou nenhuma Vitamina K. Também pegamos informações sobre a idade das mães, a etnia do bebê, se o inglês era falado em casa e o nível de privação da família na Escócia.
Pra começar, examinamos com que frequência a Vitamina K foi registrada e se havia diferenças nos números de bebês que receberam a injeção antes e depois da pandemia de Covid-19. Fizemos testes pra comparar as taxas de administração de Vitamina K ao longo dos anos.
Depois, procuramos por conexões entre receber a injeção de Vitamina K ou escolher a forma oral/não tomar Vitamina K e as características dos pais. Usamos diferentes testes estatísticos pra analisar os dados.
Todos os scripts e dados podiam ser encontrados online, já que os dados foram coletados através de um banco de dados de saúde pública na Escócia, garantindo que nossas descobertas sejam confiáveis e representativas.
Características do Conjunto de Dados
No total, revisamos informações de 193.441 recém-nascidos de 2018 a 2021. A porcentagem de recém-nascidos recebendo a injeção de Vitamina K subiu de 93,7% em 2018 pra 95,7% em 2021. As chances de bebês receberem a injeção aumentaram significativamente ao comparar os anos de 2018 a 2021, mas não houve mudança significativa após 2019.
De 2019 a 2021, apenas 1,8% dos pais escolheram a forma oral de Vitamina K ou optaram por não dar nada. Isso indica que a maioria dos pais aceitou a injeção.
Dados da Vitamina K por Etnia
Encontramos informações detalhadas sobre 134.997 bebês durante o período de 2019-2021. As menores taxas de recusa da injeção de Vitamina K foram observadas em bebês de descendência negra, africana ou caribenha, enquanto crianças de origem polonesa tiveram as maiores taxas de recusa. Contudo, os tamanhos das amostras eram pequenos, então não pudemos concluir que havia uma diferença significativa entre esses grupos.
Língua e Aceitação da Vitamina K
Dados também estavam disponíveis sobre a língua falada em casa para 133.599 bebês. Entre aqueles que falavam inglês em casa, 1,8% optaram pelo tratamento oral ou por não tomar nada, enquanto 2,1% dos que falavam outra língua optaram por não tomar, o que não foi significativo.
Fatores Socioeconômicos
Coletamos dados socioeconômicos de 138.958 bebês, analisando o nível de privação deles com base no Índice de Privação Múltipla da Escócia. Não encontramos uma conexão clara entre status socioeconômico e aceitação da injeção de Vitamina K.
Idade Materna e Aceitação
Informações sobre as idades das mães estavam disponíveis para 138.868 bebês. Mães de 30-34 e 35-39 anos tiveram as maiores taxas de aceitação da injeção de Vitamina K. No entanto, as diferenças gerais nas taxas de aceitação entre as mães mais jovens e as mais velhas foram pequenas, mostrando que não houve diferença significativa nas escolhas sobre a injeção.
Resumo da Análise
No geral, a aceitação da injeção de Vitamina K foi alta entre esse grupo de bebês, com apenas 1,8% dos pais optando por alternativas. Essa taxa é maior do que em estudos anteriores em outros países de alta renda. No Canadá, por exemplo, apenas 0,72% dos pais recusaram a injeção, enquanto nos EUA foi cerca de 0,6%. Em contraste, as taxas de aceitação são bem mais baixas em alguns países em desenvolvimento, destacando os contextos diferentes para práticas de saúde.
As forças do nosso estudo incluem a grande amostra populacional, baixas taxas de dados perdidos e insights atuais pós-pandemia. O Programa de Vigilância da Saúde Infantil da Escócia fornece informações detalhadas que provavelmente são representativas da população local.
Limitações
Os dados usados vieram de informações agregadas coletadas pela vigilância de saúde na Escócia. Embora 97,3% das visitas tenham ocorrido no período de 2018-2021, alguns bebês podem ter sido perdidos, como aqueles ainda no hospital durante a visita de saúde ou aqueles que não puderam ser alcançados pelos trabalhadores de saúde.
Não classificamos a aceitação da Vitamina K com base no local de parto (casa, centro de parto ou hospital). Pesquisas anteriores mostraram que partos em casa podem levar a maiores taxas de recusa da injeção, mas faltavam dados específicos sobre isso pra nossa análise.
Outra limitação é que a maioria das mães no nosso conjunto de dados se identificou como branca (90,7%), tornando difícil generalizar nossas descobertas pra comunidades mais diversas. Diferenças nos comportamentos de vacinação também foram notadas entre a Escócia e a Inglaterra, indicando que nossos resultados podem não se aplicar a todas as áreas do Reino Unido.
Conclusão
A análise revela que a aceitação das injeções de Vitamina K na Escócia é alta, com muito poucos pais optando por não dar. Compreender os fatores que influenciam as escolhas dos pais pode ajudar os prestadores de saúde a abordar preocupações e apoiar os pais na tomada de decisões informadas sobre a saúde dos seus bebês. Pesquisas futuras podem focar em grupos demográficos específicos que mostram menor aceitação pra adaptar intervenções de forma eficaz.
Título: Uptake of intramuscular vitamin K administration after birth and maternal and infant demographic variables: a national cohort study
Resumo: A long-acting monoclonal antibody against Respiratory Syncytial Virus (RSV), given as a one-off injection shortly after birth, is likely to be introduced soon. We hypothesised that carer acceptance of intra-muscular (IM) vitamin K, another injection given shortly after birth, might serve as a proxy indicator of likely acceptance of any such anti-RSV intervention, given previous associations described between IM vitamin K acceptance and subsequent non-immunisation. Using a national dataset of all postnatal health visitor visits in Scotland from 2018-2021 we explored demographic variables associated with non-acceptance of IM vitamin after birth. We found that in the time period 2019-2021 over 95.5% of carers were documented as consenting to this intervention, with only 1.1% requesting oral vitamin K and 0.9% refusing vitamin K altogether. Infant ethnicity, use of English as a first language at home, socio-economic position and maternal age were not associated with reduced uptake of IM vitamin K. We therefore did not identify any groups that might require increased engagement prior to the roll-out of a long-acting monoclonal antibody for RSV.
Autores: Thomas C Williams, S. Brunton, L. Fenton, P. C. Hardelid
Última atualização: 2023-03-01 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.02.27.23286516
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.02.27.23286516.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
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