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Melhorando a eficiência da blockchain com aprendizado por reforço

Um novo método pra reduzir o consumo de energia em redes de blockchain.

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Índice

A tecnologia de blockchain por trás de criptomoedas como Bitcoin e Ethereum tem uma pegada de carbono significativa por causa do consumo de energia. Juntas, Bitcoin e Ethereum contribuem com milhões de toneladas de emissões de carbono a cada ano. Para resolver esse problema, os pesquisadores estão analisando várias estratégias. Isso vai desde criar formas diferentes de alcançar acordos dentro do sistema de blockchain até usar fontes de energia mais limpas e tornar os dispositivos mais eficientes.

Este artigo apresenta uma nova maneira de melhorar como os blocos de dados são compartilhados nas redes de blockchain. Focamos em tornar esse processo mais eficiente usando um método conhecido como Aprendizado por Reforço (RL). Essa abordagem analisa o tempo que leva para os blocos se espalharem pela rede e o número de mensagens enviadas, que impactam diretamente o uso de energia.

O Desafio do Consumo de Energia

A tecnologia de blockchain usada pelo Bitcoin e Ethereum é bem pesada em termos energéticos. Na verdade, as emissões de carbono do Bitcoin são estimadas em cerca de 64 milhões de toneladas por ano, enquanto as do Ethereum são cerca de 26 milhões de toneladas. As demandas energéticas desses sistemas continuam subindo. Muitos pesquisadores e inventores enfrentam novos desafios enquanto tentam tornar a tecnologia de blockchain mais sustentável.

Cada pequena melhoria em como os sistemas de blockchain funcionam pode trazer benefícios significativos em termos de uso de energia e redução das emissões de carbono. Contudo, as pesquisas existentes muitas vezes ignoram os impactos ambientais das melhorias feitas no design e nos algoritmos de blockchain.

Como Funciona o Blockchain

Blockchain é uma forma segura e descentralizada de armazenar dados. Foi apresentada pela primeira vez com o Bitcoin, projetada para manter uma lista crescente de entradas chamadas blocos. Cada bloco contém um registro de transações, e eles estão ligados de maneira segura.

No Bitcoin e Ethereum, as transações são processadas em uma rede peer-to-peer (P2P). Isso significa que todos os nós da rede podem se comunicar sem uma autoridade central supervisionando. Cada participante, ou nó, pode verificar e validar novos blocos. À medida que novos blocos são adicionados, eles precisam ser aceitos por outros nós para fazer parte do blockchain.

Quando um nó recebe um novo bloco, ele informa os nós vizinhos para que eles também possam acessar as informações. Isso é feito através de um processo chamado Propagação de Blocos. Dependendo de quão rápido os blocos podem ser espalhados pela rede, a eficiência do sistema e o uso de energia podem variar bastante.

O Papel do Aprendizado por Reforço

O aprendizado por reforço é um método onde um agente aprende a tomar decisões com base em recompensas. O agente interage com um ambiente e recebe feedback, o que ajuda a melhorar ao longo do tempo. Essa técnica pode ser aplicada em várias áreas, inclusive na otimização de como os dados fluem pelas redes.

Nesse caso, projetamos um agente de aprendizado por reforço para otimizar como os blocos são compartilhados nas redes de blockchain. Usando dados em tempo real sobre as condições da rede, esse agente pode priorizar quais nós recebem os dados primeiro.

Simulação e Experimentação

Para testar nossa abordagem, usamos um simulador de blockchain. Essa ferramenta nos permite imitar como um blockchain se comportaria em um ambiente controlado. Melhoramos esse simulador para monitorar como as mensagens são compartilhadas entre os nós e o incorporamos ao nosso framework de aprendizado por reforço.

Rodamos várias simulações para comparar o desempenho do método padrão de propagação de blocos com o nosso método baseado em RL. Analisando os resultados, confirmamos que nossa técnica melhorou a eficiência de como os blocos eram compartilhados, resultando em menos consumo de energia e sincronização mais rápida.

Métricas Chave para Avaliação

Ao avaliar os métodos de propagação de blocos, várias métricas chave foram consideradas:

  1. Tempo de Propagação de Blocos: Refere-se ao tempo que leva para um novo bloco alcançar a maioria dos nós na rede. Tempos de propagação mais rápidos levam a riscos reduzidos de forks, onde diferentes blocos competem para ser reconhecidos como o próximo bloco.

  2. Taxa de Blocos Sincronizados: Essa métrica rastreia quantos blocos foram propagados com sucesso para mais da metade dos nós na rede. Uma taxa mais alta indica uma estratégia de compartilhamento mais eficaz.

  3. Mensagens por Bloco Sincronizado: Reflete quantas mensagens são enviadas na rede para sincronizar um bloco. Menos mensagens significam menos energia consumida, ajudando a reduzir as emissões de carbono associadas às operações de blockchain.

Nossas simulações indicaram que a abordagem baseada em RL poderia melhorar todas essas métricas significativamente.

Impacto Ambiental

A conexão entre a qualidade da transmissão de dados e as emissões de carbono é clara. À medida que a rede enfrenta atrasos e ineficiências, mais pacotes são necessários, o que resulta em maiores emissões de carbono. Por exemplo, encontramos que sob certas condições, as emissões poderiam aumentar significativamente. Ao melhorar a forma como os blocos são compartilhados, poderíamos reduzir as emissões diminuindo o número de mensagens enviadas pela rede.

Em nosso estudo, estimamos que implementar nosso método poderia diminuir as emissões de carbono de uma forma perceptível durante cada propagação de bloco. Isso é crucial, especialmente ao considerar o alto número de transações processadas nessas redes.

Limitações da Pesquisa Atual

Usar simulações tem suas limitações. Embora forneçam um ambiente controlado, elas não conseguem capturar todas as complexidades das redes de blockchain do mundo real. Muitas vezes, elas se baseiam em suposições que podem não se manter na vida real, como condições de rede uniformes ou comportamentos ideais dos nós.

Em trabalhos futuros, pretendemos construir um pequeno ambiente de teste de blockchain real para ver como nosso método proposto se comporta na prática. Isso poderia fornecer mais insights sobre como ele operaria em um ambiente de blockchain real.

Conclusão

Neste artigo, discutimos uma abordagem inovadora para melhorar a eficiência da propagação de blocos nas redes de blockchain através do aprendizado por reforço. Ao refinar a forma como os dados se espalham pela rede, podemos ajudar a reduzir tanto o consumo de energia quanto as emissões de carbono associadas às operações de blockchain.

À medida que a demanda por criptomoedas continua aumentando, encontrar maneiras de tornar esses sistemas mais sustentáveis é cada vez mais importante. Melhorias como as que propomos poderiam contribuir significativamente para a criação de soluções de blockchain mais verdes.

Nossa abordagem não só visa melhorar o desempenho técnico, mas também enfatiza a importância de considerar os impactos ambientais ao desenvolver tecnologias de blockchain. Cada melhoria conta, e cada passo em direção à sustentabilidade faz a diferença.

Acreditamos que a integração do aprendizado por reforço na tecnologia de blockchain poderia abrir caminho para mais inovações que equilibram eficiência com responsabilidade ambiental.

Fonte original

Título: Sustainable broadcasting in Blockchain Network with Reinforcement Learning

Resumo: Recent estimates put the carbon footprint of Bitcoin and Ethereum at an average of 64 and 26 million tonnes of CO2 per year, respectively. To address this growing problem, several possible approaches have been proposed in the literature: creating alternative blockchain consensus mechanisms, applying redundancy reduction techniques, utilizing renewable energy sources, and employing energy-efficient devices, etc. In this paper, we follow the second avenue and propose an efficient approach based on reinforcement learning that improves the block broadcasting scheme in blockchain networks. The analysis and experimental results confirmed that the proposed improvement of the block propagation scheme could cleverly handle network dynamics and achieve better results than the default approach. Additionally, our technical integration of the simulator and developed RL environment can be used as a complete solution for further study of new schemes and protocols that use RL or other ML techniques.

Autores: Danila Valko, Daniel Kudenko

Última atualização: 2024-07-22 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2407.15616

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2407.15616

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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