Avanços na Resistência a Doenças em Pêssegos e Damasco
A pesquisa foca em melhorar a resistência do pêssego e do damasco a doenças por meio da genética.
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Índice
- Melhoria Genética em Plantas
- Estudos de Associação em Larga Escala (GWAS)
- Objetivos da Pesquisa
- Metodologia
- Resultados sobre o Desempenho das Plantas
- Contribuições Genéticas para a Resposta a Doenças
- Identificação de Regiões Genéticas Chave
- Respostas Específicas ao Ambiente
- Entendendo a Interação entre Genética e Ambiente
- Estratégias Futuras para Seleção
- Conclusão
- Fonte original
- Ligações de referência
As plantas enfrentam vários desafios de Pragas e Doenças, que podem prejudicar bastante a produção agrícola. Essas ameaças vêm de muitos organismos, incluindo vírus, bactérias, fungos e insetos. Para proteger as plantas e garantir uma agricultura sustentável, os cientistas estão buscando maneiras de reduzir a vulnerabilidade das plantas a esses agentes prejudiciais.
Um método eficaz é melhorar a genética das plantas. Existem duas formas principais de as plantas resistirem a doenças: prevenindo a doença diretamente (resistência) ou minimizando os danos causados por ela, mesmo que não consigam impedir a doença completamente (tolerância). Criar plantas com resistência ou tolerância forte a essas ameaças é especialmente importante para culturas perenes, como pêssegos e damascos, já que elas demoram muito para crescer e produzir frutos.
Melhoria Genética em Plantas
Nos últimos anos, os pesquisadores mudaram o foco para o uso de características genéticas que envolvem vários genes, em vez de depender da resistência de um único gene, que pode se quebrar facilmente. Ao usar muitos fatores Genéticos, os cientistas esperam criar variedades de plantas que ofereçam uma proteção melhor a longo prazo contra doenças. Combinar características de resistência forte com características que permitem a tolerância pode levar a defesas ainda mais eficazes nas plantas.
Além disso, algumas variedades de plantas mostraram resistência ou tolerância natural a doenças. Por exemplo, certos parentes selvagens dos pêssegos possuem genes que ajudam a resistir a pragas e patógenos. Essa diversidade genética oferece a chance de encontrar novas maneiras de melhorar as culturas cultivadas.
Estudos de Associação em Larga Escala (GWAS)
Os Estudos de Associação em Larga Escala (GWAS) são uma técnica que ajuda a identificar quais partes do genoma contribuem para certas características, incluindo resistência a doenças. Analisando um número grande de marcadores genéticos em diferentes plantas, os pesquisadores conseguem encontrar conexões entre características específicas e variações genéticas.
No entanto, identificar essas características genéticas pode ser complicado, porque a forma como as plantas respondem às doenças pode variar dependendo das condições ambientais. Por exemplo, como uma planta reage a uma doença pode mudar de um lugar para outro ou de ano para ano. Para entender melhor essas variações, os cientistas realizam Ensaios Multiambientais (MET), onde testam as mesmas plantas em diferentes locais ou anos para ver como elas reagem a pragas e doenças.
Objetivos da Pesquisa
O principal objetivo dessa pesquisa é entender os fatores genéticos que permitem que pêssegos e damascos resistam a pragas e doenças em vários ambientes. Os cientistas pretendem coletar e analisar dados sobre como diferentes variedades de pêssegos e damascos se saem diante desses desafios. Especificamente, eles querem ver como a genética das plantas e os fatores ambientais interagem e afetam as defesas das plantas.
Metodologia
Para realizar esse estudo, os pesquisadores criaram bancos de dados contendo informações sobre como diferentes variedades de pêssegos e damascos reagiram a várias pragas e doenças em múltiplos pomares no sudeste da França. As doenças e pragas específicas monitoradas incluíram enrolamento de folhas, oídio e várias murchas.
Eles mediram dois fatores principais: o dano máximo causado pelas pragas (Max) e o impacto geral da doença ao longo do tempo (AUDPC). Ao acompanhar essas medições ao longo de várias temporadas, os pesquisadores puderam avaliar como cada variedade se saiu em diferentes condições.
Resultados sobre o Desempenho das Plantas
Ao avaliar os dados, os pesquisadores encontraram uma grande diversidade em como diferentes variedades de pêssegos e damascos reagiram às doenças. Algumas plantas mostraram diferenças consideráveis ao longo do tempo e em diferentes locais. As pontuações de dano máximo e as métricas de impacto da doença forneceram informações valiosas sobre como cada variedade reagiu aos desafios.
Ao olhar para doenças específicas, algumas mostraram maior consistência em como as plantas reagiram em diferentes ambientes, enquanto outras variaram bastante. Por exemplo, o enrolamento de folhas nos pêssegos exibiu uma resposta estável em diferentes locais. Em contraste, outras doenças, como a murcha das flores nos damascos, mostraram respostas variadas que dependeram das condições ambientais.
Contribuições Genéticas para a Resposta a Doenças
Os pesquisadores usaram modelos estatísticos para analisar quanto da variação na resposta a doenças poderia ser atribuída ao genótipo das plantas. Eles descobriram que a composição genética das plantas influenciou significativamente seu desempenho contra doenças. No entanto, os fatores ambientais também desempenharam um papel crítico na formação dessas respostas.
Através de sua análise, os pesquisadores identificaram diferentes tipos de influências genéticas: efeitos aditivos e não aditivos. Efeitos aditivos ocorrem quando o efeito combinado de vários genes melhora uma característica, enquanto efeitos não aditivos envolvem interações entre genes que podem aumentar ou reduzir a eficácia de uma característica.
Identificação de Regiões Genéticas Chave
Após realizar o GWAS, os pesquisadores mapearam regiões genéticas chave ligadas à resistência e tolerância a doenças tanto em pêssegos quanto em damascos. Eles encontraram várias dessas regiões associadas a características de resistência forte.
Esse mapeamento revelou um total de centenas de marcadores genéticos ligados a doenças específicas. Alguns desses marcadores eram exclusivos de certos ambientes, destacando a importância do contexto na criação de resistência a doenças.
Respostas Específicas ao Ambiente
Em sua análise, os pesquisadores identificaram vários QTLs (locais de característica quantitativa) que eram específicos para certos ambientes. Isso significa que certas características genéticas eram mais eficazes em alguns locais do que em outros. Por exemplo, um QTL associado ao enrolamento de folhas de pêssego foi consistentemente encontrado em diferentes ambientes, enquanto outros, como os relacionados à murcha das flores dos damascos, eram mais específicos do ambiente.
Essa variabilidade sugere que os programas de seleção deveriam considerar não apenas os traços genéticos das plantas, mas também as condições ambientais específicas que elas enfrentarão. Ajustar as estratégias de seleção para levar em conta as condições locais poderia otimizar a resiliência das plantas contra pragas e doenças.
Entendendo a Interação entre Genética e Ambiente
Uma conclusão importante dessa pesquisa é o papel significativo da interação entre genética e fatores ambientais. Os pesquisadores notaram que muitas das características de resistência a doenças eram influenciadas mais pela localização específica onde as plantas eram cultivadas do que por fatores genéticos sozinhos.
Compreender essa interação é crucial para desenvolver estratégias de melhoramento eficazes. Isso sugere que os melhoradores devem considerar tanto a genética quanto o ambiente ao selecionar quais plantas cultivar e propagar.
Estratégias Futuras para Seleção
Com base nas descobertas, os pesquisadores propõem várias estratégias para futuros programas de melhoramento. Eles enfatizam a criação de variedades de plantas que possam se adaptar às pragas e doenças específicas prevalentes em suas regiões de cultivo. Isso poderia envolver o uso de técnicas genômicas avançadas para selecionar características genéticas específicas que proporcionem resistência ou tolerância a estressores ambientais.
Além disso, os pesquisadores recomendam a continuidade do uso de ensaios multiambientais para aprimorar a compreensão de como as plantas se comportam em diferentes condições. Fazer isso pode ajudar os melhoradores a desenvolver variedades de culturas mais resilientes que possam aguentar os desafios impostos por pragas e doenças.
Conclusão
Essa pesquisa ilumina as interações complexas entre genética das plantas, fatores ambientais e resistência a doenças. Ao identificar marcadores genéticos chave e entender como eles interagem com ambientes específicos, os cientistas abrem caminho para desenvolver variedades de pêssegos e damascos mais resilientes.
Os esforços para selecionar resistência a doenças devem integrar o conhecimento tanto da genética quanto das condições ambientais. Essa abordagem holística levará, em última análise, a uma melhor gestão das culturas e práticas agrícolas sustentáveis que podem combater os desafios contínuos impostos por pragas e doenças no setor agrícola.
Título: Investigating the genetic architecture of biotic stress response in stone fruit tree orchards under natural infections with a multi-environment GWAS approach
Resumo: The mapping and introduction of sustainable plant immunity to pests and diseases in fruit tree is still a major challenge in modern breeding. This study aims at deciphering the genetic architecture underlying resistance or tolerance across environments for major pests and diseases in peach (P. persica) and apricot (P. armeniaca). We set up a multi-environment trial (MET) approach by studying two core collections of 206 peach and 150 apricot accessions deployed under low phytosanitary conditions in respectively three and two environmentally contrasted locations in South-East of France. To capture the complex dynamics of pest and disease spread in naturally infected orchards, visual scoring of symptoms was repeated within and between 3 years, for five and two pests and diseases respectively for peach and apricot, resulting in the maximum of damage score and the AUDPC. These traits were used as phenotypic inputs in our genome-wide association studies (GWAS) strategy, and leading to the identification of: i) non-additive genotype-phenotype associations, ii) environment-shared QTLs iii) environment-specific QTLs, and iv) interactive QTLs which changes in direction ( antagonist) or intensity ( differential) according to the environment. By conducting GWAS with multiple methods, we successfully identified a total of 60 high confidence QTLs, leading to the identification of 87 candidate genes, the majority belonging to the Leucine-rich repeat containing receptors (LRR-CRs) family gene. Finally, we provided a comparative analysis of our results on peach and apricot, two closely related species. The present results contribute to the development of genomics-assisted breeding to improve biotic resilience in Prunus varieties.
Autores: Morgane Roth, M. Serrie, V. Segura, A. Blanc, L. Brun, N. Dlalah, F. Gilles, L. Heurtevin, M. Le-Pans, V. Signoret, S. Viret, J.-M. Audergon, B. Quilot
Última atualização: 2024-10-17 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.10.15.618428
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.10.15.618428.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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