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Inovando a Modelagem de Materiais com CANNs

Aprenda como as CANNs melhoram a compreensão do comportamento dos materiais sob estresse.

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No mundo da ciência dos materiais, entender como os materiais se comportam sob Estresse e deformação é super importante. Uma das maneiras de enfrentar esse desafio é usar modelos que preveem o comportamento dos materiais, especialmente quando se trata de mudanças irreversíveis, que chamamos de Plasticidade. A plasticidade acontece quando os materiais sofrem deformação que não volta à forma original depois que a carga é retirada.

Recentemente, uma nova técnica chamada Redes Neurais Artificiais Constitutivas (CANNs) surgiu para modelar o comportamento dos materiais. Esses modelos são feitos para serem eficazes e alinhados com os princípios fundamentais da física. Este artigo tem como objetivo explicar os conceitos das CANNs e como elas podem ser adaptadas para considerar o comportamento plástico.

O que são Redes Neurais Artificiais Constitutivas?

As CANNs são um tipo de rede neural artificial projetada especificamente para modelar materiais. Elas integram os princípios da termodinâmica, que regem a energia e as mudanças nos estados dos materiais, em sua estrutura. Isso garante que os modelos produzidos não apenas se encaixem nos dados, mas também respeitem as leis da física.

A grande vantagem de usar CANNs é a capacidade de lidar com relações complexas e não lineares entre estresse (a força aplicada a um material) e deformação (a deformação resultante). Métodos tradicionais podem exigir muitos dados e nem sempre fornecem previsões precisas fora da faixa usada para treinamento. No entanto, as CANNs, devido à sua abordagem estruturada, podem dar resultados razoáveis mesmo quando testadas em novas condições.

O Papel da Plasticidade no Comportamento dos Materiais

A plasticidade é um aspecto crítico de como os materiais respondem a forças aplicadas. Quando os metais são moldados ou dobrados, eles experimentam deformação elástica primeiro. Se a força ultrapassa um certo limite, conhecido como resistência ao escoamento, eles começam a se comportar plasticamente. Isso significa que não voltarão à forma original se a carga for retirada.

Diferentes materiais experimentam plasticidade de maneiras diferentes. Por exemplo, metais como o aço sofrem deformação plástica principalmente devido a deslocamentos em sua estrutura cristalina. Em contraste, solos se comportam plasticamente devido ao movimento dos grãos. Essa diversidade no comportamento torna a modelagem desses materiais mais complexa.

A Necessidade de Modelagem Precisa

À medida que novos materiais são desenvolvidos e usados em aplicações de engenharia, a modelagem precisa se torna cada vez mais importante. Por exemplo, na construção, entender como um material se comportará sob diversas condições de carga pode fazer toda a diferença entre uma estrutura segura e uma falha catastrófica. Além disso, com os avanços tecnológicos, frequentemente encontramos materiais que não se encaixam nos modelos tradicionais.

Assim, há uma crescente necessidade de modelos adaptáveis que possam prever com precisão o comportamento dos materiais em diferentes condições de carga. É aí que as CANNs entram.

Ampliando as CANNs para Capturar Plasticidade

Embora as CANNs tenham mostrado potencial em prever comportamentos elásticos, capturar a plasticidade ainda é um desafio. A extensão das CANNs para incluir o comportamento plástico é essencial para criar uma ferramenta mais abrangente para engenheiros e cientistas. Essa extensão envolve definir como os materiais cedem e evoluem sob estresse.

Para ampliar as capacidades das CANNs, são introduzidas formulações específicas. Essas formulações focam em parâmetros como condições de escoamento (que ditam quando um material começa a se deformar plasticamente) e regras de fluxo (que descrevem como a deformação plástica se desenvolve uma vez que o escoamento começa). A combinação desses elementos permite que o modelo reflita melhor o comportamento dos materiais sob diversas condições.

Treinando as CANNs Ampliadas

Treinar uma CANN envolve fornecer dados de experimentos ou simulações que mostram os comportamentos dos materiais sob diferentes cargas. Por exemplo, pode-se usar dados de um teste de tração, onde uma amostra é puxada até se deformar ou quebrar, para treinar o modelo sobre como prever respostas em condições semelhantes.

Nos casos em que a plasticidade é modelada, os dados de treinamento precisarão incluir respostas elásticas e inelásticas. Uma vez que o modelo está treinado, ele pode ser testado com dados ainda não vistos para avaliar suas capacidades preditivas.

Validação Experimental

Para garantir a confiabilidade das CANNs em aplicações do mundo real, a validação contra dados experimentais é essencial. Isso significa pegar dados coletados de testes reais de materiais e compará-los com as previsões feitas pelo modelo CANN.

Usando várias configurações experimentais, como testes de tração e compressão, os pesquisadores podem determinar quão precisamente o modelo prevê o verdadeiro comportamento dos materiais. A validação bem-sucedida demonstra que o modelo não apenas se encaixa nos dados usados para treinamento, mas também pode generalizar para prever o comportamento sob diferentes condições de carga.

Aplicações das CANNs

As aplicações potenciais para as CANNs são enormes. Indústrias que vão da construção à automotiva e aeroespacial podem se beneficiar da modelagem precisa de materiais. Por exemplo, na indústria automotiva, entender como diferentes materiais se comportarão em testes de colisão pode levar a designs de veículos mais seguros.

Além disso, à medida que a fabricação aditiva (impressão 3D) se torna mais comum, a necessidade de modelos de materiais precisos que considerem respostas de estresse únicas é crítica. As CANNs poderiam ajudar a desenvolver modelos que considerem materiais que passaram por processos de fabricação complexos.

Desafios e Direções Futuras

Embora o desenvolvimento das CANNs represente um avanço significativo na modelagem de materiais, ainda existem desafios. Um grande obstáculo é a necessidade de dados de treinamento de alta qualidade que capturem uma ampla gama de comportamentos. Coletar esses dados pode ser demorado e caro.

Além disso, embora os modelos atuais tenham mostrado sucesso com materiais e condições específicas, mais pesquisas são necessárias para ampliar sua aplicabilidade. Isso inclui incorporar fenômenos adicionais de materiais, como danos ou fadiga.

O futuro das CANNs também pode envolver a integração com outras abordagens de modelagem, misturando aprendizado de máquina com mecânica tradicional para criar ferramentas ainda mais robustas. À medida que os recursos computacionais melhoram, o potencial para simulações e análises mais complexas aumenta, permitindo que os pesquisadores expandam os limites do que é possível na ciência dos materiais.

Conclusão

As Redes Neurais Artificiais Constitutivas representam uma abordagem promissora para modelar o comportamento dos materiais, especialmente na captura da plasticidade. Ao combinar os princípios da física com as capacidades do aprendizado de máquina, esses modelos podem fornecer insights valiosos sobre como os materiais respondem sob diversas condições.

À medida que a demanda por materiais inovadores continua a crescer, desenvolver técnicas de modelagem precisas e adaptáveis será crucial para garantir segurança e desempenho em várias indústrias. O contínuo aprimoramento e aplicação das CANNs têm o potencial de transformar a maneira como entendemos e utilizamos os materiais no futuro.

Fonte original

Título: Accounting for plasticity: An extension of inelastic Constitutive Artificial Neural Networks

Resumo: The class of Constitutive Artificial Neural Networks (CANNs) represents a new approach of neural networks in the field of constitutive modeling. So far, CANNs have proven to be a powerful tool in predicting elastic and inelastic material behavior. However, the specification of inelastic constitutive artificial neural networks (iCANNs) to capture plasticity remains to be discussed. We present the extension and application of an iCANN to the inelastic phenomena of plasticity. This includes the prediction of a formulation for the elastic and plastic Helmholtz free energies, the inelastic flow rule, and the yield condition that defines the onset of plasticity. Thus, we learn four feed-forward networks in combination with a recurrent neural network and use the second Piola-Kirchhoff stress measure for training. The presented formulation captures both, associative and non-associative plasticity. In addition, the formulation includes kinematic hardening effects by introducing the plastic Helmholtz free energy. This opens the range of application to a wider class of materials. The capabilities of the presented framework are demonstrated by training on artificially generated data of models for perfect plasticity of von-Mises type, tension-compression asymmetry, and kinematic hardening. We observe already satisfactory results for training on one load case only while extremely precise agreement is found for an increase in load cases. In addition, the performance of the specified iCANN was validated using experimental data of X10CrMoVNb9-1 steel. Training has been performed on both, uniaxial tension and cyclic loading, separately and the predicted results are then validated on the opposing set. The results underline that the autonomously discovered material model is capable to describe and predict the underlying experimental data.

Autores: Birte Boes, Jaan-Willem Simon, Hagen Holthusen

Última atualização: 2024-07-27 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2407.19326

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2407.19326

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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