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Avaliando Inferência Hierárquica em Dispositivos de Borda

Um estudo comparando inferência hierárquica e métodos tradicionais em dispositivos de borda.

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Índice

A inferência em dispositivo se refere a rodar modelos de aprendizado de máquina diretamente em dispositivos como smartphones, sensores IoT ou drones. Esse método traz várias vantagens, como tempos de resposta mais rápidos, melhor privacidade e menor consumo de energia. Mas, como esses dispositivos geralmente têm poder de processamento limitado, eles só conseguem realizar tarefas simples, tipo reconhecer comandos de voz ou gestos.

Para lidar com essas limitações, foi desenvolvida uma técnica chamada Inferência Hierárquica (IH). A IH permite que os dispositivos façam uma análise inicial localmente e depois mandem tarefas mais complexas para um servidor ou nuvem mais potente para uma análise mais profunda. Essa abordagem melhora a Precisão das previsões, enquanto mantém os custos de energia mais baixos do que depender totalmente de servidores remotos.

Embora estudos iniciais mostrem que a IH pode aumentar a precisão, geralmente eles deixam de lado fatores essenciais como o tempo de resposta e o consumo de energia durante o processo. Esses elementos são cruciais para entender se a IH oferece benefícios reais em comparação com a inferência tradicional em dispositivo.

Esse artigo examina o desempenho da IH e compara com a inferência padrão em dispositivo. Medições são feitas em dispositivos com capacidades variadas para dar uma ideia mais clara de como cada método se sai em diferentes circunstâncias.

Comparação de Desempenho

O foco principal deste estudo é medir três aspectos chave: precisão, tempo de resposta (latência) e consumo de energia para a inferência em dispositivo e IH. Os testes são realizados em vários dispositivos equipados com diferentes modelos de aprendizado de máquina, principalmente para tarefas como classificação de imagens.

Os dispositivos escolhidos para os testes variam de microcontroladores menos potentes, como Arduino Nano e ESP32, a dispositivos mais capazes, como Raspberry Pi e Jetson Orin, que têm unidades de processamento gráfico (GPUs) dedicadas. Esses testes usam três conjuntos de dados populares, MNIST, CIFAR-10 e ImageNet-1K, para avaliar diferentes níveis de desempenho.

Resultados de Diferentes Dispositivos

  1. Arduino Nano e ESP32

    • Esses dispositivos conseguem realizar tarefas básicas, como classificar imagens simples do conjunto de dados MNIST. No entanto, eles têm dificuldade com tarefas mais complexas como as do CIFAR-10 e ImageNet-1K.
    • Para o conjunto de dados MNIST, ambos os dispositivos conseguiram uma precisão aceitável com baixa latência e consumo de energia.
    • Esses mesmos dispositivos não conseguiram atender aos padrões de QoS (Qualidade de Serviço) para CIFAR-10, já que os modelos requerem mais poder de computação do que podem oferecer.
  2. Raspberry Pi

    • O Raspberry Pi lidou melhor com CIFAR-10 do que o Arduino Nano e o ESP32, por conta de seus recursos adicionais.
    • Ele mostrou um desempenho razoável, usando um modelo avançado chamado ResNet-56, alcançando uma precisão decente mesmo que tenha exigido energia e tempo significativos.
  3. Jetson Orin

    • O Jetson Orin, com sua GPU integrada, mostrou desempenho notável tanto para CIFAR-10 quanto para ImageNet-1K.
    • Esse dispositivo conseguiu lidar eficientemente com modelos mais complexos, oferecendo assim melhor velocidade e menor consumo de energia em comparação com dispositivos menos potentes.

Desempenho da Inferência Hierárquica

A IH foi testada em comparação com métodos padrão de inferência em dispositivo. As medições indicaram que, enquanto a IH pode melhorar a precisão, ela também pode levar a tempos de resposta mais longos e maior uso de energia, tornando-a menos desejável em algumas situações.

Em casos onde os dispositivos usaram modelos menores, a IH frequentemente resultou em melhores resultados em comparação com modelos maiores rodando totalmente no dispositivo. Em situações onde os modelos eram muito complexos para dispositivos limitados, a IH mostrou sua força ao delegar tarefas para um servidor remoto, garantindo melhor precisão sem sobrecarregar o dispositivo.

Saída Antecipada com Inferência Hierárquica

Uma técnica chamada Saída Antecipada surgiu para aprimorar ainda mais a IH. Essa estratégia permite que os modelos de aprendizado de máquina façam previsões em vários estágios do fluxo de processamento. Se o modelo estiver confiante em sua previsão logo no início, ele pode parar de trabalhar no restante do modelo, economizando tempo e energia.

Essa nova abordagem combina IH com Saída Antecipada para criar um sistema híbrido eficiente conhecido como Saída Antecipada com Inferência Hierárquica (SA-IH). O objetivo é identificar rapidamente amostras que são mais fáceis de classificar e tratá-las localmente, enquanto casos mais difíceis podem ainda ser enviados para a máquina remota potente.

Medindo Energia e Latência em SA-IH

Para SA-IH, as medições mostram reduções significativas tanto na latência quanto no consumo de energia em comparação com a IH padrão. Essa melhoria é mais notável em situações envolvendo modelos mais extensos que normalmente esgotariam os recursos locais.

O equilíbrio entre uso de energia, velocidade e precisão se torna e permanece crucial para aplicações em tempo real. Ao implementar SA-IH, os dispositivos conseguem manter níveis de desempenho razoáveis em diversas tarefas enquanto abordam questões de consumo de energia.

Aplicações no Mundo Real

Entender as implicações dessas descobertas pode levar a melhores aplicações das tecnologias de aprendizado de máquina em vários setores. À medida que as indústrias adotam cada vez mais o aprendizado de máquina para tarefas como automação, saúde e iniciativas de cidades inteligentes, a demanda por sistemas de inferência eficientes só tende a crescer.

  1. Saúde

    • O aprendizado de máquina pode ajudar a analisar rapidamente imagens médicas ou dados de pacientes. Usar IH permite que dispositivos de saúde entreguem resultados precisos enquanto mantêm a privacidade e segurança dos dados.
  2. Cidades Inteligentes

    • Ambientes urbanos podem usar essas tecnologias para gerenciamento de veículos, segurança pública e otimização de recursos. A IH possibilita tomadas de decisão rápidas com base em dados em tempo real.
  3. Automação Industrial

    • Sistemas de manufatura podem integrar o aprendizado de máquina para manutenção preditiva, controle de qualidade e gerenciamento de cadeia de suprimentos. Isso pode levar a melhorias na eficiência e redução de downtime.

Conclusão

O aprendizado de máquina em dispositivos de borda está se tornando cada vez mais relevante em várias áreas. Enquanto métodos tradicionais de inferência em dispositivo funcionam bem para tarefas simples, eles enfrentam dificuldades em cenários mais complexos. A Inferência Hierárquica, combinada com estratégias como Saída Antecipada, oferece um caminho promissor a seguir.

Aproveitando as forças do processamento local e das potentes capacidades remotas, essa abordagem híbrida permite previsões precisas sem sacrificar o desempenho ou a eficiência energética. À medida que a tecnologia evolui, a pesquisa contínua nessas sistemas ajudará a moldar aplicações futuras e melhorar o aprendizado de máquina na vida cotidiana.

Direções Futuras

Embora este artigo destaque o estado atual dos sistemas de inferência em dispositivo e hierárquica, várias áreas para trabalhos futuros permanecem. Essas incluem:

  • Refinamento das Técnicas de Saída Antecipada: Desenvolver melhores métodos para integrar a Saída Antecipada, como auto-destilação, poderia aprimorar ainda mais o desempenho.

  • Melhoria dos Algoritmos de Decisão: Encontrar algoritmos alternativos de tomada de decisão para IH poderia reduzir erros e aumentar a eficiência.

  • Testando em Ambientes Dinâmicos: Avaliar o desempenho da IH em aplicações do mundo real que envolvem mobilidade e condições de rede em mudança trará insights valiosos.

Ao perseguir essas direções, os pesquisadores podem garantir que os sistemas de aprendizado de máquina estão otimizados para aplicações diversas e capazes de atender às demandas práticas em várias áreas.

Fonte original

Título: Exploring the Boundaries of On-Device Inference: When Tiny Falls Short, Go Hierarchical

Resumo: On-device inference holds great potential for increased energy efficiency, responsiveness, and privacy in edge ML systems. However, due to less capable ML models that can be embedded in resource-limited devices, use cases are limited to simple inference tasks such as visual keyword spotting, gesture recognition, and predictive analytics. In this context, the Hierarchical Inference (HI) system has emerged as a promising solution that augments the capabilities of the local ML by offloading selected samples to an edge server or cloud for remote ML inference. Existing works demonstrate through simulation that HI improves accuracy. However, they do not account for the latency and energy consumption on the device, nor do they consider three key heterogeneous dimensions that characterize ML systems: hardware, network connectivity, and models. In contrast, this paper systematically compares the performance of HI with on-device inference based on measurements of accuracy, latency, and energy for running embedded ML models on five devices with different capabilities and three image classification datasets. For a given accuracy requirement, the HI systems we designed achieved up to 73% lower latency and up to 77% lower device energy consumption than an on-device inference system. The key to building an efficient HI system is the availability of small-size, reasonably accurate on-device models whose outputs can be effectively differentiated for samples that require remote inference. Despite the performance gains, HI requires on-device inference for all samples, which adds a fixed overhead to its latency and energy consumption. Therefore, we design a hybrid system, Early Exit with HI (EE-HI), and demonstrate that compared to HI, EE-HI reduces the latency by up to 59.7% and lowers the device's energy consumption by up to 60.4%.

Autores: Adarsh Prasad Behera, Paulius Daubaris, Iñaki Bravo, José Gallego, Roberto Morabito, Joerg Widmer, Jaya Prakash Varma Champati

Última atualização: 2024-07-10 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2407.11061

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2407.11061

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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