Risco de Câncer de Próstata: A Genética e o Ambiente Interagem
Estudo analisa como fatores genéticos e do bairro influenciam o risco de câncer de próstata em homens.
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Índice
- Status Socioeconômico e Câncer de Próstata
- População do Estudo
- Medindo Depravação
- Escores de Risco do Câncer de Próstata
- Impacto do Status Socioeconômico do Bairro
- Papel da Triagem PSA e Uso de Cuidados de Saúde
- Investigando a Modificação do Efeito Genético
- Principais Conclusões e Implicações
- Conclusão
- Fonte original
- Ligações de referência
O câncer de próstata (PCa) é o segundo tipo mais comum de câncer em homens nos Estados Unidos. Homens afro-americanos têm as taxas mais altas dessa doença. A idade é um fator importante, com homens mais velhos tendo mais chance de desenvolver PCa. A genética também conta; ter histórico familiar da doença pode aumentar o risco. Pesquisas identificaram várias variações genéticas ligadas ao PCa, e um método chamado escore de risco poligênico (PRS) foi criado para ajudar a prever quem pode estar em maior risco com base nesses fatores genéticos. No entanto, a eficácia desse escore varia entre diferentes grupos de ancestrais, especialmente tendo um desempenho pior em populações africanas e asiáticas orientais.
Status Socioeconômico e Câncer de Próstata
Pesquisas mostraram como o status socioeconômico individual e do bairro pode influenciar o risco de desenvolver câncer de próstata. Os resultados não foram claros. Alguns estudos sugerem que indivíduos em bairros mais ricos podem ter mais chances de fazer exames e triagens regulares, o que pode levar à detecção precoce do câncer. Por outro lado, alguns estudos mostram que pessoas vivendo em bairros menos ricos podem ter, na verdade, um risco maior, indicando a necessidade de programas de saúde direcionados nessas áreas.
A interação entre genética e fatores ambientais, como onde a pessoa mora e suas condições socioeconômicas, é um ponto de interesse. Evidências sugerem que o desempenho do PRS pode mudar com base nesses fatores, indicando que tanto nossos genes quanto nosso ambiente desempenham papéis importantes no risco de câncer.
População do Estudo
Esse estudo analisou dados do UK Biobank, que inclui mais de meio milhão de participantes da Inglaterra, País de Gales e Escócia, com idades entre 40 e 69 anos. Os pesquisadores coletaram vários tipos de informações, incluindo registros de saúde, histórico familiar e fatores socioeconômicos. Eles se concentraram em homens que tinham dados genéticos claros e históricos de câncer conhecidos. Os casos de PCa foram comparados a indivíduos sem câncer, levando em consideração as origens étnicas para garantir representação diversificada.
Medindo Depravação
O estudo examinou várias medidas de depravação, que analisam como diferentes bairros se saem em termos de renda, saúde, educação e criminalidade. Os Índices de Depravação da Inglaterra e o Índice de Townsend são duas maneiras principais de avaliar esses fatores, que ajudam a categorizar os bairros com base em quão ricos ou pobres eles são. Essas informações foram atribuídas com base em onde os participantes moravam na época do estudo.
Escores de Risco do Câncer de Próstata
O escore de risco poligênico usado neste estudo é baseado em dados genéticos de muitos estudos anteriores que identificaram vários fatores de risco para PCa. Usando esse escore, os pesquisadores calcularam a probabilidade de indivíduos desenvolverem câncer de próstata com base apenas em sua genética. Eles usaram regressão logística para analisar essa associação, ajustando para fatores como idade e ancestralidade genética para garantir que os resultados fossem precisos e significativos.
Impacto do Status Socioeconômico do Bairro
Os pesquisadores usaram métodos estatísticos para investigar como a depravação do bairro poderia estar correlacionada com o risco de câncer de próstata. Os resultados indicaram que vários aspectos do SES do bairro estavam ligados a taxas mais baixas de câncer de próstata entre homens de ascendência europeia. Por exemplo, fatores como educação e renda tinham uma relação inversa com o risco de PCa. Em termos simples, bairros mais ricos com melhor educação e acesso a recursos de saúde pareciam ter taxas mais baixas de câncer de próstata.
No entanto, os achados foram diferentes para homens de ascendência africana, onde não foram observadas associações significativas. Essa discrepância destaca as diferenças em como fatores socioeconômicos podem influenciar os resultados de saúde em diferentes populações.
Papel da Triagem PSA e Uso de Cuidados de Saúde
Uma das áreas de interesse era se a relação entre a depravação do bairro e o câncer de próstata poderia ser explicada pela frequência com que os homens eram avaliados para a doença. A triagem PSA é um método comum usado para detectar câncer de próstata. O estudo descobriu que homens em bairros mais ricos tinham mais chances de ter feito o teste PSA. No entanto, as visitas gerais aos cuidados de saúde não mostraram o mesmo padrão; elas foram mistas, com alguns bairros desfavorecidos exibindo um uso mais frequente de serviços de saúde.
Ao levar em conta a triagem PSA na análise, foi notado que a triagem estava associada a taxas aumentadas de câncer de próstata, o que pode ser devido a uma gestão de saúde mais proativa em certos bairros. Isso levou à conclusão de que os fatores do bairro podem desempenhar um papel em como os serviços de saúde são utilizados e como as doenças são detectadas.
Investigando a Modificação do Efeito Genético
Os pesquisadores investigaram mais a possibilidade de que o risco genético associado ao câncer de próstata pudesse ser modificado por fatores do bairro. Eles não encontraram interações significativas, o que sugere que o status socioeconômico e o risco genético possam agir de forma independente. No entanto, alguma variabilidade foi vista em como o risco genético associado ao câncer de próstata mudou em diferentes níveis de depravação para homens de ascendência europeia.
Principais Conclusões e Implicações
Resumindo, o estudo identificou um padrão onde vários aspectos da depravação do bairro estavam relacionados a menores riscos de câncer de próstata entre homens de ascendência europeia. Reafirmou o link genético com o câncer de próstata e destacou a complexidade de como tanto a genética quanto o ambiente contribuem para o risco de câncer. O estudo também apontou a necessidade de mais pesquisas, especialmente em fatores que influenciam o desenvolvimento do câncer além da detecção.
Apesar dessas percepções, várias limitações foram observadas. O pequeno número de homens de ascendência africana no estudo dificultou tirar conclusões concretas nesse grupo. Além disso, o estudo se baseou em medidas amplas de depravação que podem não capturar totalmente as circunstâncias individuais ao longo do tempo. Pesquisas futuras precisarão considerar abordagens mais específicas para entender melhor os impactos do SES e outros fatores ambientais no risco de câncer.
Conclusão
Esse estudo ilumina a relação complexa entre genética, fatores ambientais e risco de câncer de próstata. Ao identificar como as condições do bairro podem influenciar os resultados de saúde, fornece uma base para futuras investigações sobre como esses fatores podem ser abordados em estratégias de saúde pública. Entender essas interações pode ajudar a melhorar as estratégias de detecção precoce e prevenção do câncer de próstata, especialmente em populações diversas. Mais pesquisa é essencial para desvendar os links intricados e garantir que as intervenções de saúde sejam eficazes em diferentes comunidades.
Título: Investigating the Role of Neighborhood Socioeconomic Status and Germline Genetics on Prostate Cancer Risk
Resumo: BackgroundGenetic factors play an important role in prostate cancer (PCa) development with polygenic risk scores (PRS) predicting disease risk across genetic ancestries. However, there are few convincing modifiable factors for PCa and little is known about their potential interaction with genetic risk. We analyzed incident PCa cases (n=6,155) and controls (n=98,257) of European and African ancestry from the UK Biobank (UKB) cohort to evaluate the role of neighborhood socioeconomic status (nSES)-and how it may interact with PRS-on PCa risk. MethodsWe evaluated a multi-ancestry PCa PRS containing 269 genetic variants to understand the association of germline genetics with PCa in UKB. Using the English Indices of Deprivation, a set of validated metrics that quantify lack of resources within geographical areas, we performed logistic regression to investigate the main effects and interactions between nSES deprivation, PCa PRS, and PCa. ResultsThe PCa PRS was strongly associated with PCa (OR=2.04; 95%CI=2.00-2.09; P
Autores: John S Witte, J. Judd, J. P. Spence, J. K. Pritchard, L. Kachuri
Última atualização: 2024-08-02 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.07.31.24311312
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.07.31.24311312.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
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