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# Ciências da saúde# Pediatria

Avaliando os Padrões de Crescimento nas Crianças de Zurique

Um estudo revela que as curvas de crescimento locais se encaixam melhor nas crianças de Zurique do que os padrões da OMS.

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Padrões de CrescimentoPadrões de Crescimentodas Crianças de Zuriquedas crianças.mostram uma melhor conexão com a saúdeReferências de crescimento locais
Índice

Os médicos costumam usar Gráficos de Crescimento pra acompanhar como as crianças estão se desenvolvendo. Esses gráficos ajudam a identificar se uma criança tá crescendo de forma normal, se é muito baixa ou muito alta. Eles também ajudam os médicos a perceber se uma criança tá com sobrepeso ou obesa com base no índice de massa corporal (IMC). Detectar padrões de crescimento incomuns logo de cara é importante pra tratar qualquer problema de saúde ou questões de desenvolvimento. Por exemplo, ser muito baixinho pode estar relacionado a problemas hormonais ou genéticos, enquanto a Obesidade nas crianças pode levar a sérios problemas de saúde mais pra frente, tipo doenças cardíacas e diabetes.

Em 2011, pediatras suíços começaram a usar novas curvas de crescimento da Organização Mundial da Saúde (OMS), substituindo as curvas de crescimento mais antigas dos Estudos Longitudinais de Zurique. Essas novas curvas foram baseadas em estudos com crianças de vários países, mas tem um certo receio de que elas não representem com precisão as crianças suíças hoje. Um centro de saúde infantil privado em Zurique tentou criar referências de crescimento mais locais, mas essas não foram recomendadas pra uso geral. Enquanto isso, outro conjunto de referências de crescimento veio de uma organização internacional que analisou dados coletados de vários países.

Dada a variedade de referências de crescimento disponíveis na Suíça e os debates em andamento sobre a precisão delas, os pesquisadores decidiram analisar um grande grupo de crianças em idade escolar de Zurique pra comparar a adequação desses diferentes gráficos de crescimento.

Visão Geral do Estudo

O estudo focou em um grupo de crianças de 6 a 17 anos no cantão de Zurique, parte de um estudo maior sobre saúde pulmonar. No total, 37 escolas participaram, e os pesquisadores coletaram dados sobre a altura, peso e IMC das crianças usando equipamentos profissionais. Eles se certificarão de obter permissão dos pais antes de envolver qualquer criança no estudo.

Medidas de Altura, Peso e IMC

Pra verificar as medidas das crianças, elas tiraram os sapatos e usaram roupas leves. Técnicos usaram ferramentas calibradas pra obter leituras precisas de altura e peso. Depois, eles calcularam os escores-z pra altura, peso e IMC com base nas diferentes referências de crescimento da OMS, fontes locais e um grupo internacional de obesidade. Os escores-z mostram como as medidas de uma criança se comparam ao que é esperado pra idade e sexo dela. Eles também procuraram dados incomuns que poderiam ser devido a erros na medição.

As crianças foram colocadas em categorias com base no IMC: peso normal, sobrepeso, obesidade e obesidade severa. A altura foi categorizada como baixa, normal ou alta com base em percentis específicos.

Fatores Que Afetam o Crescimento

Os pesquisadores também coletaram informações sobre fatores que poderiam influenciar o crescimento das crianças, como situação socioeconômica e histórico dos pais. Eles analisaram onde os pais nasceram, o nível de educação deles e se as crianças moravam em áreas urbanas ou rurais. Esses fatores podem dar uma ideia melhor sobre a saúde e padrões de crescimento das crianças.

Analisando os Dados

Os pesquisadores avaliaram como as diferentes referências de crescimento se encaixavam nos dados das crianças, olhando pras Alturas, Pesos e IMC. Idealmente, os escores-z deveriam se encaixar em uma distribuição normal padrão. Eles usaram diferentes métodos estatísticos pra determinar quão bem as medidas das crianças combinavam com as distribuições esperadas baseadas nas referências. Eles também compararam o encaixe entre diferentes grupos definidos por sexo, idade, histórico dos pais, situação socioeconômica e urbanização.

Detalhes da População do Estudo

Das quase 4.000 crianças elegíveis no estudo, mais de 3.700 foram incluídas na análise. A maioria das crianças tinha pais da Suíça, e metade delas vinha de bairros com um status socioeconômico mais alto. Meninos e meninas no estudo tinham alturas e pesos semelhantes.

Adequação das Referências de Crescimento

A análise revelou que as crianças no estudo tinham padrões de crescimento diferentes com base na referência usada. Elas eram consideradas mais altas do que o indicado pela referência da OMS, especialmente em idades mais jovens. As novas referências de crescimento locais se encaixaram melhor nas crianças do que as referências da OMS. Em relação ao peso, as referências locais também combinaram melhor do que as referências da OMS, enquanto os dados de IMC mostraram apenas pequenas variações.

As referências locais tiveram um desempenho melhor entre vários subgrupos com base em sexo, idade e origem dos pais. Crianças que moravam em cidades tendiam a ser mais altas do que as que viviam em áreas rurais, e aquelas com pais de diferentes regiões apresentaram padrões de crescimento distintos também.

Taxas de Sobrepeso, Obesidade e Baixa Estatura

Os pesquisadores analisaram quantas crianças foram classificadas como sobrepeso, obesas ou baixas dependendo das referências de crescimento usadas. Houve um acordo substancial entre as referências, mas algumas diferenças foram notadas. A referência da OMS classificou menos crianças como sobrepeso do que as referências locais ou internacionais, enquanto classificou mais crianças como obesas.

Grupos diferentes baseados na origem dos pais e situação socioeconômica mostraram variações nas taxas de sobrepeso ou obesidade. Crianças de certas áreas tendiam a ser mais sobrepeso, e aquelas de ambientes urbanos tinham taxas diferentes comparadas às de regiões rurais.

Comparando Resultados com Outras Pesquisas

Os resultados deste estudo se alinham com descobertas anteriores mostrando que as crianças em Zurique são, em geral, mais altas do que aquelas na população de referência da OMS. Outros países, incluindo Alemanha e França, também relataram tendências semelhantes. Fatores como nutrição melhorada e condições de vida ao longo dos anos contribuíram pra alturas maiores nas crianças de hoje.

As referências locais usadas neste estudo ajudaram a mostrar que os dados locais de Zurique podem ser mais relevantes do que as estatísticas mais antigas da OMS, principalmente porque são baseados em dados de um período diferente com demográficos distintos.

Limitações e Pontos Fortes

Embora este estudo traga informações valiosas, ele é limitado a crianças de uma região, Zurique, e pode não refletir os padrões de crescimento do país inteiro. A amostra tinha um status socioeconômico mais alto em comparação com a população geral, o que pode influenciar as descobertas. Além disso, o estudo não incluiu informações sobre puberdade, que também pode ser um fator significativo que afeta o crescimento.

Por outro lado, o estudo usou métodos padronizados pra medir as alturas e pesos das crianças, e coletou informações importantes sobre os antecedentes das crianças, oferecendo uma base sólida pra entender os padrões de crescimento.

Conclusão

Os achados indicam que as atuais referências de crescimento usadas na Suíça não se alinham bem com os padrões de crescimento das crianças em Zurique. Classificar incorretamente a saúde das crianças devido a referências desatualizadas ou mal ajustadas pode levar a oportunidades perdidas de intervenção precoce. Novas referências de crescimento que considerem os dados demográficos únicos das crianças suíças são necessárias. Coletar dados de diferentes regiões do país ajudará a criar um quadro mais preciso sobre o crescimento e a saúde das crianças no futuro.

Fonte original

Título: Evaluating Swiss growth reference curves: A comparative analysis in Zurich schoolchildren

Resumo: INTRODUCTIONSwitzerland has an ongoing debate about the appropriateness of national growth reference curves. The Swiss Society of Pediatrics currently recommends the growth references of the World Health Organization (WHO), while the Center for Pediatric Endocrinology Zurich has proposed alternative growth references based on local data. Specialists and researchers also use International Obesity Task Force (IOTF) references to define overweight and obesity. We investigated the fit of these three growth references to anthropometric measurements from schoolchildren in the canton of Zurich and assessed the prevalence of overweight, obesity, and short stature across the three references. METHODSWe analyzed data from 3755 children aged 6-17 years of the cross sectional LuftiBus in the school (LUIS) study, collected between 2013-2016 in the canton of Zurich. We calculated z-scores of height, weight, and body mass index (BMI) based on WHO, local, and IOTF references. We compared the mean and distribution of z-scores to the expected standard normal distribution using the Anderson-Darling test. We classified BMI based on cutoff values given by the three references: overweight (WHO: >90.0th percentile; local: >82.9[girls], >78.9[boys]; IOTF: >89.3[girls], >90.5[boys]), and obesity (WHO: >97.0; local: >96.8[girls], >95.5[boys]; IOTF: >98.6[girls], >98.9[boys]). We defined short stature as

Autores: Claudia Elisabeth Kuehni, L. M. Leuenberger, F. N. Belle, R. Mozun, B. D. Spycher, M. C. Mallet, O. G. Jenni, C. Saner, P. Latzin, A. Moeller

Última atualização: 2024-07-01 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.07.01.24309377

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.07.01.24309377.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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