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Otimizando a Análise de Dados Científicos com Kaitai Struct

Uma nova abordagem pra simplificar o manuseio de formatos de dados científicos personalizados.

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Kaitai Struct SimplificaKaitai Struct Simplificao Manuseio de DadosStruct e Awkward Arrays.Otimize sua análise de dados com Kaitai
Índice

Em muitas áreas de pesquisa, os cientistas coletam dados em formatos que variam de um experimento para outro. Isso geralmente acontece porque diferentes experimentos usam tipos diferentes de equipamentos e métodos para reunir as informações. Quando os pesquisadores querem analisar esses dados, frequentemente precisam criar e manter suas próprias ferramentas de software que funcionam especificamente com seus formatos de dados únicos. Essa situação pode ser bem desafiadora, especialmente para experimentos menores.

Enquanto experimentos maiores, como os do Grande Colisor de Hádrons, encontraram formas de lidar com esses problemas através de formatos de dados amplamente aceitos como o ROOT, muitos estudos menores ainda mantêm seus formatos personalizados. Ter uma maneira simples de acessar e analisar diferentes formatos de dados pode beneficiar muito os pesquisadores. Recentemente, uma nova ferramenta chamada Awkward Arrays foi adicionada para ajudar nesse processo.

O que são Awkward Arrays?

Awkward Arrays são parte de uma biblioteca que ajuda a organizar e lidar com dados científicos complexos de uma forma mais eficiente. Elas podem armazenar dados em uma estrutura flexível que permite diferentes tipos de elementos e comprimentos variados. Essa flexibilidade faz dos Awkward Arrays uma ótima opção para estudos científicos com formatos de dados únicos.

O Desafio dos Formatos de Dados Personalizados

Um grande problema ao usar formatos de dados personalizados é que os pesquisadores passam horas construindo suas próprias ferramentas de software. Essas ferramentas costumam ser difíceis de compartilhar ou financiar, já que não são úteis para outros projetos. Sem a documentação e testes adequados, manter essas ferramentas se torna um saco. Isso também dificulta a entrada de novos cientistas na equipe de pesquisa ou de outros analisarem os dados usando métodos diferentes.

Embora mudar para um Formato de Dados padrão pareça uma boa solução, isso pode envolver mudanças extensivas nos sistemas de coleta de dados ou até mesmo a obtenção de novos equipamentos. Essa transição requer mais pessoal e muito tempo. Além disso, conjuntos de dados mais antigos ainda podem fornecer informações valiosas e não devem ser desconsiderados só porque usam um formato diferente.

Kaitai Struct e YAML

Para resolver o problema de diferentes formatos de dados, a ferramenta Kaitai Struct foi desenvolvida. Ela usa uma linguagem chamada Kaitai Struct YAML (KSY) para descrever como um formato de dados específico é estruturado. A linguagem KSY é fácil de ler e permite que os pesquisadores definam seu formato de dados sem se preocupar com como escrever ou ler esses dados.

Na linguagem KSY, os usuários criam um arquivo de descrição que delineia o arranjo dos seus dados. Eles podem usar uma ferramenta baseada na web para checar o formato e garantir que funcione bem. Uma vez que o formato é verificado, o Kaitai Struct Compiler pega a descrição e gera um código que pode ser usado para analisar os dados. Esse código está disponível em várias linguagens de programação, tornando-o versátil para pesquisadores com diferentes preferências.

O Processo de Trabalhar com Kaitai Struct

Para usar o Kaitai Struct de forma eficaz, um pesquisador começa escrevendo um arquivo .ksy que descreve a estrutura dos seus dados. Depois de compilar esse arquivo usando o Kaitai Struct Compiler, eles recebem uma biblioteca que inclui o código necessário para ler o formato específico de dados. A biblioteca gerada pode então ser incluída em outros projetos de pesquisa, ajudando a agilizar o processo de análise de dados.

A ferramenta Kaitai Struct suporta muitas linguagens de programação, permitindo que os pesquisadores escolham a que melhor se adapta às suas necessidades. Seguindo o processo de definição do formato de dados e usando o Compilador, os usuários podem criar um parser que torna seus dados mais acessíveis.

Exemplo de Uso do Kaitai Struct com Dados de Animais

Vamos considerar um exemplo simples usando dados de animais. Suponha que queremos criar um conjunto de dados que inclua diferentes animais e informações sobre eles. O conjunto de dados poderia ser composto por várias entradas, com cada entrada contendo detalhes como nome da espécie, idade e peso.

Para uma única entrada nesse exemplo, o primeiro byte lista o número de letras no nome da espécie. Depois disso, há uma sequência de bytes que representam os caracteres do nome. Em seguida, há um byte para a idade do animal e, finalmente, dois bytes para seu peso, que é armazenado em uma ordem específica conhecida como formato little-endian.

Essa estrutura pode ser descrita no formato KSY, o que a torna fácil de trabalhar, mesmo que os dados cresçam em complexidade.

Os Benefícios dos Awkward Arrays para Dados Científicos

Os Awkward Arrays se destacam porque permitem uma forma dinâmica de organizar e representar estruturas de dados intrincadas. Ao contrário dos métodos tradicionais, eles podem lidar com vários tipos e comprimentos de dados sem comprometer o desempenho. Esse recurso é particularmente benéfico ao trabalhar com dados científicos, já que os estudos costumam exigir a capacidade de processar grandes volumes de informações variadas.

Ao integrar Awkward Arrays no sistema Kaitai Struct, os pesquisadores podem combinar as forças das duas ferramentas. Essa combinação significa que os usuários podem criar descrições de seus formatos de dados apenas uma vez e se beneficiar do manuseio eficiente de Awkward Arrays para todas as suas necessidades de análise.

Usando Kaitai Struct para Awkward Arrays

Para usar a ferramenta Kaitai Struct especificamente para Awkward Arrays, os pesquisadores descrevem sua estrutura de dados no arquivo KSY. Eles então usam o Kaitai Struct Compiler para gerar o código necessário que se conecta aos Awkward Arrays. Esse processo reduz a quantidade de trabalho que um pesquisador precisa fazer, já que eles só precisam escrever a descrição uma vez.

Uma vez que a descrição está preparada, o código de parsing é gerado e os dados brutos podem ser carregados nos Awkward Arrays. Esse fluxo de trabalho permite que os cientistas comecem a analisar seus dados mais rápido, já que não precisam passar horas escrevendo ferramentas personalizadas para ler seus formatos de dados.

Como Começar com Kaitai Struct Awkward Runtime

O Kaitai Struct Awkward Runtime foi projetado para facilitar a vida dos pesquisadores ao gerar e trabalhar com Awkward Arrays. Para começar, os usuários precisam instalar algumas ferramentas necessárias. Depois de configurar o ambiente, eles podem gerar o código de parsing para o alvo Awkward.

Esse processo normalmente envolve o uso de alguns comandos simples. Depois que o código é gerado, ele pode ser compilado e vinculado para funcionar com Python. Os usuários podem então carregar seu arquivo de dados brutos, e o código gerado preencherá os Awkward Arrays com o layout dos dados.

Chegar a esse ponto é tranquilo, e os usuários podem interagir com seus dados quase imediatamente. Eles podem usar Python para realizar várias análises, facilitando o trabalho com suas descobertas.

Conclusão

A combinação do Kaitai Struct e dos Awkward Arrays oferece uma ferramenta valiosa para pesquisadores que trabalham com formatos de dados personalizados. Ao simplificar o processo de acesso e análise de dados, abre caminho para pesquisas mais eficazes em muitos campos. Os pesquisadores podem escrever suas descrições de formatos de dados uma vez e utilizar os recursos poderosos dos Awkward Arrays para suas necessidades de análise.

Essa abordagem tem o potencial de ajudar muitas comunidades científicas, especialmente aquelas com experimentos menores, ao tornar o gerenciamento de dados mais fácil e eficiente. O futuro parece promissor para os pesquisadores que buscam agilizar seus esforços de análise de dados e maximizar suas contribuições científicas.

Fonte original

Título: Describe Data to get Science-Data-Ready Tooling: Awkward as a Target for Kaitai Struct YAML

Resumo: In some fields, scientific data formats differ across experiments due to specialized hardware and data acquisition systems. Researchers need to develop, document, and maintain experiment-specific analysis software to interact with these data formats. These software are often tightly coupled with a particular data format. This proliferation of custom data formats has been a prominent challenge for small to mid-scale experiments. The widespread adoption of ROOT has largely mitigated this problem for the Large Hadron Collider experiments. However, many smaller experiments continue to use custom data formats to meet specific research needs. Therefore, simplifying the process of accessing a unique data format for analysis holds immense value for scientific communities within HEP. We have added Awkward Arrays as a target language for Kaitai Struct for this purpose. Researchers can describe their custom data format in the Kaitai Struct YAML (KSY) language. The Kaitai Struct Compiler generates C++ code to fill the LayoutBuilder buffers using the KSY format. In a few steps, the Kaitai Struct Awkward Runtime API can convert the generated C++ code into a compiled Python module. Finally, the raw data can be passed to the module to produce Awkward Arrays. This paper introduces the Awkward Target for the Kaitai Struct Compiler and the Kaitai Struct Awkward Runtime API. It also demonstrates the conversion of a given KSY for a specific custom file format to Awkward Arrays.

Autores: Manasvi Goyal, Andrea Zonca, Amy Roberts, Jim Pivarski, Ianna Osborne

Última atualização: 2024-07-19 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2407.14461

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2407.14461

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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